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Na mitologia grega, o mito de Prometeu consiste em um desafio aos deuses do Olimpo, com o titã roubando o fogo das divindades e entregando-o à raça humana, na forma de tecnologia, conhecimento e civilização. Como punição, os deuses gregos acorrentaram Prometeu à uma rocha, onde uma águia, o símbolo de Zeus, devora seu fígado em um loop infinito. Na tradição ocidental, o titã se tornou uma figura que representa o triunfo humano e, com ele, o risco de consequências não previstas. Um exemplo dessa interpretação é “Frankenstein”, de Mary Shelley, cujo subtítulo é “O Prometeu Moderno”. O mito acaba por encaixar perfeitamente na trajetória pessoal e profissional do físico teórico norte-americano J. Robert Oppenheimer, retratada em “Oppenheimer”, novo filme de Christopher Nolan (“Batman: O Cavaleiro das Trevas”, “A Origem”).
Consistindo em uma narrativa não-linear, a abordagem de Nolan é um verdadeiro mergulho dentro da mentalidade de seu protagonista, uma pessoa moralmente ambígua e tão complexa quanto sua própria história, e um retrato realista da relação turbulenta entre ciência e política, e de como, muitas vezes, o ponto de vista ideológico de um indivíduo pode vir a importar mais do que suas conquistas profissionais, por mais revolucionárias que sejam. Além disso, a obra acaba por fazer um paralelo brilhante com a situação sociopolítica mundial atualmente, especialmente em respeito aos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, nos apresentando com um futuro nada promissor.
(In Greek mythology, the myth of Prometheus consists in a challenge towards Olympian gods, with the titan stealing fire from the deities and delivering it to the human race, in the form of technology, knowledge and civilization. As punishment, the Greek gods chain Prometheus to a rock, where an eagle, the emblem of Zeus, devours his liver in an infinite loop. In Western tradition, the titan became a figure that represents human striving and, with it, the risk of unintended consequences. One example of that interpretation is Mary Shelley's “Frankenstein”, which bears the subtitle “The Modern Prometheus”. The myth ends up perfectly fitting for the personal and professional trajectory of American theoretical physicist J. Robert Oppenheimer, portrayed in “Oppenheimer”, the new film from Christopher Nolan (“The Dark Knight”, “Inception”).
Consisting of a non-linear narrative, Nolan's approach is a true deep dive into his protagonist's mentality, a person who's morally ambiguous and as complex as his own story, and a realistic portrayal of the turbulent relationship between science and politics, and how, many times, an individual's ideological point of view may matter more than their professional achievements, as revolutionary as they might have been. Besides that, the feature ends up making a brilliant connection with the world's current sociopolitical situation, especially when it comes to the Russia-Ukraine conflicts, presenting us with a future that's anything but promising.)
Trama
O filme acompanha a trajetória profissional e pessoal do físico teórico J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy, “Peaky Blinders”), focando nas suas colaborações para o desenvolvimento das primeiras bombas atômicas, e como estas conquistas foram subsequentemente minadas por circunstâncias pessoais, como a conexão de Oppenheimer com várias pessoas filiadas ao Partido Comunista, um caso extraconjugal notório com a psiquiatra Jean Tatlock (Florence Pugh, “Midsommar”), e sua relação profissional turbulenta com o Almirante Lewis Strauss (Robert Downey Jr., “Homem de Ferro”).
(Plot
The film follows the professional and personal trajectory of theoretical physicist J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy, “Peaky Blinders”), focusing on his collaborations towards the development of the first atomic bombs, and how these accomplishments were subsequently mined by personal circumstances, such as Oppenheimer's connection to several people linked to the Communist Party, a notorious extramarital affair with psychiatrist Jean Tatlock (Florence Pugh, “Midsommar”), and his turbulent professional relationship with Admiral Lewis Strauss (Robert Downey Jr., “Iron Man”).)
