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sábado, 30 de dezembro de 2017

O Melhor de 2017 (The Best of 2017)

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Oi, galerinha de cinéfilos! Aqui quem fala é o João Pedro! 2017 está acabando, então é hora de lembrar o melhor desse ano, na minha opinião, é claro! Além do melhor de 2017, vou também colocar aqui coisas que eu só descobri em 2017 de anos anteriores, que merecem estar nessa lista! E a tradução em inglês estará em parênteses abaixo da versão original em Português! Então vamos começar!
(Hey there, film buffs! João Pedro here! 2017 is about to end, so it's time to remember the best of this year, in my opinion, of course! Besides the best of 2017, I'll also list things that I discovered only in 2017 from previous years, which deserve to be on this list! Also, the translation to English will be inside parenthesis below the original version in Portuguese! So, let's begin!)

MELHOR FILME DE 2017
(BEST MOVIE OF 2017)
IT: A COISA, dirigido por Andy Muschietti
(IT, directed by Andy Muschietti)
Eu nunca estive mais animado por causa de um filme de terror igual eu estive por esse filme. Começando pelo fato que é uma adaptação de Stephen King, e há boas e ruins adaptações de King, e essa, felizmente foi uma ótima! Dirigido por um dos diretores mais promissores do gênero atualmente, Andy Muschietti, It ultrapassou as barreiras de um filme de terror genérico, incluindo uma história dramática e um senso de humor ácido além de apenas sustos baratos. Com atuações sólidas, como a expressiva Sophia Lillis e o hilário Finn Wolfhard, além de um assustador Bill Skarsgard como o palhaço Pennywise, It: A Coisa (Capítulo 1) merece ser o melhor filme de 2017!!
(I've never been more excited for a horror film than I've been for this one. Starting with the fact that it's a Stephen King adaptation, and there are good and bad King adaptations, and this one, fortunately, was a great one! Directed by one of the most promising genre directors recently, Andy Muschietti, It went through the limits of a simple horror film, inserting a dramatic story and an acid sense of humor besides only cheap scares. With solid pieces of acting, like the expressive Sophia Lillis and the hilarious Finn Wolfhard, besides a scary Bill Skarsgard as Pennywise the Dancing Clown, It (Chapter One) deserves to be the best film of 2017!!)



MELHOR FILME QUE EU DESCOBRI EM 2017
(BEST FILM I'VE DISCOVERED IN 2017)
YOUR NAME., dirigido por Makoto Shinkai
(YOUR NAME., directed by Makoto Shinkai)
Animes nunca foram a minha praia. Até que uma amiga me introduziu a essa pérola bem escondida dentro da ostra que foi 2016. Uma história de romance envolvendo viagem no tempo, planos astrais, e conceitos políticos me fez chorar no final. Depois de ver esse filme lindo com uma trilha sonora viciante e um roteiro pra lá de inteligente, comecei a gostar de filmes de animação japonesa, tanto que estou no meio de uma maratona de filmes de Hayao Miyazaki. Esse não é só o melhor filme de anime que eu vi, mas um dos melhores filmes de animação que eu já vi! Recomendo fortemente que vocês vejam esse tremendo filme!!
(Anime was never my thing. Until a friend introduced me to this well-hidden pearl inside the oyster that was 2016. A romance story involving time travel, astral planes and political concepts made me cry in the end. After watching this lovely film with an addictive soundtrack and a hell of a smart screenplay, I started liking Japanese animated films, as I'm in the middle of a Hayao Miyazaki marathon. This isn't just the best Anime film I've ever seen, but it's also one of the best animated films ever! I strongly recommend you guys to watch this tremendous film!)



MELHOR SÉRIE DE TV DE 2017
(BEST TV SERIES OF 2017)
THE HANDMAID'S TALE e ANNE WITH AN E
(THE HANDMAID'S TALE and ANNE WITH AN E)
Ambas de 2017, ambas programações originais de serviços de streaming, ambas baseadas em livros icônicos, e ambas com um teor feminista, The Handmaid's Tale, distopia da Hulu, e Anne With an E, drama de época da Netflix, dividem o lugar aqui. Ambas possuem uma fotografia de tirar o fôlego, com destaque para a de Anne with an E, com cenários naturais lindos. O elenco de ambas as séries é poderoso, e digno de prêmios por suas atuações, com destaque para a de Elisabeth Moss em Handmaid e Amybeth McNulty em Anne, sendo protagonistas instantaneamente amáveis e identificáveis. A história que inspirou as duas séries te agarra desde o primeiro episódio e só te solta quando acaba a temporada, sendo séries maratonáveis. Estou desesperadamente esperando a segunda temporada dessas duas promissoras e maravilhosas séries!
(Both from 2017, both original programming from streaming services, both based on iconic books, and both with a feminist thing to it, The Handmaid's Tale, Hulu's dystopian series, and Anne With an E, Netflix's period drama, share the spot here. Both have a breathtaking cinematography, especially Anne with an E, with beautiful natural sets. The cast of both shows are powerful, and award-worthy, especially Elisabeth Moss in Handmaid and Amybeth McNulty in Anne, as instantaneously likable protagonists. The story of both shows grabs you from the first episode and only lets you go when the season's over, being binge-watch worthy shows. I'm desperately waiting for the second season of these promising and wonderful shows!!)





