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E aí, galerinha de
cinéfilos! Aqui quem fala é o João Pedro! Como vocês bem sabem,
eu sou muito fã dos filmes do diretor Wes Anderson. Os filmes dele
são caracterizados por ter elencos de primeira linha, direções de
fotografia de tirar o fôlego, design de produção em tons pastel,
trilhas sonoras nostálgicas, passo acelerado, e por te dar uma
vontade de ver os seus filmes de novo, porque todos são ótimos. E
para celebrar o lançamento do seu novo filme, Ilha dos Cachorros,
que estreará dia 19 de julho, irei fazer um ranking dos filmes
desse excêntrico diretor, e irei atualizá-lo quando eu ver seu novo
filme. Irei incluir aqui, dentre os curtas dele, apenas Hotel
Chevalier, que serve como um prólogo para Viagem à Darjeeling.
Então, vamos lá!
(What's up, film buffs!
João Pedro here! As you well know, I am a huge fan of Wes Anderson's
films. His movies are characterized by its A-list casts, breathtaking
cinematography, pastel-colored production design, nostalgia-filled
soundtracks, fast pace, and by giving you a huge will to watch them
again, because they are all great. And to celebrate the release of
his new film, Isle Of Dogs, I will rank the filmography of this
eccentric director, and will update it when I see his new film. I
will include here, among his short films, only Hotel Chevalier, which
serves as a prologue to The Darjeeling Limited. So, let's go!)
10 – VIAGEM À
DARJEELING (2007) (THE DARJEELING LIMITED)
Como eu falei acima,
todos os filmes do Wes são bons. Viagem à Darjeeling talvez seja o
mais estranho que ele já fez. Mas o filme possui muitos pontos
fortes: Adrien Brody, Owen Wilson e Jason Schwartzman estão muito
bem como três irmãos em conflito que não se encontram há muito
tempo, é bem restrito à um ambiente, sendo que a maioria do filme
se passa em um trem, a trilha sonora é fantástica, contando com uma
das canções mais icônicas dentro dos filmes do Wes (“Strangers”,
da banda The Kinks), a fotografia e o design de produção são
excelentes. Mas devemos levar em conta que o Wes já tinha lançado
sucessos como Os Excêntricos Tenenbaums e Três é Demais antes de
Viagem à Darjeeling. O filme é bom, mas não chega aos pés dos
filmes pelos quais o Wes foi indicado ao Oscar (Tenenbaums, Moonrise
Kingdom, O Fantástico Sr. Raposo e O Grande Hotel Budapeste), por
isso coloco esse em décimo lugar.
(As said above, all of
Wes' films are great. The Darjeeling Limited may be his weirdest one
yet. Although it has several strengths: Adrien Brody, Owen Wilson and
Jason Schwartzman are very good as a conflicting trio of brothers
that haven't seen each other in a long time, it is very restricted to
one setting, as most of it is set in a train, the soundtrack is
fantastic, with one of the most iconic song in Wes Anderson films
(“Strangers”, by The Kinks), the cinematography and production
design are excellent. But we should notice that Wes had already
released hits like The Royal Tenenbaums and Rushmore before The
Darjeeling Limited. It is good, but it doesn't reach the levels of
the films which Wes was Oscar-nominated for (Tenenbaums, Moonrise
Kingdom, Fantastic Mr Fox and The Grand Budapest Hotel), that's why I
put this one in tenth place.)
9 – PURA ADRENALINA
(1996) (BOTTLE ROCKET)
Muitos diretores fazem
um tremendo sucesso com seus primeiros filmes: Quentin Tarantino,
Hayao Miyazaki, Guillermo del Toro, e por aí vai. O Wes também
obteve sucesso com seu primeiro filme, feito em 1996, com seus
colegas de faculdade, Owen e Luke Wilson. Feito como um curta
primeiramente, digamos que o Wes aqui ainda não tinha se tornado o
Wes do Moonrise Kingdom. Era um Wes mais jovem, nas palavras de
Dignan, interpretado por Owen Wilson, mais inocente. Feito com apenas
7 milhões de orçamento, o que é bom para um filme independente,
Wes já começou grandes parcerias com seu primeiro filme, incluindo
com o diretor de fotografia Robert Yeoman, que trabalhou em todos os
seus filmes live-action até agora. O roteiro é deveras simples, não
possuía aquele passo acelerado presente em Moonrise, Hotel Budapeste
e Sr. Raposo, mas mostrava que Wes Anderson era um diretor cuja obra
valia a pena acompanhar. O filme possui falas memoráveis (“'Cause
I'm fucking innocent.”), um elenco pequeno, mas primoroso, composto
pelos irmãos Wilson e James Caan, e um trabalho de câmera muito bem
feito. Novamente digo, o filme é bom, mas como disse um pouco acima,
o Wes ainda não era o Wes de seus filmes mais recentes, então por
isso, nono lugar.
