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E aí, meus caros cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para falar sobre a nova animação disponível no catálogo original da Netflix! Mesmo sofrendo de uma pequena falta de originalidade no ponto de vista narrativo, o filme em questão compensa suas falhas com personagens instantaneamente carismáticos, um senso de humor perfeitamente afiado, mensagens necessárias sobre família e a nossa dependência em relação à tecnologia, e um estilo visual vibrante, colorido e inventivo. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”. Vamos lá!
(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to talk about the new animated film that's available on Netflix's original catalog! Although it suffers from a small lack of originality in a narrative perspective, the film I'm about to analyze makes up for its flaws with instantly charismatic characters, a perfectly-timed sense of humor, necessary messages on family and our dependence regarding technology, and a vibrant, colorful and inventive visual style. So, without further ado, let's talk about “The Mitchells vs. The Machines”. Let's go!)
O filme acompanha Katie Mitchell (voz original de Abbi Jacobson), uma jovem aspirante a cineasta que frequentemente se encontra em conflitos com seu pai, Rick (voz original de Danny McBride). Faltando um dia para Katie viajar para a faculdade, Rick acidentalmente quebra o seu laptop. Em uma tentativa desesperada de reunir a família, ele cancela o vôo da filha e organiza uma viagem de carro pelos EUA para levar Katie para a faculdade, acompanhados pela mãe, Linda (voz original de Maya Rudolph), o irmão caçula, Aaron (voz original de Mike Rianda) e o cachorro, Monchi. Mas uma revolta de robôs liderada pela assistente virtual Pal (voz original de Olivia Colman) força Rick e Katie a superarem suas diferenças e a trabalharem em família, para salvar o mundo.
(The film follows Katie Mitchell (voiced by Abbi Jacobson), a young aspiring filmmaker who frequently finds herself in conflict with her father, Rick (voiced by Danny McBride). One day before Katie leaves for college, Rick accidentally breaks her laptop. In a desperate attempt to bring the family together, he cancels his daughter's flight and organizes a road trip through the United States to take Katie to college, accompanied by her mother, Linda (voiced by Maya Rudolph), her younger brother, Aaron (voiced by Mike Rianda) and their dog, Monchi. But a robot uprising led by virtual assistant Pal (voiced by Olivia Colman) forces Rick and Katie into overcoming their differences and working together as a family, in order to save the world.)
Esse filme tinha muito potencial para ser um sucesso, na época em que foi anunciado, sob o título original de “Super Conectados”. Como o primeiro filme da Sony Pictures Animation após a vitória merecida de “Homem-Aranha no Aranhaverso” no Oscar, “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” reunia o estúdio com os visionários produtores de “Aranhaverso”, Phil Lord e Christopher Miller, que também foram responsáveis por animações como “Tá Chovendo Hambúrguer” e “Uma Aventura LEGO”. Teoricamente, teria tudo para ser mais um sucesso no catálogo da Sony Pictures Animation. Mas aí, o COVID-19 apareceu, adiando o filme por tempo indeterminado. Muito tempo se passou sem nenhuma novidade, até o anúncio de que a Netflix, que depois iria fazer um contrato especial com a Sony, tinha comprado os direitos de distribuição do filme em questão. Uma campanha de marketing foi organizada, revelando muito mais sobre o enredo e o estilo visual do filme, o que aumentou consideravelmente as minhas expectativas em particular. E acho que nem é preciso dizer que eu adorei “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”. Com isso dito, vamos falar sobre o roteiro. Escrito pelos co-diretores do filme, Mike Rianda e Jeff Rowe, que trabalharam extensivamente em uma das minhas séries favoritas, “Gravity Falls: Um Verão de Mistérios”, o enredo de “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” é inspirado nas experiências de Rianda com a sua própria família. Só por isso, o filme já