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E aí, meus caros cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para trazer a resenha de um dos filmes mais esperados de 2021, em exibição nos cinemas! Entregando uma quantidade desenfreada de diversão ultraviolenta, mas não deixando seu comovente núcleo emocional de lado, o filme em questão é, de longe, a melhor obra do Universo Estendido da DC e o melhor trabalho de seu diretor, servindo como prova viva de como o cinema de heróis poderia ser algo ainda mais satisfatório se os estúdios permitissem que a visão original dos cineastas responsáveis por estes filmes fosse realizada. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre “O Esquadrão Suicida”. Vamos lá!
(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to bring the review for one of the most anticipated films of 2021, which is now showing in theaters (and streaming on HBO Max)! Delivering a non-stop serving of ultraviolent fun, while not leaving its touching emotional core aside, the film I'm about to review is, by far, the best film in the DC Extended Universe and the best work by its director, serving as living proof of how superhero cinema could be something even more satisfying if the studios allowed the original vision of the filmmakers responsible for these films to be made. So, without further ado, let's talk about “The Suicide Squad”. Let's go!)
O filme acompanha uma força-tarefa de presidiários com habilidades especiais escolhida por Amanda Waller (Viola Davis) para cumprir uma missão perigosa: se infiltrar em um laboratório construído por nazistas na ilha sul-americana de Corto Maltese e destruir um projeto ultra-secreto que poderá servir como arma para dominação mundial... ou morrer tentando.
(The film follows a task force of convicts with unique and special abilities handpicked by Amanda Waller (Viola Davis) to fulfill a dangerous mission: infiltrating a laboratory built by Nazis in the South American island of Corto Maltese and destroying a top-secret project that could serve as a weapon for world domination... or die trying.)
Ok, antes que me crucifiquem por causa disso, tenho que tirar uma coisa do meu peito: o filme “Esquadrão Suicida”, de 2016, não é o desastre que as pessoas dizem que é. O filme sofreu mudanças desde o seu anúncio até o seu lançamento? Sim, e foram drásticas. Tem mais erros do que acertos? Sim, infelizmente. Mas, olhando por outro lado, o filme foi responsável pela apresentação de alguns dos melhores personagens do Universo Estendido da DC, em especial a Arlequina de Margot Robbie, que acabou ganhando um filme só para ela com o divertido spin-off “Aves de Rapina”. Ao ver o filme de 2016, dá para ver que o conceito tinha potencial, especialmente se o primeiro trailer, que evidenciava um tom mais sombrio, fosse levado em consideração. Quer dizer, “Esquadrão Suicida” foi o primeiro filme deste universo cinematográfico a levar um Oscar, e foi antes de “Pantera Negra”, da Marvel, fazer história como o primeiro filme do gênero a ser indicado a Melhor Filme.
Mas, devido à recepção negativa de “Batman vs Superman” (especialmente por seu tom mais sombrio), o filme sofreu várias refilmagens que mudaram sua estética visual e narrativa para algo mais estimulante, para tentar replicar o sucesso dos filmes da Marvel. Esta escolha acabou resultando em um filme formulaico, porém divertido, que não alcançou seu verdadeiro potencial. E talvez seja justamente pelo fato do primeiro filme não ter aproveitado completamente sua premissa que minhas expectativas estavam consideravelmente altas para assistir à “O Esquadrão Suicida”.
É claro que haviam outras razões. Entre elas, a direção do James Gunn, responsável por revitalizar a originalidade no gênero de super-heróis com “Guardiões da Galáxia”, de 2014; o retorno de alguns dos melhores personagens do primeiro filme (Arlequina, Amanda Waller, Rick Flag e Capitão Bumerangue); e, especialmente, a entrega por completo à uma classificação indicativa mais restrita, abordagem que foi explorada de forma superficial, porém eficiente, em “Aves de Rapina”.
Então, sim, minhas expectativas estavam extremamente altas para assistir à sequência de James Gunn. Vou mais longe ao dizer que, dentro do gênero de super-heróis, “O Esquadrão Suicida” era o filme que eu estava mais animado para assistir em um futuro próximo, especialmente depois de todas as críticas positivas ao filme criarem um hype que foi refletido no material promocional perto da estreia. E fico muito, mas muito feliz em dizer que “O Esquadrão Suicida” não só é o melhor filme de super-heróis de 2021 (e uma das melhores obras do gênero), mas também é o melhor filme do ano até agora.
