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domingo, 6 de junho de 2021

"Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio": um novo (e promissor) rumo para a franquia (Bilíngue)

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O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” - 1 Coríntios 13: 4-7

(“Love is patient, love is kind. It does not envy, it does not boast, it is not proud. It does not dishonor others, it is not self-seeking, it is not easily angered, it keeps no record of wrongs. Love does not delight in evil but rejoices with the truth. It always protects, always trusts, always hopes, always perseveres.” - 1 Corinthians 13: 4-7)


E aí, meus caros cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para trazer a minha opinião sobre o lançamento mais recente nos cinemas! Não deixando nada a desejar em relação aos seus antecessores, o filme em questão faz mudanças significativas na fórmula repetitiva da franquia, expandindo as fronteiras da ação e aprofundando no desenvolvimento de seus protagonistas, resultando no longa-metragem mais diferente desse universo cinematográfico. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio”. Vamos lá!

(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to bring my opinion on the most recent release in theaters and on HBO Max! Not leaving anything to be desired in comparison to its predecessors, the film I'm about to analyze makes significant changes to the franchise's repetitive formula, expanding the borders of the action and developing its main characters with more depth, resulting in the most different feature-length film in this cinematic universe. So, without further ado, let's talk about “The Conjuring: The Devil Made Me Do It”. Let's go!)



Baseado em fatos reais, o terceiro filme de “Invocação do Mal” é ambientado em 1981, e acompanha os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren (Patrick Wilson e Vera Farmiga), que, após um exorcismo mal sucedido, tentam provar que Arne Cheyenne Johnson (Ruairi O'Connor), um jovem de Connecticut que cometeu um assassinato brutal, estava sob possessão demoníaca ao perpetuar o crime.

(Based on true events, the third film in the main “The Conjuring” franchise is set in 1981, and follows paranormal investigators Ed and Lorraine Warren (Patrick Wilson and Vera Farmiga), who, after an exorcism that goes wrong, try to prove that Arne Cheyenne Johnson (Ruairi O'Connor), a young man from Connecticut who committed a brutal murder, was under demonic possession when perpetuating the crime.)



Acho que nem é preciso dizer que eu estava bem animado para assistir “Invocação do Mal 3”. Especialmente porque a franquia “Invocação do Mal” tem seus altos e baixos, e os pontos mais altos são representados pelos títulos que levam o nome da franquia, todos os três protagonizados por Patrick Wilson e Vera Farmiga, que são insubstituíveis nos seus papéis como os "demonologistas" da vida real, Ed e Lorraine Warren.

Os vários derivados, compostos pelos filmes da trilogia “Annabelle”, “A Freira” e “A Maldição da Chorona”, salvo poucas exceções, falharam em alcançar o sucesso estratosférico dos títulos principais da franquia, seja pela ausência de Wilson e Farmiga, ou pela direção em que os cineastas de cada filme tentaram inovar na fórmula estabelecida pelos primeiros longas. Devo admitir que estava com expectativas moderadas para assistir “Invocação do Mal 3”. Por um lado, teríamos o retorno de Wilson e Farmiga como o casal Warren e um novo “formato” na fórmula da franquia, concentrando em um julgamento real e a investigação para a prova da inocência do réu; mas por outro lado, seria o primeiro filme com o título “Invocação do Mal” a não ter a direção do James Wan.

Querendo ou não, a direção de Wan é um dos principais motivos pelos quais os fãs de filmes de terror se sentem seguros ao assistir os filmes desse universo. Afinal, foi ele que nos brindou com o primeiro (e melhor) “Jogos Mortais” e os dois primeiros longas da franquia “Sobrenatural”, também feita em parceria com o roteirista e diretor Leigh Whannell. Inicialmente, estava bem animado pelo anúncio da direção do Michael Chaves em “Invocação do Mal 3”, por ele ter dirigido um dos videoclipes mais sinistros e arrepiantes que eu já vi: o de “Bury a Friend”, canção composta por Billie Eilish.