Visão do diretor
Com a estrutura do roteiro de “Oppenheimer”, Nolan consegue reter duas de suas características mais recorrentes e conhecidas como realizador: a de compor uma narrativa não-linear, ou seja, a apresentação da história em uma ordem que não é cronológica, como feito em “Amnésia”, de 2000; e a criação de uma trama essencialmente complexa, similar à um quebra-cabeças, exemplificado por suas obras mais conhecidas, como “O Grande Truque”, de 2006, “A Origem”, de 2010, e “Interestelar”, de 2014. O filme segue duas linhas de raciocínio de forma simultânea: a tentativa do personagem-título de renovar sua certificação de segurança para continuar suas pesquisas e a audiência para que Lewis Strauss se tornasse Secretário do Comércio. O roteiro reveza entre os dois pontos de vista, auxiliados fortemente por flashbacks, para criar um enredo completo, a ponto de ser, possivelmente, o mais completo da carreira de Nolan.
A proposta de ter dois pontos de vista também permite perspectivas diferentes sobre uma mesma cena. Isso ocorre várias vezes em “Oppenheimer”, fazendo parte até da estética visual do filme. Quando uma cena é em preto-e-branco, ela pretende ser uma recriação fiel do que realmente aconteceu. Quando ela é em cores, é uma interpretação daquele momento no ponto de vista do protagonista. Esta estratégia auxilia muito para que o longa seja um estudo de personagem não só do personagem-título, mas também de toda uma época, em seus contextos sociopolíticos e ideológicos.
Pode-se dizer que o conflito que move a trama é o travado entre a ciência e a política. Tal luta é perfeitamente espelhada na figura de Oppenheimer. Ele foi uma figura recrutada pelo governo dos EUA para desenvolver o Projeto Manhattan, mas ele tinha seus próprios pontos de vista sobre o que ele estava desenvolvendo, e muitas vezes, essas perspectivas não eram condizentes com o que o governo esperava. Ver como Oppenheimer faz um jogo de cintura para tentar equilibrar estes dois lados de sua persona é nada menos que fascinante. Ele é uma pessoa complexa, moralmente ambígua. Em outras palavras, o protagonista perfeito para um filme de Christopher Nolan.
Além de fazer uma biografia de seu protagonista, Nolan consegue fazer um paralelo quase onisciente com os dias de hoje, em duas vertentes: a tendência das pessoas de julgarem e taxarem um indivíduo pela sua ideologia sociopolítica, não importa o quão revolucionárias e importantes suas conquistas foram; e a certeza aterrorizante do caráter destrutivo de uma bomba atômica, tão presente na época de ambientação quanto é atualmente. De fato, o diretor se inspirou no ressurgimento do medo de um holocausto nuclear, em face às invasões da Ucrânia pela Rússia, avaliadas como uma espécie de estopim para uma possível Terceira Guerra Mundial. Desta forma, as temáticas abordadas em “Oppenheimer” fazem do longa não somente algo relevante, mas também atemporal.
Um último destaque narrativo que Nolan acerta em cheio é o passo da trama. Com uma duração extensa de 3 horas, o diretor mantém um andamento cauteloso e simultaneamente dinâmico, construindo a atmosfera em antecipação ao teste nuclear Trinity. Parece ser uma unanimidade que o filme perde um pouco do gás após a realização do teste, suposição que esta crítica discorda. A parte final não só dá um desfecho realista para cada um de seus personagens-chave, como também oferece as peças cruciais finais para o melhor quebra-cabeça que Christopher Nolan elaborou ao longo de sua carreira. Para aqueles que se decepcionaram na primeira vez, a recomendação é que assistam de novo, pois fica ainda melhor ao ser visto várias vezes.
(Director's vision
With the screenplay structure of “Oppenheimer”, Nolan manages to retain two of his most recurring, well-known characteristics as a filmmaker: that of composing a non-linear narrative, meaning that the story is told in an order that's not chronological, such as 2000's “Memento”; and the creation of an essentially complex plot, similar to a jigsaw puzzle, exemplified by his best-known works, like 2006's “The Prestige”, 2010's “Inception” and 2014's “Interstellar”. The film follows two storylines simultaneously: the title character's attempt to renew his security clearance in order to continue his research and the hearing for Lewis Strauss to become Secretary of Commerce. The screenplay goes back and forth in these two perspectives, aided heavily by flashbacks, in order to create a complete plot, to the point of being, possibly, the most complete one in Nolan's career.