Com isso dito, vamos falar do roteiro. Escrito pelo próprio diretor, um dos melhores aspectos narrativos dos 5 primeiros minutos do filme é o fato da sequência não desperdiçar a atenção do espectador com explicações e exposições que, se levadas a sério, teriam ocupado uns 20 minutos do tempo de duração. Gunn, felizmente, faz uma exposição concisa e rápida, nos jogando para a ação momentos depois. Já digo de passagem: “O Esquadrão Suicida” não é o que viemos a esperar de um filme de super-heróis da DC. O próprio nome diz tudo. Pessoas morrem ao longo do tempo de duração de 2 horas e 15 minutos, alguns de forma extremamente violenta, mas estaria mentindo se dissesse que o filme não é divertido do início ao fim. James Gunn não só redime o conceito iniciado por David Ayer em “Esquadrão Suicida”, mas também se entrega completamente à estética excessivamente sangrenta explorada em “Aves de Rapina”.
E isso nos leva ao segundo ponto positivo do roteiro: o fator de entretenimento. Como dito anteriormente, nos primeiros 5 a 10 minutos de filme, há uma quantidade mínima, porém compreensível, de exposição seguida por uma sequência de ação gloriosamente ultraviolenta, que já nos ambienta para o tipo de filme que iremos assistir pelas próximas 2 horas. Fico extremamente satisfeito em dizer que Gunn consegue fazer duas coisas excelentes a respeito deste fator: reter a diversão e a originalidade que marcou o seu primeiro “Guardiões da Galáxia” e elevar estes aspectos à enésima potência para encaixá-los nos padrões da classificação indicativa mais restrita. É um dos filmes mais divertidos de super-heróis que assisti nos últimos tempos, contando com um senso de humor ácido e sarcástico que perpassa todo o tempo de duração, e uma estética visual vibrante e estimulante que ganha cada vez mais vida a cada cena de ação.
Mas, para nossa alegria, James Gunn não se restringe às cenas de ação para entregar a diversão que o filme propõe. O roteirista e diretor retém outro acerto de “Guardiões da Galáxia” ao focar nos personagens ao invés das circunstâncias. Foi a mesma escolha que fez de “It: A Coisa” um filme de terror diferenciado para mim: o diretor Andy Muschietti escolheu priorizar a dinâmica entre o Clube dos Perdedores ao invés dos terrores causados por um palhaço interdimensional. E nem preciso dizer que, assim como em “It”, essa escolha caiu como uma luva em “O Esquadrão Suicida”.
Entre as várias cenas de ação distribuídas pelo filme, há muitas partes que colaboram para o desenvolvimento dos personagens, onde aprendemos um pouco sobre a história de fundo de alguns deles (em especial, aqueles que foram introduzidos neste filme) através de flashbacks colocados de maneira bastante orgânica na linha narrativa da obra. Dinâmicas são estabelecidas entre algumas destas pessoas, e tais dinâmicas ajudam o espectador a se importar com a jornada que estes personagens irão percorrer ao longo do filme, nos fazendo torcer para que eles não sofram um destino terrível antes dos créditos começarem a subir.
Essa escolha nos leva ao próximo aspecto que vale a pena destacar no roteiro: o núcleo emocional. Claro, o slogan usado na promoção do filme nos avisa de forma bastante clara: “Não se apeguem a estes personagens”, porque obviamente eles podem morrer a qualquer momento. Mas, especificamente em respeito à alguns personagens, é mais difícil se desapegar deles, por todo o desenvolvimento que eles têm ao longo do filme. Como dito anteriormente, há alguns flashbacks que nos contam a história de fundo de certos personagens, e o que nos ajuda a conectar emocionalmente com eles é o fato deles serem pessoas essencialmente quebradas, que tiveram suas vidas arruinadas por circunstâncias enraizadas na humanidade, como o abuso e o vício nas drogas. E não só em relação aos personagens, o próprio conflito principal do roteiro têm motivações sociopolíticas extremamente realistas, que já aconteceram e ainda acontecem no mundo real, mas sem spoilers aqui.
