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sábado, 6 de abril de 2019

"Shazam!": o filme mais Marvel da DC até agora (Bilíngue)


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E aí, galerinha de cinéfilos! Estou de volta, com a resenha de um filme bem diferente do que estamos acostumados a ver da DC. Depois de vários filmes sombrios, e três filmes que mostraram que há mais nesse universo do que só escuridão, a DC finalmente consegue acertar em tudo nesse filme. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre o divertidíssimo “Shazam!”. Vamos lá!
(What's up, film buffs! I'm back, with the review of a movie that's quite different from what we've seen so far from DC. After several dark films, and three films that showed that there's more in this universe than just darkness, DC finally hits the jackpot in this film. So, without further ado, let's talk about the extremely fun “Shazam!”. Let's go!)



O filme acompanha Billy Batson (Asher Angel), um órfão que passou sua vida inteira procurando sua mãe. Depois de uma confusão com a polícia, ele consegue ser adotado por um casal que possui um lar comunitário. Um dia, enquanto foge de valentões pelo metrô, Billy é recrutado como campeão pelo mago Shazam (Djimon Hounsou), que dá seus poderes ao garoto, transformando-o num super-herói (Zachary Levi).
(The movie follows Billy Batson (Asher Angel), an orphan who spent his entire life looking for his mom. After some confusion involving the police, he manages to get adopted by a couple who runs a foster home. One day, while running away from bullies through the subway, Billy is recruited as champion by the wizard Shazam (Djimon Hounsou), who gives his powers to the boy, making him a superhero (Zachary Levi).)



Deixem-me começar dizendo que eu nunca fui fã dessa nova leva de filmes da DC. Eu sempre fui mais fã do Universo Cinematográfico da Marvel. Eu sempre achava os filmes da DC, pelo menos os três primeiros, sombrios demais para serem divertidos. Mas aí vieram os outros três filmes que mudaram isso, que mostraram que há mais alegria e diversão nesse universo do que apenas escuridão: “Mulher-Maravilha”, “Liga da Justiça” e “Aquaman”, todos bons, mas nada grandiosos. E aí, entramos em “Shazam!”, que é dirigido por David F. Sandberg, conhecido por filmes de terror, como “Quando as Luzes se Apagam” e “Annabelle 2”. Se “O Homem de Aço”, “Batman vs Superman” e “Esquadrão Suicida” marcaram o universo por ser sombrio, e se “Mulher-Maravilha”, “Liga da Justiça”, e “Aquaman” significaram uma mudança desse estereótipo, “Shazam!” é o primeiro filme da DC à seguir essa nova fórmula na risca, sendo um filme, leve, descontraído, e que brinca com o próprio gênero. Diferente do resto, “Shazam!” é o único filme do Universo Estendido da DC que tenho certeza ao dizer que ele possui uma alma, porque nós passamos a ver os personagens como mais do que só personagens, nós nos importamos com eles, todos eles, e isso, pelo menos para mim, nunca aconteceu em um filme da DC até agora. Pra começar, o roteiro é muito bom. Os roteiristas fazem muito bem ao misturar vários gêneros em “Shazam!”. Há comédia, drama, fantasia, e, por incrível que pareça, até uns toques de terror aqui, o que é bem legal. É incrível como o roteiro nos faz importar bastante com certos personagens: nós sentimos tristes pelo Billy, que passou a vida inteira procurando a mãe, sem sucesso; sentimos pena pelo Freddy, colega de quarto do protagonista, que é vítima de bullying constante na escola; e acima de tudo, nós conseguimos entender a motivação do vilão, o Dr. Silvana, que é bem diferente do normal da DC (“AARRRGGGGHHH! Eu sou uma criatura de outro mundo, e vim aqui dominar a Terra!!”), e um sopro de ar fresco em um estereótipo maçante como esse sempre é bom. Mas, é claro, assim como o gênero de super-heróis em si, há algumas partes bem previsíveis em “Shazam!”, especialmente quando se diz a respeito de algumas piadas, mas há ainda algumas surpresas imprevisíveis ao longo do filme. Resumindo, os roteiristas de “Shazam!” conseguem misturar gêneros de forma brilhante aqui, dando uma nova roupagem divertida e leve aos filmes da DC.
(Let me start off by saying I've never been a big fan of this new batch of DC movies. I've always been a bigger fan of the Marvel Cinematic Universe. I always thought that the DC movies, especially the first three ones, were too dark to be fun. But then, the following three movies came, to show that there's more joy and fun in this universe than just darkness: “Wonder Woman”, “Justice League”, and “Aquaman”, which are good, but nothing great. Then, we go into “Shazam!”, directed by David F. Sandberg, who is known for horror films, like “Lights Out” and “Annabelle: Creation”. If “Man of Steel”, “Batman v Superman” and “Suicide Squad” marked this universe with their darkness, and if “Wonder Woman”, “Justice League” and “Aquaman” set a turning point in this stereotype, “Shazam!” is the first DC movie to entirely follow this new formula, being a light, relaxed, fun film that plays with its own genre. Different from the rest, “Shazam!” is the only movie in the DC Extended Universe that I'm safe to say it has heart, because we begin to see those characters as more than just characters, we care about them, all of them, and that, at least for me, never happened in a DC movie. For starters, the script is great. The screenwriters succeed in blending several genres in “Shazam!”. There's comedy, drama, fantasy, and, amazingly, even some bits of horror in it too, which is pretty cool. It's incredible how the script makes us really care about certain characters: we feel sad for Billy, who spent his entire life looking for his mom, without any success; we feel sorry for Freddy, the protagonist's roommate, who is a constant victim of bullying at school, and above all, we understand the motivations of the villain, Dr. Sivana, who is quite different from regular DC villains (“AAAAAARRRRRGGGGHHHH!! I'm a creature from another world, and I came here to dominate the Earth!!”), and a breath of fresh air in a dull stereotype like that is always a good thing. But, of course, as the superhero genre itself, there are some predictable parts in “Shazam!”, especially when it comes to jokes, but there are still some unpredictable surprises throughout the film. To sum it up, the screenwriters of “Shazam!” manage to blend genres in a brilliant way here, giving a whole new, fun and light face to the DC movies.)



