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Ano passado, a A24, fundada em 2012, se tornou a primeira distribuidora de filmes na história do Oscar a vencer as 6 principais categorias (Melhor Filme, Direção, Ator, Atriz, Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante) em uma única noite. Nestes 12 anos de história, ela reuniu uma legião de fãs fervorosos, com seus filmes sendo uma alternativa mais autoral e artística para o domínio dos blockbusters. Seja pela abordagem ousada e original de suas tramas (como em “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) ou pelo caráter íntimo e pessoal que os diretores imprimem no resultado final (como em “Aftersun” e “Vidas Passadas”), a A24 se tornou uma gigante no cinema contemporâneo, deixando todos os cinéfilos curiosos para o que ela tem a oferecer a cada ano. Por isso, na postagem de hoje, listarei cinco filmes dela que serão lançados em 2024 e que merecem a sua atenção. Vamos lá!
(Last year, A24, funded in 2012, became the first film distributor in Oscar history to win all 6 main categories (Best Picture, Directing, Actor, Actress, Supporting Actor and Supporting Actress) in a single night. In these 12 years of history, they gathered a legion of fervorous fans, with their films being a more auteur-driven and artistic alternative to the blockbuster dominion. Whether it's because of the bold, original approach of their plots (as in “Everything Everywhere All at Once”) or for the intimate, personal vein the directors inject into the final result (as in “Aftersun” and “Past Lives”), A24 became a giant in contemporary cinema, leaving all film buffs curious to what they have to offer each year. Therefore, in today's post, I'll list five of their films that will be released in 2024 and that deserve your full attention. Let's go!)
“A DIFFERENT MAN”, dirigido por Aaron Schimberg – Data de estreia a definir
(“A DIFFERENT MAN”, directed by Aaron Schimberg – Release date TBD)
Já vamos começar com um filme que promete ser bem original. “A Different Man” (Um Homem Diferente, em tradução livre) conta a história de Edward (Sebastian Stan), um homem com neurofibromatose (caracterizada pelo crescimento de tumores no sistema nervoso) que enfrenta várias cirurgias de reconstrução facial para ter um novo início em sua vida. Quando uma peça de teatro sobre sua vida anterior às cirurgias é anunciada, Edward fica obcecado com o ator (Adam Pearson, que realmente tem neurofibromatose) que irá lhe interpretar nos palcos. Além da dupla citada, o longa também tem a ótima Renate Reinsve (“A Pior Pessoa do Mundo”) no elenco. Após estreias mundiais nos Festivais de Sundance e Berlim, “A Different Man” acumulou críticas majoritariamente positivas e rendeu a Sebastian Stan o Urso de Prata de Melhor Atuação no último. Parecendo misturar “Persona”, de Ingmar Bergman, com “O Homem Elefante”, de David Lynch, o terceiro longa de Aaron Schimberg promete trazer mensagens relevantes sobre os dois lados da moeda que é o ato de se transformar.
(We're already starting off with a film that promises to be very original. “A Different Man” tells the story of Edward (Sebastian Stan), a man with neurofibromatosis (which is characterized by the growth of tumors in the nervous system) who undergoes several facial reconstruction surgeries in order to get a new start on life. When a play about his life before the surgeries is announced, Edward becomes fixated on the actor (Adam Pearson, who actually has neurofibromatosis) who will portray him onstage. Besides the aforementioned duo, the feature also has the great Renate Reinsve (“The Worst Person in the World”) in the cast. After world premieres in the Sundance and Berlin Film Festivals, “A Different Man” gathered mostly positive reviews and won Sebastian Stan the Silver Bear for Best Leading Performance in the latter. Seeming to blend Ingmar Bergman's “Persona” with David Lynch's “The Elephant Man”, Aaron Schimberg's third film promises to convey timely messages on the two sides of the coin that is the act of transforming oneself.)
