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E aí, meus cinéfilos
queridos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, e vim aqui trazer a
resenha de um dos filmes mais premiados e aclamados dessa temporada
de premiações, e um dos principais concorrentes às duas estatuetas
principais de Melhor Filme e Melhor Direção no Oscar desse ano.
Então, sem mais delongas, vamos falar sobre “1917”, indicado a
10 Oscars. Vamos lá!
(What's up, my dear
film buffs! How are you guys doing? I'm back, and I'm here to write
about one of the most awarded and acclaimed movies in this award
season, and one of the main contenders for the two main awards of
Best Picture and Best Director in this year's Oscars. So, without
further ado, let's talk about “1917”, which was nominated for 10
Oscars. Let's go!)
O filme é ambientado
durante a Primeira Guerra Mundial, e segue a jornada de dois
soldados, os cabos Schofield (George MacKay) e Blake (Dean-Charles
Chapman), que são encarregados de uma missão aparentemente
impossível. Nessa missão, os dois precisam atravessar território
inimigo, lutando contra o tempo, para entregar uma mensagem que pode
salvar 1600 de seus colegas de batalhão, entre eles o irmão de
Blake.
(The film is set during
World War I, and follows the journey of two soldiers, Cpls. Schofield
(George MacKay) and Blake (Dean-Charles Chapman), who are entitled to
an apparently impossible mission. In this mission, they must cross
through enemy territory, fighting against time, in order to deliver a
message that may save 1600 of their battalion brothers, with Blake's
brother amongst them.)
Antes de começar a
falar do filme em si, devo falar que estava muito animado para esse
filme desde que o primeiro trailer foi lançado. Inicialmente, o
material promocional de “1917” me deu uma vibe de “Dunkirk”
da Primeira Guerra Mundial, especialmente pelos aspectos técnicos,
que contavam com planos-sequência na direção de fotografia e
parecia ter um trabalho de som extraordinário. Depois da campanha de
marketing, vieram as primeiras premiações, e a vitória de “1917”
nas categorias de Melhor Filme – Drama e Melhor Direção nos
Globos de Ouro me deixaram bem surpreso, e por consequência, mais
animado ainda pra ver esse filme, que era o único que faltava para
que eu terminasse de ver todos os indicados ao Oscar de Melhor Filme.
E eu devo dizer que esse pode muito bem ser um dos melhores, se não
for o melhor filme de guerra que eu já vi (não, eu ainda não vi “O
Resgate do Soldado Ryan”, mas ainda irei ver, sem falta). O roteiro
de “1917” é escrito pelo diretor Sam Mendes e pela Krysty
Wilson-Cairns, baseado nas histórias que o avô de Mendes, veterano
da Primeira Guerra, contou para o neto. Ao contrário de “Dunkirk”,
que faz da Segunda Guerra a protagonista principal da trama, com
pouco desenvolvimento de personagem, aqui temos uma trama quase que
inteiramente focada em seus personagens e em todos os obstáculos que
eles precisam superar para cumprirem sua missão. É um roteiro
engajante, frenético, realista, e muito, muito tenso. Mas assim como
“Dunkirk”, “1917” possui uma veia melancólica, dedicando
alguns minutos de seu tempo de duração para refletir na tristeza e
nas consequências da Guerra, e isso contribui para a construção de
um vínculo emocional entre o espectador e os protagonistas. O
roteiro de Mendes e Wilson-Cairns trata todo personagem na trama como
importante, o que é bom, porque aí nenhum minuto do filme se sente
desperdiçado. Como um filme de guerra, “1917” é bem violento,
mas não de maneira exagerada ou estilizada, de uma maneira bem
realista mesmo. Mesmo sendo um filme bem tenso, os roteiristas fazem
um trabalho excepcional em criar momentos de calmaria entre dois
momentos de tempestade. Os dois protagonistas são muito bem
desenvolvidos, já nos primeiros minutos em tela, o espectador já
torce para que eles consigam cumprir a missão deles, e assim como
disse antes, todos os personagens que eles encontram no caminho
também são tratados como importantes, sejam eles aliados ou
inimigos, porque eles colaboram para o movimento da trama e fazem o
espectador se importar com os protagonistas (e com a missão deles)
ainda mais. Por esses motivos, achei mais do que justo o roteiro de
Mendes e Wilson-Cairns ter sido indicado ao Oscar de Melhor Roteiro
Original, e se não fosse pelas ameaças de Tarantino, com “Era uma
Vez em Hollywood”, e Bong Joon-Ho, com “Parasita”, “1917”
teria grandes chances de levar o prêmio, e com justiça.
