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E aí, meus cinéfilos
queridos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para trazer a segunda
e última parte da postagem #StayHome, dessa vez falando sobre séries
(algumas conhecidas, outras nem tanto) para assistir durante esse
período de isolamento social. Novamente, reforço o fato de que,
assim como os filmes, as séries que eu irei listar não abordam
temas sensíveis ou são sobre epidemias ou doenças. São séries
que eu considero boas, algumas são leves, outras nem tanto. Então,
vamos começar!
(What's up, my dear
film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to deliver the
second and final part of my #StayHome post, this time talking about
TV shows (some are well known, others not that much) to watch during
this period of social isolation. Again, I reinforce the fact that,
just like the films, the shows I'll list do not deal with sensitive
themes or are about epidemics or diseases. They are shows that I
consider to be good, some are light, others not that much. So, let's
begin!)
- DERRY GIRLS (2018-presente, Netflix, 2 temporadas, 12 episódios)(DERRY GIRLS (2018-present, Netflix, 2 seasons, 12 episodes)
Vamos
começar com uma série bem desconhecida pelo público assinante da
Netflix. Produzida pelo Channel 4 (que também produziu as séries
originais da Netflix “Black Mirror” e “The End of the F***ing
World”), “Derry Girls” conta a história de 5 adolescentes (4
garotas e um garoto) vivendo durante o período conhecido como “The
Troubles” na Irlanda do Norte, onde a população protestante
(maioria) queria preservar os laços com a Grã-Bretanha, e do outro
lado, a população católica desejando independência ou a
integração com a República da Irlanda, de maioria católica.
Ouvi
falar dessa série quando li um artigo na Internet que dizia que a
Jodie Whittaker (protagonista de Doctor Who, minha série favorita)
gostaria de participar de um episódio de “Derry Girls”. Então,
entrei na Netflix e comecei a assistir. E, de fato, é uma série
incrível. O senso de humor do roteiro é afiadíssimo, assim como a
maioria das comédias britânicas; os personagens são muito bem
desenvolvidos, a ponto de você se importar com eles, o que é
importante, quando se trata de uma série. É uma ótima história
sobre amadurecimento e amizade, e, mesmo que não esteja entre as
séries mais conhecidas da Netflix, garanto que não irão se
arrepender de devorar as duas temporadas dessa jóia escondida.
(Let's
start with a show that isn't that well-known by Netflix subscribers.
Produced by Channel 4 (which also produced the Netflix Originals
“Black Mirror” and “The End of the F***ing World”), “Derry
Girls” follows 5 teenagers (4 girls and one boy) living in the
period known as “The Troubles” in Northern Ireland, where the
Protestant population (majority) wanted to preserve its connection
with Britain, and on the other side, the Catholic population wishing
for independence or integration with the Republic of Ireland, whose
inhabitants were mostly Catholic. I heard of this show when I read an
article on the Internet that said that Jodie Whittaker (protagonist
of Doctor Who, my favorite show) would like to be in an episode of
“Derry Girls”. So, I started watching it on Netflix. And, indeed,
it's an amazing show. The script's sense of humor is razor-sharp,
like most British comedies; the characters are very well developed,
and you actually care about them, which is important, when it comes
to a TV show. It's a great story about growing up and friendship,
and, even though it's not among the most popular Netflix shows, I
guarantee you will not regret devouring this hidden gem's two
seasons.)
