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E aí, galerinha de
cinéfilos! Estou de volta, e como a temporada mais recente de Doctor
Who, minha série favorita, acabou de ser transmitida, venho aqui
fazer uma análise da temporada como um todo e como ela pode ter
moldado essa nova era do histórico programa. Vamos lá!
(What's up, film buffs!
I'm back, and as the most recent season of Doctor Who, my favorite
show, just ended being broadcast, I come here to write an analysis on
the season as a whole and how it may have shaped this new era of the
groundbreaking show. Let's go!)
Então, recapitulando,
Doctor Who conta a história do Doutor (interpretado nessa temporada
por Jodie Whittaker), um alienígena conhecido como um Senhor do
Tempo de um planeta chamado Gallifrey que viaja pelo tempo e espaço
em uma máquina do tempo disfarçada de cabine telefônica policial,
a TARDIS (Time and Relative Dimensions in Space), achando problemas e
os resolvendo com a ajuda de seus fiéis acompanhantes, se
regenerando quando está gravemente ferido ou perto de morrer, sendo
capaz de mudar radicalmente seu visual.
(So, let's recap,
Doctor Who tells the story of the Doctor (played in this season by
Jodie Whittaker), an alien known as a Time Lord from a planet called
Gallifrey, who travels through space and time in a time machine
disguised as a police telephone box, the TARDIS (Time and Relative
Dimensions in Space), finding problems and overcoming them with the
aid of his (or her) faithful companions, regenerating him/herself
when badly hurt or near death, being capable of radically changing
his/her looks.)
Ok, vamos começar
pelos prós. Quando Jodie Whittaker, uma mulher, foi anunciada como a
próxima encarnação de um personagem que, até a época do anúncio,
era interpretado por homens, me senti duvidoso sobre se iria dar
certo ou não, pois querendo ou não, é uma grande mudança, e
mudança é o tema principal da série em geral. Mas graças a Deus,
eu estava errado. Whittaker, mais conhecida por seu papel dramático
como uma mãe enlutada em “Broadchurch”, consegue transmitir, em
sua versão do protagonista, uma energia bem similar à de David
Tennant e Matt Smith, além de uma quantidade grande de confiança,
trazendo um humor mais agradável a toda a família, ao oposto do
humor sarcástico de Peter Capaldi, e uma personagem modelo na qual
garotas fãs de Doctor Who podem se inspirar. Nessa temporada, temos
3 acompanhantes: Graham (Bradley Walsh), Ryan (Tosin Cole) e Yaz
(Mandip Gill), e cada um possui um desenvolvimento diferente. Os
personagens com um desenvolvimento mais profundo são Graham e Ryan,
cuja conexão só vai crescendo devido à um evento no primeiro
episódio da temporada. Yaz, infelizmente, não possui o mesmo
desenvolvimento, dedicando apenas 2 episódios para sabermos mais um
pouco de seu passado e de sua família. Mas as atuações dos 3 são
fantásticas: Bradley Walsh entrega uma das performances mais
emocionantes de acompanhantes de DW que eu já vi; Tosin Cole
consegue transmitir confiança em seu personagem, que sofre de
dispraxia; e Mandip Gill injeta mais uma dose de girl power nessa
nova era do programa.
Além do quarteto
principal, temos os atores convidados, os quais eu destaco Alan
Cumming (do episódio “The Witchfinders”), Vinette Robinson (do
episódio “Rosa”), Julie Hesmondhalgh (do episódio “Kerblam!”)
e Mark Addy (do episódio “The Battle of Ranskoor Av Kolos), que
conseguem, mesmo com seus personagens presentes apenas em um
episódio, desenvolver um arco bem colocado com o roteiro que eles
são dados.
(Okay, let's start with
the pros. When Jodie Whittaker, a woman, was announced as the next
incarnation of a character that, at the time of the announcement, was
played by men, I felt doubtful in whether it would work or not,
because it is a big change, and changing is what the show is mainly
about. But, thank God, I was wrong. Whittaker, best known for her
dramatic role as a grieving mother in “Broadchurch”, manages to
transmit, in her version of the main character, an energy similar to
the ones in David Tennant's and Matt Smith's versions, along with a
great amount of confidence, delivering family friendly humor, in
contrast to Peter Capaldi's sarcastic sense of humor, and a role
model in which female Whovians can look up to. In this season, we
have 3 companions: Graham (Bradley Walsh), Ryan (Tosin Cole) and Yaz
(Mandip Gill), and each one has a different development. The ones
with a deeper character development are Graham and Ryan, with their
connection growing stronger due to an event in the first episode of
the season. Yaz, unfortunately, does not have the same development,
with only 2 episodes dedicated to explore her past and family. But
the performances of the 3 are amazing: Bradley Walsh delivers one of
the most emotional companion performances I've ever seen; Tosin Cole
manages to transmit confidence into his character, who suffers from
dyspraxia; and Mandip Gill succeeds in injecting an extra dose of
girl power in this new era of the show.
