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E aí, meus caros cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para falar sobre o lançamento mais recente no catálogo original da Apple TV+, um serviço de streaming que vem se mostrando cada vez mais promissor! Como a primeira produção pós-Marvel de seus diretores, o filme em questão mistura uma vibe meio independente com o estilo blockbuster de fazer cinema, contando com um roteiro eclético, aspectos técnicos super-estilizados e as melhores performances da sua dupla de protagonistas. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre “Cherry: Inocência Perdida”. Vamos lá!
(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to talk about the most recent release in the original catalog from Apple TV+, a streaming service that keeps on getting more and more promising! As its directors' first post-Marvel production, the film I'm about to analyze mixes a sort-of indie vibe with the blockbuster style of filmmaking, relying on an eclectic screenplay, over-stylized technical aspects and the best performances from its duo of protagonists. So, without further ado, let's talk about “Cherry”. Let's go!)
Baseado no romance de mesmo nome escrito por Nico Walker, o filme acompanha 5 anos na vida de um protagonista sem nome (Tom Holland), um ex-médico do exército que sofre de transtorno de estresse pós-traumático após retornar do Iraque. Enfrentando dificuldades para se livrar do choque e da angústia, ele encontra consolo nas drogas, recorrendo ao assalto de bancos para sustentar o seu vício e colocando sua relação com Emily (Ciara Bravo), sua esposa, em risco.
(Based on the novel of the same name written by Nico Walker, the film follows 5 years into the life of an unnamed protagonist (Tom Holland), a former Army medic who suffers from post-traumatic stress disorder after returning from his time in Iraq. Facing difficulties to get rid of the shock and the anguish, he finds solace in drugs, resorting to bank robberies to sustain his addiction and putting his relationship with Emily (Ciara Bravo), his wife, at risk.)
Posso dizer que estava com expectativas bem altas para assistir “Cherry”. A primeira razão do porquê era a direção dos irmãos Joe e Anthony Russo, responsáveis por dirigir alguns dos melhores filmes da Marvel, como “Capitão América: O Soldado Invernal”, “Capitão América: Guerra Civil” e os grandiosos “Vingadores: Guerra Infinita” e “Vingadores: Ultimato”. A segunda era o fato de “Cherry” ser uma história semi-autobiográfica do autor do livro que o inspirou, Nico Walker. O autor sempre ressalta que os personagens do livro não são reais, mas se compararmos a trajetória do protagonista com a história de fundo do autor, é basicamente igual. Então, pode-se dizer que o longa é semi-baseado em uma história real. E terceiro, o filme reunia os irmãos Russo com o Tom Holland, que se encontra cada vez mais perto de se desvencilhar de seu papel mais conhecido. Posso dizer que fiquei satisfeito com o resultado final de “Cherry”, mas parte de mim ficou imaginando se o formato narrativo e a visão dos diretores teria funcionado melhor se tivesse sido abordado de uma maneira um pouco diferente. Há vários pontos positivos no roteiro escrito por Angela Russo-Otstot e Jessica Goldberg, a começar pelo desenvolvimento dos dois personagens principais, que é crível, levemente surreal, mas ao mesmo tempo, fincado na realidade. É simplesmente fascinante ver como o comportamento deles vai mudando drasticamente com o passar do tempo, como se fosse uma evolução ao contrário. O filme começa como um conto de fadas perverso, já estabelecendo o relacionamento entre os dois protagonistas como o fio condutor da trama. Aí, as dificuldades e obstáculos vão lentamente aparecendo, levando o casal à direções sombrias, e permitindo que os atores Tom Holland e Ciara Bravo tenham mais liberdade em suas performances. Outro ponto positivo é a abordagem da narrativa a partir do ponto de vista do protagonista. As roteiristas conseguem nos inserir dentro da cabeça do personagem de Holland, de modo que vemos o desenrolar da trama inteiramente pelos olhos dele. Tal abordagem leva ao uso de vários recursos interessantes, que ajudam o espectador a realmente entender a história pela perspectiva dele. Primeiro, a história inteira é um enorme flashback narrado pelo protagonista, que frequentemente se comunica com o espectador através de quebras da quarta parede. Segundo, como tudo é uma retrospectiva de 5 anos de duração, é bem provável que o personagem de Holland não se lembre de cada detalhe da história, especialmente em respeito aos crimes que ele cometeu e às pessoas que ele conheceu, algo que acaba resultando em pérolas como a consulta com o “Dr. Sei-Lá-Quem” e o assalto ao “Banco que Ferra com a América”. Isso, ao mesmo tempo que estabelece um senso de humor nonsense para a narrativa, também