The proposal of having two different points of view also allows different perspectives over the same scene. This happens constantly in “Oppenheimer”, even as a part of the film's visual aesthetic. When a scene is portrayed in black-and-white, it intends to be a faithful recreation of what actually happened. When it's portrayed in color, it is an interpretation of that moment under the protagonist's point of view. That strategy helps a lot in making the film a character study not only of its title-character, but also of an entire time, alongside its sociopolitical and ideological contexts.
It can be said that the conflict that moves the plot forward is the one between science and politics. That struggle is perfectly mirrored in the figure of Oppenheimer. He was a figure selected by the government to develop the Manhattan Project, but he had his own points of view over what he was developing, and many times, these perspectives didn't agree with the government's expectations. Seeing how Oppenheimer extensively tries to balance these two extremes in his persona is nothing less than fascinating. He's a complex, morally grey, ambiguous person. In other words, he's the perfect protagonist for a Christopher Nolan film.
Besides making a biopic of his protagonist, Nolan manages to make an omniscient parallel with today, in two points: people's tendency of judging and labeling a person through their sociopolitical ideology, no matter how important and revolutionary their accomplishments were; and the terrifying certainty of the atomic bomb's destructive character, as present in the film's setting as it is nowadays. Indeed, the director was inspired by the ressurgence of fear for a nuclear holocaust, due to Russia's invasions of Ukraine, which were valued as some sort of breaking point of a possible World War III. This way, the themes dealt with in “Oppenheimer” make it not only relevant, but also timeless.
One last narrative highlight that Nolan knocks out of the park is the plot's pacing. With a robust runtime of 3 hours, the director keeps a cautious yet dynamic pace, building up the atmosphere in anticipation of the Trinity nuclear test. It seems to be unanimous that the film loses some of its momentum after the test is conducted, something this review disagrees upon. The final part not only gives a realistic close to every one of its key characters, but also offers the crucial final pieces to the best jigsaw puzzle Christopher Nolan has created in his entire career. For those who were disappointed the first time around, a rewatch is highly recommended, as it is a film that only improves upon subsequent viewings.)
Elenco de peso
É difícil achar um membro de elenco em “Oppenheimer” que não mereça uma indicação ao Oscar, mesmo que as aparições sejam extremamente breves. Porém, alguns são apostas certeiras, a começar pela incorporação de J. Robert Oppenheimer por Cillian Murphy. Indo além da semelhança física entre ator e personagem, é simplesmente incrível o que Murphy consegue fazer com sua performance corporal, em especial com os olhos. A dúvida que ele mostra em relação ao desenvolvimento da bomba é imperceptível através dos diálogos, mas o desempenho corporal do ator oferece todas as respostas que o espectador precisa. Há algumas sequências que parecem ser ambientadas dentro da mente do protagonista, e Murphy consegue transmitir a apreensão de Oppenheimer extraordinariamente bem durante essas cenas. Servindo como um complemento, e ao mesmo tempo, um contraste, temos a Emily Blunt, cuja personagem é responsável por manter os pés do protagonista no chão, como se fosse uma espécie de farol para guiá-lo. Ela é severa, convicta e corretiva. Porém, há alguns momentos que lacunas se revelam em sua personalidade, e aí que Blunt brilha. A dinâmica entre Murphy e Blunt em tela é propositalmente conflituosa, e é por isso que os dois funcionam tão bem.
No lado coadjuvante, temos um trio de atuações maravilhosas de Matt Damon, Robert Downey Jr. e Florence Pugh. Damon consegue misturar uma seriedade com um senso de humor sombrio muito bem. Downey Jr. entrega sua melhor performance desde seu início como Tony Stark, sendo um dos personagens mais misteriosos, reclusos e relevantes da trama. É particularmente incrível ver como o ator vai lentamente se revelando ao espectador, levando-o a ficar boquiaberto com o desfecho de seu arco narrativo. Pugh, por sua vez, tem um número extremamente limitado de cenas, mas, como uma das melhores atrizes da nossa geração, ela simplesmente devora cada momento e faz o melhor que ela pode oferecer com o que o roteiro lhe dá.