E a última coisa que gostaria de destacar sobre o roteiro é um dos maiores acertos de James Gunn: a imprevisibilidade. Não sei se foi porque eu assisti a 4 filmes bastante previsíveis da franquia “Brinquedo Assassino” antes de ir ao cinema (inclusive, podem esperar uma postagem especial sobre os filmes do Chucky até outubro, comemorando a estreia da vindoura série do personagem), mas o roteiro de Gunn me pegou de surpresa várias vezes ao longo do tempo de duração extremamente bem calculado de 2 horas e 15 minutos. O diretor pega todos os clichês presentes na fórmula geral dos filmes de super-heróis e os joga na lata de lixo mais próxima, investindo em um número considerável de reviravoltas espalhadas pela trama, com todas elas sendo bem eficientes.
Tal imprevisibilidade resulta em uma das narrativas mais originais do gênero até o momento, e serve como prova viva de que os estúdios precisam dar mais ouvidos aos seus cineastas. “O Esquadrão Suicida” é um filme que vai te divertir bastante, vai te fazer rir, provavelmente vai te fazer chorar e pode até te chocar com algumas das suas reviravoltas, e, para mim, só Chloé Zhao e seus “Eternos” podem tirar o troféu de “melhor filme de super-heróis do ano” de James Gunn e sua Força-Tarefa X.
(Okay, before I get crucified for this, I have to get something off my chest: the film “Suicide Squad”, released in 2016, isn't the utter disaster people say it is. Did the film suffer changes between its announcement and release? Yes, and drastic ones. Are there more mistakes than hits? Yes, unfortunately. But, on the other hand, it was responsible for the introduction of some of the best characters in the DC Extended Universe, most especially Margot Robbie's Harley Quinn, who got a film of her own with the fun spin-off “Birds of Prey”. By watching the 2016, you can see that its concept had potential, especially if the first trailer, which predicted a darker tone, was to be taken in consideration. I mean, “Suicide Squad” was the first film from this cinematic universe to win an Oscar, and that was before Marvel's “Black Panther” made history as the first superhero film to be nominated for Best Picture.
But, due to the negative reception of “Batman v Superman” (especially because of its darker tone), the movie suffered several reshoots that changed its visual and narrative aesthetic into something more stimulating, in order to try and replicate the success Marvel was having. That choice ended up resulting in a formulaic, but fun, film that did not reach its true potential. And maybe it's because of the first film never taking full advantage of its premise, that my expectations were considerably high to watch “The Suicide Squad”.
Of course, there were several other reasons. Amongst them, the direction by James Gunn, who was responsible for revitalizing the originality in the superhero genre with the first “Guardians of the Galaxy” film, released in 2014; the return of some of the best characters from the first film (Harley Quinn, Amanda Waller, Rick Flag and Captain Boomerang); and, especially, the film fully embracing a more restricted rating, an approach that was explored in a basic, yet effective way in “Birds of Prey”.
So, yeah, my expectations were extremely high to watch James Gunn's sequel. I'll go even further and say that, inside the superhero genre, “The Suicide Squad” was the film I was more excited to watch in the near future, especially after all the positive reviews to it created a hype that was reflected in the promotional material near the release. And I am really, really happy to say that “The Suicide Squad” not only is the best superhero film of 2021 (and one of the best films in the genre), but also is the best film of the year so far.
With that said, let's talk about the screenplay. Written by the director himself, one of the best narrative aspects of its first 5 minutes of projection is the fact the sequel doesn't waste the viewer's attention with explanations and expositions that, if taken seriously, would've occupied 20 minutes of its runtime. Gunn, fortunately, makes a concise and quick exposition, thrusting us into action literally moments later. I'll already say this: “The Suicide Squad” isn't what you'd come to expect from a DC superhero film. The name says it all. People die throughout its runtime of 2 hours and 15 minutes, some in an extremely violent manner, but I would be lying if I said that the film wasn't fun from beginning to end. James Gunn not only redeems the concept started by David Ayer in “Suicide Squad”, but also gives every inch of his film completely to the excessively bloody aesthetic explored in “Birds of Prey”.
And that takes us to the second positive point of the screenplay: the entertainment factor. As previously stated, in its first 5 to 10 minutes, there's a minimal, yet comprehensive, amount of exposition, followed by a gloriously ultraviolent action sequence, which already sets the ground for the kind of movie we're watching for the next two hours. I'm extremely satisfied to say that Gunn manages to do two excellent things regarding this aspect: retrieving the fun and originality that made his first “Guardians of the Galaxy” such a hit and elevating those aspects to the n-th degree to fit them into the pattern of the more restricted rating. It's one of the most fun superhero films I've watched in recent times, which relies on an acid, sarcastic sense of humor that runs through the entire runtime, and a vibrant, stimulating aesthetic that gains more life at every action scene.
