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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

"Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald": sequência encanta pelo visual e confunde o espectador na história (Bilíngue)


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E aí, galerinha de cinéfilos! Estou de volta, e estou aqui com a resenha da segunda parte da segunda saga baseada na série de livros de sucesso “Harry Potter”. O primeiro filme provou ser uma ótima extensão da saga, apresentando personagens e ameaças novas de forma concisa e muito, muito divertida. Será que a sequência é melhor, tão boa quanto, ou pior do que seu antecessor? Vamos descobrir, na resenha de “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”! Vamos lá!!
(What's up, film buffs! I'm back, with the review of the second chapter in the second saga based on the hit book series “Harry Potter”. The first film proved to be a great extension of the saga, introducing new characters and threats in a concise, and very, very fun way. Is the sequel better, just as good, or worse than its predecessor? Let's find out, in this review of “Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald”! Let's go!!)



O filme começa quando o primeiro terminou, com Gerardo Grindelwald (Johnny Depp) escapando de seu cativeiro em Nova York, e partindo para Paris, à procura de Credence Barebone (Ezra Miller), um jovem com um passado obscuro, que também está no radar de Newt Scamander (Eddie Redmayne) e Tina Goldstein (Katherine Waterston), que contarão com a ajuda de Alvo Dumbledore (Jude Law) para achar Credence e colocar um fim nos planos malignos de Grindelwald.
(The movie begins exactly when the first one ended, with Gellert Grindelwald (Johnny Depp) escaping his prison in New York, and heading off to Paris, looking for Credence Barebone (Ezra Miller), a young man with a dark past, who is also being searched by Newt Scamander (Eddie Redmayne) and Tina Goldstein (Katherine Waterston), who will count with the help of Albus Dumbledore (Jude Law) in order to find Credence and to put an end in Grindelwald's evil plans.)



Deixe-me começar dizendo que o filme não é perfeito. Não possui aquela magia envolvente presente nos filmes da saga “Harry Potter” e a simplicidade presente no primeiro filme da saga “Animais Fantásticos”, mas ainda assim, há muito o que gostar aqui. Começaremos pelo visual e pelas características técnicas do filme. Eles pegaram todas as características visuais que funcionaram no primeiro filme e dobraram na qualidade. É visualmente estonteante, encantador, e, de fato, fantástico. A fotografia é impecável, assim como o trabalho de direção de arte e design de produção, que conseguiu recriar, de forma inventiva e criativa, uma Paris de tirar o fôlego no final da década de 1920. Outro aspecto que melhorou bastante foi o uso dos efeitos especiais, especialmente na criação dos animais fantásticos, que possuem uma identidade própria através do visual e das atitudes deles. Resumindo, visualmente, “Os Crimes de Grindelwald” é muito melhor do que “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, e o visual é obrigatoriamente um dos aspectos que se deverão levar em conta ao comprar o ingresso.
(Let me start by saying that the movie is not perfect. It doesn't have that soothing magic as in the “Harry Potter” films or the simplicity as in the first film in the “Fantastic Beasts” saga, but still, there's a lot to like here. Let's start with the visuals and the film's technical qualities. They took all the visual characteristics that worked in the first film and doubled them in quality. It's visually astonishing, charming and, indeed, fantastic. The cinematography is flawless, and so is the art direction and the production design, that managed to recreate, in an inventive and creative way, a breathtaking late-1920s Paris. Another aspect that got way better was the use of visual effects, especially when creating the fantastic beasts, who have their own identity through their looks and attitudes. In a nutshell, visually, “The Crimes of Grindelwald” is way better than “Fantastic Beasts and Where to Find Them”, and the visuals must be one of the aspects that should be on viewers's minds when purchasing the ticket.)



