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sábado, 22 de dezembro de 2018

The Last of Us: uma das melhores experiências que tive esse ano (Bilíngue)


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E aí, galerinha de cinéfilos! Aqui quem fala é o João Pedro, e venho falar para vocês sobre algo que não analiso muito, pois não é o foco do blog, mas que vale a pena, pelo seu aspecto inovador, tanto nos visuais, quanto no modo de contar histórias, os quais parecem muito similares ao cinema. Então, vamos falar sobre o game que poderia quebrar a maldição das adaptações cinematográficas de videogames, que também é uma das melhores experiências que tive esse ano. Vamos falar sobre The Last of Us. Vamos lá!
(What's up, film buffs! João Pedro here, and I come to discuss with you on something I don't analyze that much, as it is not what the blog is all about, but that it's worth it, due to its innovating aspect, both in the visuals and storytelling, which are quite similar to the way movies are made.
So, let's talk about the game that could break the curse of the videogame movie adaptations, which is also one of the best experiences I've had this year. Let's talk about The Last of Us. Let's go!)


The Last of Us é um videogame exclusivo para os sistemas Playstation desenvolvido pela Naughty Dog (conhecida pela franquia Uncharted) que se ambienta em 2033, aproximadamente, com uma infecção baseada no fungo Cordyceps se alastrando pelo mundo, transformando qualquer um que se conectar com o fungo em infectados altamente agressivos e brutais. Nesse mundo, controlamos Joel (interpretado por Troy Baker), um homem assombrado por um trauma em seu passado, que recebe a tarefa de transportar Ellie (interpretada por Ashley Johnson), uma garota imune à infecção, até o laboratório dos Vaga-lumes, uma milícia anti-governamental que se concentra em encontrar uma cura para a infecção, para que uma vacina possa ser extraída.
(The Last of Us is a Playstation exclusive videogame developed by Naughty Dog (known for the Uncharted franchise) set in 2033, approximately, with an infection based on the Cordyceps fungus spreading through the globe, turning anyone who bonds with it into highly brutal and aggressive infected creatures. In this world, we take control of Joel (played by Troy Baker), a man haunted by a trauma of his past, who receives the task of transporting Ellie (played by Ashley Johnson), a girl who's immune to the infection, to the lab of the Fireflies, an anti-government militia which focuses on finding a cure to the infection, so that a vaccine can be extracted.)


Só pra começar, eu nunca fui muito fã de videogames. Acho que o único game que zerei sem precisar de ajuda foi Life is Strange. Lembro da primeira vez que ouvi falar de The Last of Us. Foi quando Logan lançou, e vários dos fãs do jogo disseram que Logan é “o filme de The Last of Us que nós nunca tivemos”. E desde então, passei um ano com esse sonho de jogar o game. Um mês atrás, recebi de presente dos meus avós um PS4, junto com a versão remasterizada de The Last of Us. Eu, é claro, fiquei muito feliz, e comecei a jogar na primeira chance que tive. E fiquei altamente impressionado com o jogo. Mas para analisá-lo propriamente, vamos dividir essa resenha em segmentos:
  1. História e personagens
  2. Performances
  3. Gráficos
  4. Jogabilidade
Então, vamos começar.
(Just for starters, I was never a big videogame fan. I think that the only game I finished by myself was Life is Strange. I remember the first time I heard about The Last of Us. It was when Logan was released, and several of the game's fans said that Logan is “the Last of Us movie that we never got to see”. And, since then, I spent a year with the dream of, one day, playing the game. A month ago, I received, as a present from my grandparents, a PS4, along with the remastered version of The Last of Us. I, of course, got really happy, and started playing it in the first chance I got. And I became highly impressed with it. But, to analyze it properly, let's split this review in segments:
  1. Story and characters
  2. Performances
  3. Graphics
  4. Gameplay
So, let's begin.)