MELHOR ÁLBUM DE 2017
(BEST ALBUM OF 2017)
AFTER LAUGHTER, da banda Paramore e MELODRAMA, de Lorde
(AFTER LAUGHTER, from Paramore and MELODRAMA, from Lorde)
A única música do Paramore que eu escutei até After Laughter chegar foi The Only Exception, assim como a única música da Lorde que eu escutei até Melodrama chegar foi Royals. Aí um professor me mostrou Misery Business, do Paramore, e eu gostei, então vi que um novo álbum estava perto e esperei por ele, enquanto ouvia Green Light, da Lorde. Os dois álbuns chegaram, e cara, me apaixonei nos dois. O Paramore mudou completamente de som, com um som de pop dos anos 80 e a Lorde amadureceu muito com suas novas composições no seu segundo álbum. Infelizmente, Paramore foi esnobado no Grammy, então estou torcendo muito pela Lorde!!
Recomendo imensamente que vocês escutem esses dois lindos e maravilhosos álbuns!!
Músicas favoritas: Fake Happy e Pool (After Laughter), Liability e Perfect Places (Melodrama)
(The only Paramore song I've listened until After Laughter came was The Only Exception, just like the only Lorde song I've listened until Melodrama came was Royals. Then a teacher showed me Paramore's Misery Business, and I liked it, and then I saw a new album was near, so I waited for it, while I listened to Lorde's Green Light. Both of them arrived, and boy, they were so good, I fell in love with them. Paramore changed completely their sound, with an 80s pop sound, and Lorde grew up in her songwriting in her second album. Unfortunately, Paramore got snubbed by the Grammys, so I'm rooting for Lorde! I hugely recommend you to listen to these two lovely, wonderful albums!!!
Favorite songs: Fake Happy and Pool (After Laughter), Liability and Perfect Places (Melodrama))









MELHOR ÁLBUM QUE EU DESCOBRI EM 2017
(BEST ALBUM I'VE DISCOVERED IN 2017)
CRY BABY, de Melanie Martinez
(CRY BABY, from Melanie Martinez)
A primeira vez que eu ouvi Melanie Martinez foi quando eu tive uma aula de interpretação de texto, aí ouvi Mrs. Potato Head, e achei que a Melanie beirava à genialidade e à loucura também (Risos). Com seu visual colorido e composições adultas, Martinez conseguiu, em um álbum inteiramente conceitual, contar uma história deprimente e genial com suas 13 músicas (e videoclipes). Lidando com temas como abuso, traição, amor, pedofilia e loucura, tudo com títulos infantis e sons de brinquedos, Martinez fez um dos únicos álbuns dos quais eu gosto de todas as músicas. Claro, esse álbum não é pra todo mundo, mas recomendo que os mais crescidos mergulhem no mundo maluco e explícito de Cry Baby.
Música favorita: Training Wheels
(The first time I heard a Melanie Martinez song, I was in a class, then I heard Mrs. Potato Head, and I thought that Melanie was half-genius, and half-crazy (LOL). With her colored visual and mature songwriting, Martinez achieved, in an entirely conceptual album, to tell a depressing, genius story with 13 songs (and music videos). Dealing with themes like abuse, cheating, love, pedophilia and madness, all with kid-friendly song titles and toy sounds, Martinez made one of the only albums of which all the songs are likable to me. Of course, this album is not for everyone, but I recommend for the grown ups to dive into the crazy, explicit world of Cry Baby.
Favorite song: Training Wheels)



