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E aí, meus queridos cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para falar sobre um dos lançamentos mais recentes no catálogo original do Globoplay! Reunindo o elenco e a equipe que fizeram dos dois filmes anteriormente lançados um sucesso, a série em questão tem o auxílio de uma trama 100% original, múltiplas perspectivas e temáticas universais para compor a sua narrativa, resultando na adaptação mais nostálgica, divertida, emocionante e amadurecida de seus icônicos personagens. Então, sem mais delongas, vamos falar de “Turma da Mônica – A Série”! Vamos lá!
(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to talk about one of the most recent releases on Globoplay's original catalog! Bringing back the cast and crew that made the two previously released movies a hit, the TV series I'm about to review relies on the help of a plot that's 100% original, multiple perspectives and universal themes in order to compose its narrative, resulting in the most nostalgic, fun, emotional and mature adaptation of its iconic characters. So, without further ado, let's talk about “Turma da Mônica – A Série” (Monica's Gang – The TV Series). Let's go!)
Ambientado após “Turma da Mônica: Lições”, a série gira em torno da dinâmica entre Mônica (Giulia Benite), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Cascão (Gabriel Moreira), Magali (Laura Rauseo), Milena (Emilly Nayara) e companhia, a qual é drasticamente afetada pela chegada de Carminha Frufru (Luiza Gattai) ao Bairro do Limoeiro. Certo dia, Carminha dá uma festa de boas-vindas em sua mansão, e toda a Turma é convidada. Durante a festa, um balde de lama é derrubado na cabeça de Carminha, e Denise (Becca Guerra) lidera uma investigação para descobrir quem foi o culpado por sabotar a festa.
(Set after “Turma da Mônica: Lições” (Monica's Gang: Lessons), the TV show revolves around the dynamic between Monica (Giulia Benite), Jimmy Five (Kevin Vechiatto), Smudge (Gabriel Moreira), Maggy (Laura Rauseo), Milena (Emilly Nayara) and co., which is drastically affected by the arrival of Cindy Frou-frou (Luiza Gattai) in Lemon Tree Street. One day, Cindy throws a welcoming party in her mansion, and the whole Gang is invited. During the party, a bucket of mud is dropped on Cindy's head, and Denise (Becca Guerra) leads an investigation to figure out who's to blame for sabotaging the party.)
Não é novidade que eu sou muito fã da Turma da Mônica. Tendo crescido lendo os gibis e assistindo aos desenhos (como “CineGibi” e “Uma Aventura no Tempo”), fiquei muito feliz ao ter visto estes personagens serem traduzidos tão bem para o live-action pelas mãos de Daniel Rezende, através dos filmes “Laços” e “Lições” (ambos possuem resenhas individuais aqui no blog!). Claro que tive minhas reservas em relação aos filmes, mas os resultados, felizmente, foram bem mais positivos do que negativos, sendo tanto adaptações fiéis de suas respectivas graphic novels quanto representações narrativas e visuais perfeitas de todos os valores e características que fizeram com que estes gibis fossem tão marcantes na minha infância.
E, por isso, é claro que eu estava MUITO animado para assistir à série original do Globoplay. Não só pelo retorno do elenco e da equipe que ajudaram a fazer dos dois filmes um sucesso, mas também (e especialmente) pelo crescimento dos atores, o que poderia permitir uma narrativa mais amadurecida por parte do roteiro, que tanto em “Laços” quanto “Lições”, se concentrou em agradar em primeiro lugar o público infantil, sem se preocupar tanto com os espectadores mais velhos que estariam acompanhando este público-alvo. Outra vantagem que aumentou as minhas expectativas para a série foi o nível de sigilo em relação ao enredo, com a obra começando a ser promovida pelo serviço de streaming semanas antes da sua estreia no dia 21 de julho, uma jogada que eu achei muito bem calculada.
Eu já esperava que a série fosse boa, no mesmo nível de “Laços” e “Lições”, mas eu não esperava que ela fosse TÃO boa, como realmente foi. Contando com uma narrativa muito bem elaborada de investigação, com vários pontos de vista que permitem uma visão mais abrangente de todo o cenário e a abordagem de temas universais e, especialmente, condizentes com as faixas etárias dos personagens, essa adaptação do trabalho icônico de Mauricio de Sousa não é só uma das melhores produções audiovisuais infantis nacionais dos últimos tempos, mas também é a versão mais amadurecida e atraente a um público mais velho da Turma de Daniel Rezende.
