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E aí, meus caros cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para falar sobre uma grata surpresa no catálogo da Netflix. Mesmo sendo às vezes bobo e previsível, o longa em questão é carregado pelo enorme carisma de seu elenco cômico e seu tom otimista, o que serve como um antídoto perfeito para o caos em que estamos vivendo neste momento. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre a nova empreitada de Adam Sandler para a Netflix: “O Halloween do Hubie”. Vamos lá!
(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to talk about a pleasant surprise in your Netflix catalog. Even though it's often silly and predictable, the film I'm about to review is carried by its comical cast's enormous charisma and its optimistic tone, which serves as a perfect antidote for the chaotic situation we're all facing right now. So, without further ado, let's talk about Adam Sandler's new endeavor for Netflix: “Hubie Halloween”. Let's go!)
Ambientado na cidade de Salem, Massachusetts, o filme acompanha Hubie Dubois (Adam Sandler), um homem medroso e ingênuo que é constantemente atormentado e maltratado pelos seus vizinhos e concidadãos. Mas no Dia das Bruxas, um assassino com problemas mentais escapa de um hospício e retorna à Salem, sua cidade natal, influenciando e motivando Hubie, o maior fã do feriado, a tentar superar seus medos e salvar os moradores de Salem do vilão.
(Set in the town of Salem, Massachusetts, the film follows Hubie Dubois (Adam Sandler), a naive, fearful man who is constantly tormented and mistreated by his neighbors and the town's citizens. But on Halloween night, a mentally-ill serial killer escapes from an asylum and makes his way to Salem, his hometown, influencing and motivating Hubie, the holiday's biggest fan, to try overcoming his fears and saving the people of Salem from the villain.)
Adam Sandler é uma figura polêmica e controversa para os críticos de cinema. Para os críticos em geral, os filmes de comédia dele não são nada engraçados, e ganha o centro das atenções deles somente quando ele investe mais em papéis dramáticos, como nos filmes “Embriagado de Amor”, “Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”, e o elogiadíssimo “Joias Brutas”. Eu, mesmo não sendo tão consagrado assim como crítico de cinema, respeitosamente discordo. Claro, Sandler já fez alguns filmes terríveis no passado (vamos fingir que “Cada um Tem a Gêmea que Merece” não existe), mas a grande maioria dos filmes dele é completamente assistível, tendo como melhores exemplos “Click” e “Gente Grande”. O que os críticos precisam entender é que os filmes de Sandler não são feitos para serem inteligentes. Eles são bobos de propósito, porque a própria persona cômica do ator, estabelecida no programa de esquetes “Saturday Night Live”, é boba e infantil, e foi isso que fez dele um sucesso no programa. Com isso dito, em qualquer outra circunstância que o mundo estivesse passando, tenho quase certeza que “O Halloween do Hubie” teria sido implacavelmente e completamente massacrado pelos críticos, porque literalmente toda fórmula e estereótipo que eles esperariam de um filme do ator se repete aqui. Mas, levando em conta a situação caótica em que estamos vivendo, onde, exceto por emergências, precisamos ficar em casa, “O Halloween do Hubie” é um pequeno pacote de alegria para o mundo sombrio de hoje em dia. Claro, não chega a ser melhor ou mais emocionante do que “Click”, mas também não é um “Cada um Tem a Gêmea que Merece”. Eu gostei da investida do roteiro em um caminho mais direcionado para o “terrir” (uma mistura entre comédia e terror), e as várias referências ao clássico “Halloween”, de 1978, dirigido por John Carpenter. Como em todo filme de Sandler, “Hubie” tem muitas piadas recorrentes, e na grande maioria das vezes, elas funcionam pelo teor absurdo que elas vão obtendo no decorrer do sucinto tempo de duração de 1 hora e 42 minutos (Adam, me diz onde eu acho aquela garrafa térmica). Os personagens são bem desenvolvidos. Não de um modo “MEU DEUS DO CÉU, EU AMO ESSE PERSONAGEM”, mas eles são decentes e carismáticos o bastante para que o espectador se importe com eles. Agora, tá aí algo que eu realmente não esperava em um filme de Adam Sandler: reviravoltas. Sim, você leu certo. “O Halloween do Hubie” tem algumas gratas reviravoltas para que o roteiro não fique somente na fórmula de sempre, funcionando para efeito cômico ou para dar uma verdadeira “guinada” no enredo. Resumindo, a história é formulaica e previsível? Claro, mas esse é o propósito de assistir um filme de Sandler. Eles são feitos para um entretenimento superficial, mas eficiente. Não são filmes propriamente originais, mas para os tempos de hoje, a vibe feel-good de “Hubie” é um perfeito antídoto. Os cinéfilos mais cultos podem me esculachar por isso, mas aí vai: os filmes dele podem ser “bobos” e infantis, mas em situações como essa pandemia, Adam Sandler pode não ser o herói que queremos, mas certamente é o herói que precisamos para trazer uma dose eficiente de risadas e uma distração das tristes situações do mundo real.
