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sexta-feira, 7 de abril de 2023

Vida de redação: 07 filmes para comemorar o Dia do Jornalista - No Cinema com JP

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O dia 07 de abril é importante para a imprensa por várias razões. Foi nessa data, em 1908, que foi instituída a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), criada para assegurar os direitos dos profissionais do jornalismo e legitimar suas profissões. Foi também em um 07 de abril que o monarca D. Pedro I renunciou ao poder no Brasil, em 1831. Um dos fatores principais para esta renúncia foi o trabalho do médico e jornalista Giovanni Batista Líbero Badaró, defensor da liberdade de imprensa, morto por inimigos políticos no ano anterior, em virtude de suas ideologias contrárias à do poder vigente. Por isso, em 1931, no centenário da renúncia de D. Pedro, a ABI instituiu o Dia do Jornalista no dia 07 de abril, como homenagem à Líbero Badaró.

E para comemorar este dia tão especial para os profissionais do jornalismo, aqui estão sete filmes que representam visões realistas, heroicas e sempre relevantes do fazer jornalístico.


(Da esquerda à direita: "Cidadão Kane", "Quase Famosos" e "As Aventuras de Tintim")

  • Cidadão Kane (Citizen Kane, EUA, 1941, 119 min., 10 anos, dir.: Orson Welles)

Frequentemente considerado o melhor filme de todos os tempos, o clássico de Orson Welles lançado em 1941 acompanha a jornada de um jornalista para desvendar o significado da última palavra emitida pelo magnata da imprensa Charles Foster Kane em seu leito de morte (“Rosebud”), que acaba sendo a chave para toda a sua trajetória de altos e baixos. Revolucionário em seus aspectos técnicos e narrativos, “Cidadão Kane” continua a impressionar, mesmo mais de 80 anos após seu lançamento, mantendo o segredo de seu protagonista até seus derradeiros segundos finais. Obrigatório para todos aqueles que querem seguir a carreira ou aprender mais sobre a sétima arte.

Onde assistir: HBO Max



  • A Montanha dos Sete Abutres (Ace in the Hole, EUA, 1951, 111 min., 12 anos, dir.: Billy Wilder)

“A Montanha dos Sete Abutres” pode ficar de escanteio em meio às outras obras-primas do diretor Billy Wilder (“Crepúsculo dos Deuses”, “Quanto Mais Quente Melhor” e “Pacto de Sangue”), mas seu longa de 1951 estrelado por Kirk Douglas continua sendo uma crítica afiadíssima à imprensa como um meio de sensacionalismo. Contando a história de um jornalista cínico que faz decisões eticamente duvidosas para recuperar seu emprego em um veículo de destaque, o diretor norte-americano flerta novamente com o film noir e levanta reflexões sobre a ética na cobertura jornalística de acidentes e desastres, mergulhando dentro da psique de seu protagonista para descobrir como o egoísmo e os vícios podem ser fatais para uma carreira.

Onde assistir: Belas Artes À La Carte



  • Todos os Homens do Presidente (All the President's Men, EUA, 1976, 138 min., 14 anos, dir.: Alan J. Pakula)

Lançado apenas dois anos após o livro que o inspirou, o filme de Alan J. Pakula estrelado por Robert Redford e Dustin Hoffman documenta a cobertura do escândalo de Watergate pelos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, que levou à renúncia do presidente norte-americano Richard Nixon, em agosto de 1974. Vencedor de 4 Oscars em 1977, este thriller político imperdível e atemporal não só foi importante no retrato da figura do profissional jornalístico, como continua sendo relevante pelo seu peso sociopolítico, demonstrando as tentativas do poder vigente de reprimir a liberdade de imprensa. E o detalhe do filme ser baseado em fatos reais aumentou ainda mais a potência do retrato do jornalista como herói.

Onde assistir: HBO Max


P.S.: Outra dica imperdível que aborda a descoberta de escândalos por equipes jornalísticas é o filme “Spotlight: Segredos Revelados”, de 2015, que acompanha as reportagens do Boston Globe sobre casos de pedofilia cometidos por padres católicos na área metropolitana de Boston, nos EUA. A equipe responsável pela investigação recebeu o Prêmio Pulitzer de Serviço Público em 2003, um dos prêmios mais importantes do ramo jornalístico. O longa-metragem, dirigido por Tom McCarthy, venceu o Oscar de Melhor Filme em 2016, e está disponível no streaming Star+.



