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E aí, meus cinéfilos
queridos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, trazendo comigo a
resenha de uma das animações mais esperadas do ano. Mesmo com uma
estrutura bem padrão e previsível, o filme em questão é uma
divertida introdução a um possível universo cinematográfico
baseado nas propriedades da Hanna-Barbera. Então, sem mais delongas,
vamos falar sobre “Scooby! - O Filme”. Vamos lá!
(What's up, my dear
film buffs! How are you guys doing? I'm back, and I'm here to bring
to you the review for one of the most anticipated animated films of
the year. Even though it has a pretty standard, predictable
structure, the film I'm about to review is a fun introduction to a
potential cinematic universe based on the properties by
Hanna-Barbera. So, without further ado, let's talk about “Scoob!”.
Let's go!)
Se sentindo reprimidos
pela equipe da Mistério S.A., Norville “Salsicha” Rogers (voz
original de Will Forte) e Scooby-Doo (voz original de Frank Welker)
são recrutados pelos super-heróis Falcão Azul (voz original de
Mark Wahlberg) e Bionicão (voz original de Ken Jeong) para impedir
os planos de Dick Vigarista (voz original de Jason Isaacs) de abrir
os portões do Submundo e soltar o apocalipse na Terra.
(Feeling repressed by
the Mystery Inc. team, Norville “Shaggy” Rogers (voiced by Will
Forte) and Scooby-Doo (voiced by Frank Welker) are recruited by
superheroes Blue Falcon (voiced by Mark Wahlberg) and Dynomutt
(voiced by Ken Jeong) to stop Dick Dastardly's (voiced by Jason
Isaacs) plans to open the gates of the Underworld and unleash
apocalypse on Earth.)
Devo admitir que não
estava muito animado para ver esse filme. Devido ao fato de eu não
ser tão familiar assim com o universo de Scooby-Doo (antes desse
filme, só tinha visto os dois live-action escritos pelo James Gunn),
e também por causa dos trailers, que promoveram um filme que parecia
totalmente infantil. Mesmo com algumas ressalvas, fico feliz em estar
enganado. Para os padrões da Warner Animation Group (mesma equipe
responsável por “Uma Aventura LEGO” e “LEGO Batman: O Filme”),
é um bom filme. Não ótimo, mas dá pra se divertir bastante
assistindo-o com a família. Vamos começar com o roteiro. Começando
pelos pontos fortes, o roteiro introduz de forma perfeita seus
personagens nos primeiros 10 minutos do longa. O estilo clássico das
narrativas do Scooby-Doo é resgatada e replicada de forma bem fiel
nesse primeiro ato. Os problemas vêm com o que acontece depois dessa
introdução, e no que eu considero os pontos fracos do roteiro,
queria destacar 3 pontos principais: primeiro, quando se pensa em
Scooby-Doo, o gênero mais óbvio associado ao personagem e sua
mitologia é o mistério, o suspense, e até o terror, e esse filme
transforma o que seria a história de origem da Mistério S.A. em uma
trama típica de filmes de super-herói; segundo, “Scooby! - O
Filme” teria sido feito para ser a introdução de um universo
cinematográfico baseado nas propriedades da Hanna-Barbera, e eles
perderam completamente a oportunidade de replicar o que a Marvel e a
DC fizeram de forma bem-sucedida ao criar seus universos
cinematográficos, que é dedicar os primeiros filmes para introduzir
os personagens individualmente, para depois, juntá-los em um
blockbuster épico. O filme erra nesse aspecto ao fazer uso de
personagens como o Dick Vigarista e o Falcão Azul (que são
personagens de outros programas da Hanna-Barbera) na trama, juntando
esses personagens cedo demais, na minha opinião. Deviam ter feito
esse crossover com a turma do Scooby-Doo depois de um filme da
Corrida Maluca e do Bionicão, por exemplo. E terceiro, para uma
mitologia cuja essência é o mistério, que tem a imprevisibilidade
como um de seus maiores atributos, “Scooby!” é um filme bem
previsível, o que já era de se esperar de uma animação para um
público mais infantil. Outra coisa que me tirou do filme bastante
foi o humor. Como aconteceu recentemente com uma produção da Warner
Animation Group, “Uma Aventura Lego 2”, o humor é
significativamente mais voltado para um público infantil, falhando
em replicar os sucessos nostálgicos que “Uma Aventura LEGO” e
“LEGO Batman: O Filme” foram para um público mais adulto.
