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sexta-feira, 13 de abril de 2018

Resenha-crítica "O Iluminado", de Stanley Kubrick (Bilíngue)


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Português:
“O Iluminado” (The Shining) é um filme estadunidense de 1980 do gênero suspense-terror dirigido por Stanley Kubrick e estrelado por Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers, Joe Turkel, Barry Nelson, Philip Stone, Lisa Burns e Louise Burns. O filme é baseado no romance de mesmo nome escrito por Stephen King.

O filme gira em torno de Jack Torrance (Nicholson), que arruma um trabalho como zelador em um hotel nas montanhas do Colorado, onde, uma vez, um ex-zelador (Stone) assassinou sua família inteira, na esperança de curar seu bloqueio de escritor. Ele se muda para lá com sua esposa Wendy (Duvall), e o filho Danny (Lloyd), que é atormentado por premonições. Depois de se mudarem pra lá, Danny começa a ter visões cada vez mais perturbadoras, e Jack, além de não conseguir escrever, aprende os segredos sombrios do hotel, e começa a demonstrar os primeiros sintomas da “febre de cabana”, o que foi o mesmo que aconteceu com o ex-zelador.

Sinceramente, antes desse filme, eu nunca tinha visto um filme de Stanley Kubrick. E eu nunca me senti realmente interessado à vê-lo inteiro. Sabe aqueles filmes de terror bem antigos que causavam medo antes, mas são considerados toscos agora? Esse foi meu primeiro pensamento sobre “O Iluminado”. Mas, graças a Steven Spielberg, e sua mais recente (e nostálgica) obra-prima, “Jogador Número 1”, eu finalmente tive a vontade de sentar e ver o filme. E, meus amigos, que filme! Pode não ser uma adaptação fiel ao livro de Stephen King, como o próprio odiou o filme, mas “O Iluminado” tem razão para ter se tornado um clássico do gênero. Vamos começar com as atuações: Jack Nicholson é um dos melhores atores vivos, na minha opinião; nunca vi uma atuação ruim dele e Jack Torrance não é uma exceção, ele encarna toda a psicopatia do personagem com maestria, e eu tenho uma leve impressão que esse papel o inspirou a aceitar o papel de Coringa, no “Batman”, de 1989. Shelley Duvall parece entregar mais do que uma atuação, considerando que a relação entre ela e Stanley Kubrick foi bem turbulenta no set, parece mais que ela entregou uma experiência ao vivo, como se as falas e ações dela não estivessem no roteiro, e eu falo isso como um baita elogio. Danny Lloyd faz muito bem como um menino meio problemático, como o Samuel de “The Babadook”, e Scatman Crothers também está muito bom como um chef que, sinceramente, parece ser importante em apenas uma cena, mas é uma cena bem explicativa sobre o que acontece com Danny. Agora, vamos para o visual. O jogo de câmera é maravilhoso, é muito bem feito e perfeitamente simétrico, como se o Kubrick soubesse como causar intriga e medo com a câmera. Tem momentos em que a câmera é aérea, que é sob o ponto de vista de um personagem, que ela acompanha o personagem em uma determinada cena, e funciona em cada uma dessas situações. Digo o mesmo pelos sets, com cores atrativas, e frames dignos de serem wallpapers. O hotel Overlook é uma maravilha a parte, pois, além de ser um lugar bem chique, é um lugar bem fechado, bem claustrofóbico, o que inicia a loucura do protagonista. E o fato do filme ser ambientado em um lugar mais fechado dá um tom bem atmosférico para o filme, como “Rua Cloverfield, 10”.
Também há várias interpretações metafóricas do filme, mas deixarei isso para a resenha do brilhante documentário “Room 237”... (Risos)
Brilhante, atmosférico e assustador, “O Iluminado” é um dos vários clássicos de Stanley Kubrick, e ainda continua causando calafrios, mesmo com 38 anos de idade.
Amei esse filme!!! Recomendo fortemente para todos os fãs do gênero e do diretor!!

Nota: 9,5 de 10!!

Elenco: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers, Joe Turkel, Barry Nelson, Philip Stone, Lisa Burns e Louise Burns.
Direção: Stanley Kubrick.
Duração: 146 min (versão americana), 119 min (versão europeia).
Distribuição: Warner Bros. Pictures.


English:
“The Shining” is a 1980 American horror-thriller film directed by Stanley Kubrick. It stars Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers, Joe Turkel, Barry Nelson, Philip Stone, Lisa Burns and Louise Burns. It is based on the novel of the same name written by Stephen King.

The film tells the story of Jack Torrance (Nicholson), who gets a job as a caretaker at a hotel in the Colorado mountains, where, once, a former caretaker (Stone) murdered his entire family, hoping to recover from writer's block. He moves from his home to the hotel with his wife, Wendy (Duvall), and his son, Danny (Lloyd), who is tormented by premonitions. After moving, Danny starts to have darker and darker premonitions, and Jack, besides not writing a thing, learns about the hotel's dark secrets, and starts to demonstrate symptoms of cabin fever, just like the former caretaker.

Sincerely, before this film, I had never seen a Stanley Kubrick film. And I never felt interested in watching it as a whole. You guys know those really old horror movies that frightened people at the time of release, but now are considered cheesy? That was my first thought about “The Shining”. But, thanks to Steven Spielberg and his most recent (and nostalgic) masterpiece, “Ready Player One”, I finally wanted to see the whole film. And, my friends, what a movie! It might not be a faithful adaptation of Stephen King's novel, as King himself hated the film, but “The Shining” has reasons to have become a classic in its genre. Let's start with the acting: Jack Nicholson is one of the greatest living actors, in my opinion; I've never seen one bad performance he's done, and Jack Torrance is no exception, he incarnates all the psychopathy of the character like a master, and I have a slight impression that this role gave him the role of the Joker in 1989's “Batman”. Shelley Duvall seems like she gave more than a performance, as her relationship with Kubrick on set was turbulent, it looks like she gave a live experience, as if her actions and lines weren't scripted, and I mean that as one hell of a compliment. Danny Lloyd did really nice as a problematic kid, like Samuel from “The Babadook”, and Scatman Crothers is also really good as a chef who, sincerely, seems like he's important in just one scene, but it's a very explaining scene about what's happening to Danny. Now, let's talk about the visuals. The camera work is marvelous, really well done and perfectly symmetrical, as if Kubrick knew how to cause intrigue and fear with it. It has moments with air shots, point of view shots, character-accompanying shots, and it works in every one of these situations. I say the same about the sets, with attractive colors and in frames worthy of becoming wallpapers. The Overlook hotel is a masterpiece in its own, because, besides being a really fancy place, it's also a restricted, claustrophobic space, which boosts the protagonist's madness. And the fact that the film's set in a restricted place builds an atmosphere in it, like in “10 Cloverfield Lane”.
There's also several metaphorical interpretations of “The Shining”, but I'll leave that for the review of the brilliant documentary “Room 237”... (LOL)
Brilliant, atmospheric, and terrifying, “The Shining” is one of Stanley Kubrick's many classics, and it still gives chills, even at age 38.
I loved it!! I strongly recommend it to the genre's fans and Kubrick fans!!

I give it a 9,5 out of 10!!

Cast: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers, Joe Turkel, Barry Nelson, Philip Stone, Lisa Burns and Louise Burns.
Directed by: Stanley Kubrick.
Running time: 146 minutes (American cut), 119 minutes (European cut).
Distribution: Warner Bros. Pictures.












Um comentário:

  1. Muito coerente e bem escrita sua resenha. É de se admirar um jovem ter sua maturidade para análises cinematográficas. Parabéns!

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