MELHOR LIVRO DE 2017
(BEST BOOK OF 2017)
LUQUINIANAS, escrito por Eugênia Fraietta
(LUQUINIANAS, written by Eugênia Fraietta)
Li poucos livros que foram escritos esse ano, mas dos que eu li, esse conjunto de crônicas acompanhando o relacionamento de mãe e filho através dos anos, é o melhor. E não é só porque a autora é uma grande amiga minha, a maneira de escrever dela é simplesmente linda! Anteriormente, só via poemas igualmente lindos da autoria dela, mas nunca tinha visto crônicas. As histórias retratadas nesse livro são ao mesmo tempo engraçadas, amorosas, emocionantes e algumas tristes, mas que não deixam de ser boas, e nos mostram aquele amor imensurável entre mãe e filho. Obrigado, Eugênia, por ter escrito esse livro (e por me ter recomendado The Handmaid's Tale! Kkkkkkk).
(I read a small amount of books written this year, but from the ones that I did, this compilation of chronicles about the relationship of mother and son through the years, is the best one. Not just because the author is a huge friend of mine, her way of writing is simply beautiful! Before this book, I just read her equally beautiful poems, but I'd never seen chronicles. The stories inside this book are at the same time funny, lovely, thrilling and some are sad, but they are just as good, and they show us that immeasurable love between mother and child. Thank you, Eugênia, for writing this book (and for recommending me The Handmaid's Tale!! hahahahahaha).)



MELHOR LIVRO QUE EU DESCOBRI EM 2017
(BEST BOOK I'VE DISCOVERED IN 2017)
SEM FÔLEGO, escrito por Brian Selznick
(WONDERSTRUCK, written by Brian Selznick)
Esse livro, ah, esse livro... Primeiro, gostaria de agradecer à minha amiga Angela por ter me recomendado essa maravilhosa obra. Segundo, estou super animado pelo filme baseado no livro! Terceiro, esse livro é incrível! Juntando duas histórias com protagonistas surdos, com uma prosa e ilustrações de, realmente, tirar o fôlego, essa obra do mesmo escritor de A Invenção de Hugo Cabret, interliga histórias com 50 anos de diferença, sendo uma carta de amor aos sonhadores e à cidade de Nova York, na qual as duas histórias, em sua maioria, se passam. Há momentos emocionantes e de cair o queixo nesse livro, inclusive momentos que irão fazer o leitor morrer de tanto chorar. Espero que o filme baseado no livro seja tão bom quanto Hugo Cabret, já que o roteiro é escrito pelo próprio autor do livro, para incluir mais fidelidade à obra original!! Recomendo demais esse livro para vocês!!
(This book, ah, this book... First, I'd like to thank my friend Angela for recommending this marvelous novel. Second, I'm super excited about the film based on it. Third, this book is amazing! Combining two stories with deaf protagonists, with writing and illustrations that will leave you, really, wonderstruck, this novel from the same author as The Invention of Hugo Cabret intertwines stories with 50 years of difference, being a love letter to dreamers and to New York City, in which both stories, in their majority are set. There are thrilling, jaw-dropping moments in this book, including moments capable of making the reader cry a lot. I hope the film based on it is as good as Hugo Cabret, since the script is written by the author of the book, to put more faithfulness to the original work! I really recommend it to you guys!!!)




Então é isso, galera! Espero que vocês tenham gostado!! E que venha 2018!!

(So that's it, you guys! I hope you liked it!! And may 2018 come!!!)

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Oscar 2018: "Lady Bird: A Hora de Voar", de Greta Gerwig (Bilíngue)

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Português:
“Lady Bird: A Hora de Voar” (Lady Bird) é um filme estadunidense de 2017 do gênero comédia dramática escrito e dirigido por Greta Gerwig e estrelado por Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, Tracy Letts, Lucas Hedges, Timothée Chalamet e Beanie Feldstein.

O filme se ambienta em Sacramento, Califórnia, no ano de 2002 e conta a história de Christine McPherson (Ronan), que se auto-intitula Lady Bird, e estuda seu último ano em uma escola católica. Prestes à alcançar a maioridade, Christine deseja ir pra Nova York pra faculdade, apesar dos protestos de sua mãe (Metcalf), com quem ela tem uma relação turbulenta, e enquanto ela não está na faculdade, amigos, amores, e primeiras experiências fazem parte de sua jornada em Sacramento.

