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E aí, meus cinéfilos
queridos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para listar alguns
filmes e séries para vocês assistirem durante esse período de
isolamento social que estamos enfrentando no momento. Minha intenção
é concentrar em filmes e séries que não têm nada a ver com
doenças ou epidemias, ou que lidam com temas que podem ser sensíveis
para as pessoas. Citarei aqui filmes que eu considero leves,
divertidos e adequados para essa época delicada em que estamos
vivendo. Então, vamos começar!
(What's up, my dear
film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to list some
films and TV shows for you to enjoy during the social isolation we're
all facing in this moment. My intention is to focus on films and
shows that have nothing to do with diseases or epidemic, or that deal
with themes that may be sensitive to people. I'll list here films
that, in my opinion, are light, fun, and adequate for this delicate
time we're living in. So, let's begin!)
FILMES:
- SING STREET: MÚSICA E SONHO (2016), dirigido por John Carney (Disponível na Netflix)(SING STREET (2016), directed by John Carney)
Eu já falei desse filme várias vezes no blog, e irei reforçar o
fato de que esse filme altamente subestimado sobre um garoto que
forma uma banda para impressionar uma garota mais velha é o antídoto
perfeito para a tristeza e a ansiedade que épocas como a qual
estamos vivendo possam causar. É um daqueles filmes que nos fazem
sentir bem com a vida. A trama ambientada nos anos 1980 e os
personagens muito bem desenvolvidos são cativantes. A química entre
todo o elenco jovem (Ferdia Walsh-Peelo, Lucy Boynton, Mark McKenna,
e mais) move a história de maneira envolvente e muito satisfatória.
A trilha sonora é muito bem executada, fazendo uso de hits da época
como os de Duran Duran, The Cure, The Jam, além de ter canções
originais viciantes compostas por Gary Clark e John Carney, diretor
do filme. E se isso não for o suficiente para convencê-los a ver
esse filme incrível, ele chamou tanta atenção que ganhou uma
adaptação para os palcos da Broadway, pelas mesmas mãos que
transformaram outro filme de Carney, o íntimo e sublime “Apenas
uma Vez”, em um musical altamente premiado.
(I've already talked about this film several times here, and I'll
reinforce the fact that this highly underrated film about a boy that
forms a band to impress an older girl is the perfect antidote to the
sadness and anxiety that times like these may cause. It's one of
those movies that make you feel good about life. The plot set in the
1980s and the very well-developed characters are captivating. The
chemistry between all the young cast (Ferdia Walsh-Peelo, Lucy
Boynton, Mark McKenna, and more) moves the story in a riveting and
very satisfactory way. The soundtrack is really well executed, making
use of hits from that time, like Duran Duran, The Cure, The Jam,
besides having highly addictive original songs composed by Gary Clark
and John Carney, the movie's director. And if that's not enough to
convince you to watch this amazing movie, it got so much attention,
that it's now going to be adapted for the Broadway stage, from the
same team that transformed another film by Carney, the intimate and
sublime “Once”, into an award-winning musical.)
- LA LA LAND: CANTANDO ESTAÇÕES (2016), dirigido por Damien Chazelle (Disponível na Netflix)(LA LA LAND (2016), directed by Damien Chazelle)
E aqui temos outro musical maravilhoso na lista. Uma verdadeira
homenagem ao cinema e ao jazz, Damien Chazelle já nos chama a
atenção desde o espetacular número de abertura feito em
plano-sequência em uma rodovia engarrafada. A energia e o esforço
postos naquela sequência em si são o suficiente para nos inserir no
universo de Mia e Sebastian. Ryan Gosling e Emma Stone (que ganhou o
Oscar por esse papel) entregam algumas de suas melhores performances
aqui. O roteiro de Chazelle pode parecer um pouco familiar, mas são
as pequenas diferenças que ele aplica a essa fórmula que torna “La
La Land” um filme único. A trilha sonora do Justin Hurwitz é
simplesmente fenomenal, as canções originais escritas pelo Justin
Paul e pelo Benj Pasek são incríveis, a coreografia foi
extremamente bem ensaiada, a fotografia e a direção de arte são
vibrantes e hipnotizantes, a ponto de parecerem fantasiosas, como se
estivéssemos dentro de um sonho. E esse sentimento, pelo menos para
mim, foi inigualável quando vi pela primeira vez. E o final... Até
hoje acho uma injustiça esse filme não ter levado o Oscar de Melhor
Filme.
