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Português:
“O Iluminado” (The
Shining) é um filme estadunidense de 1980 do gênero suspense-terror
dirigido por Stanley Kubrick e estrelado por Jack Nicholson, Shelley
Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers, Joe Turkel, Barry Nelson,
Philip Stone, Lisa Burns e Louise Burns. O filme é baseado no
romance de mesmo nome escrito por Stephen King.
O filme gira em torno
de Jack Torrance (Nicholson), que arruma um trabalho como zelador em
um hotel nas montanhas do Colorado, onde, uma vez, um ex-zelador
(Stone) assassinou sua família inteira, na esperança de curar seu
bloqueio de escritor. Ele se muda para lá com sua esposa Wendy
(Duvall), e o filho Danny (Lloyd), que é atormentado por
premonições. Depois de se mudarem pra lá, Danny começa a ter
visões cada vez mais perturbadoras, e Jack, além de não conseguir
escrever, aprende os segredos sombrios do hotel, e começa a
demonstrar os primeiros sintomas da “febre de cabana”, o que foi
o mesmo que aconteceu com o ex-zelador.
Sinceramente, antes
desse filme, eu nunca tinha visto um filme de Stanley Kubrick. E eu
nunca me senti realmente interessado à vê-lo inteiro. Sabe aqueles
filmes de terror bem antigos que causavam medo antes, mas são
considerados toscos agora? Esse foi meu primeiro pensamento sobre “O
Iluminado”. Mas, graças a Steven Spielberg, e sua mais recente (e
nostálgica) obra-prima, “Jogador Número 1”, eu finalmente tive
a vontade de sentar e ver o filme. E, meus amigos, que filme! Pode
não ser uma adaptação fiel ao livro de Stephen King, como o
próprio odiou o filme, mas “O Iluminado” tem razão para ter se
tornado um clássico do gênero. Vamos começar com as atuações:
Jack Nicholson é um dos melhores atores vivos, na minha opinião;
nunca vi uma atuação ruim dele e Jack Torrance não é uma exceção,
ele encarna toda a psicopatia do personagem com maestria, e eu tenho
uma leve impressão que esse papel o inspirou a aceitar o papel de
Coringa, no “Batman”, de 1989. Shelley Duvall parece entregar
mais do que uma atuação, considerando que a relação entre ela e
Stanley Kubrick foi bem turbulenta no set, parece mais que ela
entregou uma experiência ao vivo, como se as falas e ações dela
não estivessem no roteiro, e eu falo isso como um baita elogio.
Danny Lloyd faz muito bem como um menino meio problemático, como o
Samuel de “The Babadook”, e Scatman Crothers também está muito
bom como um chef que, sinceramente, parece ser importante em apenas
uma cena, mas é uma cena bem explicativa sobre o que acontece com
Danny. Agora, vamos para o visual. O jogo de câmera é maravilhoso,
é muito bem feito e perfeitamente simétrico, como se o Kubrick
soubesse como causar intriga e medo com a câmera. Tem momentos em
que a câmera é aérea, que é sob o ponto de vista de um
personagem, que ela acompanha o personagem em uma determinada cena, e
funciona em cada uma dessas situações. Digo o mesmo pelos sets, com
cores atrativas, e frames dignos de serem wallpapers. O hotel
Overlook é uma maravilha a parte, pois, além de ser um lugar bem
chique, é um lugar bem fechado, bem claustrofóbico, o que inicia a
loucura do protagonista. E o fato do filme ser ambientado em um lugar
mais fechado dá um tom bem atmosférico para o filme, como “Rua
Cloverfield, 10”.
Também há várias
interpretações metafóricas do filme, mas deixarei isso para a
resenha do brilhante documentário “Room 237”... (Risos)
Brilhante, atmosférico
e assustador, “O Iluminado” é um dos vários clássicos de
Stanley Kubrick, e ainda continua causando calafrios, mesmo com 38
anos de idade.
Amei esse filme!!!