(Adam Sandler is a thoroughly controversial figure for movie critics. For critics in general, his comedy films aren't funny at all, and he becomes their center of attention only when investing in more dramatic endeavors, such as the films “Punch-Drunk Love”, “The Meyerowitz Stories”, and the acclaimed “Uncut Gems”. Even though I'm not as respected or renowned as many movie critics out there, I respectfully disagree. Sure, Sandler has made some terrible films in the past (let's just forget that “Jack and Jill” ever existed), but the great majority of his films is completely watchable, the best examples being “Click” and “Grown Ups”. What critics need to understand is that Sandler's films aren't supposed to be clever. They're purposedly silly, as the comic persona he built and established in the sketch comedy show “Saturday Night Live” is also silly and childish, and that silliness was what made him a hit on the show. With that out of the way, in every other possible circumstance the world would be going through, “Hubie Halloween” would be relentlessly and completely massacred by critics, as literally every formula and stereotype they've come to expect from his films is repeated once again here. But, taking in account the chaotic situation we're living in right now, where, except for emergencies, we have to stay home, “Hubie Halloween” is a little bundle of joy for today's grim world. Sure, it's not better or as emotional as “Click”, but it also isn't as awful as “Jack and Jill”. I really liked the script's investment of being a horror-comedy film, as well as the several references and winks to the 1978 classic slasher “Halloween”, directed by John Carpenter. As in every Sandler film, “Hubie” has lots of recurring gags, and in their great majority, they land for the absurd and surreal tone they gain throughout its succint running time of 1 hour and 42 minutes (Adam, please tell me where I can find that thermos). The characters are well developed. Not in a “OH MY GOD, I LOVE THIS CHARACTER” way, but they are charismatic and decent enough for the viewer to care about them. Now, there's something I did not expect from an Adam Sandler film: plot twists. Yes, you heard that right. “Hubie Halloween” has some pleasant plot twists for the script not to stick too hard to its formula, either working for comic effect or to turn things around for the plot. To sum it up, is the story formulaic and predictable? Sure, but that's the point of watching a Sandler film. They're made as a superficial, but efficient source of entertainment. They're not properly original films, but for today, “Hubie”'s feel-good vibe is a perfect antidote. The more cult-ish film buffs may bash me for this, but here goes: his films may be silly and predictable, but when facing situations like this pandemic, Adam Sandler may not be the hero we want, but he certainly is the hero we need to bring an efficient dose of laughs and a distraction from the real world's sad situations.)
Assim como acontece com vários diretores, Adam Sandler também tem sua rede de colaboradores frequentes, e muitos deles retornam em seu novo filme. Mas antes de falar deles, vamos falar sobre o homem em pessoa. O Hubie pode muito bem ser o personagem mais “fofo” que o ator interpretou até agora. Nós rimos quando ele se assusta, sentimos dó quando ele é maltratado. Há muitas pessoas que dizem que Sandler interpreta o mesmo personagem em todos os seus filmes, mas há sempre um diferencial em cada personagem que afasta o ator do papel, e no caso de Hubie, é o seu abundante carisma. Para os já familiarizados com os filmes do ator, vários rostos serão identificados, entre eles Kevin James, Rob Schneider, Steve Buscemi, Maya Rudolph, Julie Bowen, Tim Meadows, Colin Quinn, China Anne McClain, Shaquille O'Neal (em um dos seus papéis mais engraçados) e a esposa de Sandler, Jackie. E todos eles trabalham bem aqui. As novas adições são majoritariamente no elenco adolescente, mais notavelmente Karan Brar, Peyton List, e Paris Berelc. Eu gostei bastante que Sandler adicionou membros atuais do programa “Saturday Night Live”, que o trouxe para o estrelato (como Kenan Thompson, Melissa Villaseñor e Mikey Day, que são bem engraçados). A June Squibb interpreta uma das personagens mais engraçadas do longa, e eu fiquei bastante decepcionado com o desempenho do Noah Schnapp, depois do show que ele deu em “Stranger Things”.