(And we got another wonderful musical on the list. A true homage to
cinema and jazz, Damien Chazelle already gets our attention from the
spectacular opening number continuously shot in a jammed highway. The
energy and effort put into that sequence alone are enough to invite
us into Mia and Sebastian's world. Ryan Gosling and Emma Stone (who
won an Oscar for her role) deliver some of their best performances
here. Chazelle's script may seem a little familiar, but it's the tiny
differences he applies to that formula that turn “La La Land”
into a unique film. Justin Hurwitz's score is simply phenomenal, the
original songs composed by Justin Paul and Benj Pasek are amazing,
the choreography was very well-rehearsed, the cinematography and the
art direction are vibrant and hypnotizing, to the point where it
looks like a fantasy, like we're in a dream. And that feeling, for me
at least, was one of a kind the first time I watched it. And that
ending... To this day, I still think it's unfair it didn't win Best
Picture.)
- MENINAS MALVADAS (2004), dirigido por Mark Waters (Disponível na Amazon Prime Video)(MEAN GIRLS (2004), directed by Mark Waters)
Quando ouvi falar de “Heathers”, que foi o assunto das três
últimas postagens do blog, vi muitas matérias na internet
comparando o filme de Michael Lehmann com “Meninas Malvadas”. Há
muitas similaridades entre os dois filmes, mesmo com os tons das
tramas serem o completo oposto um do outro. Há vários trunfos em
“Meninas Malvadas”, a começar pelo roteiro, escrito pela Tina
Fey. É um roteiro que tem um senso de humor altamente sagaz,
inteligente, e esse humor ainda causa muitas risadas 16 anos depois.
O elenco, composto por talentos que, na época, estavam em ascensão
(Lindsay Lohan, Rachel McAdams, Amanda Seyfried, Lizzy Caplan) é
maravilhoso, e todos os personagens são muito bem desenvolvidos.
Pode ser que alguém pense que, pelo título, esse filme é “filme
de menina”. Bom, eu asseguro que não é. Eu simplesmente amei esse
filme, e ele ficou na minha cabeça por muitos dias depois de
assistí-lo. Então, para quem quer aproveitar uma comédia leve,
altamente engraçada e alto-astral, “Meninas Malvadas” irá satisfazer os seus desejos.
(When I heard of “Heathers”, which was the subject of the 3
latest posts in the blog, I saw a lot of articles online comparing
Michael Lehmann with “Mean Girls”. There are a lot of
similarities between both films, even with their tones being the
complete opposite of each other. There are several pros in “Mean
Girls”, starting with the script, written by Tina Fey. It's a
script that has a highly clever, sharp sense of humor, and that humor
still works 16 years later. The cast, composed by talents who, at the
time, were on the rise (Lindsay Lohan, Rachel McAdams, Amanda
Seyfried, Lizzy Caplan) is amazing, and all the characters are well
developed. A person might think that, because of the title, it is a
“chick flick”. Well, I assure you it's not. I honestly loved this
film, and it was on my head for many days after I watched it. So, for
those seeking a light, extremely funny and feel-good comedy, “Mean
Girls” is the movie for you.)
- SEM FÔLEGO (2017), dirigido por Todd Haynes (Disponível na Amazon Prime Video)(WONDERSTRUCK (2017), directed by Todd Haynes)
Aposto que a grande maioria dos meus leitores nem saiba da existência
desse filme, pois ele passou bem despercebido na época de
lançamento. “Sem Fôlego” usa dois narradores com deficiências
auditivas, Ben e Rose, que estão à procura de algo. Ben está à
procura do pai, e Rose está à procura da mãe. Aí o filme vai
intercalando essas duas narrativas e, pouco a pouco, o roteiro vai
unindo esses pontos de vista em uma linha do tempo linear. É um
filme baseado em um livro do Brian Selznick (o mesmo de “A Invenção
de Hugo Cabret”), que também escreveu o roteiro da adaptação. E
realmente, é um filme que te deixa sem fôlego, pois ele é
extremamente cativante. A canção “Space Oddity”, de David
Bowie, é usada aqui de maneira intimamente simbólica, as
performances dos atores mirins, especialmente a Millicent Simmonds
(que depois, iria ser reconhecida por um público maior por causa de
“Um Lugar Silencioso”) são incríveis. O jeito que o diretor de
fotografia e a equipe de direção de arte usam para diferenciar as
duas épocas nas quais o filme se passa é um deleite para os olhos.
