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E aí, galerinha de
cinéfilos! Aqui quem fala é o João Pedro, e vim aqui falar de uma
das melhores séries de comédia da atualidade. Não é Friends, nem
How I Met Your Mother, nem Brooklyn Nine-Nine. É uma série
britânica autoral, sendo criada, escrita e estrelada pela mesma
pessoa, e ela possui um senso de humor afiado e ácido e, ainda
assim, um tom surpreendentemente dramático ao decorrer de sua
primeira temporada, de apenas 6 episódios. Então, sem mais
delongas, vamos falar de uma pérola escondida no catálogo da Amazon
Prime Video. Vamos falar de “Fleabag”. Vamos lá!
(What's up, film buffs!
I'm back, and I'm here to talk about one of the best comedy TV shows
in recent times. It's not Friends, it's not How I Met Your Mother,
and it's not Brooklyn Nine-Nine. It's a British TV show created,
written and starred by the same person, and it has a sharp, acid
sense of humor, and yet, a surprisingly dramatic tone throughout its
6-episode first season. So, without further ado, let's talk about a
hidden pearl in the Amazon Prime Video catalog. Let's talk about
“Fleabag”. Let's go!)
Baseada em um monólogo
escrito por Phoebe Waller-Bridge, “Fleabag” acompanha uma jovem
moça moderna (Waller-Bridge) vivendo em Londres, onde ela lida com
problemas quase universais, como brigas de relacionamento,
frustração, luto e conflitos familiares, enquanto tenta manter seu
perfil intimidante o mais intacto possível.
(Based on a monologue
written by Phoebe Waller-Bridge, “Fleabag” follows a young modern
woman (Waller-Bridge) who lives in London, where she deals with
almost universal problems, like relationship struggles, frustration,
grief and family conflicts, while trying to maintain her intimidating
profile as intact as possible.)
Já vou começar
dizendo que “Fleabag” não é pra todo mundo em dois sentidos: é
uma série extremamente adulta, e o senso de humor pode não agradar
a todos. Mas, para os maiores de 18 anos que gostam de humor
britânico, essa série será um verdadeiro deleite pra se ver. Ao
assistir “Fleabag” pela primeira vez, fiquei extremamente
impressionado com a habilidade que Phoebe Waller-Bridge, a criadora,
roteirista e protagonista do programa, tem para escrever cenas
engraçadas e dramáticas em um episódio de 25 minutos de duração.
Vários artifícios criativos do cinema são usados de forma perfeita
aqui: a personagem de Waller-Bridge quebra a quarta parede
constantemente, para ao mesmo tempo, nos contar detalhes de sua vida
pessoal e sua família, adivinhar clichês previsíveis, e entregar
piadas bem engraçadas; há flashbacks que acompanham a protagonista
com sua melhor amiga, que ficam cada vez mais dramáticos e sombrios
no decorrer da primeira temporada; o formato da tela torna tudo mais
cinematográfico, e por aí vai. A série se identifica como uma
comédia ácida explícita em seus primeiros minutos, mas a partir de
uma informação crucial nos momentos finais de seu primeiro
episódio, o tom fica um pouco mais sombrio, virando uma série
tragicômica, e o equilíbrio entre essas duas vertentes (a comédia
e o drama) é sensacional, pois mesmo com flashbacks sombrios e cenas
dramáticas, “Fleabag” não perde seu marcante senso de humor
ácido. Resumindo, “Fleabag” equilibra perfeitamente suas duas
essências, entregando uma primeira temporada extremamente engraçada,
e ao mesmo tempo, surpreendentemente trágica.
(I'll start off by
saying that “Fleabag” isn't for everyone in two ways: it's an
extremely adult show, and the sense of humor may not please the
majority of the audience. But, for those who are 18 and over, and
enjoy British humor, this series will be a real delight to behold.
When I watched “Fleabag” for the first time, I was extremely
impressed with the ability that Phoebe Waller-Bridge, creator,
writer, and star of the show, has to write funny and dramatic scenes
in a 25-minute long episode. Several creative devices used in movies
are utilized perfectly here: Waller-Bridge's character constantly
breaks the fourth wall, to, at the same time, inform us with details
on her personal life and family, guess predictable clichés, and
deliver really funny lines; there are flashbacks that follow the
protagonist with her best friend, which get darker and more dramatic
throughout the first season; the screen format makes everything look
cinematic, and it goes further. The show identifies itself as an
explicit, acid comedy in its first minutes, but after some crucial
information is dropped in the final moments of the first episode, the
tone gets a little bit darker, turning into a tragicomedy, and the
balance between these two sides (comedy and drama) is sensational,
because even with dark flashbacks and dramatic scenes, “Fleabag”
doesn't lose its biting, acid sense of humor. In a nutshell,
“Fleabag” perfectly balances its two essences, delivering an
extremely funny, yet surprisingly tragic first season.)