Resumindo, mesmo fugindo do gênero característico dos personagens,
“Scooby!” tem um roteiro previsível, mas divertido e recomendado
para toda a família.
(I must admit I wasn't
so excited to watch this film. Due to the fact that I wasn't that
familiar with the Scooby-Doo universe (before this movie, I had only
watched the two live-action ones that had been written by James
Gunn), and also because of the trailers, which promoted a film that
looked totally childish. Even with a few caveats, I'm glad I was
wrong. For the standards of Warner Animation Group (the same team
that brought us “The LEGO Movie” and “The LEGO Batman Movie”),
it's a good film. Not great, but you can have a good time watching it
with your family. Let's start with the script. Starting with the
strong points, the script perfectly introduces its characters in the
film's first 10 minutes. The classic style of Scooby-Doo narratives
is rescued and replicated in a very faithful way through this first
act. The problems come with what happens after this introduction, and
in what I consider to be the weak points, I'd like to highlight 3
main ones: first, when you think about Scooby-Doo, the first genre
that comes into your mind is mystery, suspense and even horror, and
this film transforms what would be the origin story of Mystery Inc.
into a typical superhero film plot; second, “Scoob!” would've
been made to be the introduction to a cinematic universe based on the
properties by Hanna-Barbera, and they completely missed the
opportunity of replicating what Marvel and DC successfully did to
their own cinematic universes, that is, dedicating the first films to
individually introduce the characters, to put them together
afterwards in an epic blockbuster. The film misses that point in
introducing Dick Dastardly and Blue Falcon (who belong to other
Hanna-Barbera franchises) in the plot, putting these characters
together way too early, in my opinion. They should've joined the
Scooby-Doo gang after a Wacky Races film and a Dynomutt film, for
example. And third, for a mythology that has mystery as an essence,
which relies on unpredictability as one of its main attributes,
“Scoob!” is a pretty predictable film, which you could already
expect from an animated film targeted to children. Another thing that
bothered me a lot was the humor. Much alike what happened with a
recent production by Warner Animation Group, “The Lego Movie 2”,
the humor is significantly turned to a younger audience, which fails
in replicating the success that “The LEGO Movie” and “The LEGO
Batman Movie” had with a more adult audience. In a nutshell, even
though it runs away from its characteristic genre, “Scoob!” has a
predictable, yet fun script, which the whole family can enjoy.)
Uma das maiores
críticas a esse filme nos EUA foi a reescalação de novos nomes
para a maioria do elenco de vozes ao invés de usar os dubladores
originais e que já eram conhecidos por dublar os personagens de
Scooby-Doo. Como eu só via coisas de Scooby-Doo dubladas, o elenco
novo de vozes não me incomodou em nada. Eu gostei bastante do Zac
Efron como o Fred, ele é bem engraçado, o que é algo que não
esperava tanto do personagem. A voz da Amanda Seyfried combina
perfeitamente com a Daphne, tendo aquele tom de doçura que faz dela
uma personagem pela qual é impossível não se apaixonar. A Gina
Rodriguez poderia ter tido um papel de mais destaque na trama como a
Velma, mas a atriz faz um ótimo trabalho com o que a personagem tem
a oferecer. A mina de ouro nesse elenco de vozes fica com o quarteto
composto por Will Forte, Frank Welker, Mark Wahlberg e Jason Isaacs.
O Will Forte consegue replicar de forma quase perfeita os maneirismos
do Matthew Lillard, que interpretou o Salsicha nos filmes live-action
escritos pelo James Gunn; o Frank Welker (sendo o único membro de
elenco original da franquia Scooby-Doo desde 2002) faz um trabalho
excepcional como o personagem-título; o Mark Wahlberg está hilário
como um super-herói com um parafuso a menos; e o Jason Isaacs é
exatamente como uma pessoa imaginaria que a voz do Dick Vigarista
fosse.
(One of the biggest
criticisms regarding this film in the US was the recasting of new
names for most of the voice cast instead of using the original voice
actors who were already known for voicing Scooby-Doo characters. As I
only watched Scooby-Doo stuff dubbed in Portuguese, the new voice
cast didn't bother me at all. I really liked Zac Efron as Fred, he's
really funny, which is something I didn't expect from the character.