Ok, então, vamos falar do roteiro. Liderando uma equipe muito competente de roteiristas, o primeiro acerto de Mariana Zatz (que co-escreveu o roteiro de “Turma da Mônica: Lições” com Thiago Dottori) reside na investida em uma narrativa independente e original, ao contrário dos dois filmes anteriores, que foram baseados nas HQs de mesmo nome de Vitor e Lu Cafaggi. A principal vantagem dessa escolha é que os roteiristas acabam não se sentindo presos demais ao material fonte, flexibilizando, assim, as maneiras de trabalhar com esse universo fictício, resultando em algo genuinamente novo, o que me agradou bastante.
Outro acerto foi o uso da estrutura de “whodunnit”, ou seja, uma narrativa de investigação onde o principal objetivo é descobrir quem foi o responsável por cometer um crime ao longo da trama, de modo similar a filmes como “Entre Facas e Segredos” e “Assassinato no Expresso do Oriente”. Essa estrutura não só permite que a narrativa se aprofunde com cada circunstância retratada, mas também solta a criatividade dos roteiristas para elaborarem reviravoltas inventivas que surpreendam o espectador e o ajudem na “montagem” da narrativa, como que nas peças de um quebra-cabeça.
Uma vantagem que vem junto com a estrutura narrativa escolhida, e aqui eu aponto outro acerto no trabalho de Zatz e equipe, é a possibilidade de ter múltiplas perspectivas sobre um mesmo evento, permitindo, assim, que certos personagens recebam a mesma quantidade de desenvolvimento. Os níveis diferentes de desenvolvimento dos personagens foram um dos pontos fracos de “Laços” e “Lições”, na minha opinião, mas aqui, graças à estrutura seriada da obra, essa fraqueza é transformada em uma das maiores forças de “Turma da Mônica – A Série”. Com 8 episódios de meia hora cada, cada capítulo é dedicado ao ponto de vista particular de um dos suspeitos principais, e isso permite um maior aprofundamento no arco narrativo de personagens que não seriam tão bem aproveitados caso a trama fosse condensada em um longa-metragem, o que é excelente.
Um dos melhores aspectos do roteiro de “Turma da Mônica – A Série” é a adequação dos temas abordados na trama à faixa etária dos personagens. Em “Laços”, eles se encontravam em uma faixa etária mais infantil, abordando temas como amizade; em “Lições”, eles estão em um período de transição entre a infância e a pré-adolescência, lidando com temas como crescimento e dificuldades escolares; já na série, eles se encontram na transição entre a pré-adolescência e a adolescência, levando a narrativa a lidar com temas recorrentes nessa faixa etária, como ansiedade, bullying, o amor, a autodescoberta, e, principalmente, a insegurança, revelada pela pressão colocada nessas crianças pelos pais, pelas críticas dos amigos, e pelo sentimento de não-pertencimento que eles podem ter em seus corações.
A abordagem desses temas permite que estes personagens sejam retratados como pessoas 100% humanas. Não como caricaturas de quadrinhos com características exacerbadas, mas como seres humanos reais e genuínos. E, em parte, é essa abordagem que permite que a trama tenha um alcance universal, em relação ao seu público. Não importa se você for uma criança de 8 anos, um jovem adulto de 22 (como este que vos fala), um adulto beirando os 50 ou um idoso de 80 anos, Zatz e sua equipe utilizam estes temas para fazer com que cada um dos espectadores se veja refletido nestes personagens, com suas forças, fraquezas e imperfeições, e isso é muito bom. Há uma cena no último episódio que chegou bem perto, BEM perto de me fazer chorar, e por isso, eu aplaudo de pé a equipe de roteiristas de “Turma da Mônica – A Série”.