Besides the main
quartet, we have the guest actors, of which I'd like to highlight
Alan Cumming (from the episode “The Witchfinders”), Vinette
Robinson (from the episode “Rosa”), Julie Hesmondhalgh (from the
episode “Kerblam!”) and Mark Addy (from the episode “The Battle
of Ranskoor Av Kolos), who, even if their characters are only present
for one episode, manage to develop a well-told story arc with the
script they're given.)
Outro destaque dessa
temporada em particular é o visual. Com a empresa de efeitos visuais
mudando para a Double Negative (que fez os efeitos vencedores do
Oscar de “Blade Runner 2049”), o visual de Doctor Who sofre uma
mudança radical, trabalhando com lentes anamórficas, para deixar o
programa com um toque cinematográfico, e com efeitos visuais de
primeira linha, que dão uma surra nos efeitos das primeiras
temporadas, em termos de qualidade. Outro aspecto que melhora o
visual da série é a direção de arte, com figurinos muito bons,
épocas maravilhosamente recriadas, uma nova abertura para o
programa, e uma TARDIS mais minimalista, se comparada com a última
de Matt Smith e a de Peter Capaldi, que são preenchidas por
conteúdo.
(Another highlight of
this particular season is the new look of it. With the special
effects company switching over to Double Negative (that did the
Oscar-winning visual effects of “Blade Runner 2049”), the visuals
of Doctor Who suffer a radical change, working with anamorphic
lenses, in order to give a cinematic touch to it, and with top-notch
visual effects, which, in terms of quality, beat up the effects from
the first seasons of it. Another aspect that enhances the visuals of
the series is the art direction, with very good costume design, time
periods wonderfully recreated, a new opening title to the show, and a
more minimalist TARDIS, if compared to Matt Smith's last one and
Peter Capaldi's one, which are filled with content.)
Agora, vamos ao único
ponto fraco da temporada: alguns de seus roteiros, em especial, os
escritos por Chris Chibnall, novo showrunner de Doctor Who. Devo
dizer que os episódios roteirizados por roteiristas convidados, como
“Rosa” (escrito por Malorie Blackman), “Demons of the Punjab”
(escrito por Vinay Patel) e “The Witchfinders” (escrito por Joy
Wilkinson) ficaram bem melhores do que “Arachnids in the UK” e
“The Tsuranga Conundrum”, ambos escritos por Chibnall, que pra
mim, são os dois episódios mais fracos dessa temporada. Fãs de
longa data de Doctor Who podem ter se sentido incomodados pela
simplicidade de seus roteiros, pelo tom introdutório que Chibnall
deseja dar à temporada, com o objetivo de atrair Whovians em
potencial. Eu mesmo senti falta de um arco que se prolonga pela
temporada, no estilo das temporadas de Peter Capaldi, pois esse tipo
de dispositivo permite ao programa ter um senso de continuidade, e
essa temporada parece ter um elo de conexão apenas, que é
mencionado em todos os 10 episódios. Outro aspecto em que os
roteiros dessa temporada de Doctor Who não trabalham muito bem são
os vilões, e o maior problema é que quase todos são promovidos
como “as criaturas mais perigosas” que o Doutor irá enfrentar,
sendo que no final, os problemas que eles causaram são facilmente
resolvidos. Pode até ser outra ação para manter esse tom
introdutório para atrair aspirantes a Whovians, mas os fãs de longa
data não conseguem sentir nada além de saudade de vilões clássicos
como os Daleks e os Cybermen. Uma coisa boa dessa temporada é que
não é preciso ter um conhecimento específico de temporadas
anteriores para entender os episódios, dando ainda mais facilidade
para quem deseja assistir, mas os roteiros ainda guardam breves, mas
memoráveis referências à encarnações anteriores do Doutor, e
nostalgia em uma série sobre viagem no tempo é sempre uma coisa
boa.