O elenco, assim como o roteiro, também é muito bom. Os destaques ficam com Asher Angel, intérprete de Billy, que, diferente de sua persona de super-herói, possui uma atmosfera bem melancólica ao redor dele, e não se enganem, isso não é ruim, pelo contrário, isso mostra o quanto um protagonista de filmes de super-herói pode ter camadas; Zachary Levi, como o alter-ego de Billy, que chega bem perto do que o Chris Hemsworth fez em “Thor: Ragnarok”, ele é bem engraçado, e é particularmente hilário porque ele é uma criança no corpo de um adulto, bem similar ao que Tom Hanks fez no clássico dos anos 80 “Quero ser Grande”, uma das maiores influências no tom de “Shazam!”; Jack Dylan Grazer, como Freddy, colega de quarto de Billy, que é provavelmente o maior fã de super-heróis que já se viu no gênero, ele é bem engraçado, bem natural, e instantaneamente carismático; e Mark Strong como o vilão Dr. Silvana, que, diferente de vilões como Zod, Magia e Lobo da Estepe, é bastante crível, visualmente sinistro, e consegue ter suas motivações compreendidas pelo público. Além dos destaques, também há os ladrões de cena, compostos pela família adotiva de Billy, interpretados por Faithe Herman, Grace Fulton, Ian Chen, Jovan Armand, Marta Milans e Cooper Andrews, e todos trabalham muito bem, especialmente os irmãos adotivos do protagonista. E sinceramente, depois do final desse filme, eu quero ver esse elenco junto novamente.
(The cast, just like the script, is also really good. The main highlights stay with Asher Angel, who plays Billy, who, unlike his superhero persona, has a pretty melancholic atmosphere around him, and don't be mistaken, that's not a bad thing, on the contrary, it shows how a superhero movie protagonist can have layers; Zachary Levi, as Billy's alter-ego, who gets really close to what Chris Hemsworth did in “Thor: Ragnarok”, he is really funny, and particularly hilarious because he's a kid in the body of a grown-up, quite similar to what Tom Hanks did in the 80s classic “Big”, one of the biggest influences in “Shazam!”'s tone; Jack Dylan Grazer, as Freddy, Billy's roommate, who is probably, the biggest superhero fan ever to be seen in the genre, he is really funny, quite natural, and instantly charismatic; and Mark Strong as the villainous Dr. Sivana, who, unlike villains like Zod, Enchantress and Steppenwolf, is really believable, visually sinister, and succeeds in having his motivations understood by the audience. Besides the highlights, there are also the scene stealers, composed by Billy's foster family, portrayed by Faithe Herman, Grace Fulton, Ian Chen, Jovan Armand, Marta Milans and Cooper Andrews, and they all work really well, especially the protagonist's foster siblings. And honestly, after the ending of this movie, I want to see this cast together again.)