- FLEABAG (2016-2019, Amazon Prime Video, 2 temporadas, 12 episódios)(FLEABAG (2016-2019, Amazon Prime Video, 2 seasons, 12 episodes)
Vou começar afirmando um fato: Phoebe Waller-Bridge é um gênio. A
maioria das pessoas ouviu falar dessa série pela altamente premiada
segunda temporada. Mas sou fã de carteirinha de “Fleabag” desde
o primeiro momento em que a protagonista se vira para a câmera,
quebrando a quarta parede. Assim como “Derry Girls”, o senso de
humor de Waller-Bridge é ácido, sarcástico, e muito afiado. Mas o
fato mais interessante de “Fleabag” é que, mesmo sendo uma série
de comédia bem engraçada, ela possui uma carga dramática bem
forte. O desenvolvimento da protagonista ao longo da série é algo
incrível de se ver. Quando ela ri, rimos com ela. Quando ela chora,
choramos com ela. E Waller-Bridge, além de ser showrunner e
roteirista do programa, dá um tremendo show no papel principal,
equilibrando a sagacidade e a fragilidade emocional da personagem de
forma perfeita. O elenco de apoio, composto por Sian Clifford, Olivia
Colman, Brett Gelman, Bill Paterson e Andrew Scott, também fazem um
belo trabalho, resultando em um desenvolvimento mais profundo da
protagonista, e em muitas risadas ao longo de seus 12 episódios. Uma
das melhores comédias dos últimos tempos, e talvez uma das melhores
séries de todos os tempos, “Fleabag” é uma obra-prima da
comédia que não será esquecida tão cedo assim.
(I'll start off by stating a fact: Phoebe Waller-Bridge is a genius.
Most people heard of this show because of its highly awarded second
season. But I became a huge fan of “Fleabag” since the very first
moment the protagonist turned to the camera, breaking the fourth
wall. Just like “Derry Girls”, Waller-Bridge's sense of humor is
acid, sarcastic, and razor-sharp. But the most interesting fact about
“Fleabag” is that, even though it's a really funny comedy series,
it carries a very strong emotional baggage. The protagonist's
character development throughout the series is amazing to behold.
When she laughs, we laugh with her. When she cries, we cry with her.
And Waller-Bridge, besides acting as showrunner and writer for the
series, knocks it out of the park in the main role, perfectly
balancing the protagonist's wit and emotional weaknesses. The
supporting cast, composed by Sian Clifford, Olivia Colman, Brett
Gelman, Bill Paterson and Andrew Scott, also does a wonderful job,
resulting in a deeper development for its protagonist, and in lots of
laughs throughout its 12 episodes. One of the best comedies in recent
times, and maybe one of the best TV shows of all time, “Fleabag”
is a comedy masterpiece that surely will not be forgotten that soon.)
- KILLING EVE (2018-presente, Globoplay, 2 temporadas, 16 episódios)(KILLING EVE (2018-present, BBC America, 2 seasons, 16 episodes)
Outra série produzida por Phoebe Waller-Bridge, “Killing Eve”
conta a história de Eve Polastri (Sandra Oh), uma detetive do
Serviço Secreto Britânico que recebe a tarefa de capturar a
assassina Villanelle (Jodie Comer). Ao longo da história, elas
começam a ficar obcecadas uma com a outra. Essa série de espionagem
é diferente de tudo que eu já vi no gênero policial. A começar
pelo roteiro, que apresenta e desenvolve seus personagens de forma
gradual e intrigante, o que influencia o espectador a continuar
assistindo a série. Depois, temos o elenco, encabeçado por Oh e
Comer, e as duas dão um tremendo show. A personagem de Oh começa de
um jeito e, no final da temporada, ela quase se torna outra pessoa,
por causa do ótimo desenvolvimento da personagem. E temos a Jodie
Comer, que, venhamos e convenhamos, é a dona da série. Ela é
engraçada, infantil, sádica, sarcástica, totalmente maluca, e ela
mereceu todos os prêmios que ela ganhou ao longo dessas duas
temporadas. Em ótimos papéis coadjuvantes, temos Fiona Shaw e Kim
Bodnia, que colaboram bastante para o desenvolvimento das duas
protagonistas. Com um roteiro envolvente e tenso, e encabeçado por
um elenco que esbanja talento, “Killing Eve” é um thriller de
espionagem sensacional. E se eu fosse vocês, maratonava as duas
temporadas, porque a terceira está prestes a chegar, no dia 12 de
abril.