(A lot of directors
make a huge success with their first films: Quentin Tarantino, Hayao
Miyazaki, Guillermo del Toro, and so it goes. Wes also obtained
success with his first film, made in 1996, with his friends from
college, Owen and Luke Wilson. Primarily made as a short film, let's
say Wes wasn't the Moonrise Kingdom Wes here. He was younger and, in
the words of Dignan, portrayed by Owen Wilson, innocent. Made with
only 7 million as budget, which is good for an indie, Wes already
begun grand partnerships with his first flick, including DoP Robert
Yeoman, who worked on all of his live-action films so far. The script
is rather simple, it didn't possess that fast pace that Moonrise,
Grand Budapest or Mr. Fox had, but it showed that Wes Anderson was a
director whose work was worth following. It has memorable lines
(“'Cause I'm fucking innocent.”), a small, but promising cast,
composed by the Wilson brothers and James Caan, and a well-done
camerawork. Saying it again, it's a good movie, but as said above,
Wes still wasn't the Wes from his recent films, and because of that, ninth place.)
8 – A VIDA MARINHA
COM STEVE ZISSOU (2004) (THE LIFE AQUATIC WITH STEVE ZISSOU)
Talvez o mais
subestimado da filmografia de Wes Anderson, esse filme, que conta a
história de um explorador que faz documentários sobre suas
expedições e que deseja vingança contra uma criatura misteriosa
que matou seu melhor amigo, foi o mais detonado pela crítica que o
Wes já fez. Contando com um elenco fantástico (Bill Murray,
Anjelica Huston, Cate Blanchett, Owen Wilson, Willem Dafoe, Jeff
Goldblum, e por aí vai), esse é um outro filme com uma história
meio esquisita. O que me fez impulsionar esse filme para o oitavo lugar consiste em 4 coisas:
- O Wes já estava amadurecido, tendo feito Três é Demais e Os Excêntricos Tenenbaums;
- Tem uma carga emocional maior do que os dois filmes citados acima;
- As criaturas aquáticas criadas para o filme, como o tubarão-jaguar, foram desenhadas por ninguém menos do que Henry Selick, responsável por O Estranho Mundo de Jack e Coraline;
- Tem uma trilha sonora composta apenas por músicas do enigmático David Bowie, traduzidas para o PORTUGUÊS pelo Seu Jorge, que também atua no filme.
É um Moonrise Kingdom
ou um Grande Hotel Budapeste? Não. Mas é inegável o fato que Steve
Zissou se tornou um dos personagens mais icônicos da carreira do
diretor, ficando, nesse ranking, em oitavo lugar.
(Perhaps the most
underrated one in Wes's filmography, this film, which tells the story
of an explorer who makes documentaries on his expeditions and who
wishes to avenge his best friend, who was killed by a mysterious
creature, received the least amount of positive reviews in Wes's
career.
With a fantastic cast
(Bill Murray, Anjelica Huston, Cate Blanchett, Owen Wilson, Willem
Dafoe, Jeff Goldblum, etc.), this is another film with a kind of
weird story.
What made me boost this
film into eighth place consists in 4 things:
- Wes has already matured, having in his filmography hits like Rushmore and The Royal Tenenbaums;
- It has a bigger emotional charge than the two films above;
- The aquatic creatures made for the film, like the jaguar shark, were designed by none other than Henry Selick, director of The Nightmare Before Christmas and Coraline;
- Its soundtrack is composed, in its entirety, by songs from the enigmatic David Bowie, translated for PORTUGUESE by Seu Jorge, who is an actor in the film as well.