Fora este quinteto, há uma multidão de atores que merecem destaque, mesmo que a duração de suas participações seja variada. Josh Hartnett, Kenneth Branagh, Casey Affleck, Dane DeHaan, Rami Malek, Benny Safdie, Jason Clarke, Dylan Arnold, Jack Quaid, Matthew Modine, David Krumholtz, Matthias Schweighöfer, Michael Angarano, Josh Peck, Alex Wolff, Olivia Thirlby, Gary Oldman e Macon Blair são alguns destes intérpretes, e se o Oscar já tivesse inventado uma categoria de Melhor Elenco Conjunto, “Oppenheimer” já seria um dos principais concorrentes ano que vem. E por fim, um destaque especial fica com o Tom Conti como Albert Einstein, que tem um propósito quase simbólico na trajetória do protagonista, auxiliando em seu desenvolvimento de uma maneira crucial.
(Heavy cast
It's hard to find one cast member in “Oppenheimer” that isn't deserving of an Oscar nomination, even though some appearances are extremely brief. However, some are sure bets, starting off with Cillian Murphy's embodiment of J. Robert Oppenheimer. Going beyond the physical resemblance between actor and character, it's simply amazing to see what Murphy does with his body language, especially when it comes to his eyes. The doubt he shows in regard of the bomb's development is imperceptible through his dialogue, but the actor's corporal performance offers every answer the viewer is looking for. There are some sequences that seem to be set inside the protagonist's mind, and Murphy manages to convey Oppenheimer's aprehension in these scenes extraordinarily well. As a complement and a contrast, we have Emily Blunt, whose character is responsible for keeping the protagonist's feet on the ground, as some sort of beacon to guide him. She is severe, certain of herself, and corrective. However, there are a few moments where gaps are revealed in her personality, and that's when Blunt shines. The onscreen dynamic between Murphy and Blunt is purposefully full of conflicts, and that's exactly why they work so well together.
On the supporting side, we have a trio of wonderful performances by Matt Damon, Robert Downey Jr. and Florence Pugh. Damon manages to mix seriousness with a grim sense of humor really well. Downey Jr. delivers his best performance since his initial turn as Tony Stark, as one of the plot's most mysterious, secretive and relevant characters. It's particularly amazing to see how the actor slowly peels back the layers of his character to the viewer, leaving them with their jaws to the floor by the conclusion of his narrative arc. Pugh, on the other hand, has an extremely limited number of scenes, but, as one of our generation's best actresses, she simply devours every moment and does her absolute best with what the script has to offer.
Apart from those five, there are a multitude of actors and actresses who deserve their spot, even if the length of their appearances is varied. Josh Hartnett, Kenneth Branagh, Casey Affleck, Dane DeHaan, Rami Malek, Benny Safdie, Jason Clarke, Dylan Arnold, Jack Quaid, Matthew Modine, David Krumholtz, Matthias Schweighöfer, Michael Angarano, Josh Peck, Alex Wolff, Olivia Thirlby, Gary Oldman and Macon Blair are some of these performers, and if the Oscars had already invented a Best Ensemble category, “Oppenheimer” would be one of next year's main contenders. And at last, one final highlight stays with Tom Conti as Albert Einstein, who has a nearly symbolic purpose on the protagonist's trajectory, helping on his development in a crucial manner.)