Indo para os aspectos técnicos, é tudo mais do mesmo, mas o CGI não chega a ser exagerado como em filmes anteriores da DC, especialmente “Batman vs Superman” e “Esquadrão Suicida”. Graças ao diretor, os efeitos conseguem ser econômicos e eficientes. Uma coisa que realmente gostei nos efeitos especiais de “Shazam!” foi o design dos vilões secundários do filme, que, literalmente, parecem ter saído de um filme de terror de tão assustadores que são. A fotografia é muito boa, transitando entre o claro e o escuro com facilidade e de forma orgânica; a direção de arte é muito bem feita, tem muitas cores vibrantes, e alguns tons mais sombrios em algumas cenas, e a trilha sonora é bem operante nos momentos em que ela é reproduzida. O visual não chega a ser grandioso, como o Thanos em “Vingadores: Guerra Infinita” ou o visual extraordinário e vibrante de “Homem-Aranha no Aranhaverso”, mas em suma, “Shazam!” é um filme extremamente bem produzido, econômico e tecnicamente eficiente.
(Onto the technical aspects, it's all more of the same, except the CGI is not over-the-top, like in previous DC movies, especially “Batman v Superman” and “Suicide Squad”. Thanks to the director, the effects succeed in being economic and efficient. One thing I really liked in the film's special effects was the design of the secondary villains, who, literally, look like they walked out of a horror film, just to prove their scariness. The direction of cinematography is really good, transitioning between light and dark with ease and in an organic way; the art direction is very well made, it has lots of vibrant colors, and some darker tones in a couple of scenes, and the soundtrack is quite operative in the moments it is played. The visuals do not achieve a higher level of greatness, like Thanos in “Avengers: Infinity War” or the extraordinary, vibrant looks of “Spider-Man: Into the Spider-Verse”, but, in a nutshell, “Shazam!” is an extremely well produced, economic, and technically efficient film.)



Apostando na diversão e na alegria, “Shazam!” marca o início de uma nova era nos filmes da DC, resultando em um filme leve, divertido, descontraído e tecnicamente eficiente, que irá agradar tanto os fãs veteranos da editora quanto os iniciantes no Universo Estendido da DC Comics!

Nota: 8,5 de 10!!

É isso, pessoal! Espero que tenham gostado!! Até a próxima,
João Pedro

(Injecting it with joy and fun, “Shazam!” marks the beginning of a new era in DC movies, resulting in a light, fun, relaxed, and technically efficient movie, that will please both the publisher's veteran fans and the beginners in the DC Extended Universe!

I give it a 8,5 out of 10!!

That's it, guys! I hope you liked it!! See you next time,
João Pedro)




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