Recomendo fortemente para todos os fãs do gênero e do diretor!!
Nota: 9,5 de 10!!
Elenco: Jack Nicholson,
Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers, Joe Turkel, Barry
Nelson, Philip Stone, Lisa Burns e Louise Burns.
Direção: Stanley
Kubrick.
Duração: 146 min
(versão americana), 119 min (versão europeia).
Distribuição: Warner
Bros. Pictures.
English:
“The Shining” is a
1980 American horror-thriller film directed by Stanley Kubrick. It
stars Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers,
Joe Turkel, Barry Nelson, Philip Stone, Lisa Burns and Louise Burns.
It is based on the novel of the same name written by Stephen King.
The film tells the
story of Jack Torrance (Nicholson), who gets a job as a caretaker at
a hotel in the Colorado mountains, where, once, a former caretaker
(Stone) murdered his entire family, hoping to recover from writer's
block. He moves from his home to the hotel with his wife, Wendy
(Duvall), and his son, Danny (Lloyd), who is tormented by
premonitions. After moving, Danny starts to have darker and darker
premonitions, and Jack, besides not writing a thing, learns about the
hotel's dark secrets, and starts to demonstrate symptoms of cabin
fever, just like the former caretaker.
Sincerely, before this
film, I had never seen a Stanley Kubrick film. And I never felt
interested in watching it as a whole. You guys know those really old
horror movies that frightened people at the time of release, but now
are considered cheesy? That was my first thought about “The
Shining”. But, thanks to Steven Spielberg and his most recent (and
nostalgic) masterpiece, “Ready Player One”, I finally wanted to
see the whole film. And, my friends, what a movie! It might not be a
faithful adaptation of Stephen King's novel, as King himself hated
the film, but “The Shining” has reasons to have become a classic
in its genre. Let's start with the acting: Jack Nicholson is one of
the greatest living actors, in my opinion; I've never seen one bad
performance he's done, and Jack Torrance is no exception, he
incarnates all the psychopathy of the character like a master, and I
have a slight impression that this role gave him the role of the
Joker in 1989's “Batman”. Shelley Duvall seems like she gave more
than a performance, as her relationship with Kubrick on set was
turbulent, it looks like she gave a live experience, as if her
actions and lines weren't scripted, and I mean that as one hell of a
compliment. Danny Lloyd did really nice as a problematic kid, like
Samuel from “The Babadook”, and Scatman Crothers is also really
good as a chef who, sincerely, seems like he's important in just one
scene, but it's a very explaining scene about what's happening to
Danny. Now, let's talk about the visuals. The camera work is
marvelous, really well done and perfectly symmetrical, as if Kubrick
knew how to cause intrigue and fear with it. It has moments with air
shots, point of view shots, character-accompanying shots, and it
works in every one of these situations. I say the same about the
sets, with attractive colors and in frames worthy of becoming
wallpapers. The Overlook hotel is a masterpiece in its own, because,
besides being a really fancy place, it's also a restricted,
claustrophobic space, which boosts the protagonist's madness. And the
fact that the film's set in a restricted place builds an atmosphere
in it, like in “10 Cloverfield Lane”.
There's also several
metaphorical interpretations of “The Shining”, but I'll leave
that for the review of the brilliant documentary “Room 237”...
(LOL)
Brilliant, atmospheric,
and terrifying, “The Shining” is one of Stanley Kubrick's many
classics, and it still gives chills, even at age 38.
I loved it!! I strongly
recommend it to the genre's fans and Kubrick fans!!
I give it a 9,5 out of
10!!
Cast: Jack Nicholson,
Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers, Joe Turkel, Barry
Nelson, Philip Stone, Lisa Burns and Louise Burns.
Directed by: Stanley
Kubrick.
Running time: 146
minutes (American cut), 119 minutes (European cut).
Distribution: Warner
Bros. Pictures.
Muito coerente e bem escrita sua resenha. É de se admirar um jovem ter sua maturidade para análises cinematográficas. Parabéns!
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