Só pra começar, eu estava animado pra ver esse filme desde a exibição no Festival de Telluride em setembro, onde ele foi aclamado pela crítica. Esperava ele como um filme coming-of-age mais adulto, e foi exatamente isso que eu recebi como presente de aniversário. Greta Gerwig, a eterna Frances Ha, tem uma estreia fantástica na cadeira de diretor, além de roteirizar o filme, criando uma típica atmosfera adolescente nos tempos atuais, só que mais madura e emocionalmente disfuncional. Saoirse Ronan arrasa como a adolescente revoltada, que leva o título do filme, o que pode render sua terceira indicação ao Oscar, e se possível, a sua primeira estatueta do Oscar. Laurie Metcalf dá um show como a mãe da protagonista, e merece reconhecimento com, pelo menos, uma indicação à Melhor Atriz Coadjuvante, sendo a química entre ela e Ronan fantástica. Sendo um filme semi-autobiográfico baseado nas experiências de Gerwig em uma escola católica, a diretora consegue, no roteiro, entregar uma história original refletindo os conflitos de uma estudante de último ano, o que Ronan consegue fazer com perfeição, em sua performance digna de Oscar.
Indicado a 4 Globos de Ouro (Melhor Filme – Comédia ou Musical, Melhor Atriz em Comédia ou Musical – Saoirse Ronan, Melhor Atriz Coadjuvante – Laurie Metcalf e Melhor Roteiro), Lady Bird: A Hora de Voar é uma estreia fantástica de Greta Gerwig como diretora e entrega grandes performances de seu elenco, assim como pode ser um dos maiores candidatos no Oscar 2018 como Melhor Filme, Diretora, Atriz, Atriz Coadjuvante e Roteiro Original!
Amei esse filme demais, sendo até agora, o meu filme favorito dessa temporada de prêmios de 2017 e 2018!! Recomendo ele demais para vocês!! Nota: 9,5 de 10!!

Elenco: Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, Tracy Letts, Lucas Hedges, Timothée Chalamet e Beanie Feldstein.
Direção: Greta Gerwig.
Duração: 93 minutos.
Distribuição: A24 Pictures.


English:
“Lady Bird” is a 2017 American comedy-drama film written and directed by Greta Gerwig. It stars Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, Tracy Letts, Lucas Hedges, Timothée Chalamet and Beanie Feldstein.

Sacramento, California, 2002. The film tells the story of Christine McPherson (Ronan), who self-titles herself as Lady Bird, a senior student at a Catholic high school. About to reach adulthood, she desires to go to New York City for college, although her mother (Metcalf), with whom she has a turbulent relationship, protests about it, and while she's not in college, friends, romantic relationships and first experiences are part of her journey in Sacramento.

To start this off, I'd like to say that I've been waiting to see this film since it was shown at Telluride in September, and it was critically acclaimed. I hoped it was a mature coming-of-age film, and that's exactly what I got as a birthday gift. Greta Gerwig, the eternal Frances Ha, has a stunning debut in the director's chair, besides writing the script of the film, creating a typical adolescent atmosphere in modern times, only more mature and emotionally dysfunctional. Saoirse Ronan steals the screen as the revolted teenager, who is named after the title of the film, and it might give her her third Oscar nomination, and maybe, her first Academy Award. Laurie Metcalf is wonderful as the main character's mother, and she deserves recognition with, at least, a Best Supporting Actress nomination, with a fantastic chemistry between her and Ronan. As a semi-autobiographical film based on Gerwig's experiences at a Catholic high school, the director excels, in her script, to deliver an original story reflecting a senior student's conflicts, and Ronan can act it with perfection, in her Oscar-worthy performance.
Nominated for 4 Golden Globes (Best Motion Picture – Musical or Comedy, Best Actress – Musical or Comedy – Saoirse Ronan, Best Supporting Actress – Laurie Metcalf, Best Screenplay), Lady Bird is a stunning directing debut for Greta Gerwig, and delivers great performances from its cast, and it might be one of the main contenders for the 2018 Academy Awards in Best Picture, Director, Actress, Supporting Actress and Original Screenplay!!
I loved this film, as it is, so far, my favorite film in this 2017-2018 award season!! I highly recommend it for you guys!! I give it a 9,5 out of 10!!

Cast: Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, Tracy Letts, Lucas Hedges, Timothée Chalamet and Beanie Feldstein.
Directed by: Greta Gerwig.
Running time: 93 minutes.

Distribution: A24 Pictures.















sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Resenha-crítica "Star Wars - Episódio VIII: Os Últimos Jedi", de Rian Johnson (Bilíngue)

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Português:
“Star Wars: Os Últimos Jedi” (Star Wars: The Last Jedi) é um filme estadunidense de 2017 do gênero ópera espacial dirigido por Rian Johnson e estrelado por Daisy Ridley, Mark Hamill, John Boyega, Oscar Isaac, Adam Driver, Carrie Fisher, Andy Serkis, Domhnall Gleeson, Gwendoline Christie, Kelly Marie Tran, Lupita Nyong'o, Laura Dern, Benicio del Toro, Peter Mayhew e Anthony Daniels. É o nono filme na saga Star Wars, sendo também conhecido como Episódio VIII.