Foi um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos, e é uma
adaptação extremamente fiel ao material fonte, ao ponto de terem
cenas praticamente idênticas às ilustrações presentes no livro. É
um filme que te prende, te cativa, te emociona, e deixa o seu coração
quentinho no final.
(I bet most of my readers don't even know this film exists, as it
wasn't really noticed at its time of release. “Wonderstruck” uses
two hearing impaired narrators, Ben and Rose, who are both looking
for something. Ben is searching for his father, and Rose is searching
for her mother. Then it keeps switching between these two narratives,
and, little by little, the script unites these two points of view
into a linear timeline. It's a film based on a book by Brian Selznick
(the same guy who wrote “The Invention of Hugo Cabret”), who also
wrote the adaptation's screenplay. And really, it is a film that
leaves you wonderstruck, because it is extremely captivanting. The
song “Space Oddity”, by David Bowie, is used here in an
intimately symbolic way, the performances by the child actors,
especially Millicent Simmonds (who would later be recongnized by a
larger audience because of “A Quiet Place”) are amazing. The way
that the cinematography and the art direction use to tell the two
timelines the movie is set in is a delight to the eye. It is one of
the best films I've seen lately, and it is an extremely faithful
adaptation to the source material, to the point that scenes are
almost identical to the illustrations of the book. It's a film that
captures you, captivates you, thrills you, and that leaves your heart
warm in the end.)
- A INCRÍVEL AVENTURA DE RICK BAKER (2016), dirigido por Taika Waititi (Disponível na Netflix)(HUNT FOR THE WILDERPEOPLE (2016), directed by Taika Waititi)
A maioria das pessoas pode lembrar do nome “Taika Waititi” por
causa de “Thor: Ragnarok”, ou talvez por causa do excelente “Jojo
Rabbit”, que venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. Mas antes
desses dois filmes, Waititi fez “A Incrível Aventura de Rick
Baker”, um filme independente que conta a história de um garoto
órfão que, após a morte repentina de um de seus responsáveis,
foge para a natureza com seu tio, e acabam virando assunto em rede
nacional, atraindo a atenção da polícia no processo. O senso de
humor característico de Waititi, estabelecido no hilário “O Que
Nós Fazemos Nas Sombras”, e reforçado em “Jojo Rabbit”, está
presente em sua forma mais pura aqui. Algumas piadas beiram ao
nonsense e ainda conseguem ser muito engraçadas. O Julian Dennison
(que, depois seria um dos vilões de “Deadpool 2”) e o Sam Neill
possuem uma química cativante, a Rachel House (colaboradora
frequente de Waititi) é hilária, e o roteiro desenvolve muito bem
os seus personagens, fazendo com que nos importemos com eles e com a
jornada que irão fazer. É um filme que possui uma estética muito
parecida com os filmes do Wes Anderson, e é cheio de boas risadas,
mas também possui uma carga emocional bem forte (quem já viu “Jojo
Rabbit” vai saber do que eu estou falando), o que não é tão
comum assim em filmes promovidos como comédias, e Taika Waititi
acerta em cheio nesse aspecto com “A Incrível Aventura de Rick
Baker”.
(Most people may remember the name “Taika Waititi” because of
“Thor: Ragnarok”, or maybe because of the excellent “Jojo
Rabbit”, which won the Oscar for Best Adapted Screenplay. But
before those two films, Waititi made “Hunt for the Wilderpeople”,
an indie film that tells the story of an orphan boy who, after the
sudden death of one of his guardians, flees into the woods with his
uncle, and end up going viral on a national scale, attracting the
attention of the police in the process. Waititi's characteristic
sense of humor, established in the hilarious “What We Do in the
Shadows”, and reinforced in “Jojo Rabbit”, is present in its
most purest form here. Some jokes may seem nonsensical, and yet
they're extremely funny. Julian Dennison (who would later, portray
one of the villains in “Deadpool 2”) and Sam Neill have a very
captivating chemistry, Rachel House (a frequent Waititi collaborator)
is hilarious, and the script develops its characters in a really
fulfilling way, making us care about them and the journey they're
about to make. It is a film that's aesthetically similar to Wes
Anderson films, and is full of good laughs, yet it also has a really
strong emotional baggage (those who have seen “Jojo Rabbit” will
know what I'm talking about), which isn't that common in films
promoted as comedies, and Taika Waititi nails it in that aspect in
“Hunt for the Wilderpeople”.)