Filmado em um prédio abandonado, o videoclipe contava com sequências assustadoras, incluindo uma onde Eilish levita e outra onde ela recebe várias seringas nas costas e começa a se contorcer de modo grotesco. Daí, eu pensei: “Pode ser que 'Invocação do Mal 3' esteja em boas mãos com esse cara”. Mas aí, veio “A Maldição da Chorona”, um filme que muitos consideram ser o pior do universo Invocação do Mal, devido ao seu apoio em jump-scares telegrafados. Por causa da recepção à estreia de Chaves na direção, minhas expectativas já diminuíram para o terceiro filme da franquia. Depois dos trailers que foram lançados, os quais são bem equiparados ao videoclipe de Eilish, fui ao cinema com expectativas bem moderadas. E descobri que não tinha nada com o que me preocupar. Então, com isso dito, vamos falar sobre o roteiro.

Escrito pelo David Leslie Johnson-McGoldrick (que também co-escreveu o roteiro de “Invocação do Mal 2”), o roteiro de “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” sugere várias mudanças na fórmula do que esperaríamos de um filme da franquia. Vamos por partes. Primeiro, diferente dos dois primeiros filmes, o terceiro “Invocação do Mal” não tem suas ações restritas a um só ambiente, expandindo a ação para outros territórios além da ambientação principal em Connecticut. Isso colabora para uma vibe que mistura road movie com filmes de investigação policial, que perpassa o filme inteiro.

Segundo, devido à escolha da expansão das ambientações, o foco da narrativa é direcionado aos dois protagonistas, interpretados por Wilson e Farmiga, que costumavam ficar de escanteio na trama principal dos dois primeiros filmes, que, por outro lado, focaram em explorar as assombrações que assolaram as famílias Perron e Hodgson. Para os fãs de filmes de terror, que esperam vários sustos, isso pode fazer com que este terceiro filme seja uma decepção, mas confesso que “Invocação do Mal 3” foi o filme que mais me fez importar com a trajetória dos dois protagonistas, de modo que a quantidade diminuída (mas eficiente) de sustos não foi um problema tão grande pra mim. Eu nunca disse isso aqui no blog, mas é uma coisa que eu sempre lembro ao assistir um filme da franquia: Ed e Lorraine Warren são a alma do universo “Invocação do Mal”. A dinâmica entre os dois é o que dá vida e personalidade ao que seria só mais outro filme de casa assombrada, e o desenvolvimento deles nesse terceiro filme veio só para reforçar esse fato.

Terceiro, os sustos, espaçados entre blocos de desenvolvimento dos personagens, são executados de uma maneira diferente. Vamos falar disso mais pra frente nos aspectos técnicos, mas há um uso brilhante aqui de sustos e jumpscares feitos no mesmo enquadramento, sem uso de montagem ou efeitos visuais. Achei bem diferente (no bom sentido), e isso mostra o quanto que Chaves evoluiu de seu primeiro filme para cá e como um bom roteiro impacta no desempenho da direção, o que é excelente. Não se enganem, mesmo tendo uma quantidade diminuída de sustos, há algumas cenas de terror incríveis aqui, que remetem à clássicos como “O Exorcista” e “O Iluminado” até filmes mais modernos como os próprios dois primeiros filmes de “Invocação do Mal” e “Doutor Sono”. Resumindo, não se preocupem, o roteiro de “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” mostra que a franquia está em boas mãos, priorizando o desenvolvimento de seus protagonistas ao invés de sustos ininterruptos, e expandindo os horizontes da ação ao invés de contê-la em um só ambiente.

(I think I don't even have to say that I was very excited to watch “The Conjuring: The Devil Made Me Do It”. Especially because the Conjuring franchise has its ups and downs, and its highest points are represented by those films that lend the franchise's title, all three starring Patrick Wilson and Vera Farmiga, who are irreplaceable in their roles as real-life demonologists Ed and Lorraine Warren.

Its several spin-offs, composed by the films in the “Annabelle” trilogy, “The Nun” and “The Curse of La Llorona”, save a few amount of exceptions, failed in replicating the stratospheric success of the franchise's main titles, whether it's from Wilson and Farmiga's absence, or the direction that each film's helmer wanted to bring something new to the formula established by the first installments. I must admit I had moderate expectations to watch “The Conjuring 3”. On one hand, we'd have the return of Wilson and Farmiga as the Warren couple and a new “format” to the franchise's formula, focusing in a real-life trial and the investigation for the defendant's proof of innocence; on the other hand, it would be the first Conjuring movie not to be directed by James Wan.

