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sexta-feira, 5 de julho de 2019

"Homem-Aranha: Longe de Casa": o filme perfeito para assistir depois de "Ultimato" (Bilíngue)


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E aí, galerinha de cinéfilos! Estou de volta, e prestes a viajar, assim como o protagonista do filme que irei analisar nessa resenha. Depois dos eventos decisivos de “Vingadores: Ultimato”, nós precisávamos de um filme como esse. Um filme leve, divertido, visualmente hipnotizante e até cheio de reviravoltas. Então, vamos falar sobre “Homem-Aranha: Longe de Casa”. Vamos lá!
(What's up, film buffs! I'm back, and about to travel, just like the protagonist of the film I'm going to analyze in this review. After the decisive events of “Avengers: Endgame”, we needed a film like this. A light, fun, visually hypnotizing and surprisingly twisted film. So, let's talk about “Spider-Man: Far from Home”. Let's go!)



Depois dos eventos de “Vingadores: Ultimato”, Peter Parker (Tom Holland) deseja tirar férias de sua persona de super-herói, e se aproximar de MJ (Zendaya) durante uma viagem escolar. O que ele não contava é que Nick Fury (Samuel L. Jackson) o recrutaria para derrotar seres de outro mundo, com a ajuda de Quentin Beck (Jake Gyllenhaal), um herói de uma realidade alternativa.
(After the events of “Avengers: Endgame”, Peter Parker (Tom Holland) wishes to have a little time out of his superhero persona, and to get closer to MJ (Zendaya) during a school trip. What he wasn't counting on is that Nick Fury (Samuel L. Jackson) would recruit him to defeat beings from another world, with the help of Quentin Beck (Jake Gyllenhaal), a hero from an alternate reality.)



Quem me conhece sabe que eu adoro o Homem-Aranha, em especial a versão do Tom Holland. Além dele se parecer com um adolescente, como o personagem era imaginado nos quadrinhos, ele é divertido, inteligente, e muito carismático. Eu adorei as aparições dele em “Guerra Civil”, amei o primeiro filme solo dele e chorei bastante naquele momento de “Guerra Infinita”. Pelo fato desse filme ser depois de “Ultimato”, que provavelmente, é o filme da Marvel com a maior carga emocional, esperei que ele fosse mais leve, que tivesse um contraste, como foi o que aconteceu com “Guerra Infinita” e “Homem-Formiga e a Vespa”. E foi exatamente o que eu recebi. É um filme levíssimo, mas que nos lembra constantemente dos momentos finais de “Ultimato” para a melancolia não sumir completamente, e esse contraste entre o senso de humor do personagem com o que ele está sentindo no filme funciona muito bem. O roteiro, escrito por dois roteiristas de “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”, é bem engenhoso e muito inteligente. Só tem um porém: se alguma pessoa souber algo sobre um dos personagens-chave do filme, tudo se torna previsível, você já sabe pra onde o filme irá mesmo sem assisti-lo. Eu pensei que o filme ia revirar tudo isso, dar um plot twist daqueles, mas isso não aconteceu. Mesmo com esse aspecto me deixando um pouco frustrado, eu gostei bastante do roteiro, que é leve, divertido, cheio de reviravoltas e um pouco mais ambicioso do que o do primeiro filme.
Qualquer erro ou previsibilidade do roteiro que eu poderia ter notado sumiu rapidamente durante as DUAS cenas pós-créditos. É uma mais incrível que a outra. Uma te dá uma pista para o que a Fase 4 do MCU guarda para o herói, e a outra te faz rever o MCU inteiro desde o primeiro filme do Homem de Ferro. Sério mesmo, fiquem para ver as cenas pós-créditos, vocês não irão se arrepender!
(Who really knows me knows that I love Spider-Man, especially Tom Holland's version of him. Other than the fact that he actually looks like a teenager, as the comics imagined him, he's fun, clever and has charisma to spare. I loved his appearances during “Civil War” and his first solo movie, and I bawled my eyes out during that pivotal scene in “Infinity War”. Because of the fact that this movie is set after “Endgame”, which is probably the most emotionally charged Marvel movie yet, I expected it to be lighter, with a contrast, very much alike what happened to “Infinity War” and “Ant-Man and the Wasp”. And that's exactly what I got. It's light like a feather, but it constantly reminds us of Endgame's final moments, so that the melancholy doesn't fully walk away, and that contrast between the character's sense of humor and what he's feeling during the movie works really well. The script, written by two screenwriters from “Spider-Man: Homecoming”, is really clever and has lots of heart. There's just one thing: if anyone knows anything from a key character in this movie, it all becomes predictable, you know where the movie will be going before you watch it. I thought the movie would turn this around, and give one hell of a plot twist, but that didn't happen. Even with that aspect leaving me a little bit frustrated, I really liked the script, which is light, fun, filled with twists and a little more ambitious than the first one.
Any kind of mistake or predictability in the script that I maybe noticed quickly disappeared during the TWO post-credit scenes. They're both amazing. One gives you a clue on where the character will go on Phase 4 of the MCU and the other makes you rewatch the entire MCU all the way from the first Iron Man movie. Really, stick around for the post-credit scenes, you will not regret it!)