- MONTY PYTHON EM BUSCA DO CÁLICE SAGRADO (1975), dirigido por Terry Gilliam e Terry Jones (Disponível na Netflix)(MONTY PYTHON AND THE HOLY GRAIL (1975), directed by Terry Gilliam and Terry Jones)
O meu filme de comédia favorito de todos os tempos, “Monty Python
Em Busca do Cálice Sagrado” é a obra-prima dessa trupe de comédia
britânica, na minha opinião. Ele satiriza a história do Rei Arthur
e dos Cavaleiros da Távola Redonda do modo mais nonsense possível.
E é simplesmente hilário. Os 6 membros da trupe (Graham Chapman,
John Cleese, Michael Palin, Terry Jones, Terry Gilliam e Eric Idle)
dão um show em todos os papéis que eles interpretam (sim, eles
interpretam vários papéis aqui). É um filme com vários momentos
icônicos, entre eles a luta contra o Cavaleiro Negro, os Cavaleiros
que dizem Ni, a luta contra o Coelho de Caerbannog, a Ponte da Morte,
e por aí vai. Assim como aconteceu nos episódios da série “Monty
Python's Flying Circus” (também disponível na Netflix), esse
filme também faz um uso surreal e tosco de propósito de animação,
com resultados hilários. É um filme tão engraçado que te dá
vontade de procurar mais trabalhos dessa trupe icônica de comédia.
Assistam “Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado”, garanto que
não irão se arrepender!
(My favorite comedy film of all time, “Monty Python and the Holy
Grail” is the masterpiece of this British comedy troupe, in my
opinion. It is a satire of the tale of King Arthur and the Knights of
the Round Table, made in the most nonsensical way possible. And it is
simply hilarious. The 6 members of the troupe (Graham Chapman, John
Cleese, Michael Palin, Terry Jones, Terry Gilliam and Eric Idle)
knock it out of the park in every role they play (yes, they play
multiple roles here). It's a film with several iconic moments, like
the fight against the Black Knight, the Knights Who Say Ni, the fight
against the Rabbit of Caerbannog, the Bridge of Death, and it goes
further. As it happens with the episodes of their show “Monty
Python's Flying Circus”, this film also makes a surreal use of
animation, with hilarious results. It's a film that's so funny,
you'll want to look for other works by this iconic comedy troupe.
Watch “Monty Python and the Holy Grail”, I guarantee you'll not
regret it!)
- SCOTT PILGRIM CONTRA O MUNDO (2010), dirigido por Edgar Wright (Disponível na Netflix)(SCOTT PILGRIM VS. THE WORLD (2010), directed by Edgar Wright)
Digo sem medo que “Scott Pilgrim contra o Mundo” é a minha
adaptação favorita de quadrinhos de todos os tempos, mesmo com
universos compartilhados da Marvel e da DC. O filme é baseado numa
série de HQs em 6 volumes (3 no Brasil), e acompanha Scott Pilgrim,
um baixista preguiçoso que se apaixona por Ramona Flowers, uma
entregadora da Amazon. Mas, para conquistar o coração dela, ele
terá que derrotar os 7 ex-namorados dela. Não tinha alguém melhor
para dirigir essa história do que o Edgar Wright. Ele pega o estilo
visual que ele estabeleceu na série “Spaced” e em filmes como
“Todo Mundo Quase Morto” e “Chumbo Grosso” e implanta-os aqui
de forma bem energética e identificável. O filme aborda todos os 6
volumes da série (ou seja, muita coisa foi deixada de fora), mas a
essência da trama é mantida. Inclusive, algumas decisões do
roteiro do filme foram até melhores do que algumas do material
fonte, mas deixaremos isso para uma postagem futura. É um filme
muito engraçado; junto com “Homem-Aranha No Aranhaverso”, é o
mais próximo que temos de uma HQ em movimento; o elenco do filme é
cheio de nomes talentosos (Michael Cera, Mary Elizabeth Winstead,
Brie Larson, Chris Evans, Jason Schwartzman) e todos eles trabalham
muito bem com o material que lhes é dado. Há um uso eficiente e
inteligente de CGI aqui, e esse uso não polui o filme de forma
alguma, pelo contrário, ele torna o estilo do filme mais único. Se
você gosta de ação, comédia, HQs, e videogames, você vai amar
“Scott Pilgrim”.