But, for our luck, James Gunn isn't only investing in the action sequences to deliver the fun the film proposes. The writer and director retrieves yet another aspect of “Guardians of the Galaxy” by focusing on its characters rather than the circumstances. It was that same choice that made “It” such a different horror film for me: director Andy Muschietti prioritized the dynamic between the Losers' Club over the horrors caused by an interdimensional clown. And I don't even have to say that, as it worked on “It”, that choice fit like a glove in “The Suicide Squad”.
Inbetween several action scenes spread throughout the film, there are many parts that collaborate for the characters' development, where we learn a little about the backstory of some of them (especially, those that are introduced in this film) through flashbacks placed in a very organic way in the movie's narrative storyline. Dynamics are established between some of these people, and those dynamics help the viewer in caring about the journey these characters will go through throughout the film, making us hope that they don't suffer a terrible fate before the credits start rolling.
That choice leads us to the next aspect worth mentioning in the screenplay: its emotional core. Of course, the tagline used in the film's promotional material warns us in a very clear way: “Don't get attached to these characters”, because obviously they can die at any moment. But, specifically when it comes to certain characters, it's harder not to get attached, because of all the development they have throughout the film. As previously stated, there are some flashbacks that tell us the backstory of some characters, and what helps us emotionally connect with them is the fact they're essentially broken people, whose lives have been ruined by circumstances rooted in humanity, such as abuse and drug addiction. And not just about the characters, the screenplay's main conflict itself has extremely realistic sociopolitical motivations, that already happened and still happen in the real world, but no spoilers here.
And the last thing I'd like to highlight about the screenplay is one of James Gunn's biggest qualities: his unpredictability. I don't know if it was because I had watched 4 extremely predictable films from the “Child's Play” franchise before going to the movies (in fact, you can expect a special post on the Chucky films by October, in celebration of the character's upcoming TV show), but Gunn's screenplay caught me by surprise several times throughout its extremely well-calculated runtime of 2 hours and 15 minutes. The director takes all the clichés in the general formula of superhero films and tosses them into the nearest trashcan, investing in a considerable amount of plot twists spread throughout the plot, with all of them being very effective.
Such an unpredictability ends up resulting in one of the genre's most original narratives to date, and serves as living proof that studios should listen more to their filmmakers. “The Suicide Squad” is a film that will entertain you a lot, make you laugh, probably make you cry, and it may even shock you with some of its plot twists, and, for me, only Chloé Zhao and her “Eternals” are worthy of taking the award for “best superhero film of 2021” from James Gunn and his Task Force X.)
Uma das maiores razões para a expectativa do público estar alta para assistir “O Esquadrão Suicida” certamente é o elenco, que é extremamente talentoso. Felizmente, todos os atores fazem um ótimo trabalho aqui, mesmo que todos não recebam a mesma atenção. Começando pela Margot Robbie, que mostra que sua escalação como Arlequina foi uma das melhores, se não for a melhor decisão do Universo Estendido da DC. O foco da narrativa não é necessariamente dela, mas ela faz um excelente trabalho com suas cenas e diálogos, sendo uma peça central em uma das melhores cenas de ação do longa. A dinâmica entre o Idris Elba e a Daniela Melchior é o fio condutor principal da trama, com seus personagens tendo histórias de fundo igualmente trágicas, permitindo que os dois sejam as principais maneiras que o espectador encontra de se conectar emocionalmente com a narrativa. Eu sabia que, a partir de todo material promocional envolvendo a personagem de Melchior, ela iria ser uma das minhas personagens favoritas do filme, e fico muito feliz ao ver isso se concretizando.
A pessoa que decidiu escalar o John Cena como o Pacificador merece um prêmio. Já era confiante pelo potencial cômico do ator por seu papel em “Descompensada”, e Cena amplia seu potencial como um alívio cômico, interpretando um anti-herói egocêntrico, exibido e hipócrita, que encontra sua maior força na dinâmica contrastante com o personagem do Idris Elba. O Joel Kinnaman faz um ótimo trabalho (assim como no filme anterior) liderando a equipe, sendo bem mais engraçado dessa vez, e tendo uma boa química com a Alice Braga. O David Dastmalchian interpreta um dos personagens mais trágicos do filme, mas tanto o ator quanto o roteiro conseguem transformar essa tragédia em algo constantemente hilário.