É difícil falar do elenco sem falar de spoilers, mas irei tentar fazer o meu melhor. Tom Holland, como esperado, dá um show como o Homem-Aranha. O Peter está emocionalmente machucado pelos eventos de “Ultimato”, e nós conseguimos sentir isso junto com o personagem através da atuação do Tom Holland. Mas mesmo com essa melancolia, ele não perde o senso de humor que fez dele um personagem adorado pelos fãs do MCU. Eu gostei muito mais da Zendaya aqui. Ela tem mais personalidade e muito mais cenas aqui, o que, para uma personagem importante para o Homem-Aranha como a MJ, é muito bom. O Samuel L. Jackson tem um papel mais forte aqui como Nick Fury, ele é imponente, furioso, mas surpreendentemente engraçado. Uma coisa que gostei bastante aqui é que os roteiristas dão mais cenas para personagens que não tiveram tempo o suficiente para se desenvolverem em filmes anteriores do MCU. Isso inclui Cobie Smulders como Maria Hill, Angourie Rice como Betty Brant, Tony Revolori como Flash Thompson, Martin Starr como Prof. Harrington e Jon Favreau como Happy Hogan, que apareceu em vários filmes do MCU, incluindo o primeiro filme do Aranha, mas que não teve um desenvolvimento igual o daqui. O Jacob Batalon, o JB Smoove e a Marisa Tomei são os alívios cômicos do filme, como Ned Leeds, Julius Dell e May Parker, respectivamente, eles são muito divertidos de se ver, e têm um timing cômico perfeito. Mas quem rouba a cena é o Jake Gyllenhaal como Quentin Beck. Sem querer dar spoilers, e isso pode parecer exagerado, mas ele merece muito reconhecimento por esse papel, pois o desenvolvimento dele durante esse filme é surpreendente.
(It's hard to talk about the cast without spoiling anything, but I'll try to do my best. Tom Holland, as expected, is a showstopper as Spider-Man. Peter is emotionally damaged because of Endgame, and we can feel that along with the character through Tom Holland's performance. But even though he has this melancholy inside him, he doesn't lose that sense of humor that made him a beloved character for MCU fans. I liked Zendaya a whole lot more here. She has more personality, and a lot of more scenes here, which, for a character as important for Spider-Man as MJ, is really good. Samuel L. Jackson has a stronger role here as Nick Fury, he is imposing, furious, but surprisingly funny. One thing I really liked in this movie is that the screenwriters give more screen time to characters who didn't have enough time to develop themselves in previous MCU films. That includes Cobie Smulders as Maria Hill, Angourie Rice as Betty Brant, Tony Revolori as Flash Thompson, Martin Starr as Mr. Harrington and Jon Favreau as Happy Hogan, who appeared in several movies in the MCU, including Spidey's first film, but his development is way more well done here. Jacob Batalon, JB Smoove and Marisa Tomei are the film's comic reliefs, as Ned Leeds, Julius Dell and May Parker, respectively, they are really fun to watch and all three of them have a perfect comic timing. But the real scene stealer is Jake Gyllenhaal as Quentin Beck. I don't want to spoil anything, and this may sound a bit exaggerated, but he deserves recognition for this role, because his development during this film is freaking amazing.)



Assim como todo filme da Marvel, é um espectáculo nos aspectos técnicos. A fotografia é muito bonita, a direção de arte, especialmente nas cenas ambientadas na Europa, é exuberante, assim como o design dos figurinos, em especial os uniformes do Homem-Aranha e do Mysterio. Mas o que se destaca mesmo aqui, em termos técnicos, são os efeitos especiais. São hipnotizantes, muito realistas e nos fazem perguntar se o que estamos vendo é real ou não. Pra mim, “Homem-Aranha: Longe de Casa” tem o melhor uso de efeitos especiais em um filme do MCU desde a psicodelia extraordinária de “Doutor Estranho”. Há algumas conexões à filmes anteriores da Marvel, com “Ultimato” sendo o mais referenciado aqui, por ser ambientado meses depois, e é muito interessante perceber essas conexões, o que leva o espectador a rever os filmes anteriores para pegar todas as referências.
(Just like every Marvel movie, it is a technical marvel. The cinematography is stunning, the art direction, especially in the scenes set in Europe, is exuberant, just like the costume design, particularly Spider-Man and Mysterio's uniforms. But what really stands out here, in technical aspects, are the special effects. They are hypnotizing, incredibly realistic, and make us question if what's in the screen is real or not. For me, “Spider-Man: Far from Home” has the best use of special effects in an MCU film since the extraordinary psychedelia of “Doctor Strange”. There are some connections to previous Marvel movies, with Endgame being the most referenced here, for being set months after, and it's really interesting to notice these connections, which leads the viewer to rewatch the previous movies in order to catch all the references.)



Resumindo, “Homem-Aranha: Longe de Casa” é o filme perfeito para levantar o astral dos fãs depois de “Vingadores: Ultimato”. É um filme leve, divertido, cheio de referências, cujas cenas pós-créditos sugerem um futuro brilhante para o MCU.

Nota: 9,0 de 10!

É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro

(In a nutshell, “Spider-Man: Far from Home” is the perfect movie to give the audience a warm hug after the emotionally charged “Avengers: Endgame”. It's a light, fun movie, filled with references, and its post-credit scenes suggest a bright future to the MCU.

I give it a 9,0 out of 10!

That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)




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