“GUERRA CIVIL”, dirigido por Alex Garland – 18 de abril nos cinemas
(“CIVIL WAR”, directed by Alex Garland – In theaters April 12)
Com um orçamento de US$50 milhões, o quarto longa de Alex Garland (“Ex Machina”, “Men: Faces do Medo”) é a produção mais cara da A24 até o presente momento, e é preciso admirar a coragem da distribuidora e de seu diretor de lançar “Guerra Civil” em um ano de eleição nos EUA. Ambientado em um futuro próximo, a trama acompanha uma equipe de jornalistas que precisam atravessar o território estadunidense, cujo governo ditatorial está em guerra com forças separatistas lideradas pelos estados do Texas e da Califórnia. Novamente adentrando no subgênero da distopia, Garland promete fazer mais um filme preparado para iniciar discussões entre seus espectadores, especialmente levando em conta o contexto sociopolítico de seu país de origem. Com um elenco absurdamente talentoso, que inclui nomes como Kirsten Dunst, Wagner Moura, Jesse Plemons, Nick Offerman e Cailee Spaeny, “Guerra Civil” tem tudo para ser mais um clássico “ame ou odeie” na filmografia de seu cineasta, e mal posso esperar para ver as primeiras reações após a sua primeira exibição no Festival South by Southwest este mês. Assista o trailer neste link.
(With a budget of US$50 million, the fourth film by Alex Garland (“Ex Machina”, “Men”) is the most expensive A24 production to date, and you can't help but admire the distributor and the director's guts in releasing “Civil War” during an election year in the US. Set in a near future, the plot follows a team of journalists who need to cross American territory, where its dictatorial government is at war with separatist forces led by the states of Texas and California. Once again delving into the dystopian subgenre, Garland promises to make another film ready to spark conversations among its viewers, especially considering the sociopolitical climate in its country of origin. With an absurdly talented cast, which includes names like Kirsten Dunst, Wagner Moura, Jesse Plemons, Nick Offerman and Cailee Spaeny, “Civil War” has everything to be another classic “love it or hate it” offering in its filmmaker's body of work, and I can't wait to see the first reactions to it after its first screening in the South by Southwest Festival this month. Watch the trailer here.)
“I SAW THE TV GLOW”, dirigido por Jane Schoenbrun – Data de estreia a definir
(“I SAW THE TV GLOW”, directed by Jane Schoenbrun – In theaters May 3)
É claro que não podemos falar de A24 sem falar do gênero que a popularizou: o terror. Após ter nos introduzido a vozes originais no gênero, como Robert Eggers (“A Bruxa”) e Ari Aster (“Hereditário”), chegou a vez da diretora Jane Schoenbrun injetar sua própria abordagem na fórmula com seu segundo longa-metragem de ficção, “I Saw the TV Glow” (Eu Vi o Brilho da TV, em tradução livre). Após ter deixado sua marca com o enervante “We're All Going to the World's Fair”, a nova trama de Schoenbrun acompanha uma dupla de adolescentes (Justice Smith e Brigitte Lundy-Paine) que ficam obcecados com um programa cult de televisão, o qual começa a distorcer suas realidades de uma maneira surreal. O terror da cineasta tem focado na obsessão humana pela mídia, abordando aspectos como as “creepypastas” e os desafios virais, e “I Saw the TV Glow” promete seguir a mesma linha, conectando a dualidade entre o analógico e o digital com o sentimento pertinente da juventude atual de querer pertencer a algo, encontrar sua identidade. O longa foi um dos mais aclamados do Festival de Sundance, com as críticas comparando o terror psicológico do enredo com o de David Lynch (“Cidade dos Sonhos” e “Twin Peaks”) e algumas até chamando-o de “obra-prima”. E julgando somente pelo trailer, vai ser uma jornada deliciosamente bizarra e talvez surpreendentemente emocionante. Assistam o trailer (em inglês) neste link.
(Of course we can't talk about A24 without talking about the genre that made it popular: horror. After they introduced us to original voices in the genre, like Robert Eggers (“The Witch”) and Ari Aster (“Hereditary”), it's now director Jane Schoenbrun's turn to inject their own approach to the formula with their second fiction feature-length film, “I Saw the TV Glow”. After leaving their mark with the unnerving “We're All Going to the World's Fair”, Schoenbrun's new plot follows a pair of teenagers (Justice Smith and Brigitte Lundy-Paine) who become obsessed with a cult television show, which starts to distort their realities in a surreal way. The filmmaker's horror has focused on the human obsession over media, approaching aspects like creepypastas and viral challenges, and “I Saw the TV Glow” promises to follow the same path, connecting the duality between analog and digital with the pertinent feeling of today's youth of wanting to belong to something, to find their identity. The film was one of the most acclaimed works screened at the Sundance Film Festival, with reviews comparing the plot's psychological horror to that of David Lynch (“Mulholland Drive” and “Twin Peaks”) and some even calling it a “masterpiece”. And judging on the trailer alone, we're in for a deliciously bizarre and maybe surprisingly emotional ride. Watch the trailer here.)