Is it like Moonrise
Kingdom or Grand Budapest Hotel? No. But it's undeniable that Steve
Zissou is one of the most iconic characters in the director's career,
placing the film, in this particular ranking, in eighth place.)
7 – HOTEL CHEVALIER
(2007)
Como disse na
introdução, esse é o único curta que avaliarei do Wes, pelo fato
de Hotel Chevalier ser um prólogo de Viagem à Darjeeling. Esse
curta de 13 minutos acompanha a estadia de um dos irmãos Whitman,
Jack (Jason Schwartzman) em um hotel na França, cujo nome leva o do
curta. Do nada, surge Rhett (Natalie Portman), uma ex-namorada de
Jack, disposta a retomar o relacionamento. Eu simplesmente adorei
esse curta, inclusive, gostei mais dele do que Viagem à Darjeeling.
Não é tão cheio quanto o filme que o segue, é curto, preciso,
romântico, bem escrito, bem atuado e bem dirigido. Schwartzman e
Portman estão ótimos, e o curta é uma boa pedida se aparecerem
algumas referências sobre a ex e sobre o hotel em “Darjeeling”.
Ele tem uma fantástica direção de arte, com o amarelo dominando o
cenário, e possui como trilha sonora uma música que fica na sua
cabeça muito tempo depois de assistir ao curta (Where Did You Go To
(My Lovely?), de Peter Sardsedt), que inclusive, está na trilha de
“Darjeeling”. Contando que tanto Hotel Chevalier quanto
Darjeeling são os últimos filmes antes do que eu chamo da “Trilogia
de Ouro de Wes Anderson” (O Fantástico Sr Raposo, Moonrise
Kingdom, e O Grande Hotel Budapeste), mas não chegam a ser melhores
do que os top 5, coloco o curta em sétimo lugar.
(As said in the
introduction, this is the only short film of Wes's I'll consider, as
Hotel Chevalier is a prologue to The Darjeeling Limited. This
13-minute short film follows the stay of one of the Whitman brothers,
Jack (Jason Schwartzman) in a hotel in France, named after the short
film. Out of nowhere, Rhett (Natalie Portman), Jack's ex-girlfriend,
comes in, willing to continue their relationship. I simply loved this
short film, even more than I did with The Darjeeling Limited. It
isn't as overstuffed as “Darjeeling”, it's short, concise,
romantic, well-written, well-acted, and well-directed. Schwartzman
and Portman are great together, and the short is a nice call if there
are some references to the ex and the hotel in “Darjeeling”. It
has an amazing art direction, with yellow dominating the set, and
has, as soundtrack, a song that sticks in your head long after you've
seen the short (Where Did You Go To (My Lovely?), by Peter Sardsedt),
which is also in the “Darjeeling” soundtrack. Counting that
Chevalier and Darjeeling were the last films before what I call the
“Wes Anderson's Golden Trilogy” (Fantastic Mr. Fox, Moonrise
Kingdom and The Grand Budapest Hotel), but aren't as good as the top
5, I put the short in seventh place.)
6 – OS EXCÊNTRICOS
TENENBAUMS (2001) (THE ROYAL TENENBAUMS)
Chegamos ao
favorito dos fãs. Sendo o primeiro filme do Wes indicado ao Oscar
(Melhor Roteiro Original), Tenenbaums foi um marco na carreira do
diretor. Tendo um elenco mais que estelar (Gene Hackman, Anjelica
Huston, Ben Stiller, Gwyneth Paltrow, Luke Wilson, Owen Wilson, Danny
Glover, Bill Murray, e por aí vai), uma trilha sonora icônica (“Hey
Jude”, “Needle in the Hay”, e “Me and Julio Down By The
Schoolyard”), e um roteiro pra lá de excêntrico, Tenembaums é
uma obra-prima das comédias dos anos 2000, e ainda sendo o terceiro
filme do Wes, três anos depois do filme que o lançou ao sucesso
indie, “Três é Demais”. Tem falas memoráveis, atuações que
provavelmente são algumas das melhores que os atores já fizeram, um
trabalho de câmera impecável, com enquadramentos perfeitos, e um
desenvolvimento rápido. O roteiro de Wes e Owen Wilson consegue
misturar comédia e drama perfeitamente, com momentos que você ri
alto, e também possui momentos que você chega a chorar. Sendo um
dos 100 melhores filmes do século XXI, de acordo com a BBC, Os
Excêntricos Tenenbaums é imperdível e inesquecível, e totalmente
recomendo para aqueles que desejam uma comédia diferente.