(Before I start talking
about the film itself, I must say that I was really excited to watch
it, ever since the first trailer was released. Initially, the
marketing material of “1917” gave me some vibes that reminded me
of a World War I “Dunkirk”, especially because of its technical
aspects, which had continued shots in its cinematography and it
seemed like it had an extraordinary sound work. After the marketing
campaign, the first award ceremonies came along, and the victory of
“1917” in the categories of Best Motion Picture – Drama and
Best Director in the Golden Globes left me really surprised, and
consequently, even more excited to watch this film, which was the
only one left for me to have watched all the Oscar nominees for Best
Picture. And I must say this movie may very well be one of the best,
if not the best war film I've ever seen (no, I haven't watched
“Saving Private Ryan” yet, but I absolutely will, sometime). The
script for “1917” was written by director Sam Mendes and Krysty
Wilson-Cairns, based on the stories that Mendes's grandfather, who
was a veteran of WWI, told his grandson. Unlike “Dunkirk”, which
made the Second World War its main protagonist, with very little
character development, here we have a plot that is almost entirely
focused on its characters and all the obstacles they must overcome in
order to achieve their mission. It's an engaging, frenetic, realistic
and really, really tense script. But, just like “Dunkirk”, “1917”
has a melancholic vibe, dedicating some of its running time to
reflect on the sadness and on the consequences of the War, which
contributes for the construction of an emotional bond between the
viewer and the protagonists. Mendes and Wilson-Cairns's script treats
every character in the plot as important, which is good, 'cause then,
no minute feels wasted here. As a war film, “1917” is pretty
violent, but not in an exaggerated or stylized way, in an extremely
realistic way, actually. Even though it's a really tense film, the
screenwriters do an exceptional job in creating moments of serenity
inbetween moments of tension. The two protagonists are really well
developed, in their first minutes of screen time, the viewer is
already hoping that they manage to reach their objective, and as I
said before, every character they meet along the way is treated as
important, ally or enemy, as they collaborate for the pacing of the
plot and they make the viewer care about the protagonists (and their
mission) even more. For those reasons, I thought it was more than
fair that Mendes and Wilson-Cairns's script got nominated for Best
Original Screenplay at the Oscars, and, if it wasn't for the threats
of Tarantino with “Once Upon a Time in Hollywood”, and Bong
Joon-Ho with “Parasite”, “1917” would have big chances of
winning the award, and rightfully so.)
Sobre o elenco, devo
dizer que o pessoal do casting fez uma escolha incrível ao escalar
atores que não são tão conhecidos para os papéis principais. O
George MacKay, conhecido pelos seus papéis em “Capitão
Fantástico” e “Sunshine on Leith”, dá sua melhor atuação
nesse filme. Ele começa o filme sendo uma pessoa muito séria, e ao
longo da trama, vão surgindo muitas emoções em seu personagem, e o
jeito que o ator lida com essas emoções é maravilhoso. O
Dean-Charles Chapman, conhecido pelo papel de Tommen Baratheon em
“Game of Thrones”, nos cativa desde o primeiro minuto em tela. O
desenvolvimento dele é mais ou menos o contrário do de MacKay, ele
começa fazendo algumas piadinhas engraçadas, e o personagem dele
vai ficando cada vez mais sério no andamento da trama. Temos pontas
curtas, mas significativas de vários atores britânicos famosos,
entre eles Colin Firth, Mark Strong, Andrew Scott, Richard Madden e
Benedict Cumberbatch, e cada um deles tem seu momento, mesmo que
pequeno, de brilhar. Uma menção especial fica para a Claire
Duburcq, que é a única mulher presente no elenco. Ela faz um
trabalho muito bom, e queria muito ter visto mais da personagem dela,
que possui uma dinâmica cativante com o personagem de MacKay.
(About the cast, I must
say that the casting people made an amazing choice by casting
not-so-well-known actors for the main roles. George MacKay, who is
known for his roles in “Captain Fantastic” and “Sunshine on
Leith”, gives his best performance in this film. He starts off as a
very serious person, and throughout the plot, a lot of emotions begin
to blossom on his character, and the way that the actor deals with
those emotions is just wonderful. Dean-Charles Chapman, who is known
for his role of Tommen Baratheon in “Game of Thrones”, captivates
us from the first minute of screen time. His development is sort of
the opposite of MacKay's, he starts off with some funny jokes, and
his character becomes more serious as the plot moves forward. We have
short, but significant cameos from several famous British actors,
like Colin Firth, Mark Strong, Andrew Scott, Richard Madden and
Benedict Cumberbatch, and each one has their moment, even though it's
a small one, to shine. A special mention goes to Claire Duburcq, who
is the only woman in the cast. She does a really good job, and I
wished I got to see more of her character, who has a captivating
dynamic with MacKay's character.)