Mas o roteiro não é a
única coisa digna de elogios em “Fleabag”. O elenco é
simplesmente maravilhoso. Phoebe Waller-Bridge mostra que o roteiro
não é sua única habilidade na série, e entrega uma atuação
digna de prêmios. Pois, assim como o roteiro, a protagonista é, ao
mesmo tempo, satiricamente hilária e deprimente, e é simplesmente
incrível a maneira que Waller-Bridge consegue equilibrar essas duas
faces na protagonista. Nós rimos bastante quando ela, de repente,
olha pra câmera, e nós temos empatia por ela quando ela
emocionalmente desmorona em frente aos olhos de outros personagens,
mas principalmente, aos nossos olhos. Ter empatia por um(a)
protagonista de séries é algo bem difícil de se fazer hoje em dia,
mas “Fleabag”, graças à atuação e ao roteiro de
Waller-Bridge, consegue fazer isso de forma magistral. No elenco
coadjuvante, temos Sian Clifford como a irmã trabalhadora da
protagonista, que é uma das únicas pessoas que realmente entende a
personagem de Waller-Bridge; Hugh Skinner como o ex-namorado ingênuo,
que é bem engraçado; Bill Paterson como o pai, responsável por
algumas das cenas mais tocantes do programa; a recente vencedora do
Oscar Olivia Colman como a madrinha estranha e até irritante, mas
muito engraçada; Hugh Dennis como um gerente de banco, que possui um
desenvolvimento impressionante ao longo da temporada; Brett Gelman
como o esposo da irmã, que possui uma química agradável com a
protagonista; e Ben Aldridge e Jamie Demetriou como alívios cômicos
que rendem cenas realmente hilárias.
Resumindo, o elenco de
“Fleabag” é perfeitamente escalado, sendo uma das razões do
sucesso estrondoso da série no Reino Unido.
(But the script isn't
the only thing worth praising in “Fleabag”. The cast is simply
marvelous. Phoebe Waller-Bridge shows that the script isn't her only
ability in the series, and delivers an award-worthy performance.
Because, just like the script, the protagonist is, at the same time,
satirically hilarious and depressed, and the way that Waller-Bridge
manages to balance these two faces in the main character is simply
amazing. We laugh a lot when she, suddenly, turns to the camera, and
we have empathy for her when she emotionally crumbles in front of
other characters, but mainly, in front of us. Having empathy for a TV
show protagonist is something really hard to do these days, but
“Fleabag”, thanks to Waller-Bridge's performance and scripts,
does that masterfully. In the supporting cast, we have Sian Clifford
as the protagonist's workaholic sister, who's one of the only people
who actually understand Waller-Bridge's character; Hugh Skinner as
the naive ex-boyfriend, who is really funny; Bill Paterson as the
father, responsible for some of the show's most touching scenes; the
recent Oscar winner Olivia Colman as the annoying, weird, but really
funny godmother; Hugh Dennis as a bank manager, who has an impressive
character development throughout the season; Brett Gelman as the
sister's husband, who has a pleasant chemistry with the protagonist;
and Ben Aldridge and Jamie Demetriou as comic reliefs who deliver
really hilarious scenes.
In a nutshell,
“Fleabag” is perfectly cast, with its talented cast being one of
the reasons of its astounding success in the UK.)
Os aspectos técnicos
da série também valem a pena serem destacados. A direção de Tim
Kirkby e Harry Bradbeer, já conhecidos no meio televisivo britânico,
tendo trabalhado em “My Mad Fat Diary” e “Killing Eve”,
respectivamente, é muito boa, com os diretores sabendo o que
mostrar, e quando mostrar. A fotografia é maravilhosa: o formato da
tela em widescreen consegue fazer uma temporada de 6 episódios
parecer um filme de 2h30, e não se enganem, isso é muito bom; dá
pra notar uma diferença entre quando estão mostrando um fato atual
e um flashback, com a iluminação nos flashbacks sendo um pouco mais
clara no início, mas que vai se escurecendo quando os mesmos vão se
aproximando da realidade, o que dá um tom mais sombrio para o teor
dramático da série, o que é bem legal. A direção de arte também
é muito boa, trabalhando muito bem nas decorações excêntricas de
certos ambientes da série e figurinos que refletem a personalidade
dos personagens.
Resumindo, “Fleabag”
possui aspectos técnicos realmente cinematográficos que, combinados
com o roteiro e o elenco, fazem da série uma experiência
recompensadora.
(The technical aspects
of the show are also worth being highlighted. The direction by Tim
Kirkby and Harry Bradbeer, already known in British television,
having worked in “My Mad Fat Diary” and “Killing Eve”,
respectively, is really good, with the directors knowing what to
show, and when to show it. The cinematography is marvelous: the
widescreen screen format manages to make a 6-episode season look like
a 2-hour-and-30-minute long movie, and don't be mistaken, that's a
good thing; we can notice a difference when they're showing an actual
fact and a flashback, with the lighting in the flashbacks being
slightly brighter in the beginning, and that lighting dims as they're
coming closer to reality, which gives a darker tone to the series's
dramatic content, which is pretty cool. The production design is also
very good, reflecting the eccentricity of certain environments
through its decorations, and the personality of the characters
through their costumes.
In a nutshell,
“Fleabag” has actual cinematic technical aspects that, combined
with the script and the cast, make the show a rewarding experience.)
Resumindo, “Fleabag”
é uma série, ao mesmo tempo, hilária e trágica, impulsionada pela
esperteza do roteiro, pelo elenco super-talentoso, e pelo tom
cinematográfico de seus aspectos técnicos.
Nota: 10 de 10!!
É isso, pessoal!
Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell,
“Fleabag” is a hilarious yet tragic TV show, bolstered by the
cleverness of the scripts, by the super-talented cast, and by the
cinematic tone of its technical aspects.
I give it a 10 out of
10!!
That's it, guys! I hope
you liked it! See you next time,
João Pedro)
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