Agora, se tem um personagem que é impossível o espectador não cair de amores, é o Tubarão-Rei de Sylvester Stallone. Ele é o que o Crocodilo tinha que ter sido no primeiro filme. Ele mistura a agressividade do Hulk com a inocência e o teor fofura do Groot, de “Guardiões da Galáxia”, e funciona perfeitamente. Outros destaques no elenco incluem: Peter Capaldi, que encontra no Pensador seu melhor papel desde sua saída de “Doctor Who”; Sean Gunn, que interpreta um dos personagens mais bizarros e engraçados do longa; Taika Waititi, que é uma peça central no desenvolvimento da personagem da Daniela Melchior; e Viola Davis, que amplifica o teor autoritário e decisivo de Amanda Waller até a máxima potência. Além desses nomes, o elenco também conta com Jai Courtney, Michael Rooker, Nathan Fillion, Flula Borg, Pete Davidson e Steve Agee, que fazem um ótimo trabalho como alívios cômicos.
(One of the most important reasons for the audience's expectations to watch “The Suicide Squad” to be so high is certainly the cast, which is extremely talented. Fortunately, every actor does a wonderful job here, even if not everyone gets the same amount of attention. Starting off with Margot Robbie, who shows that her casting as Harley Quinn was one of, if not the best decision made by the DC Extended Universe. The narrative's focus isn't necessarily on her, but she does an excellent job with her scenes and dialogue, being a central piece in one of the film's best action scenes. The dynamic between Idris Elba and Daniela Melchior is the plot's main conductive force, with their characters having equally tragic backstories, allowing the two of them to be the audience's main way in emotionally connecting with the narrative. I knew that, from all the promotional material regarding Melchior's character, she would be one of my favorite characters in the film, and I'm glad to see that coming true.
The person who decided to cast John Cena as the Peacemaker deserves an award. I was already trusting the actor's comic potential due to his role in “Trainwreck”, and Cena amplifies his potential as a comic relief, portraying a self-centered, show-off, hypocritical anti-hero, who finds its beggest force in the contrasting dynamic with Idris Elba's character. Joel Kinnaman does a great job (as he does in the first film) in leading the team, being way more funny this time around, and having good chemistry with Alice Braga. David Dastmalchian plays one of the film's most tragic characters, but the actor and the screenplay manage to transform that tragedy into something's that's constantly hilarious.
Now, if there's a character who's impossible not to fall in love with, that's Sylvester Stallone's King Shark. He is what Killer Croc should've been in the first film. He mixes the Hulk's aggressiveness with the innocence and cute appeal of Groot, from “Guardians of the Galaxy” and it works perfectly. Other highlights in the cast include: Peter Capaldi, who finds his finest role in the Thinker since his exit from “Doctor Who”; Sean Gunn, who plays one of the film's most bizarre and funny characters; Taika Waititi, who's a central piece for the development of Daniela Melchior's character; and Viola Davis, who amplifies the authority and decisive attitude of Amanda Waller to their maximum degree. Besides those names, the cast also counts on Jai Courtney, Michael Rooker, Nathan Fillion, Flula Borg, Pete Davidson and Steve Agee, who do a great job as comic reliefs.)
Tecnicamente, “O Esquadrão Suicida” é bem dinâmico. A direção de fotografia do Henry Braham (que ocupou o mesmo posto em “Guardiões da Galáxia Volume 2”) consegue diversificar na maneira de abordar as cenas de ação: enquanto algumas são feitas em tomadas contínuas bem fluidas, outras são feitas de um modo bem manual, como se fosse um filme “found-footage”, o que eu achei bem interessante. A montagem do Fred Raskin e do Christian Wagner é a principal ferramenta que Gunn usa para estabelecer o passo do filme, que é bem acelerado, diminuindo a velocidade algumas vezes para focar nos personagens.