  • Quase Famosos (Almost Famous, EUA, 2000, 122 min., 12 anos, dir.: Cameron Crowe)

Inspirado nas experiências pessoais do diretor e roteirista Cameron Crowe como repórter jovem na revista Rolling Stone, “Quase Famosos” é certamente mais leve e descontraído do que os filmes citados acima, mas ainda assim é digno de aplausos. Acompanhando a saga de amadurecimento de um jornalista adolescente que, para entrar na redação da Rolling Stone, acompanha uma banda tumultuosa em turnê pelos EUA no início dos anos 1970, este longa vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original é engraçado, romântico e cativante, levado à maiores alturas por performances de nomes como Frances McDormand e Kate Hudson, e pela presença de canções icônicas que deixaram sua marca na época retratada.

Onde assistir: Star+



  • Zodíaco (Zodiac, EUA, 2007, 157 min., 16 anos, dir.: David Fincher)

Serial killers são um assunto frequentemente abordado em filmes que têm jornalistas como personagens principais, como é o caso de “Zodíaco”, que acompanha a caça em nível nacional pelo Assassino do Zodíaco, que provocava os policiais com suas cartas e cifras enviadas para veículos jornalísticos nos anos 1960 e 1970. Focando no ponto de vista do então cartunista do San Francisco Chronicle, Robert Graysmith, o filme de David Fincher (“Se7en: Os Sete Crimes Capitais”) é uma obra-prima do suspense, sendo considerado um dos melhores filmes do século XXI pela BBC, e influenciando filmes mais recentes, como “Batman”, onde o figurino e o modus operandi do vilão Charada são visivelmente reminiscentes aos do Assassino do Zodíaco.

Onde assistir: Aluguel digital no YouTube em HD, por R$7,90, disponível por 48 horas


P.S.: Outro exemplo de filme que aborda a cobertura jornalística de assassinatos em série é o recente “Holy Spider”, longa de Ali Abbasi que rendeu à atriz Zar Amir Ebrahimi o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes em 2022. Baseado na história real de Saeed Hanaei, um serial killer conhecido como o Assassino Aranha, que, no início dos anos 2000, perseguiu e matou 16 prostitutas de rua em Mashhad, no Irã, o filme coloca o espectador na pele da jornalista interpretada por Ebrahimi, conseguindo provocar o mesmo nível de tensão presente no filme de Fincher. “Holy Spider” foi o representante da Dinamarca na corrida por uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional, e está disponível no streaming MUBI.



  • As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin, EUA/Reino Unido, 2011, 107 min., 10 anos, dir.: Steven Spielberg)

Procurando uma alternativa adequada para toda a família? O diretor Steven Spielberg (“E.T.: O Extraterrestre”) e o produtor Peter Jackson (“O Senhor dos Anéis”) têm uma para você em “As Aventuras de Tintim”, animação de 2011 baseada nas histórias em quadrinhos do cartunista belga Georges Prosper Remi, mais conhecido como Hergé. Acompanhando o jovem repórter e seu querido cachorro Milu em uma aventura ao redor do mundo à procura de um tesouro pirata, o filme de Spielberg consegue saciar a sede do espectador por uma dose generosa de ação e suspense, retratar o profissional jornalista como um verdadeiro herói, e ainda deixar um gostinho de “quero mais” em seus minutos finais. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme de Animação, esta adaptação de “Tintim” conta com um trabalho de animação espetacular e fiel ao material fonte e uma história que irá manter os olhos de toda a família grudados na tela.

Onde assistir: Aluguel digital no YouTube em HD, por R$7,90, disponível por 48 horas



  • A Crônica Francesa (The French Dispatch, EUA, 2021, 108 min., 14 anos, dir.: Wes Anderson)

E finalizando com chave de ouro, temos a obra mais recente do diretor norte-americano Wes Anderson, responsável pelo vencedor de 4 Oscars “O Grande Hotel Budapeste”. Em “A Crônica Francesa”, uma equipe de jornalistas americanos expatriados na França junta as melhores matérias veiculadas na revista em que trabalham, para homenagear o falecido editor-chefe do veículo. Como uma antologia, ou seja, narrativas independentes conectadas por um fio condutor em comum, Anderson utiliza de seu gosto elogiado pela estética visual de suas obras para compor identidades visuais para cada uma das histórias abordadas, contando com a ajuda de um elenco extremamente talentoso composto por nomes como Frances McDormand, Bill Murray e Tilda Swinton para fazer uma verdadeira carta de amor à revista que inspirou o veículo que dá título ao filme, a norte-americana The New Yorker.

Onde assistir: Star+



Feliz Dia do Jornalista! Espero que vocês tenham gostado! Até a próxima,

João Pedro




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