Mas, assim como
“Dunkirk”, o destaque em “1917” fica com os aspectos
técnicos. Os dois planos-sequência extremamente longos feitos pelo
Roger Deakins na direção de fotografia nos mantêm grudados no
assento, roendo as unhas de tensão, e por isso, o trabalho de
Deakins, vencedor do Oscar por “Blade Runner 2049”, merece o
Oscar de Melhor Fotografia. A direção de arte faz um belo trabalho
recriando o cenário de guerra presente na época em que o filme é
ambientado. A montagem é extraordinária, porque se houve algum
corte no meio dos dois planos-sequência de Deakins, é quase
imperceptível. A edição e a mixagem de som são alguns dos
aspectos que mais funcionam no filme, pois eles acentuam a tensão e
até rendem uns sustos inesperados, dignos de filmes de terror. A
trilha sonora do Thomas Newman é atmosférica, épica e maravilhosa,
batendo de frente com a trilha de “Coringa”, composta pela Hildur
Gudnadóttir, como os principais concorrentes ao prêmio de Melhor
Trilha Sonora Original no Oscar. Os efeitos especiais desse filme são
sensacionais. A maioria das pessoas acha que essa categoria serve
para dar prêmios pros blockbusters, mas os efeitos práticos (e uma
pitadinha de CGI) presentes em “1917” fazem desse filme o
principal indicado ao prêmio de Melhores Efeitos Visuais. Então,
com esse potencial, “1917” tem enormes chances de fazer presença
nas categorias técnicas. E, é claro, não poderia deixar de
mencionar a direção fantástica do Sam Mendes, pois se não fosse
pelo trabalho dele de direcionar os atores e a equipe pela visão que
ele tinha para o filme, o resultado definitivamente não seria o
mesmo. E pra mim, isso já coloca Mendes como um dos principais
indicados a Melhor Direção.
(But, just like
“Dunkirk”, the highlight in “1917” stays with the technical
aspects. The two extremely long continued shots filmed by Roger
Deakins in the cinematography department keep us glued to our seats,
biting our nails with tension, and because of that, Deakins's work,
which was already recognized with an Oscar because of “Blade Runner
2049”, deserves the Oscar for Best Cinematography. The production
design does a beautiful job in recreating the war scenario in the
time the film is set. The editing is extraordinary, because if there
was a single cut in Deakins's two continued shots, it's almost
unnoticeable. The sound editing and mixing are some of the aspects
that work the best in the film, as they crank the tension up to 11,
and even give us some unexpected scares, like horror movie scares.
Thomas Newman's score is atmospheric, epic and wonderful, going
head-to-head with Hildur Gudnadóttir's score for “Joker” as the
main contenders for the Best Original Score award at the Oscars. The
special effects of this film are marvelous. Most people think this
category is for awarding blockbusters, but the practical effects (and
a tiny bit of CGI) in “1917” make this film the main contender
for the Best Visual Effects award. So, with this potential, “1917”
has enormous chances of making a presence in the technical
categories. And, of course, I couldn't forget to mention Sam Mendes's
fantastic directing, because if it wasn't for his work of
directioning the actors and the crew through his vision for the film,
the results would definitely not be the same. And for me, this
already cements Mendes as one of the main contenders for Best
Director.)
Resumindo, “1917” é
uma obra-prima. Dirigido de uma forma extraordinária por Sam Mendes,
o filme conta com um roteiro extremamente realista e tenso, um elenco
muito talentoso, e aspectos técnicos de tirar o fôlego, o que o
consolida como um dos principais indicados a Melhor Filme e Melhor
Direção no Oscar, além de muitas outras categorias técnicas.
Vejam na maior tela possível, porque esse merece.
Nota: 10 de 10!!
É isso, pessoal!
Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, “1917”
is a masterpiece. Directed in an extraordinary way by Sam Mendes, the
film has an extremely realistic and tense script, a very talented
cast, and breathtaking technical aspects, and that cements it as one
of the main contenders for Best Picture and Best Director at the
Oscars, among many other technical categories. Watch it in the
biggest screen you can afford, because this one deserves it.
I give it a 10 out of
10!!
That's it, guys! I hope
you liked it! See you next time,
João Pedro)
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