A direção de arte desse filme é simplesmente fantástica. Vibrante, colorido, repleto de cores quentes e que chamam a atenção dos olhos do espectador. Eu gostei particularmente de como eles usam certos aspectos visuais para marcar a temporalidade do longa. Por exemplo: há uma cena de ação, aí depois há um flashback, e as palavras “3 dias antes” estão escritas na espuma no assento de um vaso sanitário na penitenciária. Há mais de uma ocasião onde isso acontece, e funciona toda vez. Há um uso generoso de CGI nas cenas de ação, mas felizmente, não parece artificial. Tudo tem uma textura extremamente palpável e realista, por mais surreal que seja, em sua essência.
E, por fim, temos o aspecto técnico pelo qual James Gunn é mais conhecido no gênero de super-heróis: a trilha sonora. Por um lado, temos a trilha sonora instrumental, originalmente composta pelo John Murphy, que combina perfeitamente com o teor de entretenimento e ação que veremos ao longo das 2 horas e 15 minutos de duração. E por outro lado, temos a trilha sonora compilada, composta por clássicos de Johnny Cash, Kansas e Pixies, além de canções mais modernas de The Decemberists, Culture Abuse e Jessie Reyez. E mesmo que a compilação seja ecléctica e inerentemente cheia de qualidade, nenhuma música se destacou, na minha opinião, como “Hooked on a Feeling” em “Guardiões da Galáxia” ou “The Chain” no Volume 2. Mas tenho certeza que posso mudar de opinião ao escutá-las novamente.
(Technically, “The Suicide Squad” is really dynamic. Henry Braham's cinematography (he occupied the same post in “Guardians of the Galaxy Vol. 2”) manages to diversify in the way of approaching the action scenes: while some are made through very fluid continuous takes, others are made in a very handheld way, like it was a “found-footage” movie, which I thought it was pretty interesting. Fred Raskin and Christian Wagner's editing is the main tool that Gunn uses to establish the film's pacing, which is pretty fast, slowing down a few times to focus more on the characters.
The production design in this film is simply fantastic. Vibrant, colorful, filled with warm colors that call for the attention of the viewer's eyes. I particularly enjoyed how they used certain visual aspects to set the film's temporality. For example: there's an action scene, and then there's a flashback sequence, and the words “3 days earlier” are written in the foam on the seat of a toilet in the penitentiary. There's more than one occasion where this happens, and it works every single time. There's a generous use of CGI in the action scenes, but fortunately, it doesn't look artificial. Everything has an extremely palpable, realistic texture, as surreal as it may be, essentially.
And, at last, we have the technical aspect for which James Gunn is most known in the superhero genre: the soundtrack. On one hand, we have the instrumental score, originally composed by John Murphy, which fits perfectly with the entertainment and action vibe that runs through its runtime of 2 hours and 15 minutes. And on the other hand, we have the compiled soundtrack, composed by classic hits by Johnny Cash, Kansas and the Pixies, besides more modern songs by the Decemberists, Culture Abuse and Jessie Reyez. And even though the compilation is eclectic and inherently filled with quality music, no song stood out, in my opinion, like “Hooked on a Feeling” in “Guardians of the Galaxy” or “The Chain” on Vol. 2. But I'm sure that I can change my mind if I give them another listen.)
Resumindo, “O Esquadrão Suicida” é um dos melhores e mais divertidos filmes de super-heróis dos últimos tempos. Contando com um roteiro hilário e imprevisível, performances fantásticas de seu elenco extremamente talentoso e aspectos técnicos que reforçam a dinamicidade da narrativa, o segundo filme da Força-Tarefa X é a melhor obra do Universo Estendido da DC, o melhor filme de 2021 até agora e o melhor trabalho de James Gunn no roteiro e na direção. Vejam nos cinemas, se possível, e fiquem ligados nas cenas pós-créditos!
Nota: 10 de 10!!
É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, “The Suicide Squad” is one of the best and most fun superhero films in recent times. Relying on a hilarious, unpredictable screenplay, fantastic performances by its extremely talented ensemble cast and technical aspects that reinforce the narrative's dynamic tone, Task-Force X's second outing is the best film in the DC Extended Universe, the best film of 2021 so far and James Gunn's finest work in screenwriting and directing. See it on theaters, if possible, and stay tuned for the post-credit scenes!
I give it a 10 out of 10!!
That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)
Kkkkkkk esse Tubarão é hilário!!!
ResponderExcluirGenial!!! Parabéns, JP II
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