(We're here with the fan favorite. Being Wes's first Oscar-nominated film (Best
Original Screenplay), Tenenbaums was a landmark in the director's
career. With a more than stellar cast (Gene Hackman, Anjelica Huston,
Ben Stiller, Gwyneth Paltrow, Luke Wilson, Owen Wilson, Danny Glover,
Bill Murray, and it goes further), an iconic soundtrack (“Hey
Jude”, “Needle in the Hay” and “Me and Julio Down By The
Schoolyard”), and one hell of an eccentric script, Tenenbaums is a
masterpiece of 2000s comedy, and still being Wes's third film, three
years after the film which launched him into indie success,
“Rushmore”. It has memorable lines, performances which may be the
actors' best ones yet, an impeccable camera work, with perfect
framing, and a fast-paced development. The script written by Wes and
Owen Wilson can mix comedy with drama perfectly, with laugh-out-loud
moments, but also with I'm-going-to-cry moments. Being one of the 100
greatest films in the 21st century, according to the BBC,
The Royal Tenenbaums is an unforgettable must-see, and I totally
recommend it to the ones who seek a different kind of comedy.)
5 – TRÊS É DEMAIS
(1998) (RUSHMORE)
Foi aqui que Wes estava
começando a se tornar o Wes que conhecemos agora. Rushmore começou
duas parcerias atemporais com Wes: Bill Murray e Jason Schwartzman,
que, de um jeito ou outro, estão presentes nos filmes seguintes
dele. O filme é uma comédia de amadurecimento sobre um dramaturgo
jovem, Max Fischer (Schwartzman), que estuda em uma escola
prestigiada, onde ele se apaixona por uma professora do primário
(Olivia Williams), que involuntariamente, também vira alvo das
cantadas de Herman Blume (Murray), um homem de negócios. Começa
então, um jogo de gato e rato entre Fischer e Blume pelo coração
da professora. Max Fischer talvez seja o melhor personagem que o Wes
já criou, não sei se é porque eu e ele temos idades similares, mas
dos personagens do Wes, a minha identificação fica com uma junção
de Max com Sam Shakusky, de Moonrise Kingdom. O filme é deveras
tragicômico, ele meio que faz o que Tenenbaums fez tão bem, mistura
comédia com um pouquinho de drama, momentos de ira, melancolia,
afinal, o normal para um adolescente como Max. As atuações aqui
estão fantásticas: Jason Schwartzman (em seu papel de estreia)
arrasa como Max, enfrentando todos os clichês de um adolescente com
hormônios à flor da pele, mas dando uma leve reviravolta nos
eventos; Olivia Williams e Bill Murray também dão um show, tendo
papéis melancólicos, onde você meio que sente o que o personagem
está sentindo naquele momento. O elenco coadjuvante também tem
tempo de mostrar o que tem, com destaque para Brian Cox, Mason Gamble
e Seymour Cassel. Estreando algumas das marcas registradas de Wes
Anderson, Três é Demais é um dos melhores e mais diferentes filmes
sobre amadurecimento que já vi, mas ainda não chega aos pés da
Trilogia de Ouro, então, quinto lugar.