pode ser um reflexo do efeito que as drogas causaram no protagonista. E em terceiro lugar (e isso é, simultaneamente, um ponto bom e um ponto ruim), o filme é dividido em capítulos, que indiretamente representam etapas do vício do personagem principal. O diferencial único dessa proposta é que cada capítulo tem uma distinta identidade visual e narrativa. Por um lado, eu gostei bastante dessa escolha, porque mesmo sendo um estilo completamente diferente do que viemos a nos acostumar dos irmãos Russo, eles ainda se mostram bastante ambiciosos, seja lá qual for o orçamento do filme. Mas, por outro lado, isso realmente dificulta o estabelecimento de um tom e passo uniformes para “Cherry”. Algumas porções, como as partes ambientadas no Iraque e os roubos de banco, são bem frenéticas; já outras, concentrando no relacionamento entre os personagens de Holland e Bravo, embora muito bem atuadas e desenvolvidas, são bem mais lentas. Nessa perspectiva, pessoalmente acho que teria sido melhor se o livro fosse adaptado em uma minissérie no estilo de “WandaVision”, investindo em estéticas diferentes para cada capítulo da história, do que em amontoar tudo isso em um filme de 2 horas e 20 minutos. Outro problema é que dá pra ver que os diretores têm certa dificuldade de se desvincularem do modelo Marvel de se fazer cinema. Conseguimos ver para onde eles querem apontar a história, que é uma mistura surreal entre “Trainspotting” e “Em Ritmo de Fuga”, mas eles falham em criar uma narrativa única, mais crua e parecida com um estudo de personagem, investindo em mais estilo do que substância. Parte de mim fica imaginando como outra dupla de diretores, os irmãos Safdie, que fizeram ótimos filmes independentes como “Bom Comportamento” e “Joias Brutas”, iriam abordar essa narrativa, que encaixa perfeitamente no estilo que eles estabeleceram como cineastas.
(I can say I had really high expectations to watch “Cherry”. The first reason why was the direction by brothers Joe and Anthony Russo, who were responsible for giving us some of Marvel's best films, such as “Captain America: The Winter Soldier”, “Captain America: Civil War” and the ambitious combo of “Avengers: Infinity War” and “Avengers: Endgame”. The second one was the fact that “Cherry” is a semi-autobiographical story of the author of the book that inspired it, Nico Walker. The author always reinforces that the characters in the book are a work of fiction, but if you take the protagonist's trajectory and compare it to Walker's backstory, it's an almost perfect match. So, you can say that it's semi-based on a true story. And third, it marked a reunion between the Russo brothers and Tom Holland, who finds himself closer and closer to untangling himself from the character he's best-known for. I can say I was satisfied with the final results of “Cherry”, but part of me kept wondering if its narrative format and the directors' vision would've been a better fit if it had been approached in a slightly different way. There are several positive points in the screenplay written by Angela Russo-Otstot and Jessica Goldberg, starting from the development of its two main characters, which is believable, slightly surreal, but at the same time, grounded in reality. It's simply fascinating to see how their behavior drastically changes as time goes by, like some kind of backwards evolution. The film starts off as a perverted fairy tale, already establishing the relationship between the two protagonists as the plot's main conductive force. Then, the difficulties and obstacles slowly come into light, leading the couple towards dark directions, and allowing actors Tom Holland and Ciara Bravo to have more creative freedom in their performances. Another positive point is the narrative's approach through the protagonist's point of view. The screenwriters manage to put us inside the mind of Holland's character, in a way we get to see the story's unraveling entirely through his eyes. Such an approach leads to the use of several interesting resources, that really help the viewer understand the story from his perspective. First, the whole story is an enormous flashback narrated in voice-over by the protagonist, who frequently communicates with the viewer through fourth-wall breaks. Second, as the entire thing is a retrospective that's 5 years long, it's highly likely that Holland's character doesn't remember every single detail in the story, especially when it comes to the crimes he committed or the people he met. This resource ends up resulting in pearls like the appointment with “Dr. Whomever” or the assault in the “Bank that Fucks America”. That, at the same time it establishes a nonsense sense of humor to the narrative, it could also be a reflex of the effect drugs caused on the protagonist. And third (and this is, simultaneously, a good point and a bad point), the film is divided in chapters, that