ganha um ponto na minha perspectiva, por ser um projeto essencialmente pessoal para os realizadores. Se eu fosse comparar o filme com alguma obra anterior, em termos narrativos, “A Família Mitchell” seria uma mistura do estilo de road movie de “Férias Frustradas”, com a abordagem high-tech de “Tá Chovendo Hambúrguer” e a capacidade emocional de “Gravity Falls”. Para falar a verdade, várias cenas desse filme parecem ser inspiradas em cenas dessas obras. Há três sequências em particular que me chamaram muito a atenção por serem extremamente similares às de “Tá Chovendo Hambúrguer”, dirigida pelos produtores Phil Lord e Chris Miller. Até a própria dinâmica entre pai e filha em “A Família Mitchell” é muito parecida com a do Flint com o pai dele no filme de 2009. Mas, no meu ponto de vista, essa suposta reciclagem de cenas usadas em filmes anteriores não importa no final das contas, porque creio que o principal objetivo de Rianda e Rowe não era criar uma história completamente original, mas sim uma em que o público possa se identificar com as situações familiares retratadas. Pensando nessa perspectiva, os roteiristas acertaram em cheio. Há várias sequências que retratam situações hilárias que basicamente toda família passou ou vai passar, ao viajarem de carro. Os roteiristas também fizeram um trabalho impecável no estabelecimento dos arquétipos de cada um dos membros da família: o pai é “da velha guarda” e não muito apegado às tendências tecnológicas; a mãe dá o suporte emocional que a família precisa para se unir, instruindo os membros emocionalmente para que eles superem suas diferenças e se entendam; a filha mais velha é super conectada e antenada nas tendências tecnológicas desconhecidas pelo pai, e o irmão caçula é mais próximo da irmã e um pouquinho excêntrico. Essa dinâmica funciona de forma perfeita, sendo o núcleo principal do enredo. Um recurso narrativo usado de forma recorrente pelos roteiristas é a desconstrução dos diálogos dos personagens. Vou dar um exemplo: há uma cena onde o pai da Katie diz que conseguiu se inscrever em um canal no YouTube com facilidade; aí, quase que instantaneamente, o filme corta para uma cena similar à de um filme de terror, onde o pai claramente mostra dificuldades em manusear um computador. Quase todas essas cenas de desconstrução de diálogo são feitas para alívio cômico e, felizmente, todas elas funcionam. Mas, além dessa superfície hilária, composta de vários momentos que irão fazer o espectador cair na gargalhada, há um aspecto emocional intrínseco à história, que serve como uma espécie de abordagem para vários temas surpreendentemente relevantes para os dias de hoje. Bom, primeiramente, há o tema predominante da família. Tanto no aspecto dos 4 membros trabalharem em equipe quanto na dinâmica contrastante entre o pai e a filha, o tema é presente durante todo o tempo de projeção de 1 hora e 50 minutos. Há três momentos particularmente cativantes que expressam a mensagem do poder e da importância da família de forma extremamente eficiente. Como os pais desistem dos seus sonhos para servirem à sua família recém-formada, como é difícil para os filhos se afastarem dos pais e vice-versa. É algo surpreendentemente emocionante, que eu realmente não esperava de uma animação que envolvia uma revolta de robôs. Além do tema familiar, há também uma crítica ao apego da humanidade à tecnologia, apontando alguns males resultantes desta dependência, como a obsolescência programada (que serve de motivação para a principal antagonista do filme), assim como alguns benefícios que ela nos traz. Há duas cenas que representam de forma perfeita estes dois opostos, equilibrando um senso de humor exagerado com um realismo impressionante. Resumindo, o roteiro de “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” é um dos raros casos onde os roteiristas dispensam a originalidade da narrativa para investir em temas surpreendentemente relevantes para os dias de hoje, e acabam acertando em cheio. Realmente gostaria de ver esses personagens novamente, tamanho o carisma deles, talvez até em um crossover com “Tá Chovendo Hambúrguer”. Por favor, faça isso acontecer, Sony Pictures Animation!
