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sexta-feira, 26 de abril de 2019

"Vingadores: Ultimato": a conclusão épica de uma saga começada há 11 anos (Bilíngue)


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E aí, galerinha de cinéfilos! Estou aqui para fazer a resenha do filme mais esperado do ano, se não for o mais esperado da década. 21 filmes em 11 anos foram feitos para que esse momento chegasse, essa conclusão épica comandada pelos diretores responsáveis pelos melhores filmes dessa nova fase da Marvel. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre o épico “Vingadores: Ultimato”. Vamos lá!
(What's up, film buffs! I'm here to review the most awaited movie of the year, maybe even the decade. 21 movies in 11 years were made for this moment to come, this epic conclusion led by the directors responsible for the best films in this new Marvel phase. So, without further ado, let's talk about the epic “Avengers: Endgame”. Let's go!)



Depois dos eventos de “Vingadores: Guerra Infinita”, os sobreviventes do estalar de Thanos (Josh Brolin), lidando com a dor e a perda de seus entes queridos, se reúnem para desfazer os estragos feitos pelo Titã Louco, custe o que custar.
(After the events of “Avengers: Infinity War”, the survivors of Thanos's (Josh Brolin) snap, dealing with the pain and loss of their beloved ones, assemble to undo the damages done by the Mad Titan, whatever it takes.)



A expectativa para esse filme, não só a minha, estava lá no alto. Acho que nenhum blockbuster gigante teve a mesma expectativa que “Vingadores: Ultimato”. Como disse na introdução, é o filme mais esperado do ano, sem dúvidas. E com Joe e Anthony Russo, responsáveis por “Capitão América: O Soldado Invernal”, “Capitão América: Guerra Civil”, e “Vingadores: Guerra Infinita”, nas cadeiras de diretor, eu, é claro, esperava algo épico. E foi exatamente o que eu recebi. Eu, particularmente, achei a duração de “Guerra Infinita”, de 2h30, muito pequena para o escopo do filme, que mesmo sendo conciso, acabou sendo meio inchado. Com uma duração de 3h, “Ultimato” deixa o roteiro respirar. Nada parece apressado ou arrastado. O passo do filme é simplesmente perfeito. Ao falar do tom do filme, pelos trailers, eu esperava algo bem sombrio, bem pesado, até, mas o filme tem um tom deveras cômico, porque, afinal, é Marvel. Mas o filme tem seus momentos tristes e melancólicos para contrastar com as várias piadas espalhadas pelo tempo de duração. O roteiro do filme é surpreendente, eu não consegui tirar meus olhos da tela, nem por um segundo. Acredito que “Ultimato” bebe da mesma fonte de “Guerra Infinita”, a primeira metade tem mais espaço para respirar, é um pouco mais lenta, e a segunda metade transforma uma sala de cinema em um estádio de futebol de tão épica que é. Há várias conexões com filmes anteriores da Marvel, muitas pontas soltas se encaixam no final, algumas ficam em aberto, provavelmente para títulos futuros. Acho que é possível falar que tem um pouco de tudo nesse roteiro: tem piadas, tem emoção, e tem o épico. Poucos filmes da Marvel me emocionaram do jeito que “Ultimato” fez. Eu admiro bastante a equipe desse filme, em especial Kevin Feige, produtor do filme e presidente da Marvel Studios, por, juntamente com as equipes dos outros filmes desse universo cinematográfico, ter trazido esses personagens à vida, e preparado esse terreno durante tanto tempo. E valeu muito a pena, indo para a minha lista de “melhores experiências numa sala de cinema”. Eu chorei, torci e me emocionei bastante. Resumindo, “Vingadores: Ultimato” tem um roteiro perfeitamente equilibrado com momentos engraçados, emocionantes e épicos, valendo cada segundo de seu prolongado, e muito bem aproveitado, tempo de duração.
(The expectations for this film, not just mine, were sky high. I think no other gigantic blockbuster had the same expectations than “Avengers: Endgame”. As I said in the intro, it is the most awaited film of the year, without a doubt. And with Joe and Anthony Russo, responsible for “Captain America: The Winter Soldier”, “Captain America: Civil War”, and “Avengers: Infinity War”, in the director's chairs, I, of course, expected something epic. And that's exactly what I got. I, particularly, thought that the running time for “Infinity War”, which clocks in at about 2h30mins, was a bit short, comparing with the film's scope, making it concise, yet kinda full. With a running time of 3 hours, “Endgame” lets the script breathe. Nothing seems rushed or dragged. The pacing of this film is flat-out perfect. Speaking of its tone, from the trailers, I expected something really dark, and even shocking, but the film has a bit of a funny vein in it, because, after all, it is Marvel we're talking about. But the film does have its sad, melancholic moments to contrast with several jokes scattered throughout the running time. The screenplay for it is freaking amazing, I couldn't take my eyes off the screen, not even for a second. I believe “Endgame” drinks from the same fountain as “Infinity War”, as the first half has a lot of breath, being a bit slow, and the second half turns a movie theater into a freaking stadium, because of its epic moments. There are several connections to previous Marvel movies, many loose ends tighten up at the end, while some stay loose, probably for future installments. I believe it's possible to say that there's a bit of everything in this script: it has jokes, emotional moments, and epic moments. Very few Marvel films thrilled me as “Endgame” did. I really admire all the crew of this film, especially Kevin Feige, producer of the movie and president of Marvel Studios, who, along with the crews of the previous films from this cinematic universe, brought these characters to life, and prepared this ground for so long. And it was very much worth it, with “Endgame” entering my list of “best movie theater experiences”. I cried, I cheered, and I got all of the thrills. In a nutshell, “Avengers: Endgame” has a perfectly balanced script, with funny, emotional, and epic moments, making every second of its long, yet fully appreciated, running time worth it.)