Mas também há bons
roteiros nessa temporada, em especial “Rosa” e “Demons of the
Punjab”, que fazem algo que eu nunca vi em Doctor Who: eles,
brevemente, te fazem esquecer que você está assistindo à um
programa de ficção-científica, devido ao realismo e ao aspecto
histórico dado ao episódio. Esses dois episódios são, de longe,
os melhores da temporada, e espero que Malorie Blackman e Vinay Patel
tenham chances de roteirizar episódios futuros da série.
Resumindo, Chris
Chibnall não é um Steven Moffat na arte de roteirizar Doctor Who,
mas ele tem potencial para melhorar, e muito.
(Now, let's get to the
only weak thing about the season: some of its scripts, especially
those written by Chris Chibnall, the new showrunner of Doctor Who. I
must say that the episodes written by guest writers, like “Rosa”
(written by Malorie Blackman), “Demons of the Punjab” (written by
Vinay Patel) and “The Witchfinders” (written by Joy Wilkinson)
were way better than “Arachnids in the UK” and “The Tsuranga
Conundrum”, both written by Chibnall, which, to me, were this
season's weakest episodes. Long-term fans of Doctor Who may have felt
bothered by the simplicity of its scripts, due to the introductory
tone Chibnall established this season with, in order to lure
potential Whovians into watching the show. I, myself, missed a
prolonged season story arc, in the style of Peter Capaldi's seasons,
as this device gives the show a sense of continuity, and this season
seems to be connected by only one event mentioned in all 10 episodes.
Another aspect in which this season's scripts does not work well is
with its villains, and the bigger problem is they're promoted as the
“most dangerous creatures” the Doctor will ever face, and in the
end, the troubles they made are easily solved. It might be another
action to maintain that introductory tone, but long-term fans can'
help but miss classic Who villains like the Daleks and the Cybermen.
One good thing about this season is that the viewer is not obliged to
have specific knowledge of previous seasons in order to understand
these episodes, making it even more easy for those who wish to start
watching it, but the scripts manage to make brief, yet memorable
references to previous incarnations of the Doctor, and nostalgia in a
show about time travel is always good.
But, don't get me
wrong, there are some good scripts in this season, especially “Rosa”
and “Demons of the Punjab”, which manage to do something I've
never seen on Doctor Who: they, briefly, make us forget we're
watching a sci-fi show, due to the realism and historical aspect
given to the episode. These two episodes are, by far, the best ones
in the season, and I hope Malorie Blackman and Vinay Patel have
chances to write future episodes in the series.
In a nutshell, Chris
Chibnall is no Steven Moffat in the art of writing Doctor Who, but he
has potential to get better, lots of it.)
Como essa análise é
da temporada como um todo, acho que é justo fazer um ranking de seus
episódios. O meu seria:
- “Rosa” (episódio 3)
- “Demons of the Punjab” (episódio 6)
- “The Witchfinders” (episódio 8)
- “The Ghost Monument” (episódio 2)
- “It Takes You Away” (episódio 9)
- “The Woman Who Fell To Earth” (episódio 1)
- “Kerblam!” (episódio 7)
- “The Battle of Ranskoor Av Kolos” (episódio 10)
- “Arachnids in the UK” (episódio 4)
- “The Tsuranga Conundrum” (episódio 5)
(As this analysis is
about the season as a whole, I think it's fair to rank its episodes.
My ranking would be:
- “Rosa” (episode 3)
- “Demons of the Punjab” (episode 6)
- “The Witchfinders” (episode 8)
- “The Ghost Monument” (episode 2)
- “It Takes You Away” (episode 9)
- “The Woman Who Fell To Earth” (episode 1)
- “Kerblam!” (episode 7)
- “The Battle of Ranskoor Av Kolos” (episode 10)
- “Arachnids in the UK” (episode 4)
- “The Tsuranga Conundrum” (episode 5))
Resumindo, a
décima-primeira temporada de Doctor Who tem um elenco fantástico,
um visual de tirar o fôlego e os roteiros podem parecer simples para
os Whovians de longa-data, mas é um ponto de partida perfeito para
quem quer adentrar nessa obra magnífica de ficção-científica!
Nota: 9,0 de 10!!
É isso, pessoal!
Espero que vocês tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, the
eleventh season of Doctor Who has a fantastic cast, breathtaking
visuals and its scripts may seem simple to long term Whovians, but it
is a perfect starting point to those wishing to dive into this
magnificent work in science fiction!
I give it a 9 out of
10!!
That's it, guys! I hope
you liked it! See you next time,
João Pedro)
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