(It was here that Wes
was starting to become the Wes we know now. Rushmore started two
timeless partnerships with Wes: Bill Murray and Jason Schwartzman,
who, one way or another, are present in his following films. The film
is a coming of age comedy about a young playwright, Max Fischer
(Schwartzman), who studies in a prestigious school, where he falls in
love with a first grade teacher (Olivia Williams), who, in an
involuntary manner, also becomes a target to the wooing of Herman
Blume (Murray), a businessman. That starts a cat and mouse game
between Fischer and Blume for the teacher's heart. Max Fischer may be
the best character Wes has ever created, I don't know if it's because
we have similar ages, but of all of his characters, my identification
is a junction between Max and Moonrise Kingdom's Sam Shakusky. The
film is slightly tragicomic, it kinda does what Tenenbaums did so
well, mixing comedy with a little bit of drama, moments of anger,
melancholy, after all, the usual for an adolescent like Max. The
performances here are fantastic: Jason Schwartzman (in his debut
role) crushes it as Max, facing all the clichés a teen with raging
hormones has to, but with a slight twist to it; Olivia Williams and
Bill Murray also bring unforgettable performances, with melancholic
roles, where you kinda feel what the character is feeling at that
scene. The supporting cast also has time to show what they got,
especially Brian Cox, Mason Gamble and Seymour Cassel. Debuting some
of the trademarks of Wes Anderson, Rushmore is one of the best and
most different coming of age films I've ever seen, but still not as
good as the Golden Trilogy, so, fifth place.)
4 – O GRANDE HOTEL
BUDAPESTE (2014) (THE GRAND BUDAPEST HOTEL)
Chegamos a
um dos mais recentes filmes do Wes, já fazendo parte da sua Trilogia
de Ouro. Vencedor de 4 Oscars, e indicado a 9, incluindo Melhor
Filme, O Grande Hotel Budapeste é, provavelmente, o melhor exemplo
de direção de arte que eu já vi. Como é um filme com camadas,
vamos por partes:
- Técnica: o trabalho de fotografia aqui é maravilhoso, e deveria ter levado o Oscar, digo o mesmo da direção de arte, que ganhou o Oscar com seus tons em pastel. É impressionante o uso do formato da tela para significar passagem de tempo (4x3 para passado, e 16x9 para presente), representando a melhor parceria do Wes com o diretor de fotografia Robert Yeoman. As maquetes do hotel são muito bem feitas, o interior tem uma decoração impecável, que até me deu vontade de me mudar pra lá (até eu descobrir que diferentes cômodos foram filmados em diferentes locações), e os doces da confeitaria Mendl's me deram aquele desejo que essa confeitaria existisse na vida real.
- Atuações: Agora o Wes atingiu o pico de “elenco estelar”. Ralph Fiennes, Tilda Swinton, Saoirse Ronan, Adrien Brody, Jeff Goldblum, Willem Dafoe, Léa Seydoux, Bill Murray, Jason Schwartzman, Edward Norton, Owen Wilson, Jude Law, Harvey Keitel, F. Murray Abraham, Mathieu Amalric, Tom Wilkinson e o estreante Tony Revolori dão um tremendo show nas atuações, com destaque para o Ralph Fiennes, que tem um papel que deveria ter sido indicado ao Oscar como o pomposo M. Gustave H. Se você não se sentiu atraído pela história ou pelos aspectos técnicos, você definitivamente iria ficar assistindo pelo elenco. Quem não iria?
- Roteiro e direção: Até o momento, esse foi o único filme que indicou o Wes ao top 3: Melhor Filme, Direção e Roteiro. E, sinceramente, ele deveria ter levado os 3, por ter uma história original pra contar (Birdman parece ter sido um roteiro adaptado da vida do Michael Keaton), por dirigir sua equipe de uma maneira maravilhosa, praticamente impecável, e por criar um filme que definitivamente, será discutido nos tempos que estão por vir.
Sei que pode causar um
pouco de polêmica, mas essa é a MINHA OPINIÃO,
e cada um tem a sua. Terminando a Trilogia de Ouro, e abrindo portas
para Ilha dos Cachorros, O Grande Hotel Budapeste é uma obra-prima
técnica e narrativa perfeitamente construída, e representa Wes
Anderson em sua melhor forma.
(We're
now in one of Wes's most recent films, already being a
part of his Golden Trilogy. A 4-Oscar winner, and nominated for 9,
including Best Picture, The Grand Budapest Hotel is, probably, the
greatest example of art direction I've ever seen. As it's a film with
layers, let's analyze it by parts:
- Technical: the cinematography work here is wonderful, and should've taken the Oscar, same said about the art direction, which took the Oscar home with its pastel-coloured palette. It's impressive how the format of the screen is used to represent time passing by (4x3 for past, 16x9 for present), representing the best partnership between Wes and director of photography Robert Yeoman. The scale models of the hotel are really well made, the interior is well decorated, and I truly wanted to move to the hotel (until I found out that different rooms were filmed in different locations), and the sweets in the Mendl's bakery made me wish that it really existed.