(Another show produced by Phoebe Waller-Bridge, “Killing Eve”
tells the story of Eve Polastri (Sandra Oh), an investigator for the
British Secret Service who is assigned to capture the assassin
Villanelle (Jodie Comer). Throughout the story, they start to build a
mutual obsession for each other. This show about espionage is
different from everything I've ever seen in the investigation genre.
Starting with the script, which introduces and develops its
characters in a gradual, intriguing way, which makes the viewer
thirsty for more episodes. Then, we have the cast, led by Oh and
Comer, and both of them are simply amazing. Oh's character starts off
in one way, and by the end of the season, she's almost like another
person, because of the characters's great development. And we have
Jodie Comer, who, let's be honest here, is the queen of the show. She
is funny, childish, sadistic, sarcastic, completely bonkers, and she
deserved every award she won throughout these two seasons. In great
supporting roles, we have Fiona Shaw and Kim Bodnia, and they mostly
collaborate for the main characters' development. With a captivating,
tense script, and led by an amazingly talented cast, “Killing Eve”
is a sensational spy thriller. And if I were you, I'd binge-watch the
whole thing, because Season 3 is about to arrive, on April 12.)
- PENNY DREADFUL (2014-2016, Globoplay, 3 temporadas, 27 episódios)(PENNY DREADFUL (2014-2016, 3 seasons, 27 episodes)
“Penny Dreadful” é o mais próximo que teríamos de uma “poesia
audiovisual”. É uma série de terror gótico que faz uso de
personagens clássicos famosos do gênero literário de horror
(Frankenstein, Dorian Gray, Drácula, entre outros) para contar a
história de Vanessa Ives (Eva Green), uma mulher que, junto com
Malcolm Murray (Timothy Dalton) e Ethan Chandler (Josh Hartnett),
batalha forças sobrenaturais. Os roteiros de John Logan (roteirista
indicado 3 vezes ao Oscar) são envolventes, tensos e, de fato,
poéticos. Uma das melhores coisas sobre o roteiro são as surpresas
que ele guarda, e acreditem em mim, algumas vão deixar o espectador
de queixo caído. Os personagens são extremamente bem desenvolvidos
ao longo da série. E o elenco é uma maravilha a parte. Começando
pela Eva Green, que interpreta um de seus melhores papéis aqui. As
emoções que ela consegue transmitir são algo que não vimos muito
no trabalho dela para o cinema, é um negócio de outro mundo. Ainda
não entendo porque ela não ganhou nenhum prêmio principal (Emmy ou
Globo de Ouro) por esse papel. O elenco de apoio é muito talentoso,
com nomes do patamar de Timothy Dalton, Josh Hartnett, Reeve Carney,
Harry Treadaway, Rory Kinnear, Helen McCrory e Billie Piper. A
direção de arte faz um trabalho incrível em retratar uma Londres
vitoriana sombria, fria, e nada amistosa. Cheio de terror, poesia, e
personagens bem desenvolvidos, “Penny Dreadful” é uma das
melhores séries dos últimos tempos. Isso é fato.
(“Penny Dreadful” is the closest we have to some sort of
“audiovisual poetry”. It's a gothic horror TV series that makes
use of classic horror literature characters (Frankenstein, Dorian
Gray, Drácula, among others) to tell the story of Vanessa Ives (Eva
Green), a woman who, along with Malcolm Murray (Timothy Dalton) and
Ethan Chandler (Josh Hartnett), battles supernatural forces. The
scripts written by John Logan (a 3-time Oscar nominee) are
captivating, tense, and, indeed, poetic. One of the best things about
the script are the surprises it holds, and trust me, some of them are
truly jawdropping. The characters are extremely well-developed
throughout the series. And the cast is a particular wonder. Starting
with Eva Green, who plays one of her best roles here. The emotions
she can convey are something we didn't see much in her cinema work,
it's otherworldly. I still don't know why she didn't win main awards
(Emmy or Golden Globe) for this role. The supporting cast is really
talented, with names like Timothy Dalton, Josh Hartnett, Reeve
Carney, Harry Treadaway, Rory Kinnear, Helen McCrory, and Billie
Piper. The production design does a wonderful job in portraying a
cold, dark, not that friendly Victorian London. Filled with terror,
poetry, and well developed characters, “Penny Dreadful” is one of
the best shows in recent times. That's a fact.)