Acho difícil falar do elenco sem dar spoilers, então só falarei que eles funcionam muito bem juntos. É revigorante ver a química entre Robert Downey Jr e Chris Evans novamente, já que eles não se encontraram em “Guerra Infinita”, assim como é muito bom ver Scarlett Johansson e Jeremy Renner, com seus personagens sendo melhores amigos, dividindo a tela juntos. Alguns atores que, primordialmente, serviram como alívios cômicos são Chris Hemsworth (Thor), Mark Ruffalo (Hulk) e Paul Rudd (Homem-Formiga), que possuem várias piadas no filme, com algumas funcionando, e algumas sendo um pouquinho constrangedoras, mas nada que arruine o tom, que, na maioria de seu tempo de duração, é uniforme. Eu ainda não gosto do fato da Capitã Marvel ser praticamente imbatível, e, mesmo com uma atuação competente da Brie Larson, a personagem, pelo menos, no meu ponto de vista, não completamente encontrou seu lugar no Universo Cinematográfico da Marvel, mas, com sorte, a Capitã irá liderar a Fase 4 do UCM, e terá mais tempo para se desenvolver. Quem rouba a cena, novamente, é Josh Brolin, como o Titã Louco, Thanos. Sendo, definitivamente, o vilão com mais camadas da Marvel, Brolin consegue fazer os espectadores entenderem as motivações de seu personagem, em uma das melhores performances de captura de movimento da década. Deixe-me colocar assim: todos têm seu momento de brilhar, ponto.
(I think it's hard to talk about the cast without giving out spoilers, so I'll only say they work really well together. It's invigorating to see the chemistry between Robert Downey Jr and Chris Evans again, as they did not meet in “Infinity War”, and it's very good to see Scarlett Johansson and Jeremy Renner, whose characters are best friends, sharing the screen together. Some actors that, primarily, served as comic reliefs are Chris Hemsworth (Thor), Mark Ruffalo (The Hulk) and Paul Rudd (Ant-Man), and they have several jokes in the film, with some of them working, and some being a little awkward, but nothing that ruins the tone, which, in most of the running time, is homogeneous. I still don't like the fact that Captain Marvel is practically unbeatable, and, even with some competent acting by Brie Larson, the character, at least, from my point of view, still hasn't fully found her place in the Marvel Cinematic Universe, but, luckily, Captain Marvel will lead Phase 4 of the MCU, and will have more time for her character development. Who steals the scene, once more, is Josh Brolin, as the Mad Titan, Thanos. Definitely being the most layered Marvel villain, Brolin manages to make the viewers understand his character's motivations, in one of the finest performances in motion capture of the decade. Let me put it this way: everyone has their time to shine, period.)