indirectly represent the stages of the main character's addiction. What's unique in this proposition is that every chapter has its distinct visual and narrative identities. On one hand, I really liked this resource, because even though this is a completely different style to the one we're used to expect from the Russo brothers, they still show themselves as pretty ambitious filmmakers, regardless of their film's budget. But, on the other hand, that is a really difficult obstacle for them to overcome, in order to create an uniform tone and pace for “Cherry”. Some portions, like the ones set in Iraq and the bank robberies, are really fast-paced; but others, focusing on the relationship between Holland and Bravo's characters, although being very well-performed and developed, are significantly slower. Looking through that perspective, I personally think it would've been better if the source material had been adapted into a miniseries in the style of “WandaVision”, investing on different aesthetics for every chapter in the story, instead of cramming it all up into a 2-hour-and-20-minute film. Another problem with it is that you can see the directors having a certain amount of difficulties in untangling themselves from the Marvel way of filmmaking. We can see the direction to which they wish to point the story, which is a surreal mix between “Trainspotting” and “Baby Driver”, but they fail in creating a unique, more raw story, like a proper character study, investing in more style than its required substance. Part of me keeps wondering how another directing duo, the Safdie brothers, who made great independent films such as “Good Time” and “Uncut Gems”, would deal with this narrative, which is a perfect fit to the style they've established as filmmakers.)
Tanto a grande maioria do material promocional do filme quanto a campanha que a Apple TV+ fez para a presente temporada de premiações focava a atenção da crítica e do público na performance do Tom Holland. O porquê? Ele praticamente interpreta um anti-Peter Parker em “Cherry”, devido à liberdade que o roteiro, a direção e a classificação indicativa concederam a ele. Eu pessoalmente acho que ele é um tremendo ator, capaz de fazer muito mais do que só o Homem-Aranha, e o desempenho dele nesse filme é só mais uma prova disso. Sabem como a Zendaya cresceu fazendo programas infantis da Disney, depois participou do Homem-Aranha, e aí ela fez um papel muito arriscado na série da HBO “Euphoria”, e até venceu um Emmy por isso? Pois é, “Cherry” foi a “Euphoria-rização” do Tom Holland. Ele assume um papel surpreendentemente maduro aqui. Quando o ator aparece pela primeira vez em tela, você pensa: “Meu Deus, o Peter Parker tá destruído!”. E mais uma vez, reforço que é fascinante e, ao mesmo tempo, devastador ver para onde o desenrolar da história leva o personagem dele, e a atuação de Holland fisicamente expressa essa “evolução ao contrário” mencionada no parágrafo anterior. Ele consegue, ao mesmo tempo, exalar uma aura hostil e violenta e, em alguns momentos memoráveis, expor a vulnerabilidade e a angústia que seu personagem está passando. É, na verdade, algo bem triste de se ver. As narrações e as quebras da quarta parede que o personagem dele faz trazem uma necessária leveza e um senso de humor sarcástico para uma história essencialmente séria, e esse contraste combina perfeitamente com a proposta de “Cherry”. Eu, pessoalmente, não acho que seja material pra Oscar, mas é mais uma prova da versatilidade do ator, que, na minha opinião, deveria investir em papéis mais ousados e arriscados como este. É literalmente o melhor papel que ele assumiu desde sua revelação ao mundo em “O Impossível”. Outro destaque que me impressionou no elenco foi a Ciara Bravo, e até o lançamento desse filme, só conhecia a atriz pelo seu trabalho como a irmã de um dos membros da banda Big Time Rush, na série da Nickelodeon de mesmo nome. Fico muito feliz em dizer que ela tem um ótimo desempenho aqui. Eu realmente pensava que o arco narrativo da personagem dela iria tomar um rumo completamente diferente, mas a dinâmica dela com Holland me lembrou bastante de uma química no estilo “Bonnie e Clyde” ou “Pumpkin e Honey Bunny”, os dois ladrões no início de “Pulp Fiction”. É bem interessante ver como os dois protagonistas lidam com seus vícios de maneiras completamente distintas. Enquanto o personagem de Holland reprime suas emoções ao máximo, a personagem de Bravo deixa elas se transbordarem. São duas performances ousadas, maduras e que mostram o potencial que os atores têm de repetirem o feito em papéis futuros, o que realmente espero que aconteça. Não há papéis coadjuvantes memoráveis aqui, mas eu gostei bastante do senso de humor e de ameaça que o Jack Reynor, o Michael Gandolfini e o Forrest Goodluck trouxeram para a narrativa, fazendo um contraste ou até complementando as performances dos protagonistas.