- Acting: Now, Wes has reached the pinnacle of “stellar cast”. Ralph Fiennes, Tilda Swinton, Saoirse Ronan, Adrien Brody, Jeff Goldblum, Willem Dafoe, Léa Seydoux, Bill Murray, Jason Schwartzman, Edward Norton, Owen Wilson, Jude Law, Harvey Keitel, F. Murray Abraham, Mathieu Amalric, Tom Wilkinson and debut actor Tony Revolori give one hell of a show, especially Ralph Fiennes, in a role that should've been Oscar-nominated, as the flamboyant M. Gustave H. If you didn't feel attracted by the story or the technical aspects, you definitely would've sit through just for the cast. Who wouldn't?
- Writing and directing: Right now, Grand Budapest is the only movie that nominated Wes for the Top 3: Best Picture, Director and Screenplay. And, honestly, he should've taken all 3, for having an original story to tell (Birdman looks like an adapted screenplay based on Michael Keaton's life), for directing his team in a wonderful, practically flawless way, and for creating a film that definitely, will be discussed in times to come.
I know it will cause
some controversy, but this is MY OPINION,
and everyone has their own.
Closing
the Golden Trilogy, and opening the doors for Isle of Dogs, The Grand
Budapest Hotel is a perfectly built narrative and technical
masterpiece, and it represents Wes Anderson in his best form.)
3 - ILHA DOS CACHORROS (2018) (ISLE OF DOGS)
http://nocinemacomjoaopedro.blogspot.com/2018/07/ilha-dos-cachorros-como-wes-anderson.html
2
– O FANTÁSTICO SR. RAPOSO (2009) (FANTASTIC MR. FOX)
Começando
a Trilogia, temos o filme que é, até o momento, o único que não é
original. O Fantástico Sr. Raposo é baseado no livro de Roald Dahl,
responsável por Matilda e A Fantástica Fábrica de Chocolate, e
conta a história de uma raposa, que, para sustentar sua família,
rouba suprimentos e alimentos de um trio de fazendeiros. O que ele
não esperava é que os fazendeiros iriam se voltar contra ele. Sendo
o primeiro filme de animação do Wes, e o stop-motion não poderia
ser uma escolha melhor, aqui foi onde a marca registrada do passo
rápido mais se consolidou, pois o filme possui apenas 1h26min de
duração, e como meu pai diz, é preciso de várias assistidas para
entender o filme por inteiro, ou ver o filme em uma velocidade menor
do que o normal, porque passa bem mais rápido do que os filmes
live-action do Wes. No elenco, temos pessoas que já estão
familiarizadas com o Wes (Jason Schwartzman e Bill Murray, o próprio
Wes faz um personagem no filme), com a verdadeira realeza de
Hollywood, com George Clooney e Meryl Streep como o Sr. e Sra.
Raposo, e eles mandam muito bem. O roteiro é uma maravilha à parte.
Sabemos que não é original, mas o Wes trabalha muito bem o material
fonte, dando uma nova cara a ele. O filme começa uma nova parceria
com o Wes: o compositor Alexandre Desplat, que, inclusive, venceu o
Oscar de Melhor Trilha Original por O Grande Hotel Budapeste, fez as
trilhas dos filmes da Trilogia e do vindouro Ilha dos Cachorros.
Temos aqui um novo diretor de fotografia também, Tristan Oliver, que
faz um trabalho lindo demais com o visual do filme, rendendo vários
frames dignos de serem papéis de parede, e eu mal posso esperar pra
ver o trabalho dele em Ilha dos Cachorros.
Pode-se
dizer que o filme é uma das criações mais poéticas do Wes, como o
filme é uma análise do comportamento dos animais, particularmente
os selvagens, e o filme poderia ter sido feito com personagens
humanos e ainda ter dado um efeito, pois seria uma análise de o quão
longe um homem iria pra sustentar sua família. O filme possui uma
das cenas mais poéticas do cinema que já vi, fica bem pertinho do
final, e acho que se você ver, você vai saber qual.