Ao falar dos aspectos técnicos, tudo aqui é elevado ao quadrado em padrões Marvel: é um espetáculo visual, com um CGI extremamente refinado, e, diferente de vários filmes, não é exagerado a ponto de arruinar o filme. A fotografia é de tirar o fôlego, obtendo tons mais sombrios durante as cenas na Terra, e tons mais vivos nas cenas no espaço. A câmera flui de modo orgânico, mesmo durante cenas frenéticas. A trilha sonora usa muitas faixas presentes em seu antecessor, “Guerra Infinita”, mas ainda assim, dita o tom de cada cena, e isso é sempre bom. A direção de arte é impecável, como sempre foi em filmes do Universo Cinematográfico da Marvel, com todos os cenários e figurinos sendo dignos de prêmios. Aliás, esse pode ser o filme da Marvel que pode ultrapassar os três Oscars de “Pantera Negra”, somente pelos aspectos técnicos. O filme é muito bem editado, há um ótimo uso do som aqui, tanto na edição quanto na mixagem. “Vingadores: Ultimato” tem tudo para virar o jogo e ser mais um indicado do gênero à Melhor Filme, quem sabe? Pelo escopo de sua produção, e pelo seu lugar dentro do UCM, pode até receber uma atenção da Academia, nem se for só pelas categorias técnicas.
(When talking about the technical aspects of it, everything here is elevated, comparing to Marvel standards: it is a visual spectacle, with an extremely refined CGI work, and, differently from many superhero movies, it's not exaggerated. The cinematography is breathtaking, with darker tones during the scenes set on Earth, and brighter tones in scenes set in space. The camera flows in an organic way, even during thrilling scenes. The score recycles several tracks present in its predecessor, “Infinity War”, but still dictates the tone of each scene, and that's always good. The art direction is flawless, as it always was in MCU films, with all sets and costumes being award-worthy. By the way, this could be the Marvel movie to surpass the 3 Oscars “Black Panther” got, for its technical aspects only. It is very well edited, there is a great use of sound here, in both editing and mixing. “Avengers: Endgame” has everything to turn things around and be one more nominee for Best Picture in the genre, who knows? For the scope of its production, and its place inside the MCU, it may even get some attention from the Academy, even if it's just technical categories.)



Resumindo, “Vingadores: Ultimato” é um filme épico. Com um escopo e duração maiores, um roteiro perfeitamente equilibrado, atuações competentes de seu elenco, e aspectos técnicos impecáveis, o filme consegue fechar uma era de 11 anos e 22 filmes com chave de ouro, enquanto ainda deixa algumas pontas soltas para títulos futuros.

Nota: 9,5 de 10!!

É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro

(In a nutshell, “Avengers: Endgame” is an epic film. With a larger scope and a longer running time, a perfectly balanced script, competent performances by its cast, and flawless technical aspects, the film manages to close an era containing 22 films made in 11 years in a high note, while still letting some loose ends for future installments.

I give it a 9,5 out of 10!!