E, por fim, o último destaque que gostaria de fazer em relação ao roteiro é o fator divertido e nostálgico da trama. As situações nas quais os personagens se encontram são bem legais, o passo dos episódios é muito bem calculado ao ponto de ser viciante, há várias referências ao trabalho de Mauricio de Sousa espalhadas ao longo dos episódios, são apresentados personagens novos e famosos por suas aparições nos gibis (inclusive, teve um personagem em particular que me pegou de surpresa, devido ao desenvolvimento dele na trama geral da temporada). Através desse fator, Zatz e os roteiristas aproveitam para deixarem visíveis sua paixão e apreço por esses personagens, e isso faz com que a série seja um verdadeiro deleite para os fãs. Globoplay, vê mais umas cinco temporadas aí, que tá pouco! (Risos)
(It's not news that I'm a huge fan of Monica's Gang. As I grew up reading the comics and watching the animated adaptations (such as “CineGibi” and “Uma Aventura no Tempo” [CineComics and An Adventure Through Time]), I was really glad when I saw these characters being translated to live-action so beautifully through the hands of Daniel Rezende, with the films “Laços” and “Lições” (Bonds and Lessons) (both of them have individual reviews on the blog!). Sure, I had my setbacks regarding each film, but, fortunately, they had way more positive outcomes than negative ones, simultaneously being faithful adaptations of their respective graphic novels and perfect narrative and visual representations of the values and characteristics that earned the comics such a special place in my childhood.
And, because of that, of course I was VERY excited to watch their original Globoplay show. Not only because of the return of the cast and crew that helped make the two films a hit, but also (and mainly) because of the actors' growth, which could allow a more mature approach from the screenplay, which in both “Laços” and “Lições”, focused in primarily pleasing the children in the audience, not worrying too much over the older viewers that would be accompanying the target audience. Another advantage that enhanced my expectations for the show was its level of secrecy regarding the plot, with the show being promoted by the streaming service weeks before its premiere on July 21st, a feat I thought was really well-played.
I already expected the series to be good, in the same level as “Laços” and “Lições”, but I didn't expect it to be THIS good, as it actually is. Relying on a well elaborated investigation narrative, with multiple points of view that allow a wider vision of the entire scenario and the approach of universal themes that are, especially, befitting with the characters' ages, this adaptation of Mauricio de Sousa's work is not only one of the best Brazilian children-oriented audiovisual projects in recent times, but is also the most matured version of Daniel Rezende's Gang, which allows it to reach an older audience.
Okay, then, let's talk about the screenplay. Leading a very competent team of screenwriters, the first great thing about Mariana Zatz's work here (she also co-wrote the screenplay for “Turma da Mônica: Lições” with Thiago Dottori) resides on the approach at an independent and original narrative, unlike the two previous movies, which were based on the graphic novels of the same name by Vitor and Lu Cafaggi. The main advantage of that choice is that the screenwriters don't end up trapped to the source material, making their ways to deal with this fictional universe all the more flexible, resulting in something that's genuinely new, which pleased me a lot.
Another thing it gets right is its use of the whodunnit narrative structure, meaning, it's an investigation plot where the main objective is figuring out who was responsible for committing a crime throughout the plot, in a similar way to movies like “Knives Out” and “Murder on the Orient Express”. That structure not only allows the plot to thicken with every circumstance that's portrayed onscreen, but also lets the writers' criativity hang loose to come up with inventive plot twists that surprise the viewer and help them in putting the narrative together, like pieces of a jigsaw puzzle.
An advantage that comes with this chosen narrative structure, and here I point out another great thing about Zatz and co.'s work, is the possibility of having multiple perspectives on one single event, allowing certain characters to have the same amount of development. The different levels of character development were one of the weak points in both “Laços” and “Lições”, in my opinion, but here, thanks to the plot's serialized structure, that weakness is turned into one of the biggest strengths of “Turma da Mônica – A Série”. With 8 episodes that run half an hour each, each chapter is dedicated to the particular point of view of one of its prime suspects, and that allows a greater depth in the narrative arcs of characters that wouldn't be as well-developed if the narrative was to be condensed into a feature-length movie, which is excellent.
One of the best aspects of the screenplay of “Turma da Mônica – A Série” is the adequation of its approached themes to the characters' age rate. In “Laços”, they found themselves as more like children, dealing with themes like friendship; in “Lições”, they found themselves transitioning from children to pre-teens, dealing with themes like growth and school difficulties; in the show, they find themselves transitioning from pre-teens to teenagers, leading the narrative to deal with recurring themes to that period, such as anxiety, bullying, love, self-discovery, and, mainly, insecurity, revealed by the pressure put on those children by their parents, their friends' criticism, and by the feeling of not belonging anywhere that they might feel in their hearts.