Sendo,
provavelmente, um dos melhores filmes de animação que eu já vi, se
não o melhor, O Fantástico Sr. Raposo é um filme tecnicamente
perfeito, narrativamente cativante e, de fato, fantástico, e
totalmente disposto a ser assistido repetidas vezes.
(Starting
off the Trilogy, we have the film which is, at the moment, the only
one which isn't original. Fantastic Mr. Fox is based on the book
written by Roald Dahl, responsible for Matilda and Charlie and The
Chocolate Factory, and tells the story of a fox who, in order to
sustain his family, steals supplies and food from a trio of farmers.
What he didn't expect is that the farmers were going to turn on him.
As Wes's first animated film, and stop-motion couldn't be a better
choice, it was here that the fast pace trademark was consolidated, as
the film is only 1 hour and 26 minutes long, and as my dad says, you
need to watch it several times to get it by whole, or watch it in a
slower speed than usual, because it goes a lot faster than Wes's
live-action films. In the cast, we have people who are already
familiar with Wes's work (Jason Schwartzman and Bill Murray, Wes
himself voices a character), with real Hollywood royalty, with George
Clooney and Meryl Streep as Mr. and Mrs. Fox, and they crush it. The
script is a particular wonder. We know it's not original, but Wes
works with the book really well, giving it a new identity. The film
starts off a new partnership: composer Alexandre Desplat, who won the
Oscar for Best Original Score for The Grand Budapest Hotel, scored
all of the Trilogy and Isle of Dogs. We have a new director of
photography as well, Tristan Oliver, who does a marvelous work with
the movie's visuals, and I can't wait to see his work on Isle of
Dogs.
It
can be said that the film is one of Wes's more poetic works, as it
analyzes the behavior of animals, especially wild ones, and it could
be easily made with human characters, and still have some effect, as
it would be an analysis on how far a man would go to sustain his
family. It has one of the most poetic scenes in cinema history for
me, it's pretty close to the ending, and I think you'll notice if you
watch.
Being,
probably, one of the best animated films I've ever seen, if not the
best, Fantastic Mr. Fox is a technically perfect, narratively
captivating, and, indeed, fantastic film, totally willing to be
watched several times.)
1
– MOONRISE KINGDOM (2012)
Vocês
esperavam outra coisa? Eu não. (Risos) Quem me conhece sabe que eu
AMO
Moonrise Kingdom, e considero ele como não só o melhor filme do
Wes, mas também como o melhor filme de todos os tempos. Pode ser
difícil de entender para vocês, mas por isso, vamos analisar o
filme por camadas, me imaginando com 12 anos, na primeira vez que eu
assisti:
- Identificação com personagens principais: Eu disse no “Três é Demais” que minha identificação com um personagem do Wes incluiria o escoteiro Sam Shakusky. Por quê? Pra começar, nós tinhamos a mesma idade. Isso foi primordial pra identificação. Somos românticos, aventureiros, dispostos a fazer qualquer coisa para que tenhamos o amor verdadeiro que tanto merecemos (mas no caso do Sam, ele foi um pouquinho longe demais... kkkkkkk). E agora, temos outra coisa em comum: ambos temos óculos. Pode parecer meio estúpido, mas sim, isso foi um dos motivos.
- A história: Caso você não saiba, Moonrise Kingdom se passa na década de 1960 e conta a história de dois adolescentes de 12 anos, Sam Shakusky e Suzy Bishop, apaixonados, que fogem de seus respectivos lares para não sofrer as angústias que os adultos passam. O roteiro, inclusive foi indicado ao Oscar, e a história realmente me atraiu quando estava sentado na sala de cinema, vendo o filme, com seus momentos felizes, engraçados, agridoces, tristes, e aquele final super-ultra-mega maravilhoso, cuja trilha sonora vai ficar tocando na minha cabeça toda vez que eu pensar nele (Benjamin Britten é TOP!!).