Indo para as atuações, os membros do elenco do primeiro filme continuam entregando mais do mesmo. O Eddie Redmayne continua incrível como Newt Scamander, com suas peculiaridades e carinho pelos animais que ele cuida. O Dan Fogler continua sendo o alívio cômico do filme como o padeiro e ex-soldado Jacob Kowalski, mas consegue alcançar um arco emocionante na sequência. Katherine Waterston e Alison Sudol continuam muito boas como as irmãs Tina e Queenie Goldstein, e Ezra Miller está operante como Credence Barebone. Os destaques no quesito atuação nesse filme ficam com Jude Law, como um jovem Dumbledore, e com Johnny Depp, como o ameaçador Grindelwald. Law consegue captar a jovialidade do maior bruxo de todos os tempos com maestria, assim como Depp consegue fazer um vilão crível, que não é mau só por ser mau, mas tem uma verdadeira razão por trás daquilo que ele faz, e isso é sempre bem-vindo em blockbusters de hoje em dia. Também estão no elenco nomes novos como Callum Turner, Claudia Kim e Brontis Jodorowsky, mas nenhum de seus personagens possui um desenvolvimento que valha a pena ser mencionado. A personagem da Zoe Kravitz, mencionada no primeiro filme, possui um bom desenvolvimento, mas pareceu um pouco apressado, então não ficou muito entendível.
(Onward to the performances, the cast members of the first film keep on delivering more of the same. Eddie Redmayne continues to be amazing as Newt Scamander, with his peculiarities and love for the animals he has in his care. Dan Fogler continues to be the comic relief of the film as the baker and former soldier Jacob Kowalski, but manages to reach a thrilling arc in the sequel. Katherine Waterston and Alison Sudol continue to be very good as sisters Tina and Queenie Goldstein, and Ezra Miller is operative as Credence Barebone. The highlights in the film's performances are in Jude Law, as a young Dumbledore, and in Johnny Depp as the threatening Grindelwald. Law manages to capture the youthful spirit of the greatest wizard of all time masterfully, and Depp manages to play a believable villain, who is not bad just because he is evil by nature, but has a true reason behind everything he does, and that is always welcome in today's blockbusters. The cast also has new names like Callum Turner, Claudia Kim and Brontis Jodorowsky, but none of their characters have a development worth mentioning. Zoe Kravitz's character, however, has a nice, yet kinda rushed, development, so it kind of remained misunderstood.)



Agora, chegamos ao único erro que o filme cometeu. O roteiro, infelizmente, não chega aos pés do desenvolvimento do visual e das atuações. Com a própria J.K. Rowling, criadora desse universo, assinando o roteiro, acreditava que esse filme poderia ter tido uma história incrível e mágica, ao mesmo tempo sendo mais sombria, como os trailers sugeriam. Mas não foi isso que aconteceu. O roteiro apresenta uma quantidade colossal de personagens novos em um só filme, e nem todos possuem um desenvolvimento bem trabalhado, o que provavelmente acontecerá em futuros filmes da franquia. Além dos personagens novos, há criaturas novas, e às vezes, é tanta coisa nova em uma cena só que chega a ser cansativo e difícil de processar. Outra falha no roteiro é o uso de flashbacks. Tem um flashback bem trabalhado e outro bem apressado. O erro foi colocar o mais simples como o mais bem trabalhado e o mais profundo e cheio de história como o mais apressado, o que realmente dificulta o entendimento da história para o espectador. Outra coisa difícil de entender foi o final, que é completamente aberto à interpretações. Fico triste em dizer isso, mas a história não possui a magia característica da saga, e espero que em futuros filmes, isso se conserte.
(Now, we get to the only mistake the movie made. The script, unfortunately, doesn't reach the greatness of the visuals and the performances. With J.K. Rowling herself, the creator of this universe, writing the screenplay, I believed this movie could have an incredible and magical story, as well as a darker one, as the trailers suggested. But that didn't happen. The script introduces a colossal quantity of new characters in just one movie, and not all of them have a good development, which will probably take place in future films in the franchise. Besides new characters, there are new beasts, and sometimes, there's too much stuff in just one scene that it becomes tiring and hard to process. Another script flaw is the use of flashbacks. There's a well-worked one and a rushed one. The mistake was to set the more simple one as the well-worked one and the one with lots of backstory as the rushed one, which really difficults the understanding of the story by the spectator. Another thing that was hard to understand was the ending, which is completely open to interpretations. It saddens me to say this, but the story doesn't have the saga's characteristic magic, and I hope that, in future films, this may fix itself.)



Resumindo, “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” é uma sequência visualmente rica, e ao mesmo tempo, narrativamente confusa, mas que possui uma base a ser desenvolvida em filmes futuros!

Nota: 8,5 de 10!!

Bom, é isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Malfeito feito, e até a próxima,
João Pedro

(In a nutshell, “Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald” is a visually rich, yet narratively confusing sequel, but it has a basis yet to be developed in future films!

I give it a 8,5 out of 10!!

Well, that's it, folks! I hope you liked it! Mischief managed, and see you next time,
João Pedro)




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