- HOW I MET YOUR MOTHER (2005-2014, Amazon Prime Video, 9 temporadas, 208 episódios)(HOW I MET YOUR MOTHER (2005-2014, 9 seasons, 208 episodes)
Podem ter aqueles que dizem que “How I Met Your Mother” é uma
cópia barata de “Friends”, mas eu respeitosamente não concordo.
A começar pela história, que consiste em um homem, Ted Mosby
(interpretado por Josh Radnor, com Bob Saget fazendo a narração em
voice-over em 2030), contando para seus filhos a história de como
ele e sua esposa se conheceram. E no meio dessa história, ele passa
por várias situações com seus amigos Marshall (Jason Segel), Lily
(Alyson Hannigan), Barney (Neil Patrick Harris) e Robin (Cobie
Smulders) em Nova York. Para ser sincero, nunca tinha manifestado
interesse em assistir essa série até eu ter ouvido falar que a Katy
Perry (por quem eu era apaixonado aos 12 anos) fez uma participação
especial em um dos episódios. Aí, assisti esse episódio avulso,
sem saber da história como um todo, e lembro que gostei bastante.
Muitos anos depois, percebi que ele estava disponível no catálogo
da Netflix. Aí, comecei a assistir a série do início. E até hoje,
não tem uma série de comédia que ultrapassou essa como a melhor
série de comédia para mim (não acabei The Office ainda, que também
é muito boa). É uma história cativante, tem um bom equilíbrio
entre comédia e drama (tem alguns episódios em que eu quase
chorei), e, assim como todas as séries que citei, ela tem
personagens muito bem desenvolvidos. O elenco é simplesmente
maravilhoso, e trabalha muito bem com o que o roteiro tem a oferecer.
O que mais preciso dizer? “How I Met Your Mother” é um clássico
moderno da comédia americana, e garanto que, se você dar uma chance
a essa série, a jornada vai ser len...- espere aí-dária!
(There may be people who say that “How I Met Your Mother” is a
cheap copy of “Friends”, but I respectfully disagree. Starting
with the story, which consists of a man, Ted Mosby (Josh Radnor, with
Bob Saget narrating in voice-over in 2030), telling his children the
story of how he and his wife met. And in the middle of that story, he
goes through several situations with his friends Marshall (Jason
Segel), Lily (Alyson Hannigan), Barney (Neil Patrick Harris), and
Robin (Cobie Smulders) in New York City. To be honest, I never showed
any interest in watching this series until I heard that Katy Perry
(who I was in love with at age 12) made a special participation in
one of the episodes. So, I watched just that episode, without knowing
about the story as a whole, and I remember liking it a lot. Several
years later, I noticed it was available on Netflix. So, I started
watching it from the beginning. And to this day, there wasn't a
single comedy series that surpassed this one as the best comedy
series for me (haven't finished The Office yet, which is also really
good). It's such a captivating story, it has a nice balance between
comedy and drama (there were a few episodes where I almost cried),
and, just like all the other shows I mentioned above, it has really
well developed characters. The cast is simply amazing, and works
really well with what the script has to offer. What else needs to be
said? “How I Met Your Mother” is a modern classic in American
comedy, and I guarantee that, if you give it a chance, the journey
will be legen-wait for it-dary!)