(This film had a lot of potential to be a hit, in the time it was announced, under the title of “Connected”. As Sony Pictures Animation's first feature since their much deserved win at the Oscars for “Spider-Man: Into the Spider-Verse”, “The Mitchells vs. The Machines” reunited the studio with the visionary producers of “Spider-Verse”, Phil Lord and Christopher Miller, who were also responsible for successful animated films, such as “Cloudy with a Chance of Meatballs” and “The LEGO Movie”. Theoretically, it would have everything in its hands to be yet another hit in Sony Pictures Animation's catalog. But then, COVID-19 showed up, delaying the film indefinitely. A long time had passed without any news on it, until Netflix, who would later sign a streaming contract with Sony, had announced that it had bought the film's distribution rights. A marketing campaign was organized, unveiling a lot more info on its plot and visual style, which considerably enhanced my particular expectations for it. And I think I don't even have to say that I absolutely loved “The Mitchells vs. The Machines”. With that said, let's talk about the screenplay. Written by the film's co-directors, Mike Rianda and Jeff Rowe, who extensively worked on one of my favorite shows of all time, “Gravity Falls”, the plot of “The Mitchells vs. The Machines” is inspired on Rianda's experiences with his own family. From that fact alone, the film already gets a positive point in my perspective, for being something essentially personal to the people who made it. If I were to compare it with any other previous film or TV show, “The Mitchells” would be a mix between the road movie style of “National Lampoon's Vacation”, with the high-tech approach of “Cloudy with a Chance of Meatballs” and the emotional capacity of “Gravity Falls”. To tell the truth, several scenes from this movie seem to be inspired by scenes from these works. There are three particular sequences that caught my attention for being extremely similar to those in “Cloudy with a Chance of Meatballs”, directed by producers Phil Lord and Chris Miller. Even the father-daughter dynamics in “The Mitchells” is really alike that of Flint and his father in the 2009 film. But, in my point of view, this recycling of scenes used in previous films doesn't matter after all, as I believe that Rianda and Rowe's main objective with this film isn't creating a completely original story, but to create one where the audience can be able to see themselves in the family situations that are portrayed here. Thinking through that perspective, the screenwriters knocked it out of the park. There are several sequences that portray hilarious situations that every family has gone through or will go through, when on a road trip. The screenwriters also did a flawless job in establishing each of the family members' archetypes: the father is “old school” and not too attached to the technological trends; the mother gives the emotional support that the family needs to unite themselves, emotionally instructing each of the members into overcoming their differences and understanding each other; the older daughter is super connected and into all the technological trends that are unknown to her father, and the younger brother is really close to his sister and a little eccentric. This dynamic works perfectly, as the story's main conductive force. A narrative resource that has been used by the screenwriters in a recurring manner is the de-construction of the characters' dialogue. Let me give you an example: there's a scene where Katie's father states that he managed to subscribe to a YouTube channel with ease; then, almost immediately, the film cuts to a horror-like scene, where the father clearly shows difficulties in doing so. Almost every one of these dialogue de-construction scenes is made for comic relief, and fortunately, all of them land perfectly. But, beyond this hilarious surface, there's an emotional aspect that's essential to the story, which serves as a method of approach for themes that are surprisingly relevant for today. Well, first, there's the predominant theme of family. Both in the perspective of the 4 members working together and in the contrasting father-daughter dynamic, that theme is present throughout the entire runtime of 1 hour and 50 minutes. There are three particularly captivating moments that express the message on the power and importance of family in an extremely efficient way. How parents give up on their dreams to serve their recently-formed family, how hard it is for children to be apart from their parents and vice-versa. It's something surprisingly emotional, which I totally didn't expect from an animated film involving a robot uprising. Besides the family theme, there's also a commentary on humanity's attachment to technology, pointing out some negative outcomes that this dependence can bring, such as programmed obsolescence (which is the antagonist's main motivation), as well as some of its benefits on our lives. There are two scenes that perfectly represent these two opposites, balancing an exaggerated sense of humor with an impressive realism. To sum it up, the screenplay for “The Mitchells vs. The Machines” is one of the rare cases where screenwriters put the narrative's originality aside in order to invest on surprisingly relevant themes for today's times, and end up hitting the jackpot. I'd really like to see these characters again, due to their enormous charisma, maybe even in a crossover with “Cloudy with a Chance of Meatballs”. Please, make this happen, Sony Pictures Animation!)