O filme se passa depois dos acontecimentos de O Despertar da Força, onde Rey (Ridley) encontra Luke Skywalker (Hamill), e busca, com sua mentoria, entender o equilíbrio da Força a partir de seus ensinamentos. Enquanto isso, a Primeira Ordem de Kylo Ren (Driver) se reorganiza para enfrentar a Aliança Rebelde, liderada pela General Leia Organa (Fisher).

Esse é provavelmente, o filme com temática nerd mais esperado do ano, e quando essa nova trilogia da saga foi anunciada, fiquei bastante animado, pois um dos meus diretores favoritos dessa nova geração, J.J. Abrams, foi meio que o cabeça dessa nova trilogia. O diretor da vez é Rian Johnson, que também roteiriza o filme sozinho. Conheço ele principalmente por Looper: Assassinos do Futuro, de 2012, e por seus episódios de Breaking Bad. Ele é muito bom! E como os fãs mais devotos da saga estavam reclamando que o episódio VII foi um completo reboot do episódio IV, posso lhes dizer que Os Últimos Jedi possui uma história original, cheia de reviravoltas e carga emocional. O roteiro é um dos mais ousados e sombrios da saga, contendo seus toques de nostalgia, mas também focando em sua originalidade (só não consegue ser mais sombrio do que Rogue One).
Os visuais, um dos aspectos mais importantes quando se fala de Star Wars, são de tirar o fôlego, com cores vibrantes e cenários exóticos. Se o episódio VII serviu como uma simples apresentação dos personagens novos, o episódio VIII aproveita a chance de desenvolver esses personagens. Os que foram mais desenvolvidos dos novos foram a Rey, interpretada por Ridley, e Kylo Ren, interpretado por Driver, que possuem uma química inesperada aqui. Dos personagens originais da saga, o que foi bem mais desenvolvido foi o Luke, interpretado com maestria (e humor) por Hamill. As críticas dizem que é o melhor filme da saga desde Star Wars: O Império Contra-Ataca, e posso dizer que é verdade, por sua originalidade e carga emocional (na verdade, tá empatado com Rogue One).
Narrativamente ousado, visualmente fantástico, e emocionalmente carregado, “Star Wars: Os Últimos Jedi” é mais um capítulo incrível na saga nerd mais amada por todos.
Adorei!! Totalmente recomendo para os fãs de carteirinha e os fãs de O Despertar da Força!!! Nota 10 de 10!!

Elenco: Daisy Ridley, Mark Hamill, John Boyega, Oscar Isaac, Adam Driver, Carrie Fisher, Andy Serkis, Domhnall Gleeson, Gwendoline Christie, Kelly Marie Tran, Lupita Nyong'o, Laura Dern, Benicio del Toro, Peter Mayhew e Anthony Daniels.
Direção: Rian Johnson.
Duração: 152 minutos.
Distribuição: Walt Disney Pictures e Lucasfilm.


English:
“Star Wars: The Last Jedi” is a 2017 American space opera film directed by Rian Johnson, and it stars Daisy Ridley, Mark Hamill, John Boyega, Oscar Isaac, Adam Driver, Carrie Fisher, Andy Serkis, Domhnall Gleeson, Gwendoline Christie, Kelly Marie Tran, Lupita Nyong'o, Laura Dern, Benicio del Toro, Peter Mayhew and Anthony Daniels. It is the ninth film in the Star Wars saga, being also known as Episode VIII.

The film is set after The Force Awakens, where Rey (Ridley) finds Luke Skywalker (Hamill), and searches, with Luke as her mentor, to understand the balance of the Force with his teachings. Meanwhile, Kylo Ren's (Driver) First Order reorganizes itself to face the Rebel Alliance, led by General Leia Organa (Fisher).