(Both the great majority of its promotional material and the campaign that Apple TV+ did for the current award season directed the eyes of the critics and the audience towards Tom Holland's performance? The reason why? He basically portrays an anti-Peter Parker in “Cherry”, due to the freedom that the screenplay, the direction and the rating concede to him. I personally think he's a tremendous actor, who's capable of doing so much more than just playing Spider-Man, and his efforts in this film are a further proof of that. You know how Zendaya grew up doing kids' shows for Disney, then she appeared in Spider-Man, and then she played an extremely risky role in the HBO series “Euphoria”, and ended up winning an Emmy for it? Right, “Cherry” is Tom Holland's “Euphoria-risation”. He takes on a surprisingly mature role here. When he first appears onscreen, you think: “Oh, my God. Peter Parker is a total wreck!”. And once again, I reinforce that it is fascinating, and at the same time, devastating to see where the story leads him to be, and Holland's performance is a physical expression of the aforementioned “backwards evolution”. He manages to, at the same time, exhale a hostile and violent aura, and in a few memorable moments, expose the vulnerability and the anguish his character is going through. It's, actually, something really sad to see. His character's voice-over narrations and fourth-wall breaks bring a necessary lightness and a sarcastic sense of humor to an essentially serious story, and that contrast is a perfect fit with the film's proposal. I, personally, don't think it's Oscar material, but it's yet another proof of Tom Holland's versatility, and I honestly hope he invests in more bold, risky and edgy roles like this one. It's literally his best performance since he was revealed to the world in “The Impossible”. Another highlight that gave me a great impression was Ciara Bravo, and until the film's release, I only knew her work as the younger sister of one of the members of the band Big Time Rush, in the Nickelodeon show of the same name. I'm really glad to say she does a great job here. I really thought that her narrative arc would take a completely different path, but her dynamics with Holland reminded me a lot of a Bonnie and Clyde-type chemistry, or like Pumpkin and Honey Bunny, the burglars from the opening scene of “Pulp Fiction”. It's really interesting to see how the two main characters deal with their addictions in wholly different ways. While Holland's character represses his emotions to the max, Bravo's character lets her emotions overflow in her performance. These are two mature, bold performances that showcase the actors' potential of repeating their feat, which I really hope they do. There aren't any memorable supporting roles here, but I really enjoyed the sense of humor and threat that Jack Reynor, Michael Gandolfini and Forrest Goodluck brought to the narrative, serving as a contrast or even as a complement to the two protagonists' performances.)