Os personagens são, provavelmente, a maior força de “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”, especialmente a família titular, que é muito bem desenvolvida, tanto individualmente quanto em conjunto. Todos os cinco membros têm, pelo menos, um momento para brilharem, e eles constroem suas identidades ao longo do bem calculado tempo de duração. Eu amei a personalidade da Katie desde o primeiro momento que ela apareceu em tela. A imaginação dela, o amor dela pelo cinema, o caráter inventivo que ela mostra ao longo do enredo. Creio que se eu fosse mais apegado ao cinema do que ao jornalismo, em questões acadêmicas, eu me identificaria muito com a Katie. Ela encontra um contraste perfeito na figura do pai, que, à primeira vista, nos é apresentado como um obstáculo que a protagonista precisa superar para perseguir seus sonhos. Mas lentamente, e de forma bem orgânica, passamos a ver o Rick sob outra perspectiva, permitindo que o espectador crie simpatia pelos dois lados da moeda. A mãe e o irmão mais novo começam o filme como suportes emocionais para o Rick e a Katie, respectivamente, influenciando os dois a superarem suas diferenças e se entenderem. Mas, de pouco a pouco, os dois vão criando suas próprias identidades. O Aaron, o caçula da família, é uma das principais fontes de alívio cômico, devido à sua excentricidade, obsessão por dinossauros e dificuldade de falar com garotas, mas ele também compartilha alguns momentos emocionalmente potentes com a Katie. A Linda, a mãe, é a menos desenvolvida dos membros da família, mas ela protagoniza um dos melhores momentos do filme, perto da conclusão. O cachorro é, de longe, um dos melhores personagens do longa, roubando literalmente toda cena em que ele aparece. Eu gostei bastante da assistente virtual interpretada pela Olivia Colman, não só pelo fato dela ser uma antagonista com uma motivação compreensível, mas também por apontar reflexões interessantes sobre a nossa relação com a tecnologia. Há também dois personagens robôs que rendem boas risadas; e uma família “perfeita”, interpretada pelo casal John Legend e Chrissy Teigen, que vira uma obsessão para a Linda, o que resulta em momentos engraçados (pelo contraste gritante entre as personalidades das duas famílias) e, ao mesmo tempo, reflexivos sobre como nós podemos tentar fazer nossa família parecer igual ou até melhor do que uma família “em perfeita sincronia”.
(The characters are, probably, the biggest strength of “The Mitchells vs. The Machines”, especially the title family, which is really well-developed, both individually and united. All five members have, at least, one moment to shine, and they manage to build their identities throughout the well-calculated runtime. I loved Katie's personality from her first moment onscreen. Her imagination, her love for movies, the inventive character she shows throughout the plot. I believe that if I were more attached to cinema than journalism, academically speaking, I'd relate a lot to Katie. She finds a perfect contrast in the figure of her father, who, at first, is presented to us as an obstacle the protagonist needs to overcome in order to follow her dreams. But slowly, and in a very organic way, we end up seeing Rick under a whole new perspective, allowing the viewer to create symapthy with both sides of the coin. The mother and the younger brother start off the film as emotional supports to Rick and Katie, respectively, influencing the two of them into overcoming their differences and understanding each other. But, little by little, they create separate identities of their own. Aaron, the youngest in the family, is one of the film's main sources of comic relief, due to his eccentricity, obsession with dinosaurs and difficulty in talking to girls, but he also shares some emotionally potent moments with Katie. Linda, the mother, is the least developed of the family members, but she's a central figure in one of the film's best moments, near its conclusion. The dog is, by far, one of the feature's best characters, literally stealing every scene he's in. I really liked the virtual assistant voiced by Olivia Colman, not only because she's an antagonist with an understandable motivation, but also because she points out interesting reflections on our relationship with technology. There are also two robot characters that give us some good laughs; and a “perfect” family, portrayed by real-life couple John Legend and Chrissy Teigen, who becomes an obsession for Linda, resulting in very funny moments (because of the extreme contrast between the two families' personalities), and at the same time, moments that make us think about how we can try to make our family look the same or even better than a family in “perfect synchrony”.)