Whether you like it or not, Wan's direction is one of the main reasons horror film fans feel safer when watching this universe's films. After all, he's the one who gave us the first (and best) “Saw” film, as well as the first two films in the “Insidious” franchise, also made in partnership with writer-director Leigh Whannell. Initially, I was really excited when Michael Chaves was announced as the director for “The Conjuring 3”, as he had directed one of the most sinister and unsettling music videos I've ever seen: the one for “Bury a Friend”, a song by Billie Eilish.

Filmed in an abandoned building, the music video relied on several scary sequences, including one where Eilish levitates and other where she is punctured by several needles in her back and starts contorting herself grotesquely. So, I thought: “Well, maybe 'The Conjuring 3' is in good hands, after all.”. But then, came “The Curse of La Llorona”, which is widely considered to be the worst film in the Conjuring universe, due to its reliance in predictable jumpscares. Because of the poor reception towards Chaves's directorial debut, my expectations for the third film in the franchise had already diminished. After the released trailers, which are quite similar to Eilish's music video in terms of atmosphere, I went to the movies with moderate expectations. And I found out I had nothing to worry about. So, with that said, let's talk about the screenplay.

Written by David Leslie Johnson-McGoldrick (who also co-wrote the screenplay for “The Conjuring 2”), the script for “The Conjuring: The Devil Made Me Do It” suggests several changes to the formula we would expect from a film in this franchise. Let's begin from the start. Firstly, unlike the first two films, the third Conjuring movie doesn't have all its events restricted towards one single setting, expanding the action to other territories besides its main setting in Connecticut. That collaborates for a vibe that mixes a road movie with a police investigation mystery film, which is present throughout the entire movie.

Secondly, due to the choice of expanding its setting, the focus of the narrative is directed towards the two protagonists, played by Wilson and Farmiga, who used to be set aside in the first two films, which, on the other hand, focused in displaying the hauntings that came upon the Perron and Hodgson families. For the die-hard horror movie fans, who would expect plenty of scares, that might make this third film seem like a disappointment, but I confess that “The Conjuring 3” was the film that made me care the most for the two protagonists' trajectory throughout the plot, in a way that the diminished (yet effective) amount of scares wasn't that much of a problem for me. I've never said this on the blog, but I remind myself of it every time I watch a film from this franchise: Ed and Lorraine Warren are the soul of the Conjuring Universe. The dynamic between the two of them is what gives life and personality to what would've been just another haunted house movie, and their development in this third installment is further proof of that fact.

Thirdly, the scares, spaced between blocks of character development, are executed in a different manner. We'll discuss that later on in the technical aspects, but there's a brilliant use of scares and frightening sequences made in the same frame here, discarding the use of quick editing and visual effects. I thought it was quite different (in a good way), and that shows how much Chaves has evolved since his directorial debut and how much a good screenplay makes an impact in the director's work, which is excellent. Don't be mistaken, even though there's a diminished amount of scares, there are some amazing horror scenes here, which serve as callbacks to genre classics such as “The Exorcist” and “The Shining”, to more modern films such as the first two Conjuring movies and “Doctor Sleep”. To sum it up, rest assured, the screenplay for “The Conjuring: The Devil Made Me Do It” shows that the franchise is in good hands, prioritizing character development over non-stop scares, and expanding the action's horizons rather than containing it into one location.)



Uma das maiores vantagens dos três filmes principais de “Invocação do Mal”, como dito anteriormente, é a presença de Patrick Wilson e Vera Farmiga como Ed e Lorraine Warren, e o desempenho dos dois aqui é só mais uma prova do quão perfeitos e insubstituíveis eles são nesses papéis. Eu gostei da troca de papéis que o Ed e a Lorraine tiveram, em relação ao segundo filme, onde a Lorraine era impedida de alcançar seu verdadeiro potencial como médium e o Ed tinha um papel mais ativo. Aqui, na cena inicial, já fica bem definido que a Lorraine terá um papel mais central na trama. Mas, independente dessa troca de papéis, tanto Wilson como Farmiga estão impecáveis.