This is probably the most awaited geeky film of the year, and when this new trilogy was announced, I was very excited, because one of my favorite directors of our generation, J.J. Abrams, is the head of this new trilogy. Rian Johnson is in the director's chair this time, and he also wrote the script. I know him mostly because of Looper, from 2012, and his episodes from Breaking Bad. He is really good! And because of all the hardcore fans complaining that Episode VII was a complete rehash of Episode IV, I can safely tell you “The Last Jedi” has an original story, filled with twists and emotional charges. The script is one of the saga's most daring and darkest ones yet, having its time on nostalgia, but also focusing on its originality (although it's not darker than Rogue One). The visuals, one of the main aspects when you talk about Star Wars, are breathtaking, with vibrant colors and exotic scenarios. If Episode VII served as a simple introduction to the new characters, Episode VIII takes the chance to work on those characters. The new ones who were more worked on were Rey, played by Ridley, and Kylo Ren, played by Driver, who possess an unexpected chemistry in this film. Of the original characters of the saga, the one who got way more work than the others was Luke, played masterfully (and humorously) by Hamill. Critics say it's the best SW movie since The Empire Strikes Back, and I can say that's true, due to its originality and emotional charge (actually, it's a tie with Rogue One).
Narratively daring, visually fantastic, and emotionally charged, “Star Wars: The Last Jedi” is another fine, incredible chapter in the geeky saga that's loved by everybody!
I loved it!! I truly recommend it to hardcore fans and fans of The Force Awakens!! I give it a 10 out of 10!!!

Cast: Daisy Ridley, Mark Hamill, John Boyega, Oscar Isaac, Adam Driver, Carrie Fisher, Andy Serkis, Domhnall Gleeson, Gwendoline Christie, Kelly Marie Tran, Lupita Nyong'o, Laura Dern, Benicio del Toro, Peter Mayhew and Anthony Daniels.
Directed by: Rian Johnson.
Running time: 152 minutes.

Distribution: Walt Disney Pictures and Lucasfilm.


















quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Oscar 2018: "O Sacrifício do Cervo Sagrado", de Yorgos Lanthimos (Bilíngue)

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Português:
“O Sacrifício do Cervo Sagrado” (The Killing of a Sacred Deer) é um filme estadunidense-britânico-irlandês-grego de 2017 do gênero thriller psicológico dirigido e co-escrito por Yorgos Lanthimos e estrelado por Colin Farrell, Nicole Kidman, Barry Keoghan, Raffey Cassidy, Sunny Suljic e Alicia Silverstone.

O filme conta a história de Steven (Farrell), um cardiologista carismático, que é forçado a fazer um sacrifício inimaginável depois que sua vida começa a desabar, quando o comportamento de um adolescente (Keoghan), filho de um ex-paciente de Steven, se torna sinistro.

Quando eu vi um filme de Yorgos Lanthimos pela primeira vez, que foi o excelente e hilário O Lagosta, indicado a Melhor Roteiro Original em 2017, eu pensei: “Isso é tão Black Mirror (série original da Netflix)!”. Aí, eu fui olhar a filmografia inteira dele, e só pelas sinopses, já pensei: “O cinema grego é maluco demais.”. É só levar em conta os filmes “Dente Canino”, de Lanthimos, “Miss Violence”, de Alexandros Avranas, e “Attenberg”, de Athina Rachel Tsangari, para julgar que o cinema grego é bem artístico, mas também bem estranho. (Risos) Mas aí temos os filmes americanizados de Lanthimos: O Lagosta e este que eu vou avaliar agora. Os roteiros dos dois são escritos por Lanthimos e Efthymis Fillippou, e os dois são estrelados por Colin Farrell. Os títulos dos filmes de Lanthimos normalmente tem algo a ver com o enredo: Dente Canino (uma família eremita decide que um só pode sair de casa se o dente canino cair), O Lagosta (o protagonista quer ser transformado em uma lagosta se os 45 dias dele no hotel acabarem), mas o que diabos O Sacrifício do Cervo Sagrado tem a ver com o enredo do filme? Depois de ver o filme inteiro, fiz uma pesquisa e entendi por que. Digamos que as raízes gregas de Lanthimos estão presentes aqui. A direção de Lanthimos é muito boa, o diretor sabe quando fazer os espectadores ficarem desconfortáveis, o roteiro vencedor do prêmio de Melhor Roteiro em Cannes de Lanthimos e Fillippou é tão bizarro quanto o de O Lagosta, criando personagens psicologicamente instáveis e uma atmosfera sinistra. A trilha sonora clássica sabe quando ser posta em cenas que necessitam dela. As atuações do elenco principal, constituído por Farrell e Kidman, estão maravilhosas, porém quem fica com o holofote é o irlandês Barry Keoghan, de “Dunkirk”. O personagem dele é, de longe, o mais interessante do filme, e não me surpreenderia se ele ganhasse uma indicação a Melhor Ator Coadjuvante. O final é tão subjetivo quanto o de O Lagosta, possui várias interpretações, isso já está virando uma marca registrada de Lanthimos.
Brilhantemente roteirizado, soberbamente atuado por seu elenco, e essencialmente grego, “O Sacrifício do Cervo Sagrado” é mais uma pequena obra-prima na lista de filmes de Yorgos Lanthimos, e seu estilo mostra que seu talento não deve ser ignorado.
Adorei!! Recomendo muito esse filme para fãs do gênero e do diretor!! Nota: 8,5 de 10!!

