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E aí, galerinha de
cinéfilos! Estou de volta, mais uma vez, para falar de um filme bem
diferente. Para quem ainda não sabe, sou muito fã do trabalho da
Melanie Martinez, e junto com o segundo álbum dela, ela lançou um
filme como componente visual, substituindo os 13 videoclipes que
seriam lançados, caso ela planejasse fazer igual ao “Cry Baby”,
seu primeiro álbum. E é sobre esse filme que irei falar agora.
Então, sem mais delongas, vamos falar sobre “K-12”. Vamos lá!
(What's up, film buffs!
I'm back, once more, and I came here to talk about a very different
film. For those who still don't know, I'm a big fan of Melanie
Martinez's work, and along with her second album, she released a film
as a visual component for it, replacing the 13 music videos that
would be released, if she planned to do the same thing she did with
“Cry Baby”, her first album. And that film is the subject of this
post. So, without further ado, let's talk about “K-12”. Let's
go!)
Ambientado após os
acontecimentos de “Mad Hatter”, “K-12” acompanha as
desventuras de Cry Baby (Melanie Martinez) na escola K-12, comandada
por um diretor opressor (Toby Edington) e seu maligno corpo docente.
Cry Baby e sua amiga Angelita (Emma Harvey) são as únicas que
conseguem enxergar o controle da escola sobre os alunos, e com a
ajuda de uma Guia Espiritual Angelical, Lilith (Kimesha Campbell),
elas tentam encontrar a força necessária para derrubar o sistema
opressor da escola.
(Set after the events
of “Mad Hatter”, “K-12” follows the unfortunate events of Cry
Baby (Melanie Martinez) in K-12 Sleepaway School, ruled by an
opressive principal (Toby Edington) and his wicked staff. Cry Baby
and her friend Angelita (Emma Harvey) are the only ones who can see
the school's control over the students, and with the help of an
Angelic Spirit Guide, Lilith (Kimesha Campbell), they try to find the
strength they need to take down the school's opressive system.)
Primeiramente, gostaria
de falar que eu não irei comparar “K-12” ao “Cry Baby”, por
dois motivos. Um, os dois tem 4 anos de diferença no lançamento, e
dois, eles tem propostas completamente diferentes. Enquanto o “Cry
Baby” foca no alter-ego fictício de Martinez, “K-12” foca
naqueles ao redor da personagem, com Cry Baby sendo apenas testemunha
do que está sendo cantado nas músicas. Sendo melhor ou não do que
seu primeiro álbum, uma coisa é inegável: “K-12” é uma
evolução, um crescimento de Melanie Martinez, tanto como pessoa
quanto artista. As letras aqui são bem mais pesadas, mas
consequentemente, mais socialmente relevantes, lidando com temas
sérios como bulimia, assédio sexual, opressão, relacionamentos
extraconjugais e amizades falsas, sendo um trabalho bem mais profundo
e desenvolvido do que “Cry Baby”. Algo que as músicas de “K-12”
têm em particular é a ligação direta delas com o componente
visual, no caso, o filme. No primeiro álbum, as músicas existem,
independentes dos videoclipes, e elas funcionam. Nesse novo álbum,
efeitos sonoros são tirados diretamente do filme e inseridos nas
músicas, conectando assim os dois conteúdos. O roteiro, escrito
pela própria artista, é bem simples, mas divertido, especialmente
se o espectador for fã do trabalho dela. Foi tudo o que eu esperava
que fosse, há muita fantasia, um pouco de comédia, suspense e até
romance, o que estava muito presente nos videoclipes do “Cry Baby”.
Os diálogos são bem curtos, mas ao mesmo tempo, afiados e
sarcásticos, encaixando no senso de humor característico de
Martinez. Tem algumas piadas que são bem engraçadas, há alguns
diálogos sobre auto-aceitação, superação de medos,
representatividade e tomada de decisões, espalhando uma onda de
positividade, pela qual Melanie é muito conhecida.
(First of all, I'd like
to say that I'm not here to compare “K-12” to “Cry Baby”, for
two reasons. One, they are 4 years apart, and two, they have
completely different propositions. While “Cry Baby” focuses on
the fictional alter-ego of Martinez, “K-12” focuses on those
around her character, with Cry Baby only being a witness of what is
being sung in the songs. If it's better than “Cry Baby” or not,
one thing's undeniable: “K-12” is an evolution, a reflection of
Melanie Martinez's growth, both as a person and an artist. The lyrics
here are way heavier-themed, and consequently, more socially
relevant, dealing with serious themes, like bulimia, sexual
harassment, opression, extramarital affairs and fake friendships,
being a much more profound and developed work than “Cry Baby”.
Something that the songs from “K-12” have, particularly, is the
direct connection between them and the visual component, in this
case, the movie. In the first album, the songs exist, independent
from the music videos, and they work. In this new album, sound
effects are extracted directly from the movie and inserted into the
songs, therefore connecting the two contents. The script, written by
Melanie herself, is quite simple, but fun, especially if the viewer
is a fan of her work. It was everything I expected it to be, there's
a lot of fantasy, a little bit of comedy, suspense and even romance,
all of those being very present in the “Cry Baby” music videos.
The dialogues are short, but at the same time, sharp and sarcastic,
fitting perfectly into Martinez's characteristic sense of humor.
There are some jokes which are quite funny, and there are some
dialogues about self-acceptance, overcoming fears,
representativeness, and decision-making, spreading a wave of
positivity, something that Melanie is well-known for.)