“SING SING”, dirigido por Greg Kwedar – Data de estreia a definir
(“SING SING”, directed by Greg Kwedar – In theaters in July)
Desviando um pouco da ousadia e adentrando no caráter mais íntimo e pessoal das obras da A24, “Sing Sing” é baseado em fatos reais, acompanhando o programa de reabilitação artística da prisão de segurança máxima Sing Sing, no estado de Nova York. A trama em si conta a história de um grupo de presidiários que tenta encenar uma comédia teatral de sua própria autoria, focando em Divine G (Colman Domingo), preso por um crime que não cometeu. Fora Domingo e Paul Raci, todo o elenco de “Sing Sing” é composto por ex-membros do programa de reabilitação artística da unidade correcional, resultando em uma autenticidade no retrato que o diretor Greg Kwedar deseja realizar. O filme teve sua primeira exibição no Festival de Toronto de 2023, onde recebeu aclamação por parte da crítica e foi adquirido pela A24, em uma batalha concorrida pelos direitos de distribuição. Parecendo ser uma mistura entre “Um Sonho de Liberdade”, “O Som do Silêncio” e uma pitadinha de “Primavera para Hitler” no aspecto teatral, “Sing Sing” promete ser uma história profundamente emocionante sobre a função transformadora da arte como terapia, e já desponta como um possível indicado ao Oscar na corrida de premiações de 2024-2025. Assistam o trailer (em inglês) neste link.
(Taking a detour from the boldness and going into the intimate, personal character in A24's works, “Sing Sing” is based on real events, following the real-life Rehabilitation Through the Arts program at Sing Sing Correctional Facility, a maximum security prison in the state of New York. The plot itself tells the story of a group of convicts who try to stage a theatrical comedy they wrote, focusing on Divine G (Colman Domingo), who was arrested for a crime he didn't commit. Ruling out Domingo and Paul Raci, the entire cast of “Sing Sing” is composed by former members of the Rehabilitation Through the Arts program at the correctional facility, resulting in a true authenticity in the portrayal that director Greg Kwedar wishes to accomplish. The film had its first screening at the 2023 Toronto Film Festival, where it was critically acclaimed and acquired by A24, in a heated battle for distribution rights. Seeming like a blend between “The Shawshank Redemption”, “Sound of Metal” and a pinch of “The Producers” on the theatrical side, “Sing Sing” promises to be a deeply emotional story on the transformative function of art as therapy, and is already a strong contender for the Oscars in the upcoming 2024-2025 award season. Watch the trailer here.)
“Y2K”, dirigido por Kyle Mooney – Data de estreia a definir
(“Y2K”, directed by Kyle Mooney – Release date TBD)
A estreia na direção do veterano do programa de esquetes “Saturday Night Live” Kyle Mooney, “Y2K” aborda uma linha do tempo alternativa onde o fenômeno do “bug do milênio” (que previa uma falência em massa da infraestrutura de empresas que eram mais dependentes de computadores) realmente aconteceu, acompanhando dois estudantes do ensino médio que entram de penetra em uma festa de Ano Novo e acabam tendo que lutar por suas vidas. Com um elenco predominantemente jovem, encabeçado pelos talentos de Jaeden Martell (“It: A Coisa”), Julian Dennison (“A Incrível Aventura de Ricky Baker”) e Rachel Zegler (“Amor, Sublime Amor”), “Y2K” deve ser um longa-metragem que encaixe no senso de humor surreal e surpreendentemente emocionante de Mooney, protagonista e roteirista do inventivo e sentimental “As Aventuras de Brigsby Bear”. Tomara que o resultado final seja uma comédia de desastre divertida e bizarra, similar à “É O Fim”, destinado a ser um clássico cult em um futuro próximo.
(The directorial debut of Kyle Mooney, a veteran performer of the sketch show “Saturday Night Live”, “Y2K” approaches an alternate timeline in which the projected Y2K event (which predicted a mass breakdown in the infrastructure of companies that heavily relied on computers) actually happened, following two high school students who crash a New Year's Eve party and end up having to fight for their lives. With a predominantly young cast, led by the talents of Jaeden Martell (“It”), Julian Dennison (“Hunt for the Wilderpeople”) and Rachel Zegler (“West Side Story”), “Y2K” should be a feature that fits into the surreal and surprisingly emotional sense of humor of Mooney, who starred in and co-wrote the inventive and sentimental “Brigsby Bear”. Here's to hoping the final result is a fun, bizarre disaster comedy, in the vein of “This is the End”, destined to be a cult classic in the near future.)
É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)