Elenco: Colin Farrell, Nicole Kidman, Barry Keoghan, Raffey Cassidy, Sunny Suljic e Alicia Silverstone.
Direção: Yorgos Lanthimos.
Duração: 121 minutos.
Distribuição: A24 Pictures.


English:
“The Killing of a Sacred Deer” is a 2017 American-British-Irish-Greek psychological horror film directed and co-written by Yorgos Lanthimos. It stars Colin Farrell, Nicole Kidman, Barry Keoghan, Raffey Cassidy, Sunny Suljic and Alicia Silverstone.

The film tells the story of Steven (Farrell), a charismatic cardiologist, who is forced to make an unthinkable sacrifice after his life begins to crumble, when the behavior of a teenager (Keoghan), son of an ex-patient of Steven's, becomes sinister.

When I first saw a Yorgos Lanthimos film, which in my case was the amazing, hilarious The Lobster, nominated for Best Original Screenplay in 2017, I thought: “This is so Black Mirror-ish!!”. Then, I checked out his entire filmography's plots, and I thought: “Greek cinema is bonkers crazy.”. Just analyze the films “Dogtooth”, by Lanthimos, “Miss Violence”, by Alexandros Avranas, and “Attenberg”, by Athina Rachel Tsangari, and you will be able to judge that Greek cinema is very artistic, but also very weird. (LOL) But then we have Lanthimos' “Hollywood” films: The Lobster and this one I'm reviewing. The screenplays of both films are written by Lanthimos and Efthymis Fillippou, and both those films star Colin Farrell. Lanthimos' film titles normally have something to do with the plot of the film: Dogtooth (a hermit family decides that one should only go out if their dogtooth is out), The Lobster (the protagonist gets turned into a lobster if his 45 days at a hotel come to an end), but what the hell does The Killing of a Sacred Deer has to do with the film's plot? After watching the whole film, I made a research and understood why. Let's just say that Lanthimos' Greek roots are present here. Lanthimos' directing is really good, as he knows when to make the viewers uncomfortable, the Cannes Best Screenplay Award-winning script written by Lanthimos and Fillippou is as bizarre as The Lobster's, creating psychologically unstable characters and a sinister atmosphere. The soundtrack composed by classical music knows when to be put in scenes that need it. The acting of the main cast, composed by Farrell and Kidman, are wonderful, but who really gets the spotlight here is Irish Barry Keoghan, from “Dunkirk”. His character is, by far, the most interesting one in the film, and it wouldn't surprise me if he gets nominated for Best Supporting Actor. The ending is as subjective as The Lobster's, it has many interpretations, which is beginning to be a trademark of Yorgos Lanthimos films.
Brilliantly written, superbly acted by its cast, and essentially Greek, “The Killing of a Sacred Deer” is another small masterpiece in Lanthimos' career, and his style shows that his talent is one not to be ignored.
I loved it!! I highly recommend it to fans of the genre and Yorgos Lanthimos fans!! I give it an 8,5 out of 10!!

Cast: Colin Farrell, Nicole Kidman, Barry Keoghan, Raffey Cassidy, Sunny Suljic and Alicia Silverstone.
Directed by: Yorgos Lanthimos.
Running time: 121 minutes.
Distribution: A24 Pictures.



















terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Oscar 2018: "Mãe!", dirigido por Darren Aronofsky (Bilíngue)

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Português:
“Mãe!” (mother!) é um filme estadunidense de 2017 do gênero thriller psicológico escrito e dirigido por Darren Aronofsky e estrelado por Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris, Michelle Pfeiffer, Domhnall Gleeson, Brian Gleeson e Kristen Wiig.

Ambientado em uma imensa casa no interior, o filme acompanha um casal: a jovem esposa (Lawrence), que vive restaurando o lugar, que sofreu graves danos ao longo dos anos, e o marido bem mais velho (Bardem), que tenta recuperar a inspiração para voltar a escrever os poemas que o tornaram famoso. Os dias pacíficos se transformam com a chegada de uma série de visitantes que se impõem à rotina do casal e escondem suas verdadeiras intenções.