- CAÇADORES DE TROLLS: CONTOS DA ARCADIA (2016-2018, Netflix, 3 temporadas, 52 episódios) e OS 3 LÁ EMBAIXO: CONTOS DA ARCADIA (2018-2019, Netflix, 2 temporadas, 26 episódios)(TROLLHUNTERS: TALES OF ARCADIA (2016-2018, Netflix, 3 seasons, 52 episodes) and 3 BELOW: TALES OF ARCADIA (2018-2019, Netflix, 2 seasons, 26 episodes)
Uma alternativa muito divertida para o público infantil, a franquia
“Contos da Arcadia” foi criada por ninguém mais, ninguém menos
do que Guillermo del Toro (diretor de “O Labirinto do Fauno” e do
vencedor do Oscar de Melhor Filme “A Forma da Água”), e já que
ela pertence ao gênero característico do diretor, literalmente não
tem como essas séries serem ruins. Pelo contrário, me atrevo a
dizer que são as melhores obras de animação que a Netflix criou
até agora. “Caçadores de Trolls” conta a história de Jim Lake,
Jr., que é escolhido por um amuleto para ser o protetor de uma raça
de trolls que vive no subterrâneo da cidade onde mora. “Os 3 Lá
Embaixo” é uma sequência direta da história de “Caçadores de
Trolls”, então recomendo que assistam “Caçadores” antes de
“Os 3 Lá Embaixo”. Como começar a descrever essa franquia? Bom,
primeiro, ela é feita em parceria com a DreamWorks (“Shrek” e
“Madagascar”), então, visualmente, as séries são um deleite
para os olhos. Segundo, estamos falando de Guillermo del Toro aqui,
então a franquia “Contos da Arcadia” tem uma mitologia muito
rica. Personagens são compartilhados entre as duas séries, já que
são situadas no mesmo universo fictício, e um aspecto de uma série
colabora com um da outra série, para, juntas construírem uma única
épica história, a ser concluída através de uma terceira série,
“Wizards”, prevista para o segundo semestre. E o senso de humor
não é bobinho, como costuma ser em séries infantis atuais, a
franquia tem um alcance universal, serve para todas as idades. Ambas
as séries são divertidas, engraçadas, mágicas e visualmente
vibrantes. E podem servir como uma introdução de cinéfilos mirins
ao trabalho de del Toro, para que, quando tais cinéfilos crescerem,
eles possam ver as obras-primas live-action desse tremendo diretor.
(A fun alternative for the kids, the “Tales of Arcadia” franchise
was created by none other than Guillermo del Toro (who directed
“Pan's Labyrinth” and Best Picture-winner “The Shape of
Water”), and as it belongs to the director's characteristic genre,
there's literally no way these shows could be bad. On the contrary, I
dare to say these are the best works of animation Netflix has made so
far. “Trollhunters” tells the story of Jim Lake, Jr., who is
chosen by an amulet to be the protector of a race of trolls that live
on the undergrounds of the city he lives in. “3 Below” is a
direct sequel to the story of “Trollhunters”, so I recommend
watching “Trollhunters” before watching “3 Below”. How to
begin describing this franchise? Well, first, it's made in
association with DreamWorks (“Shrek” and “Madagascar”), so,
visually, these shows are delightful to the eye. Secondly, this is
Guillermo del Toro we're talking about here, so, the “Tales of
Arcadia” franchise has a really rich mythology. Characters are
shared between the two shows, as they are set in the same fictional
universe, and one aspect of a show collaborates with one from the
other, in order to, together, build one single epic story, to be
concluded through a third show, titled “Wizards”, to premiere in
the second semester. And the sense of humor isn't silly, as it
usually is with kids's shows these days, the franchise has a
universal approach, it's suitable for all ages. Both shows are fun,
funny, magical and visually vibrant. And they may serve as an
introduction for younger film buffs to del Toro's work, so that, when
they grow up, they are able to watch the live-action masterpieces of
this amazing director.)