Experiência essencialmente cinematográfica
Se Christopher Nolan segue uma regra à risca, é: sempre faça um filme tendo como objetivo a maior tela possível. A dedicação e o detalhe nos aspectos técnicos faz com que “Oppenheimer” seja uma experiência imperdível a se vivenciar em uma sala de cinema. Se “Barbie” promete ser um concorrente forte nas categorias técnicas de Melhor Direção de Arte, Design de Figurino e Canção Original, o novo filme de Nolan irá impôr uma competição formidável em todas as outras categorias. Este é, de longe, o melhor trabalho do Hoyte van Hoytema como diretor de fotografia em um filme do diretor. A maneira que sua câmera perdura nos atores os motiva a ter um desempenho ainda melhor. A montagem da Jennifer Lame é simplesmente sublime. A transição entre as cenas e diferentes pontos de vista é suave, dinâmica e essencialmente fluida, permitindo que a trama se desenvolva naturalmente.
O trabalho de som é impecável. Há certos momentos onde as cenas são dominadas por um silêncio ensurdecedor, com a câmera de Hoytema focando nas expressões concentradas dos personagens. E aí, do nada, uma explosão de som igualmente ensurdecedora toma seu lugar, e os personagens parecem estar propositalmente desnorteados. É uma das melhores experiências sensoriais que uma sala de cinema pode providenciar, e por isso vale muito a pena ver na maior tela e no melhor sistema de som possível. A trilha sonora do Ludwig Göransson é maravilhosa, carregando ecos do trabalho épico de Hans Zimmer em obras anteriores do diretor e imprimindo sua identidade contemporânea no processo. Há algumas sequências onde a trilha é usada de forma bem competente para construir uma atmosfera de tensão e medo, e Göransson acerta em cheio nestes momentos. E, é claro, temos os efeitos visuais, os quais são 100% práticos e livres de qualquer computação gráfica. Isto não só permite um maior realismo no retrato da realidade, como também representa um ponto fora da curva na construção de cenas de ação no cinema dos dias de hoje, e isso é muito bom.
(An essentially cinematic experience
If Christopher Nolan follows a rule strictly by the book, that rule is: always make a film aiming for the largest screen possible. The dedication and detail in the technical aspects make “Oppenheimer” an experience you can't miss on checking out on the big screen. If “Barbie” promises to be a strong contender in the tech categories of Best Production Design, Costume Design and Original Song, Nolan's new film will impose some formidable competition in every other category. This is, by far, Hoyte van Hoytema's finest hour as a cinematographer for one of Nolan's films. The way his camera holds onto the actors motivates them to have an ever better performance. Jennifer Lame's editing is simply sublime. The transition between scenes and different points of view is suave, dynamic and essentially fluid, allowing the plot to develop naturally.
The sound work is flawless. There are certain moments where scenes are dominated by a deafening silence, with Hoytema's camera focusing on the concentrated expressions of the characters. And then, out of nowhere, an equally deafening burst of sound takes its place, as the characters look purposefully bewildered. It's one of the best sensory experiences a movie theater can provide, and for that it is worth checking it out on the biggest screen and better sound system you can find. Ludwig Göransson's score is wonderful, carrying echoes of Hans Zimmer's epic work in the director's previous movies and imprinting his contemporary identity in the process. There are some sequences in where the score plays a part in building an atmosphere of tension and fear, and Göransson hits the jackpot in those moments. And, of course, we have the visual effects, which are 100% practical and free of any computer-generated imagery. It not only allows a greater realism in portraying reality, but also represents an exception in the construction of action scenes in filmmaking nowadays, and that's a really good thing.)
Resumindo, “Oppenheimer” não só é o melhor trabalho de Christopher Nolan, como também é o melhor filme do ano até agora. Contando com um roteiro complexo e relevante para a atualidade, um grande elenco que transborda puro talento, e aspectos técnicos que destacam sensações que somente uma sala de cinema pode providenciar, o épico atômico de Nolan é um filme para deixar qualquer espectador boquiaberto ao final da projeção.
Nota: 10 de 10!!
É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, “Oppenheimer” is not only Christopher Nolan's best work, but also the greatest film of the year so far. Relying on a complex script that also speaks to our times, an enormous cast that overflows with pure talent, and technical aspects that highlight sensations that only a movie theater can provide, Nolan's atomic epic is a film that will leave any viewer with their jaws dropped to the floor by the time the credits start rolling.
I give it a 10 out of 10!!
That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)