(As it happens with many directors, Adam Sandler also has his net of frequent collaborators, and many of them return in his new film. But before I talk about them, let's talk about the man himself. Hubie might as well be the “cutest” character the actor has portrayed to this day. We laugh when he gets scared, feel bad for him when he's mistreated. There are many people who say Sandler plays the same role in every film, but there's always a small difference that puts the actor away from the role, and in Hubie's case, it's his overflowing charisma. For those who are already familiar with the actor's work, several faces will be identified, among them Kevin James, Rob Schneider, Steve Buscemi, Maya Rudolph, Julie Bowen, Tim Meadows, Colin Quinn, China Anne McClain, Shaquille O'Neal (in one of his funniest roles) and Sandler's wife, Jackie. And all of them do a good job here. The new additions are mostly in the teen cast, most notably Karan Brar, Peyton List and Paris Berelc. I really liked the fact Sandler added acting members of “Saturday Night Live”, the show that brought him to stardom (such as Kenan Thompson, Melissa Villaseñor and Mikey Day, who are really funny). June Squibb portrays one of the funniest characters in the film, and I got pretty disappointed with Noah Schnapp's performance, after his show-stopping role in “Stranger Things”.)
Tudo nos aspectos técnicos funciona muito bem. A fotografia navega de um modo eficiente em todas as cenas. A direção de arte dá um tom super aconchegante para suas ambientações durante o dia, e uma paleta de cores neon vibrante e uma atmosfera sombria e enevoada durante o período noturno, o que combina perfeitamente com a vibe de Halloween do longa. Há um uso consciente e proposital de CGI aqui para algumas das piadas recorrentes, e esse uso fica cada vez mais absurdo e engraçado ao longo do tempo de duração, sendo uma fonte cômica bem eficiente. É um filme bem montado, não há nenhuma cena que eu achei descartável. E a trilha sonora faz um bom uso de músicas que encaixam no tema de Halloween, tais como “Monster Mash”, e a música-tema do filme “Caça-Fantasmas”, “Ghostbusters”, de Ray Parker Jr.
(Everything in the technical aspects works smoothly. The cinematography efficiently travels in every scene. The art direction gives a super cozy vibe for its settings during the daytime, and a vibrant neon color palette and a dark, foggy atmosphere during the nighttime, which perfectly fits the Halloween vibe of the film. There's a conscient and purposeful use of CGI here for some of its recurring gags, and that use gets more absurd and funny throughout its running time, serving as a really efficient source for comic relief. It's a well edited film, there isn't any scene I'd count as expendable. And the soundtrack makes a good use of songs that fit into the Halloween theme, such as “Monster Mash” and the theme song from “Ghostbusters”, performed by Ray Parker Jr.)
Resumindo, pode-se dizer que “O Halloween do Hubie” chegou na hora certa. Mesmo sendo infantil e previsível, o que já é característico do ator, o filme é carregado pelo enorme carisma de seu elenco e pelo tom otimista presente na trama, que irá servir como um perfeito antídoto para as situações lamentáveis que o mundo enfrenta neste momento.
Nota: 8,0 de 10!!
É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, it can be said that “Hubie Halloween” arrived just at the right time. Even though it's silly and predictable, which is already characteristic of its protagonist, the film is carried by its cast's enormous charisma and its optimistic tone, which will serve as a perfect antidote to the sorrowful situations the world is going through right now.
I give it an 8,0 out of 10!!
That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)
A mensagem deste filme é perfeito para tornar nossos dias mais coloridos...
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