Wilson, mesmo tendo um papel reduzido, consegue reter aquela personalidade confiante e corajosa que esperaríamos do personagem. Já Farmiga consegue levar sua performance como Lorraine a outro nível, mostrando uma fisicalidade quase animalesca nas cenas onde a personagem põe suas habilidades como médium na prática. A preocupação que o rosto dela mostra em relação ao seu marido, o amor que eles sentem um pelo outro. É uma coisa que eu sinceramente não esperava ver em um filme de terror, mas Wilson e Farmiga conseguem convencer completamente o espectador de que eles são perfeitos um para o outro.

Eu gostei muito do desempenho do Ruairi O'Connor e a química dele com a Sarah Catherine Hook. Se a trama tivesse um segundo foco além de Ed e Lorraine, seria do relacionamento entre Arne e Debbie Glatzel. Eles me lembraram, em alguns momentos, do Ed e da Lorraine jovens, em termos de dinâmica e da capacidade convincente dos atores. Eu queria muito ter visto mais do Julian Hilliard, especialmente porque esse garoto criou uma carreira sólida até agora, com papéis principais em “A Maldição da Residência Hill” e “WandaVision”. Pra mim, ele tinha tudo para se juntar à Madison Wolfe como melhor performance infantil em um filme da franquia, mas parece que o roteiro o impediu de alcançar o mesmo potencial.

Outro destaque fica com o John Noble, cujo papel é essencial para o desenvolvimento da trama e serve especificamente para expor os fatos que os protagonistas precisam aprender para chegar à conclusão da história. Eu senti falta de um elenco coadjuvante mais consistente, como o de “Annabelle 2: A Criação do Mal”, que tinha um papel a ser cumprido na trama, algo que não é feito aqui, focando o enredo nas dinâmicas entre Ed e Lorraine e Arne e Debbie.

(One of the biggest advantages from the three main Conjuring movies, as previously stated, is the presence of Patrick Wilson and Vera Farmiga as Ed and Lorraine Warren, and their performances here are further proof of how perfect and irreplaceable they are in these roles. I enjoyed the role-switching between Ed and Lorraine here, in comparison to the second film, where Lorraine was prevented of reaching her full potential as a clairvoyant and medium, while Ed had a more active role. Here, in the opening scene, it's already quite defined that Lorraine will have a more central role to play. But, nevertheless, both Wilson and Farmiga are flawless.

Wilson, even in a reduced role, manages to retain that confident and courageous personality we've come to expect from his character. Farmiga, on the other hand, manages to take her performance as Lorraine to the next level, displaying an almost animal-like physicality in the scenes where her character puts her medium abilities to practice. The concern her face shows when caring for her husband, the love they feel for each other. That's one thing I honestly didn't expect to see in a horror film, but Wilson and Farmiga manage to fully convince the viewer that they're perfect for each other.

I really liked Ruairi O'Connor's performance and his chemistry with Sarah Catherine Hook. If the plot had a second focus point besides Ed and Lorraine, it would be the relationship between Arne and Debbie Glatzel. They reminded me, at some moments, of a young Ed and Lorraine, in terms of dynamic and the actors' convincing capacity. I really wish I'd seen more of Julian Hilliard, especially because this kid has built a solid career to this point, with main roles in “The Haunting of Hill House” and “WandaVision”. For me, he had everything to join Madison Wolfe as the best child performance in the franchise, but it seems that the script prevented him from reaching the same heights.

Another highlight stays with John Noble, who's got an important role to play in the plot, and is an almost exclusive source of exposition for the main characters to obtain the information they need to get to the story's conclusion. I missed a consistent supporting cast, such as the one in “Annabelle: Creation”, which had an actual role to play out in the plot, something that doesn't happen here, instead focusing the story on the relationships between Ed and Lorraine and Arne and Debbie.)