That's it, guys!! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)




sábado, 6 de abril de 2019

"Shazam!": o filme mais Marvel da DC até agora (Bilíngue)


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E aí, galerinha de cinéfilos! Estou de volta, com a resenha de um filme bem diferente do que estamos acostumados a ver da DC. Depois de vários filmes sombrios, e três filmes que mostraram que há mais nesse universo do que só escuridão, a DC finalmente consegue acertar em tudo nesse filme. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre o divertidíssimo “Shazam!”. Vamos lá!
(What's up, film buffs! I'm back, with the review of a movie that's quite different from what we've seen so far from DC. After several dark films, and three films that showed that there's more in this universe than just darkness, DC finally hits the jackpot in this film. So, without further ado, let's talk about the extremely fun “Shazam!”. Let's go!)



O filme acompanha Billy Batson (Asher Angel), um órfão que passou sua vida inteira procurando sua mãe. Depois de uma confusão com a polícia, ele consegue ser adotado por um casal que possui um lar comunitário. Um dia, enquanto foge de valentões pelo metrô, Billy é recrutado como campeão pelo mago Shazam (Djimon Hounsou), que dá seus poderes ao garoto, transformando-o num super-herói (Zachary Levi).
(The movie follows Billy Batson (Asher Angel), an orphan who spent his entire life looking for his mom. After some confusion involving the police, he manages to get adopted by a couple who runs a foster home. One day, while running away from bullies through the subway, Billy is recruited as champion by the wizard Shazam (Djimon Hounsou), who gives his powers to the boy, making him a superhero (Zachary Levi).)



Deixem-me começar dizendo que eu nunca fui fã dessa nova leva de filmes da DC. Eu sempre fui mais fã do Universo Cinematográfico da Marvel. Eu sempre achava os filmes da DC, pelo menos os três primeiros, sombrios demais para serem divertidos. Mas aí vieram os outros três filmes que mudaram isso, que mostraram que há mais alegria e diversão nesse universo do que apenas escuridão: “Mulher-Maravilha”, “Liga da Justiça” e “Aquaman”, todos bons, mas nada grandiosos. E aí, entramos em “Shazam!”, que é dirigido por David F. Sandberg, conhecido por filmes de terror, como “Quando as Luzes se Apagam” e “Annabelle 2”. Se “O Homem de Aço”, “Batman vs Superman” e “Esquadrão Suicida” marcaram o universo por ser sombrio, e se “Mulher-Maravilha”, “Liga da Justiça”, e “Aquaman” significaram uma mudança desse estereótipo, “Shazam!” é o primeiro filme da DC à seguir essa nova fórmula na risca, sendo um filme, leve, descontraído, e que brinca com o próprio gênero. Diferente do resto, “Shazam!” é o único filme do Universo Estendido da DC que tenho certeza ao dizer que ele possui uma alma, porque nós passamos a ver os personagens como mais do que só personagens, nós nos importamos com eles, todos eles, e isso, pelo menos para mim, nunca aconteceu em um filme da DC até agora. Pra começar, o roteiro é muito bom. Os roteiristas fazem muito bem ao misturar vários gêneros em “Shazam!”. Há comédia, drama, fantasia, e, por incrível que pareça, até uns toques de terror aqui, o que é bem legal. É incrível como o roteiro nos faz importar bastante com certos personagens: nós sentimos tristes pelo Billy, que passou a vida inteira procurando a mãe, sem sucesso; sentimos pena pelo Freddy, colega de quarto do protagonista, que é vítima de bullying constante na escola; e acima de tudo, nós conseguimos entender a motivação do vilão, o Dr. Silvana, que é bem diferente do normal da DC (“AARRRGGGGHHH! Eu sou uma criatura de outro mundo, e vim aqui dominar a Terra!!”), e um sopro de ar fresco em um estereótipo maçante como esse sempre é bom. Mas, é claro, assim como o gênero de super-heróis em si, há algumas partes bem previsíveis em “Shazam!”, especialmente quando se diz a respeito de algumas piadas, mas há ainda algumas surpresas imprevisíveis ao longo do filme. Resumindo, os roteiristas de “Shazam!” conseguem misturar gêneros de forma brilhante aqui, dando uma nova roupagem divertida e leve aos filmes da DC.
(Let me start off by saying I've never been a big fan of this new batch of DC movies. I've always been a bigger fan of the Marvel Cinematic Universe. I always thought that the DC movies, especially the first three ones, were too dark to be fun. But then, the following three movies came, to show that there's more joy and fun in this universe than just darkness: “Wonder Woman”, “Justice League”, and “Aquaman”, which are good, but nothing great. Then, we go into “Shazam!”, directed by David F. Sandberg, who is known for horror films, like “Lights Out” and “Annabelle: Creation”. If “Man of Steel”, “Batman v Superman” and “Suicide Squad” marked this universe with their darkness, and if “Wonder Woman”, “Justice League” and “Aquaman” set a turning point in this stereotype, “Shazam!” is the first DC movie to entirely follow this new formula, being a light, relaxed, fun film that plays with its own genre. Different from the rest, “Shazam!” is the only movie in the DC Extended Universe that I'm safe to say it has heart, because we begin to see those characters as more than just characters, we care about them, all of them, and that, at least for me, never happened in a DC movie. For starters, the script is great. The screenwriters succeed in blending several genres in “Shazam!”. There's comedy, drama, fantasy, and, amazingly, even some bits of horror in it too, which is pretty cool. It's incredible how the script makes us really care about certain characters: we feel sad for Billy, who spent his entire life looking for his mom, without any success; we feel sorry for Freddy, the protagonist's roommate, who is a constant victim of bullying at school, and above all, we understand the motivations of the villain, Dr. Sivana, who is quite different from regular DC villains (“AAAAAARRRRRGGGGHHHH!! I'm a creature from another world, and I came here to dominate the Earth!!”), and a breath of fresh air in a dull stereotype like that is always a good thing. But, of course, as the superhero genre itself, there are some predictable parts in “Shazam!”, especially when it comes to jokes, but there are still some unpredictable surprises throughout the film. To sum it up, the screenwriters of “Shazam!” manage to blend genres in a brilliant way here, giving a whole new, fun and light face to the DC movies.)