- O elenco: Outro elenco massa em filmes do Wes. Bill Murray, Edward Norton, Frances McDormand, Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Bruce Willis, e por aí vai. Mas quem rouba a cena é o elenco mirim, encabeçado por Jared Gilman e Kara Hayward, e pelo futuro indicado a Melhor Ator Coadjuvante Lucas Hedges. Por isso, esse é o filme do Wes com o qual eu mais me identifico, pois se concentra mais no elenco infantil do que no adulto, e eu, tanto com 12 quanto com 18 anos, adorei isso.
- As locações: No meu ponto de vista, cada locação de Moonrise Kingdom (o farol de Nova Penzance, a igreja onde é ambientada a peça, o próprio Reino do Nascer da Lua, o acampamento Ivanhoe, o Fort Lebanon) renderia um cartão-postal, e eu teria o enorme prazer de comprar cada um deles. Outra coisa maravilhosa sobre os filmes do Wes é que tudo que ele faz parece com a realidade, especialmente Tenenbaums, Três é Demais e Moonrise Kingdom.
Resumindo,
Moonrise Kingdom é, pra mim, até agora, o melhor filme que o Wes
Anderson já fez, e mesmo com Ilha dos Cachorros chegando, acho
difícil tirar ele da primeira posição (Risos).
(Did
you guys expect something else? Not me. (LOL) Who knows me knows how
much I LOVE
Moonrise Kingdom, and I consider it to be not only Wes Anderson's
greatest film, but also the greatest film of all time. It might be
hard to understand for you guys, but, let's analyze the film by
layers, picturing a 12-year-old me, when I first watched it:
- Identification with main characters: As I said in “Rushmore”, my identification with a Wes character would include scout Sam Shakusky. Why? For starters, we had the same age. This was a main thing for me to identify with him. We're both romantic, adventurous, willing to do anything to get the true love we deserve (but in Sam's case, he went a little too far... hahahahahaha). And now, we have another thing in common: we both have glasses. It may seem stupid, but yeah, that was one of the reasons.
- The story: In case you don't know, Moonrise Kingdom is set in the 60s and tells the story of two 12-year-olds, Sam Shakusky and Suzy Bishop, in love, who run away from their respective homes to avoid suffering the anguishes of adult life. The script was even Oscar-nominated, and the story really attracted me, as I sat down, and watched its happy, funny, bittersweet moments and that super-mega-power terrific ending, and the soundtrack of it will keep playing in my head everytime I think about the ending. (Benjamin Britten, you're the BOSS!)
- The cast: Another superb cast in Wes's films. Bill Murray, Edward Norton, Frances McDormand, Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Bruce Willis, and it goes further. But who really steals the show is the younger cast, headed by Jared Gilman, Kara Hayward and future Best Supporting Actor nominee Lucas Hedges. That's why this is the Wes Anderson movie I most identify with, because it cares more about its youngsters than its elders, and I, being 12 or 18, loved that.
- The locations: In my point of view, every location in Moonrise Kingdom (the New Penzance lighthouse, the church where the play is set, Moonrise Kingdom itself, Camp Ivanhoe, Fort Lebanon) would be worthy of a postcard, and I would gladly buy every single one of them. Another wonderful thing about Wes's films is that everything he does looks so astonishingly real, especially Tenenbaums, Rushmore and Moonrise Kingdom.
In
a nutshell, Moonrise Kingdom is, for me, so far, the best movie Wes
Anderson ever made, and, even with Isle of Dogs on its way, I think
it's hard to take it out of the first place. (LOL).)
Bom,
é isso, pessoal! Espero que vocês tenham gostado de saber um pouco
mais sobre os filmes desse diretor que eu tanto admiro!! Se vocês
gostam de Wes Anderson, criei uma página no Facebook dedicada à
apreciar o trabalho dele, o nome é O Excêntrico Mundo de Wes
Anderson e o link é esse:
https://www.facebook.com/oexcentricomundodewes/
Até
a próxima,
João
Pedro
(Well,
that's it, guys! I hope you loved to know more about the filmography
of this director I admire! If you like Wes Anderson, I created a page
on Facebook dedicated to appreciate his work! Here's the link:
https://www.facebook.com/oexcentricomundodewes/
See
you next time,
João
Pedro)
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