A começar pela história, a trama de “homem velho é atarefado de levar garota, que é a esperança para a humanidade, para um refúgio”, usada em filmes como “Filhos da Esperança”, do qual Neil Druckmann, roteirista e diretor criativo do jogo, usou como inspiração para bolar a história de The Last of Us, ganha uma nova versão aqui. É uma história que não foca no apocalipse que está acontecendo no mundo. É uma história que foca na evolução da conexão entre Joel e Ellie, e nisso o roteirista acertou em cheio. Nós vemos, primeiramente, Joel tratando Ellie como uma simples carga, com ela se sentindo insegura sobre tudo isso; depois Ellie mostra que consegue defender a si própria e a Joel, o que o leva a ensiná-la a como usar uma arma, e por aí vai. The Last of Us tem uma história que possui uma quantidade alta de tensão, mas são nos momentos de “calma antes da tempestade” em que o relacionamento entre os 2 protagonistas tem a chance de evoluir. São momentos singelos, poéticos e emocionantes que podem arrancar lágrimas de qualquer um. Além de Joel e Ellie, há vários outros personagens que os dois encontram ao longo da trama com arcos próprios, e todos tem um bom desenvolvimento, com destaque para Tess, Marlene, Bill e David, esses sendo alguns dos melhores personagens secundários que eu já vi em um videogame. Resumindo, The Last of Us é um jogo movido pela sua história, que por sua vez, é movida pelo relacionamento entre os 2 protagonistas.
(Beginning with the story, the plot of “old man tasked with taking young girl, who is the hope for mankind, to a safe haven”, used in movies like “Children of Men”, from which Neil Druckmann, writer and creative director of the game, took inspiration to come up with The Last of Us, gets a whole new version here. It's a story that does not focus on the apocalypse that's spreading in the world. It's a story that focuses in the evolution of the connection between Joel and Ellie, and in that aspect, the writer nailed it. We see, firstly, Joel treating Ellie like some kind of cargo, with her feeling insecure about all this; then Ellie shows she can defend herself and Joel, which leads him to teach her how to use a gun, and so it goes. The Last of Us has a story that possesses a high quantity of tension, but it's in the “calm before the storm” moments that the relationship between the 2 main characters has a chance to evolve. They are beautiful, poetic and emotional moments, which could make anyone shed a tear. Besides Joel and Ellie, there are several other characters the two meet throughout the plot with story arcs of their own, and they all have a good development, especially Tess, Marlene, Bill, and David, those being some of the finest secondary characters I've ever seen in a videogame. In a nutshell, The Last of Us is a game propelled by its story, which in turn, is propelled by the relationship between its 2 main characters.)



Indo para as performances, acho importante ressaltar que, além dos atores emprestarem suas vozes para os personagens, eles também fizeram a captura de movimento, algo muito presente nos filmes e videogames dessa geração, o que deu um tom mais realista e cinematográfico para as atuações do elenco. Troy Baker, que interpreta Joel, não parece, visualmente, com seu personagem, mas sua voz carrega uma tristeza e um pesar de dar dó, e esse é o destaque de sua atuação, para mim. Ashley Johnson, que interpreta Ellie, é bem mais velha que sua personagem, mas a atriz consegue trazer um impacto emocional grande, assim como um senso de humor sarcástico, para o tom do jogo, em sua atuação. O elenco coadjuvante é composto por Merle Dandridge (conhecida por seu papel como Alyx Vance em Half-Life 2), que está muito bem como Marlene; Annie Wersching (conhecida pela série 24 Horas), que subverte o papel de “mulher indefesa no apocalipse” como Tess; W. Earl Brown (conhecido pela série Deadwood), que está ameaçador como Bill; Jeffrey Pierce (conhecido pela série Castle Rock), que reforça o desenvolvimento de Joel como Tommy, seu irmão; e Nolan North (conhecido como Nathan Drake na série Uncharted), que encarna um verdadeiro psicopata como David.
(On our way to the performances, I think it's important to say that, besides the actors lending their voices to the characters, they also did the motion capture, something very present in this generation's movies and videogames, which gave a more realistic and cinematic tone to the cast's performances. Troy Baker, who plays Joel, does not, visually, look like his character, but his voice carries a heavy amount of sadness and grief, and that is the highlight of his performance for me. Ashley Johnson, who plays Ellie, is way older than her character, but the actress manages to bring a grand emotional impact, along with a sarcastic sense of humor, to the game's tone, in her performance. The supporting cast is composed by Merle Dandridge (known for her role as Alyx Vance in Half-Life 2), who is really good as Marlene; Annie Wersching (known for the TV show 24), who subverts the role of “helpless woman in the apocalypse” as Tess; W. Earl Brown (known for the TV show Deadwood), who is threatening as Bill; Jeffrey Pierce (known for the TV show Castle Rock), who reinforces Joel's development as Tommy, his brother; and Nolan North (known as Nathan Drake in the Uncharted series), who incarnates a true psychopath as David.)


Chegando aos gráficos, uma coisa é inegável, quando se fala do visual de The Last of Us: é muito realista, chegando ao ponto do jogador pensar que está vendo um filme jogável. Os personagens parecem muito com pessoas de verdade, o realismo nos traços faciais e corporais deles é bem notável, eles têm uma quantidade perceptível de textura, o que aguça o trabalho dos atores na captura de movimento. A mesma coisa pode ser dita sobre o ambiente: é vivo, desolado, realista, escasso, selvagem e distópico. Há certos momentos que encontramos lugares infectados pelo fungo, e além de serem bem assustadores, também possuem uma quantidade inegável de beleza. O visual dos infectados é de dar arrepios, já que possuem diferentes estágios de infecção, cada um mais sinistro e perigoso do que o outro. Mas já que uma imagem vale mais do que mil palavras, vou deixar aqui a cutscene inicial de The Last of Us:
(Coming up to the graphics, one thing is undeniable, when talking about the visuals of The Last of Us: it is really realistic, to the point of the player thinking he's watching a playable movie. The characters are much alike real people, the realism in their body and facial traces is quite noticeable, they have a perceptible quantity of texture, which heightens the work of the actors in the motion capture department. The same thing can be said about the environment: it's alive, wasted, realistic, empty, wild and dystopian. There are certain moments that we find places infected by the fungus, and besides being very scary, they also have an undeniable quantity of beauty. The looks of the infected are quite creepy, as they have different stages of infection, each one more sinister and dangerous than the other. But as an image is worth more than a thousand words, I'll leave here the initial cutscene of The Last of Us:)