- LEMONY SNICKET: DESVENTURAS EM SÉRIE (2017-2019, Netflix, 3 temporadas, 25 episódios)(LEMONY SNICKET'S A SERIES OF UNFORTUNATE EVENTS (2017-2019, Netflix, 3 seasons, 25 episodes)
Várias séries originais da Netflix, às vezes, podem passar
despercebidas pela maioria do público. Séries como “Stranger
Things” ou “La Casa de Papel” são altamente conhecidas pelos
assinantes da Netflix, e fico triste com o fato de que essa adaptação
do trabalho de Lemony Snicket não alcançou o mesmo nível de
atenção do que as séries citadas. Pois deveria. Depois de uma
tentativa falha de iniciar uma franquia de filmes, começando com o
filme de 2004, que junta os 3 primeiros livros; a adaptação para a
TV fez a melhor escolha: dividir um livro em dois episódios de 45
minutos cada, para dar tempo suficiente para a trama respirar, e,
principalmente, para que o material fonte fosse adaptado de uma
maneira mais fiel. E funcionou perfeitamente. Se comparado ao filme,
a série é uma adaptação muito mais bem desenvolvida, em termos de
roteiro. Assim como nos livros, os episódios seguem uma fórmula,
mas são as pequenas diferenças aplicadas nessa fórmula que tornam
cada capítulo na história dos Baudelaire único. Assim como “Contos
da Arcadia”, a obra de Lemony Snicket tem uma mitologia muito rica,
e, se o espectador se entregar às peculiaridades da série, garanto
que será bem recompensado com o resultado. O elenco possui uma
caracterização incrível, tomando por base as ilustrações dos
livros. O Neil Patrick Harris dá um show como o Conde Olaf,
equilibrando perfeitamente humor e ameaça. A Malina Weissman, o
Louis Hynes e a Presley Smith também são muito bons como os órfãos
Baudelaire, eles ganham a nossa confiança e compaixão em cada
desventura que eles vivem. E outro destaque fica com a narração de
Patrick Warburton como Lemony Snicket, que é uma maravilha à parte.
Visualmente, a série é incrível, cada ambiente presente nos livros
tem sua própria identidade, e isso é visível por meio do
maravilhoso trabalho de direção de arte. Uma das melhores produções
originais da Netflix, na minha opinião, “Desventuras em Série”
une um roteiro inteligente com um elenco talentoso para entregar uma
história que faz justiça ao material fonte, como toda adaptação
deveria ser.
(Several Netflix original shows, sometimes, can go unnoticed by most
of the audience. Shows like “Stranger Things” and “Money Heist”
are well known by Netflix subscribers, and it breaks my heart that
this adaptation of Lemony Snicket's work didn't reach the same level
of attention as the shows cited above. Because it should've reached.
After a failed attempt of creating a movie franchise, starting with
the 2004 film, which adapted the first 3 books; the TV adaptation
made the best choice: split one book into two 45-minute episodes, for
the story to breathe and, mainly, for the source material to be
adapted in a more faithful way. And it worked perfectly. If compared
to the movie, the show is a much more developed adaptation, in terms
of plot. Just like in the books, the episodes follow a formula, but
it's the small differences applied to that formula that make every
chapter in the Baudelaires' story unique. Just like “Tales of
Arcadia”, Lemony Snicket's work has a very rich mythology, and, if
the viewer surrenders to the show's peculiarities, I assure that he
will be greatly rewarded with the result. The cast has an amazing
characterization, comparing with the illustrations in the books. Neil
Patrick Harris is incredible as Count Olaf, perfectly balancing humor
and threat. Malina Weissman, Louis Hynes and Presley Smith are also
really good as the Baudelaire orphans, they gain our trust and
compassion in every unfortunate event they go through. And another
highlight is Patrick Warburton's narration as Lemony Snicket, which
is a particular wonder. Visually, it is astonishing, every
environment in the books has its own identity, and that's visible
through the wonderful work by the production design team. One of the
best original Netflix productions, in my opinion, “A Series of
Unfortunate Events” unites a clever script with a talented cast in
order to deliver a story that does justice to its source material, as
every adaptation should be.)
Então, é isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(So, that's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)