The approach of those themes allows these characters to be portrayed as people that are 100% human. Not as comic book caricatures with exacerbated characteristics, but as real, genuine human beings. And, partly, it's that approach that allows the plot to have a universal reach, when it comes to its audience. It doesn't matter if you're an 8-year-old kid, a 22-year-old young adult (such as myself), an adult going on 50 or an elder that's in their mid-80s, Zatz and her team use these themes to make every viewer see themselves reflected on these characters, with their strengths, weaknesses and imperfections, and that is really good. There's a scene in the last episode that came very close, VERY close to making me cry, and for that, I give the screenwriting team of “Turma da Mônica – A Série” a standing ovation.
And, finally, the last highlight I'd like to make about the screenplay is the plot's fun and nostalgic factor. The situations in which the characters find themselves in are really fun, the episodes' pacing is well calculated to the point of being highly addictive, there are several references to Mauricio de Sousa's work sprinkled throughout the episodes, new and famous characters are introduced, due to their iconic comic book appearances (by the way, there's one particular character that caught me by surprise, due to his development in the season's general plot). Through that factor, Zatz and her team take the opportunity to make their passion and appreciation for these characters visible, and that makes the show be a true delight to fans. Globoplay, send us 5 more seasons already, because it's not enough! (LOL))
O desempenho do elenco infantil, assim como nos filmes, é um dos destaques de “Turma da Mônica – A Série”, e aqui, nós temos as melhores performances do quarteto de “Laços”, composto por Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Gabriel Moreira e Laura Rauseo. É incrível como Benite faz com que as vulnerabilidades da Mônica sejam cada vez mais visíveis, fazendo com que ela seja cada vez mais humana. Dos quatro personagens, o Cebolinha do Kevin Vechiatto é o que parece mais seguro de si, mas de vez em quando ele dá umas derrapadas de nervosismo, e o ator consegue lidar muito bem com essas mudanças. Eu amei o desenvolvimento do Gabriel Moreira como Cascão, em especial como o ator lida com as críticas que seu personagem recebe ao longo da trama. E a Magali da Laura Rauseo continua sendo, para mim, uma das personagens mais humanizadas do elenco, devido ao papel da ansiedade em seu desenvolvimento, e a atriz consegue tirar isso de letra.
Depois de um papel menor em “Lições”, temos o retorno da Emilly Nayara como Milena, que tem um desempenho bem mais expandido aqui, em parte devido à uma química incrível com a mãe, que é crucial para o desenvolvimento da personagem. Temos também a volta de grande parte do elenco coadjuvante de “Laços” e “Lições”, incluindo Cauã Martins como Titi, Pedro Souza como Jeremias, Laís Villela como Marina, Rodrigo Kenji como Nimbus, Lucas Infante como Humberto e Vinícius Higo como Do Contra, e todos estão excelentes aqui. Devo admitir que senti falta de personagens como o Franjinha e o Xaveco, que apareceram brevemente nos filmes, mas o desempenho dos personagens coadjuvantes acabou compensando pela falta deles.
É incrível como os destaques no elenco dessas adaptações da Turma da Mônica sempre ficam com as caras novas. Assim como o elenco coadjuvante rouba a cena em “Lições”; aqui, Luiza Gattai e Becca Guerra dominam a tela como Carminha Frufru e Denise. Gattai consegue interpretar muito bem o arquétipo de “garota rica e mimada que rouba toda a atenção”, mas, ao longo da trama, a performance da atriz consegue fazer com que o espectador lentamente sinta simpatia pelo arco narrativo que ela percorre. Guerra, por outro lado, foca mais no aspecto cômico da fofoqueira Denise, fazendo o espectador rir com basicamente tudo que sai da boca dela. Eu assistiria à uma série solo dela tranquilamente, pela presença de tela incrível que ela tem.
Eu senti muita falta de um elenco adulto mais forte em “Turma da Mônica – A Série”. Enquanto em “Laços” e “Lições”, tivemos performances competentes de Mônica Iozzi, Fafá Rennó, Rodrigo Santoro e Isabelle Drummond, aqui o núcleo adulto gira em torno de somente três atores: Mariana Ximenes, que é fria e calculista como a mãe perfeccionista de Carminha Frufru; Álvaro Assad, que é hilário como o mordomo da mansão Frufru; e Fernando Caruso, cujo personagem tem uma química cativante com Cascão e conexões geniais à um dos melhores personagens dos quadrinhos de Maurício de Sousa.