(I say, without fear, that “Scott Pilgrim vs the World” is my
favorite comic book adaptation ever, even with shared universes, like
Marvel and DC. It is based on a comic book series with 6 volumes, and
follows Scott Pilgrim, a slacker bass player who falls in love with
Ramona Flowers, an Amazon delivery girl. But, in order to win her
heart, he has to defeat her 7 ex-boyfriends. There wasn't a better
person to direct this story than Edgar Wright. He takes the visual
style he established in the TV show “Spaced” and in films like
“Shaun of the Dead” and “Hot Fuzz” and implants them here in
a really energetic, identifiable way. The film covers all 6 volumes
in the series (meaning that a lot of stuff got left out), but the
essence of the plot is maintained. As a matter of fact, some
decisions the screenplay made were even better than some in the
source material, but we'll leave that to a future post. It's a really
funny movie; along with “Spider-Man: Into the Spider-Verse”, it's
the closest we'll ever get to a comic book in motion; the cast is
full of talented names (Michael Cera, Mary Elizabeth Winstead, Brie
Larson, Chris Evans, Jason Schwartzman) and all of them work really
well with their material. There's an efficient, clever use of CGI
here, and that use doesn't pollute the film at all, on the contrary,
it makes the film's style even more unique. If you like action,
comedy, comic books and videogames, you'll love “Scott Pilgrim”.)
- O FANTÁSTICO SR. RAPOSO (2009), dirigido por Wes Anderson (Disponível na Amazon Prime Video)(FANTASTIC MR. FOX (2009), directed by Wes Anderson)
Na minha opinião, o Wes Anderson não tem nenhum filme ruim. E “O
Fantástico Sr. Raposo” não é uma exceção. Uma obra-prima
subestimada da animação stop-motion, o filme de Anderson mostra que
não só de CGI vive a animação. Cada quadro dessa animação é
literalmente uma obra de arte. É um filme que possui todas as
características visuais e estéticas do diretor (simetria, paleta de
cores, passo rápido da história, trilha sonora dos anos 1960 e
1970, história com tema familiar), e o stop-motion feito aqui não é
mais tradicional, como no caso da Aardman (“A Fuga das Galinhas”).
É algo bem mais sofisticado, mais ou menos no mesmo nivel de
detalhes dos filmes da LAIKA (“Coraline e o Mundo Secreto”). É
uma história que tanto crianças quanto adultos podem gostar, tem um
elenco de vozes de outro mundo (George Clooney, Meryl Streep, Jason
Schwartzman, Owen Wilson, Bill Murray), e é tão bom, que você nem
vê o tempo de duração curto (1h30min) passar. É o meu segundo
filme favorito do Wes Anderson, minha animação favorita de todos os
tempos e um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. É um filme
perfeito para introduzir cinéfilos em formação ao trabalho desse
incrível diretor.
(In my opinion, Wes Anderson has never made a bad film. And
“Fantastic Mr. Fox” is no exception. An underrated masterpiece of
stop-motion animation, Anderson's film shows that animation is so
much more than just CGI. Every frame in this animated movie is
literally a work of art. It's a film that has every visual and
aesthetic characteristics that the director is known for (symmetry,
color palette, fast-paced story, soundtrack from the 1960s and 1970s,
a story with a family theme), and the stop-motion made here isn't
that traditional, like with Aardman (“Chicken Run”). It's
something way more sophisticated, more or less on the same level of
detail as the films made by LAIKA (“Coraline”). It's a story that
both kids and adults can enjoy, it has a juggernaut of a voice cast
(George Clooney, Meryl Streep, Jason Schwartzman, Owen Wilson, Bill
Murray), and it is so good, that you don't even see the short running
time (less than 90 minutes) go by. It's my second favorite Wes
Anderson film, my favorite animated film of all time and one of my
favorite films of all time. It's a perfect film to introduce film
buffs in formation to the work of this amazing director.)
Então, é isso, pessoal! Espero que vocês tenham gostado! Até a
próxima postagem,
João Pedro
(So, that's it, guys! I hope you liked it! See you in the next post,
João Pedro)
Fantástico, João Pedro, amei as dicas.Quarentena com filmes..
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