Amanda Seyfried's voice perfectly fits Daphne, with that sweet tone
in her voice that makes her impossible not to fall in love with. Gina
Rodriguez could've had a larger role in the plot as Velma, but she
does a great job with what the character has to offer. The gold mine
in this voice cast is the quartet composed by Will Forte, Frank
Welker, Mark Wahlberg and Jason Isaacs. Will Forte manages to
replicate Matthew Lillard's (who played Shaggy in the live-action
films written by James Gunn) mannerisms almost perfectly; Frank
Welker (as the only original cast member from the Scooby-Doo
franchise since 2002) does an exceptional job as the title character;
Mark Wahlberg is hilarious as a superhero that has one cog less in
their brain; and Jason Isaacs is exactly what a person would imagine
the voice of Dick Dastardly sounded like.)
Outra coisa que me
impressionou bastante no filme foram os aspectos técnicos, em
especial a animação. Eu geralmente fico com um pé atrás quando
algo que é tradicionalmente animado é transformado em CGI, mas no
caso de “Scooby!”, a transição foi muito bem sucedida. O design
dos personagens originais mudou muito pouco, e é uma animação bem
fluida, energética e vibrante, o que inevitavelmente atrairá os
olhos do espectador. Outro ponto forte dos aspectos técnicos é a
manutenção da identidade visual sonora das propriedades do
Scooby-Doo, ou seja, aqueles efeitos sonoros, como os do Salsicha e
do Scooby correndo dos fantasmas, aquelas clássicas sequências de
perseguição feitas para efeito cômico, e por aí vai. Outra coisa
que pode servir de influência para um público mais adulto são as
referências a outras propriedades tanto dentro quanto fora do
universo de Scooby-Doo, que são bem legais e relativamente fáceis
de encontrar. Se os outros filmes do possível universo
cinematográfico da Hanna-Barbera (por favor, que tenha um filme da
Corrida Maluca no estilo Mad Max) forem feitos com os mesmos traços
usados nesse filme, pelo menos, temos uma certeza: a animação, ao
mesmo tempo, introduzirá uma nova geração de espectadores a esses
clássicos personagens e trará aquele irresistível sentimento de
nostalgia para aqueles que cresceram assistindo os programas de
televisão.
(Another thing that
impressed me a lot in the film were the technical aspects, especially
the animation. I usually take a step back when something that is
traditionally animated is transformed into CGI, but in “Scoob!”'s
case, that transition was really well-made. The design of the
original characters changed very little, and its a fluid, energetic
and vibrant type of animation, which will inevitably attract the eyes
of the viewer. Another strong point in the technical aspects is the
maintaining of the visual and sound identity of Scooby-Doo
properties, meaning, those sound effects, like when Shaggy and Scooby
run away from the ghosts, those classic chase sequences made for
comic effect, and it goes further. Another thing that may serve as an
influence for a more adult audience are the references to other
properties that are both inside and outside the Scooby-Doo universe,
which are really fun and relatively easy to find. If the other films
in this potential Hanna-Barbera cinematic universe (please, let there
be a Mad Max-styled Wacky Races film) were made in the same style as
this one, at least, one thing's for sure: the animation, at the same
time, will introduce a new generation of viewers to these classic
characters and will bring that irresistible feeling of nostalgia to
those who grew up watching these TV shows.)
Resumindo, “Scooby! -
O Filme” tem uma estrutura formulaica e previsível, mas o elenco
de vozes muito talentoso e o estilo de animação vibrante e
energético, que resgata a essência desses personagens, agradará
tanto o público-alvo quanto aqueles que cresceram vendo os programas
originais.
Nota: 8,5 de 10!!
É isso, pessoal!
Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell,
“Scoob!” has a formulaic and predictable structure, but the very
talented voice cast and the vibrant and energetic animation style,
which rescues the essence of these characters, will please both the
audience this is targeted for and those who grew up watching the
original shows.
I give it a 8,5 out of
10!!
That's it, guys! I hope
you liked it! See you next time,
João Pedro)
Parabéns!! Outra obra prima!!!
ResponderExcluirBacana demais!!
ResponderExcluirParabéns, João!!
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