Darren Aronofsky é um diretor peculiar. Seus roteiros e estilos de direção são tão intensos que travam a mente dos espectadores. Além de “Mãe!”, o único filme que vi dele foi o fantástico “Cisne Negro”, então, quando este foi anunciado, fiquei bem animado com o que estava por vir. Depois de dois cartazes bem enigmáticos mostrando a personagem de Lawrence arrancando o próprio coração e o personagem de Bardem envolto em chamas, eu pensei, “ESSE FILME VAI SER LOUCO DEMAIS!!”. Aí, veio o trailer, que é curto, porém preciso, pois pelo trailer dá pra entender a trama principal. Finalmente, veio o resultado final do filme, que já vou avisando: não é nada igual ao trailer. Quando você estiver assistindo Mãe!, exclua o trailer da sua cabeça, pois é uma experiência totalmente diferente. É um filme bem subjetivo, cheio de alegorias e adereços visuais chocantes. Não diria que é uma obra-prima, mas é um dos melhores filmes do diretor até o momento. A começar com o roteiro super-ultra-mega-blaster cheio de referências escrito por Aronofsky, que na minha opinião, pode render ao menos uma indicação a Melhor Roteiro Original. A fotografia digna de Oscar de Matthew Libatique, conhecido pela fotografia de outros filmes do diretor, como Cisne Negro, ajuda a criar uma atmosfera sinistra que mantém o espectador preso no assento, assim como a ausência de uma trilha sonora. As atuações de Lawrence, Bardem e Pfeiffer estão fantasticamente boas, entregando algumas das melhores performances de suas respectivas carreiras. O filme se desenvolve bem, sabendo o passo certo para revelar uma descoberta importante no enredo, com um final que, só vendo pela sinopse do filme, é meio inesperado.
Visualmente sinistro, narrativamente alegórico e impulsionado por atuações marcantes de seu elenco, “Mãe!” é um grande passo a frente para o diretor Darren Aronofsky, que continua a nos impressionar com seus enredos psicologicamente envolventes.
Adorei!! Recomendo muito!! Nota 8,5 de 10!!

Elenco: Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris, Michelle Pfeiffer, Domhnall Gleeson, Brian Gleeson e Kristen Wiig.
Direção: Darren Aronofsky.
Duração: 121 min.
Distribuição: Paramount Pictures.


English:
“mother!” is a 2017 American psychological horror film written and directed by Darren Aronofsky, and starring Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris, Michelle Pfeiffer, Domhnall Gleeson, Brian Gleeson and Kristen Wiig.

Set in a huge house in the country, the film tells the story of a couple: the young wife (Lawrence), who keeps rebuilding the place, which has suffered severe damage through the years, and the much older husband (Bardem), who tries to retrieve the inspiration to return to write the poems which once made him famous. The peaceful days transform with the arrival of a series of visitors who impose themselves on the couple's routine and hide their real intentions.

Darren Aronofsky is a peculiar director. His screenplays and directing style are so intense they give the viewers' minds a “WTF” thought. Besides “mother!”, the only Aronofsky film I'd seen was the fantastic “Black Swan”, so, when this one was announced, I got really excited for it. After two enigmatic posters featuring Lawrence's character ripping out her own heart, and Bardem's character surrounded by flames, I thought “THIS FILM IS GOING TO BE SO INSANE!”. Then, the trailer came, which is short, but you can understand the main plot. Finally, the final result came in, and I already am telling you, it is nothing like the trailer. When you are watching “Mother!”, delete the trailer from your head, because it is an entirely different experience. It's a very subjective film, filled with allegories and shocking visual props. I wouldn't say it is a masterpiece, but it's one of the director's finest films to date. Starting with the reference-filled super-amazing screenplay written by Aronofsky, which in my opinion, can get at least a nomination for Best Original Screenplay. The Oscar-worthy cinematography work by Matthew Libatique, known for the cinematography from the director's other films, like Black Swan, helps creating an eerie atmosphere that keeps the viewers stuck in their seats, with also the absence of a soundtrack or score. The performances of Lawrence, Bardem and Pfeiffer are spot on, delivering some of the best pieces of acting in their respective careers. The film has a great development, knowing the pace to reveal an important plot point, with an unexpected ending, telling from just the plot.
Visually eerie, narratively allegorical, and boosted by spot-on performances from its cast, “mother!” is a huge step forward by director Darren Aronofsky, who continues to impress us with his psychologically involving plots.
I loved it! I really recommend it! I give it a 8,5 out of 10!!

Cast: Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris, Michelle Pfeiffer, Domhnall Gleeson, Brian Gleeson and Kristen Wiig.
Directed by: Darren Aronofsky.
Running time: 121 minutes.

Distribution: Paramount Pictures.