Nos aspectos técnicos, em “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio”, temos mais um caso onde a colaboração entre a direção de fotografia e a montagem é essencial para o funcionamento técnico do filme. Eu gostei bastante do trabalho do Michael Burgess na direção de fotografia. Há um uso constante de travelling shots (tomadas que “viajam” pelo ambiente da cena), o que dá uma dose extra de movimento para o filme.

Os sustos, como dito anteriormente, são feitos em sua maioria no mesmo enquadramento, e eles funcionam perfeitamente, sem o uso aparente de montagem ou efeitos visuais, o que é ótimo. Há um uso muito bem calculado de iluminação, especialmente nas cenas mais escuras, o que aumenta a tensão presente na cena. A montagem do Christian Wagner e do Peter Gvozdas trabalha em conjunto com o trabalho de Burgess para não sacrificar a tensão em construção nas cenas mais prolongadas, o que é ótimo.

A trilha sonora do Joseph Bishara segue as mesmas regras da grande maioria dos filmes anteriores da franquia, cujas trilhas sonoras ele também compôs. Ele consegue fazer um trabalho que prioriza a construção de uma atmosfera sufocante e enervante acima de tudo, e nesse aspecto, as faixas dele em “Invocação do Mal 3” me lembraram bastante do trabalho de Wendy Carlos em “O Iluminado”. Uma das melhores coisas nos aspectos técnicos desse filme em particular foi o uso mínimo aparente de CGI, concentrando os efeitos visuais no lado prático. Há duas cenas em particular aqui onde pessoas possuídas se contorcem, e eu fiquei chocado ao descobrir que uma delas foi filmada por uma contorcionista de 12 anos. DOZE ANOS!! Isso é só mais uma prova que ações que pessoas realizariam na vida real são muito mais eficientes do que qualquer efeito visual digital.

(In the technical aspects of “The Conjuring: The Devil Made Me Do It”, we have yet another case where the collaboration between cinematography and editing is essential for the film's technical functioning. I really enjoyed Michael Burgess's work in cinematography. He makes a constant use of travelling shots and sequences, which ends up giving the film an extra dose of movement, which is helpful for the pacing.

The scares, as previously stated, are mostly executed in the same frame, and they work perfectly, without an apparent use of editing or visual effects, which is great. There's a very well calculated use of lighting, especially in the visually darker scenes, which enhances the tension present onscreen. Christian Wagner and Peter Gvozdas' editing works in unison with Burgess's work in order to not sacrifice the building tension in the more prolonged scenes, which is great.

Joseph Bishara's score follows the same beats as the great majority of the franchise's previous films, which he also composed the scores for. He manages to do something that prioritizes the construction of a suffocating and unnerving atmosphere above everything, and in that aspect, his tracks in “The Conjuring 3” reminded me a lot of Wendy Carlos's work in “The Shining”. One of the best things in the technical aspects of this particular film was its minimal apparent use of CGI, focusing its visual effects on the more practical side. There are two particular scenes here where possessed people are shown contorting themselves, and I was shocked when I discovered that one of them was filmed with a contortionist who was 12 years old. TWELVE YEARS OLD! That's further proof that actions that people would actually perform in real life are far more effective than any digital visual effect.)



Resumindo, “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” é mais um ponto alto do universo Invocação do Mal. Priorizando o desenvolvimento de seus protagonistas ao invés de sustos baratos, o terceiro filme principal da franquia expande os horizontes da ação, executando suas cenas assustadoras de uma forma diferente, e usando as excelentes performances de Patrick Wilson e Vera Farmiga inteiramente ao seu favor. Por favor, Warner, dá uma luz verde para um quarto filme com esses dois!

Nota: 9,5 de 10!!

É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,

João Pedro

(In a nutshell, “The Conjuring: The Devil Made Me Do It” is yet another high point in the Conjuring Universe. Prioritizing the development of its main characters over cheap scares and thrills, the third main film in the franchise expands the horizons of its action, executing its scary scenes in a different way, and using Patrick Wilson and Vera Farmiga's excellent performances entirely to its advantage. Please, Warner, greenlight a fourth Conjuring film with these two!

I give it a 9,5 out of 10!!

That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,

João Pedro)


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