Eu gostei bastante do aspecto visual de “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”, principalmente pelo fato da Sony Pictures Animation não tentar replicar o mesmo método revolucionário de “Homem-Aranha no Aranhaverso”, mas sim investir em um visual único e diferenciado, em relação ao seu antecessor. A animação 3D utilizada aqui mistura a rigidez expressiva dos gráficos presentes nos jogos da Telltale, como “The Walking Dead”, ou talvez obras como “Snoopy e Charlie Brown: Peanuts, o Filme”, com a elasticidade frenética que a própria Sony alcançou em filmes como “Hotel Transilvânia”, e essa mistura, no geral, funciona de forma bem eficiente. É um filme que irá agradar muito os pequenos, por ser bem vibrante e por possuir uma paleta de cores bastante chamativa. Um aspecto técnico que me chamou muito a atenção foi o fato dos artistas usarem certos recursos visuais para permitir que o espectador veja a história através dos olhos da Katie. Alguns desenhos que acompanham os movimentos corporais da personagem, efeitos de montagem que se misturam ao que está acontecendo em tela, como se o filme que estamos vendo fosse algo feito pela própria Katie, o que eu creio que tenha sido a intenção dos realizadores. Assim como “Homem-Aranha no Aranhaverso”, “A Família Mitchell” é um filme que equilibra muito bem a beleza visual da animação com o frenesi da narrativa, nos inspirando a pausar certos momentos, só pra pegar todos os detalhes que os artistas colocaram naquele quadro em particular. Há alguns detalhes bem legais para cinéfilos, como pequenos rabiscos na mão da Katie, meias que possuem um padrão facilmente identificável de um certo filme de terror, e pôsteres de filmes conhecidos na parede de certos ambientes. É uma obra de animação muito bem montada, especialmente nas partes que misturam os personagens com os efeitos utilizados nos filmes caseiros da Katie, e nas cenas de ação, que são bem frenéticas e muito bem elaboradas. E, assim como em quase todo filme que tem Phil Lord e Chris Miller na produção, temos a trilha sonora original do Mark Mothersbaugh, cujas composições inspiradas no gênero eletrônico ajudam a evocar a vibe de ficção-científica que um filme envolvendo uma revolta de robôs requer. Ou seja, tecnicamente, “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” é impecável.
(I really liked the visual aspect of “The Mitchells vs. The Machines”, especially because of the fact that Sony Pictures decided not to try and replicate the same revolutionary method as “Spider-Man: Into the Spider-Verse”, but to invest in an unique, distinctive visual, if compared to its predecessor. The 3D animation used here mixes the expressive rigidness of the graphics in Telltale games, such as “The Walking Dead”, or maybe works like “The Peanuts Movie”, with the fast-paced elasticity that Sony itself was able to reach in films like “Hotel Transylvania”, and that mix, generally, works in a very efficient way. It's a film that'll be very much enjoyed by the little ones, for being a visually vibrant animated work and for possessing a very appealing color palette. A technical aspect that caught my attention was the fact that the artists used certain visual resources to allow the viewer to see the story through Katie's eyes. Some drawings and doodles that follow the character's body movements, montage effects that mingle with whatever's happening onscreen, as if the film we're watching was something that Katie herself had mande, which I believe it was the filmmakers' intention. Just like “Spider-Man: Into the Spider-Verse”, “The Mitchells” is a film that deftly balances the animation's visual beauty with the narrative's fast pacing, inspiring us to pause certain moments, just so we can be able to catch every single detail that the artists put in that particular frame. There are some pretty cool details for film buffs, such as small scribbling in Katie's hand, socks that have an easily identifiable pattern from a certain horror film, and posters for acclaimed films hanging in the wall of certain environments. It's a work of animation that's very well put together, especially in the parts that mix the characters with the effects used in Katie's home movies, and in the action scenes, which are really fast-paced and very elaborate. And, as it happens with basically every film that has Phil Lord and Chris Miller as producers, we have Mark Mothersbaugh's original score, whose compositions inspired by the electronic genre help evoke the sci-fi vibe that a movie involving a robot uprising requires. Meaning that, technically, “The Mitchells vs. The Machines” is a flawless work of animation.)
Resumindo, “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” é mais um sucesso da Sony Pictures Animation. Munido de uma história envolvente, um senso de humor afiado, mensagens surpreendentemente relevantes para a atualidade, personagens instantaneamente carismáticos e aspectos técnicos impecáveis, o filme de estreia de Mike Rianda e Jeff Rowe é extremamente divertido, e merece ser visto com toda a família!
Nota: 9,5 de 10!!
É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, “The Mitchells vs. The Machines” is another success from Sony Pictures Animation. Armed with an involving story, a sharp sense of humor, surprisingly relevant messages for today's times, instantly charismatic characters and flawless technical aspects, the directorial debut of Mike Rianda and Jeff Rowe is extremely fun, and deserves to be seen with the whole family!
I give it a 9,5 out of 10!!
That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)
Ansiosa prá ver o filme!! Excelente 👏😀👏😀
ResponderExcluirParabéns João suas resenhas aumentam nossa vontade e curiosidades pra ver os filmes...👏👏👏👏
ResponderExcluirEsse filme eu quero ver! 😃👍 parabens pelos comentários 👏👏👏👏
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