E agora, chegamos ao último segmento de análise: a jogabilidade. Quando começamos o jogo, temos a chance de escolher em qual dificuldade queremos jogar. Eu, como não sou experiente em jogos de tiro, escolhi a dificuldade fácil, e ainda assim, é bem difícil de jogar, pra alguém que não tem experiência. Há uma grande quantidade de armas que você pode encontrar ao longo do jogo, que variam de armas bem barulhentas, como escopetas e espingardas, até as armas mais silenciosas como arco e flecha. Como o mundo de The Last of Us é bem escasso, não se encontra uma grande quantidade de suprimentos de uma vez, mas se acumulados o suficiente, podem dar origem a itens bem úteis, como kit de primeiros socorros, coquetéis molotov e bombas caseiras. O jogo também possui um aspecto bem legal do jogador ter a chance de aprimorar suas armas, por meio de ferramentas e engrenagens encontradas ao longo do jogo. Os infectados possuem suas peculiaridades e dificuldades de serem derrotados: os estaladores (segundo estágio da infecção) podem ser derrotados com armas brancas, como uma faca, ou armas de fogo grandes, como uma escopeta; os vermes (último estágio) são derrotados com fogo, e por aí vai. Mas por mais perigosos que sejam os infectados, os vilões mais difíceis de derrotar são os próprios seres humanos, que, diferente dos infectados, possuem um certo nível de inteligência, e armas bem potentes.
Bom, a jogabilidade de The Last of Us tem suas dificuldades, para quem não possui experiência, mas para aqueles que a tem, jogar esse tremendo jogo será um inegável prazer.
(And now, we come to the last segment of the analysis: the gameplay. When we start the game, we get the chance of choosing in which difficulty we'd like to play. I, as a non-expert in shooting games, chose Easy, and yet, it's quite hard to play, for someone without an experience. There's a large quantity of weapons you can find throughout the game, which vary from very noisy ones, like shotguns and assault rifles, to the very silent ones, like a bow and arrow. As the world, in The Last of Us, is empty, you can't find a large quantity of supplies at once, but if the player gathers a respectable amount of them, they can craft several helpful items, like a first aid kit, Molotov cocktails, and homemade bombs. The game also has a pretty cool aspect of the player getting the chance to enhance their weapons, using tools and gears found throughout the game. The infected have their own peculiarities and difficulties of being defeated: the Clickers (second stage in the infection) can be defeated with melee weapons, like a knife, or large guns, like a shotgun; the Bloaters (the final stage) are defeated with fire, and so it goes. But even if the infected are crazy dangerous, the most difficult baddies to defeat are human beings themselves, who, unlike the infected, have a certain amount of brains, and pretty powerful weapons.
Well, the gameplay of The Last of Us has its difficulties, to those who don't have any experience, but to those who have it, playing this tremendous game will be an undeniable pleasure.)



Resumindo, The Last of Us é uma obra-prima. Possui gráficos cinematográficos, atuações muito competentes de seu elenco, uma jogabilidade adequada para o conceito do jogo, e uma história digna de pertencer nas telonas. É o melhor videogame que já joguei, e uma das melhores experiências que tive esse ano. Um título obrigatório pra quem tem Playstation 3 ou 4!

Nota: 12 de 10!!

Então, é isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro

(In a nutshell, The Last of Us is a masterpiece. It has cinematic graphics, very competent performances by its cast, gameplay that is adequate for the game's concept, and a story worthy of belonging to the big screen. It is the greatest videogame I've ever played, and one of the finest experiences I've had this year. It's a required title to those who have Playstation consoles (3 or 4)!

I give it a 12 out of 10!!

So, that's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)



P.S.: Para quem se interessar em como esse game foi feito, da captura de movimento até a fantástica trilha sonora de Gustavo Santaolalla, recomendo o documentário Punitivo, disponível no YouTube em inglês sem legendas, e na galeria de animações do próprio game, com legendas:
(P.S.: To those interested in how this game was made, from the motion capture to the fantastic score from Gustavo Santaolalla, I recommend the documentary Grounded, available on YouTube and in the cinematics gallery inside the game:)



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