Como dito anteriormente, os irmãos Russo investiram bastante no estilo visual de “Cherry”, o que indiretamente significa que os aspectos técnicos são absolutamente fantásticos. O primeiro destaque, de cara, vai para a direção de fotografia do Newton Thomas Sigel, que inclusive, foi indicada ao Prêmio da Sociedade Americana de Diretores de Fotografia como Melhor Cinematografia em Filme para Cinema. Eu simplesmente amei a identidade única que Sigel injetou em cada capítulo da narrativa. Seja pelo formato da tela, ou pela paleta das cores, ou pela maneira que a câmera se movimenta durante as cenas, cada capítulo ganha sua própria vibe, e grande parte do porquê disso acontecer é por causa do trabalho de Sigel. Eu adorei como as cenas de guerra e roubo de bancos foram desenvolvidas, especialmente pelo fato delas serem frenéticas e cheias de adrenalina. O trabalho de iluminação aqui é absolutamente extraordinário. Há duas cenas em particular onde o uso do contraste entre luz e sombra diz muito sobre a psique do protagonista, justamente porque vemos tudo através dos olhos dele. Se algum aspecto em “Cherry” merece reconhecimento nas premiações futuras, é a direção de fotografia. A direção de arte, englobando o design de cenários, figurino, maquiagem e penteado, faz um trabalho sensacional de representar visualmente o declínio físico, mental e emocional dos personagens. A montagem do Jeff Groth é bem operante. Ás vezes, o espectador pode notar que o passo do filme fica um pouco mais lento, com cenas mais prolongadas, mas como dito anteriormente, isso acontece mais por causa do roteiro do que da montagem em si. Eu gostei bastante do design de som das cenas onde o protagonista se encontra conversando no telefone com a esposa. É interessante porque, mesmo que a câmera mostre a personagem de Bravo falando, a voz dela chega aos nossos ouvidos como se estivéssemos ouvindo pelos ouvidos do personagem de Holland no telefone. Eu achei isso muito, muito legal. E, por fim, temos a trilha sonora original composta pelo Henry Jackman, que é surpreendentemente delicada para uma história essencialmente séria, e é incrível ver como essas duas vibes completamente opostas combinam perfeitamente em tela.
(As previously stated, the Russo brothers put a lot of effort into the visual style of “Cherry”, which indirectly means that the technical aspects are absolutely fantastic. The first spotlight, just like that, lands on Newton Thomas Sigel's cinematography, which by the way, was nominated to the American Society of Cinematographers Award for Outstanding Achievement in Cinematography in Theatrical Releases. I simply loved the unique identity that Sigel injected in each chapter of the narrative. Whether it's because of the screen format, or the color palette, or the way the camera moves during the scenes, each chapter gets its own vibe, and a great part of the reason why that happens is because of Sigel's work. I loved how the war and robbery scenes were developed, especially because they're so kinetic and adrenaline-fueled. The lighting work here is absolutely extraordinary. There are two particular scenes where the use of the light-and-shadow contrast says a lot about the protagonist's psyche, exactly because we see everything through his eyes. If any aspect in “Cherry” deserves recognition in future award ceremonies, it's the cinematography. The art direction, going through the set design, costumes, makeup and hairstyling, does a sensational job in visually representing the characters' physical, mental and emotional descent. Jeff Groth's editing is really operative. Sometimes, the viewer may notice that the film's pacing gets a little slower, with more prolonged scenes, but as previously stated, that happens more due to the screenplay than the editing itself. I really liked the sound design in the scenes where the main character finds himself talking to his wife on the phone. It's interesting because, even though the camera shows Bravo's character talking, her voice reaches our ears as if we're listening through the ears of Holland's character. I thought that was really, really cool. And, finally, we have the original score composed by Henry Jackman, which is surprisingly delicate for an essentially serious story, and it's amazing to see how these two completely opposite vibes are such a perfect match onscreen.)
Resumindo, “Cherry: Inocência Perdida” tem seus deslizes de tom e andamento, mas é mais um filme competente e super-estilizado de Joe e Anthony Russo. Contando com uma narrativa única e eclética, as melhores performances de sua dupla de protagonistas e aspectos técnicos que refletem o estilo e a ambição do roteiro, o filme marca uma guinada na carreira de Tom Holland, e mostra um pouco mais do que o ator é capaz de fazer.
Nota: 8,5 de 10!!
É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, “Cherry” has its missteps when it comes to tone and pacing, but it is yet another competent, over-stylized film by Joe and Anthony Russo. Relying on an unique, eclectic narrative, the best performances from its duo of protagonists and technical aspects that reflect the screenplay's style and ambition, the film marks a turning point in Tom Holland's career, and shows a little bit more of what he's capable of doing.
I give it an 8,5 out of 10!!
That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)
Sensacional! Resenha bem completa!!
ResponderExcluirSHOW DE BOLA!
ResponderExcluir👏👏👏👏👏😀👍 show de bola
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