Por fim, gostaria de fazer desse parágrafo um pedido àqueles responsáveis por estas adaptações: por favor, não substituam esse elenco tão cedo. Justamente agora, que eles amadureceram junto com os personagens, a Mauricio de Sousa Produções decide finalizar a trilogia de Daniel Rezende com a série e já partir para um elenco na faixa dos 20 anos para filmes da Turma da Mônica Jovem. Por isso eu pergunto: já que os atores estão amadurecendo, qual é o problema de mantê-los para as adaptações da Turma Jovem? Entendo a justificativa de prevenir que os atores fiquem presos a um personagem só, como os da Marvel, por exemplo, mas dá para ter um personagem pelo qual um ator é mais famoso e ainda ter personagens igualmente memoráveis em outras obras. Um exemplo: Scarlett Johansson. A maioria a conhece por ter interpretado a Viúva Negra, mas a atriz recebeu muita atenção por papéis dramáticos em filmes como “Encontros e Desencontros”, “Ela”, “Jojo Rabbit” e “História de um Casamento”. Além do mais, já pensaram o quão épico iria ser se tivéssemos uma adaptação de alto orçamento do arco “As 4 Dimensões Mágicas” de Turma da Mônica Jovem com esse elenco retornando? Vou deixar essa ideia pairando no ar. (Me contrata, Daniel Rezende!!)
(The performances of the child cast, just like in the movies, is one of the highlights of “Turma da Mônica – A Série”, and here, we have the best performances of the quartet from “Laços”, composed by Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Gabriel Moreira and Laura Rauseo. It's amazing how Benite manages to make Monica's vulnerabilities all the more visible, making her look more and more human. Out of the four characters, Kevin Vechiatto's Jimmy Five is the one that's the most sure about himself, but sometimes he slips away because he's nervous, and the actor manages to deal with these changes really well. I loved Gabriel Moreira's development as Smudge, especially in how the actor deals with the criticism aimed at his character throughout the plot. And Laura Rauseo's Maggy continues to be one of the most relatable characters in the cast, due to anxiety's role in her development, and the actress manages to knock it out of the park.
After a smaller role in “Lessons”, we have the return of Emilly Nayara's Milena, who has a much more expanded development here, partly due to an amazing chemistry with her mother, who is crucial for the character's narrative arc. We also have the return of most of the supporting cast of “Laços” and “Lições”, including Cauã Martins as Bucky, Pedro Souza as Jeremiah, Laís Villela as Marina, Rodrigo Kenji as Nimbus, Lucas Infante as Hummer and Vinícius Higo as Nick Nope, and they're all excellent here. I must admit I missed characters such as Franklin and Sunny, who made very brief appearances in the movies, but the supporting characters' development ended up making up for their absence.
It's incredible how the cast highlights in these Monica's Gang adaptations always tend to be the new faces. Just like the supporting cast stole the scene in “Lições”; here, Luiza Gattai and Becca Guerra dominate the screen as Cindy Frou-frou and Denise. Gattai manages to wonderfully portray the archetype of “spoiled, rich girl who steals all the attention”, but, throughout the plot, the actress's performance manages to make the viewer slowly feel sympathy towards her narrative arc. Guerra, on the other hand, focuses more on the comical aspect of gossip-loving Denise, making the viewer laugh from basically everything that comes out of her mouth. I would easily watch a solo series of her, due to the amazing screen presence she has.
I really missed a stronger adult cast in “Turma da Mônica – A Série”. While in “Laços” and “Lições”, we had competent performances by Mônica Iozzi, Fafá Rennó, Rodrigo Santoro and Isabelle Drummond, here the adult core revolves around only three actors: Mariana Ximenes, who is cold and calculating as Cindy Frou-frou's perfectionist mother; Álvaro Assad, who is hilarious as the butler at the Frou-frou mansion; and Fernando Caruso, whose character has a captivating chemistry with Smudge and genius connections to one of Mauricio de Sousa's best characters in the comics.