O elenco, assim como o roteiro, também é muito bom. Os destaques ficam com Asher Angel, intérprete de Billy, que, diferente de sua persona de super-herói, possui uma atmosfera bem melancólica ao redor dele, e não se enganem, isso não é ruim, pelo contrário, isso mostra o quanto um protagonista de filmes de super-herói pode ter camadas; Zachary Levi, como o alter-ego de Billy, que chega bem perto do que o Chris Hemsworth fez em “Thor: Ragnarok”, ele é bem engraçado, e é particularmente hilário porque ele é uma criança no corpo de um adulto, bem similar ao que Tom Hanks fez no clássico dos anos 80 “Quero ser Grande”, uma das maiores influências no tom de “Shazam!”; Jack Dylan Grazer, como Freddy, colega de quarto de Billy, que é provavelmente o maior fã de super-heróis que já se viu no gênero, ele é bem engraçado, bem natural, e instantaneamente carismático; e Mark Strong como o vilão Dr. Silvana, que, diferente de vilões como Zod, Magia e Lobo da Estepe, é bastante crível, visualmente sinistro, e consegue ter suas motivações compreendidas pelo público. Além dos destaques, também há os ladrões de cena, compostos pela família adotiva de Billy, interpretados por Faithe Herman, Grace Fulton, Ian Chen, Jovan Armand, Marta Milans e Cooper Andrews, e todos trabalham muito bem, especialmente os irmãos adotivos do protagonista. E sinceramente, depois do final desse filme, eu quero ver esse elenco junto novamente.
(The cast, just like the script, is also really good. The main highlights stay with Asher Angel, who plays Billy, who, unlike his superhero persona, has a pretty melancholic atmosphere around him, and don't be mistaken, that's not a bad thing, on the contrary, it shows how a superhero movie protagonist can have layers; Zachary Levi, as Billy's alter-ego, who gets really close to what Chris Hemsworth did in “Thor: Ragnarok”, he is really funny, and particularly hilarious because he's a kid in the body of a grown-up, quite similar to what Tom Hanks did in the 80s classic “Big”, one of the biggest influences in “Shazam!”'s tone; Jack Dylan Grazer, as Freddy, Billy's roommate, who is probably, the biggest superhero fan ever to be seen in the genre, he is really funny, quite natural, and instantly charismatic; and Mark Strong as the villainous Dr. Sivana, who, unlike villains like Zod, Enchantress and Steppenwolf, is really believable, visually sinister, and succeeds in having his motivations understood by the audience. Besides the highlights, there are also the scene stealers, composed by Billy's foster family, portrayed by Faithe Herman, Grace Fulton, Ian Chen, Jovan Armand, Marta Milans and Cooper Andrews, and they all work really well, especially the protagonist's foster siblings. And honestly, after the ending of this movie, I want to see this cast together again.)