O elenco é bem
operante, nada de grandioso. Todos eles trabalham muito bem com os
diálogos que lhes são dados. A Melanie é melhor cantando do que
atuando, mas ela tem muito carisma e personalidade, e isso auxilia o
espectador a se importar com a Cry Baby. A Emma Harvey evoluiu
bastante dos clipes de “Tag, You're It” e “Mad Hatter”,
injetando uma faceta bad-ass na sua personagem, que é uma das mais
bem-desenvolvidas no filme. Temos bons e eficientes alívios cômicos
por meio das atrizes Megan Gage e Zinnett Hendrix, cujos diálogos
ajudam a manter o senso de humor que Martinez deseja. Temos vilões
ameaçadores, literalmente feitos para o espectador odiar, nas peles
de Maggie Budzyna, Toby Edington, Anne Wittman e Jesy McKinney, que
são bem unidimensionais, pra falar a verdade, só pra dar a ideia
que eles são “do mal”. Assim como em “Cry Baby”, a
personagem de Martinez tem interesses amorosos, por meio dos
personagens de Vilmos Heim e Marsalis Wilson. A química de Martinez
com os dois é bem evidente, mas ela é especificamente mais forte
com o personagem de Wilson.
(The cast is really
operative, although it's nothing impressive. All of them work really
well with the dialogues they are given. Melanie is a better singer
than an actress, but she has a lot of charisma and personality to
spare, and that helps the viewer to care about Cry Baby. Emma Harvey
has evolved a lot from the “Tag You're It” and “Mad Hatter”
music videos, injecting a bad-ass quality to her character, who is
one of the most well-developed ones in the film. We have good and
efficient comic reliefs through Megan Gage and Zinnett Hendrix, whose
dialogues help keeping the sense of humor Martinez desires. We have
threatening villains, literally made for the viewer to hate them,
through Maggie Budzyna, Toby Edington, Anne Wittman and Jesy
McKinney, all of which are pretty one-dimensional, really, only to
give the idea that they are evil. Just like in “Cry Baby”,
Martinez's character has love interests, through the characters
portrayed by Vilmos Heim and Marsalis Wilson. Martinez's chemistry
with both of them is evident, but it is specifically stronger with
Wilson's character.)
Agora, se nas músicas,
a Melanie conseguiu evoluir, no visual do filme, a evolução foi bem
maior e evidente. A combinação do trabalho de fotografia junto com
a direção de arte (figurino, cenários, maquiagem, penteado) nos
faz acreditar que estamos vendo uma mistura de Tim Burton com Wes
Anderson, por meio da direção precisa de Martinez. É um filme bem
vistoso, bem colorido, bem vibrante, com o visual sendo uma das
melhores coisas sobre “K-12”. Graças à um maior orçamento, há
um uso bem extensivo, mas bem eficiente de efeitos especiais em CGI,
bem parecido com o trabalho maravilhoso feito no videoclipe de “Mad
Hatter”, inspirado em “Alice no País das Maravilhas”. A
coreografia é muito bem trabalhada nos momentos onde as músicas são
tocadas, acentuando a essência de musical do filme. O trabalho de
som é muito bom, especialmente nas canções do álbum. É um som
bem mais animado e até consistente, se comparado com o “Cry Baby”,
fazendo uso de efeitos sonoros lúdicos e até inovadores (quem diria
que colocar tosse em uma música cairia tão bem?) para criar uma
sonoridade mais amadurecida para o novo álbum, o que, na indústria
musical, é sempre bem-vindo. A única coisa que eu não gostei 100%
foi a montagem do filme, pois após cada número musical, há um
segundo ou mais onde a tela fica preta, onde, em alguns casos,
dificulta o estabelecimento da continuidade do filme. Mas tirando
isso, o filme é tecnicamente impecável, algo que os Cry Babies já
esperavam, pelos teasers e trailers liberados.
(Now, if musically,
Melanie managed to evolve, in the movie's visuals, the evolution was
way higher and evident. The combination of the cinematography work
with the art direction (costumes, sets, make-up, hairstyling) makes
us believe we're watching a mixture of Tim Burton and Wes Anderson,
through Martinez's precise direction. It's a pretty gorgeous film,
with a wonderful use of vibrant and pastel colors, making the visuals
one of the best things about “K-12”. Thanks to a bigger budget,
there's an extensive yet efficient use of CGI special effects, which
are really similar to the wonderful work done in the music video for
“Mad Hatter”, which was inspired by “Alice in Wonderland”.The
choreography is really well done in the moments where the songs are
played, emphasizing the musical essence of the film. The sound work
is really good, especially on the album's songs. It's a more upbeat
and consistent sound, if compared to “Cry Baby”, making use of
playful and even innovative sound effects (who would've thought that
putting coughing noises into a song would play out so well?) to
create a more mature sonority for the new album, which, in the music
industry, is always welcome. The only thing I didn't like 100% was
the editing of the film, because after each musical number, there's a
second or two of nothing, like a black screen, where, in some cases,
creates difficulties in establishing the film's continuity. But apart
from that, the movie is technically flawless, something Cry Babies
were already expecting, because of the released teasers and
trailers.)
Resumindo, “K-12” é
tudo o que os fãs de Melanie Martinez estavam esperando. As músicas
têm uma sonoridade mais evoluída e consistente, o filme é
engraçado, mágico, bem escalado, e tecnicamente impecável. Mal
posso esperar para o próximo álbum visual dela!
Nota: 10 de 10!
É isso, pessoal!
Espero que vocês tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, “K-12”
is everything Melanie Martinez fans were expecting. The songs have a
more evolved and consistent sonority, the film is funny, magical,
well-cast, and technically flawless. I can't wait for her next visual
album!
I give it a 10 out of
10!
That's it, guys! I hope
you liked it! See you next time,
João Pedro)
P.S.: O filme está
disponível inteiramente no YouTube de graça! Assista aqui:
(P.S.: The film is
entirely available on YouTube for free! Watch it here:)
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