Lastly, I'd like to make this paragraph a request to those responsible for these adaptations: please, don't replace this cast this soon. Precisely now, that they managed to grow up with their characters, Mauricio de Sousa Productions decides to put an end to Daniel Rezende's trilogy with the show and already invest in a cast of 20-somethings for the Monica Teen films. To that I ask: as the actors are growing up, why don't you keep them for the Monica Teen adaptations? I get the justification of preventing the actors to be stuck to one character, like Marvel ones, for example, but an actor can have a character they're best known for and still have equally memorable characters in other works. Here's an example: Scarlett Johansson. Most know her for playing Black Widow, but she managed to get lots of attention for her dramatic roles in films like “Lost in Translation”, “Her”, “Jojo Rabbit” and “Marriage Story”. Besides, have you ever thought about how epic would it be if there was a big-budget adaptation of the “4 Magical Dimensions” arc of Monica Teen with this returning cast? I'll leave that hanging in the air. (Hire me, Daniel Rezende!!))
Tecnicamente, “Turma da Mônica – A Série” continua os incríveis feitos de “Laços” e “Lições” e investe em uma estética recheada de cores vibrantes para acentuar o tom nostálgico da ambientação e da narrativa. A direção de fotografia do Azul Serra continua sendo incrível e dinâmica, a montagem do Marcelo Junqueira é bem ágil, em especial ao fazer a transição entre a atualidade e os flashbacks com os pontos de vista de cada personagem. A direção do Daniel Rezende continua sendo extremamente cuidadosa, e ele e sua equipe, assim como Zatz e os roteiristas, se asseguram em mostrar sua paixão e apreço pelo trabalho de Mauricio de Sousa em cada quadro que eles dirigem.
A direção de arte é bem vibrante, com cores que se destacam bastante no cenário. Eu gostei bastante da exploração do quarto de cada um dos quatro personagens principais, que tem como cor predominante a cor das vestimentas deles. A caracterização de cada um dos personagens, função de departamentos como figurino, maquiagem e penteado, ficou muito fiel ao visual deles nos quadrinhos, sem ficar cartunesco demais. E, por fim, a trilha sonora do Fabio Góes consegue misturar os temas estabelecidos nos filmes anteriores com uma estética mais pop, me lembrando muito de músicas recentes que homenageiam o pop de sintetizadores dos anos 1980, como as do álbum “After Hours”, do The Weeknd.
(Technically, “Turma da Mônica – A Série” continues the incredible feats of “Laços” and “Lições” and invests in an aesthetic filled with vibrant colors to enhance the setting and the narrative's nostalgic tone. Azul Serra's cinematography remains amazing and dynamic, Marcelo Junqueira's editing is quite agile, especially when making the transition between present day and the flashbacks with each character's point of view. Daniel Rezende's direction continues to be extremely careful, and he and his team, much like Zatz and the screenwriters, ensure to display their passion and appreciation for Mauricio de Sousa's work in every frame they direct.
The production design is quite vibrant, with colors that pop out a lot in the scenario. I really liked the exploration of each of the four main characters' bedrooms, which have their dressing colors as their predominant color. The characterization of each one of the characters, due to the work in costume design, makeup and hairstyling, came out as really faithful to their visuals in the comics, without it getting to cartoonish. And, finally, Fabio Góes's score manages to mix the themes established in the previous movies with a more pop-ish aesthetic, reminding me a lot of recent songs that pay homage to 1980s synth-pop, such as those in The Weeknd's album “After Hours.”)
Resumindo, “Turma da Mônica – A Série” é a melhor adaptação live-action do trabalho de Mauricio de Sousa até agora, e a melhor produção original do Globoplay. Contando com um roteiro bem elaborado que lida com temas universais, as melhores performances de seu fantástico elenco infantil e aspectos técnicos que realçam os tons nostálgicos da ambientação e da narrativa, a série consegue amadurecer os personagens apresentados em “Laços” com enorme sucesso, graças à uma direção cuidadosa de Daniel Rezende.
Nota: 10 de 10!!
É isso, pessoal! Espero que vocês tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, “Turma da Mônica – A Série” is the best live-action adaptation of Mauricio de Sousa's work so far, as well as the best Globoplay original production. Relying on an elaborate screenplay that deals with universal themes, the best performances by its fantastic young cast and technical aspects that highlight the nostalgic tones in the setting and narrative, the series successfully manages to be the coming-of-age of the characters introduced in “Laços”, thanks to a careful direction by Daniel Rezende.
I give it a 10 out of 10!!
That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)