Indo para os aspectos técnicos, é tudo mais do mesmo, mas o CGI não chega a ser exagerado como em filmes anteriores da DC, especialmente “Batman vs Superman” e “Esquadrão Suicida”. Graças ao diretor, os efeitos conseguem ser econômicos e eficientes. Uma coisa que realmente gostei nos efeitos especiais de “Shazam!” foi o design dos vilões secundários do filme, que, literalmente, parecem ter saído de um filme de terror de tão assustadores que são. A fotografia é muito boa, transitando entre o claro e o escuro com facilidade e de forma orgânica; a direção de arte é muito bem feita, tem muitas cores vibrantes, e alguns tons mais sombrios em algumas cenas, e a trilha sonora é bem operante nos momentos em que ela é reproduzida. O visual não chega a ser grandioso, como o Thanos em “Vingadores: Guerra Infinita” ou o visual extraordinário e vibrante de “Homem-Aranha no Aranhaverso”, mas em suma, “Shazam!” é um filme extremamente bem produzido, econômico e tecnicamente eficiente.
(Onto the technical aspects, it's all more of the same, except the CGI is not over-the-top, like in previous DC movies, especially “Batman v Superman” and “Suicide Squad”. Thanks to the director, the effects succeed in being economic and efficient. One thing I really liked in the film's special effects was the design of the secondary villains, who, literally, look like they walked out of a horror film, just to prove their scariness. The direction of cinematography is really good, transitioning between light and dark with ease and in an organic way; the art direction is very well made, it has lots of vibrant colors, and some darker tones in a couple of scenes, and the soundtrack is quite operative in the moments it is played. The visuals do not achieve a higher level of greatness, like Thanos in “Avengers: Infinity War” or the extraordinary, vibrant looks of “Spider-Man: Into the Spider-Verse”, but, in a nutshell, “Shazam!” is an extremely well produced, economic, and technically efficient film.)



Apostando na diversão e na alegria, “Shazam!” marca o início de uma nova era nos filmes da DC, resultando em um filme leve, divertido, descontraído e tecnicamente eficiente, que irá agradar tanto os fãs veteranos da editora quanto os iniciantes no Universo Estendido da DC Comics!

Nota: 8,5 de 10!!

É isso, pessoal! Espero que tenham gostado!! Até a próxima,
João Pedro

(Injecting it with joy and fun, “Shazam!” marks the beginning of a new era in DC movies, resulting in a light, fun, relaxed, and technically efficient movie, that will please both the publisher's veteran fans and the beginners in the DC Extended Universe!

I give it a 8,5 out of 10!!

That's it, guys! I hope you liked it!! See you next time,
João Pedro)