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E aí, meus caros cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para falar sobre um dos principais indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional! Representante da Dinamarca, o filme em questão encontra seu diretor e seu protagonista em suas melhores formas, fazendo uma mistura contrastante eficiente entre comédia e tragédia para lidar com a crise de meia-idade que os personagens principais estão enfrentando. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre “Druk – Mais Uma Rodada”. Vamos lá!
(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to talk about one of the main contenders to the Oscar for Best International Feature Film! Representing Denmark, the film I'm about to analyze finds its director and protagonist in their finest forms, making an efficient contrasting mix between comedy and tragedy to deal with the mid-life crisis that its main characters are going through. So, without further ado, let's talk about “Another Round”. Let's go!)
O filme conta a história de Martin (Mads Mikkelsen), Tommy (Thomas Bo Larsen), Peter (Lars Ranthe) e Nikolaj (Magnus Millang), quatro professores de segundo grau que fazem um ousado experimento para transformarem suas vidas cotidianas enfadonhas em algo mais revigorante e excitante: ingerir uma quantidade constante de álcool, e manter essa quantia em suas correntes sanguíneas. A princípio, os resultados são animadores; porém, no decorrer da experiência, os amigos percebem que nem tudo é tão simples assim.
(The film tells the story of Martin (Mads Mikkelsen), Tommy (Thomas Bo Larsen), Peter (Lars Ranthe) and Nikolaj (Magnus Millang), four high school teachers that take part in a bold experiment to transform their boring everyday lives into something more invigorating and exciting: ingest a constant amount of alcohol, and maintain that quantity in their bloodstreams. At first, the results are promising; however, throughout the experience, the friends come to realize that not everything is as simple as it seems.)
Pode-se dizer que eu estava com expectativas moderadas para assistir “Druk”. A primeira coisa que me chamou a atenção ao ver o filme listado como uma das seleções para o planejado Festival de Cannes do ano passado foi a reunião entre o diretor Thomas Vinterberg e o ator Mads Mikkelsen, que, juntos, nos entregaram um dos melhores filmes da década de 2010 com “A Caça”, que inclusive, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e serviu de grande inspiração para um filme brasileiro. Era um filme que misturava drama e suspense de uma forma perfeita e que deixou uma excelente impressão em mim depois de assisti-lo. Minhas expectativas para “Druk” aumentaram ao ver a inúmera quantidade de nomeações a prêmios, a maioria delas sendo na categoria de Melhor Filme Internacional. Aí, vieram as indicações ao Oscar, e o filme em questão não só foi indicado na categoria mencionada, mas também em uma das principais: a de Melhor Direção, com Vinterberg concorrendo à estatueta juntamente com nomes como Chloé Zhao, Emerald Fennell e David Fincher. Isso, em particular, chamou minha atenção. Nos dias de hoje, o fato de um diretor de um filme em língua estrangeira ser indicado a um dos principais prêmios no Oscar não é tão incomum assim, tanto que nos últimos dois anos, os vencedores foram diretores de filmes internacionais: o mexicano Alfonso Cuarón por “Roma” e o sul-coreano Bong Joon-Ho por “Parasita”. Mas o que diferencia Vinterberg dos dois diretores citados é que “Druk” não foi indicado ao prêmio principal de Melhor Filme, o que indiretamente colocaria o filme na frente dos concorrentes na categoria de Melhor Filme Internacional, e isso acaba por tornar a indicação do diretor um pouco mais interessante. Algo similar aconteceu dois anos atrás, quando o polonês Pawel Pawlikowski foi indicado pela sua direção no excelente “Guerra Fria”, desbancando nomes como Ryan Coogler, Peter Farrelly e Bradley Cooper. Então, inspirado pela minha boa experiência com o filme de Pawlikowski, assisti “Druk” ontem. E mesmo que não tenha alcançado o mesmo patamar de “A Caça”, ainda assim é um ótimo filme. O roteiro, escrito por Vinterberg e Tobias Lindholm, já na primeira cena, faz um trabalho excelente de contraste entre a vida dos alunos jovens e dos professores velhos. O filme começa com uma sequência onde vários adolescentes participam de jogos envolvendo bebidas e causam um alvoroço em um metrô, onde acabam por algemar um guarda que tentou impedir a comemoração. Daí, o filme imediatamente corta para o título e segue para uma cena completamente oposta à inicial em termos de tom, abordando uma reunião entre os professores de uma escola, entre os quais se encontram nossos quatro protagonistas. Em uma sequência propositalmente enfadonha e arrastada, Vinterberg e Lindholm fazem um ótimo trabalho em explorar os problemas pessoais e profissionais que cada um deles enfrenta: os alunos não são muito próximos ou amigáveis com eles, e ainda por cima, eles também sofrem dificuldades no próprio lar, onde vivem afastados da esposa e dos filhos. É possível ver, principalmente através dos olhos do personagem de Mads Mikkelsen, que eles não estão nada felizes com a vida que estão levando. Toda essa angústia é abordada no evento que desencadeia os eventos decorrentes do filme: um jantar comemorando o aniversário de 40 anos de um dos protagonistas. Lá, os quatro personagens principais compartilham suas dificuldades ao mesmo tempo que lembram dos bons e velhos tempos, o que leva à proposta do experimento mencionado na sinopse. A partir desse momento, “Druk” começa a se movimentar de uma maneira mais frenética, apostando em uma veia mais cômica e na química entre os quatro protagonistas como o fio condutor da trama. O contraste entre as cenas de antes e durante o experimento onde os personagens são vistos ensinando aos seus alunos é bem visível. Há algumas sequências bem engraçadas, especialmente envolvendo o personagem do Thomas Bo Larsen. Mas aí vem o principal conflito da trama: “E se eles aumentassem a quantidade ingerida de álcool?”. A partir dessa proposta, Vinterberg e Lindholm conseguem injetar uma dose necessária de realismo e drama em um filme que, aparentemente, era sobre quatro amigos velhos fazendo coisas de jovens. Esse equilíbrio contrastante entre a comédia e o drama é um dos principais pontos positivos do roteiro de “Druk”, e a maneira que os roteiristas usam para inserir o drama gradualmente até sobrarem poucos traços da comédia que dominou a primeira metade do filme é brilhante. Eu, particularmente, gostei bastante do final e como ele também serve de espelho para a cena inicial do filme. Há uma ambiguidade fascinante na conclusão que, propositalmente, não é abordada, e eu amei isso. Porém, o roteiro não é isento de falhas. Assim como aconteceu em filmes como “Minari”, onde a tentativa era de dar uma quantidade quase igual de desenvolvimento para cada um dos personagens da trama, “Druk” também sofre desse déficit, desenvolvendo mais os personagens de Mikkelsen, Bo Larsen e Millang e deixando o personagem do Lars Ranthe de escanteio; o qual, além de uma dinâmica engraçada e cativante com um de seus alunos, guarda um fato que poderia desencadear um desenvolvimento para os momentos finais do longa, cujo propósito não era desenvolver os personagens, mas sim trazer os seus arcos narrativos para uma conclusão. Resumindo, o roteiro de “Druk – Mais uma Rodada” mistura comédia e drama nas medidas certas, e mesmo que nem todos os protagonistas recebam o desenvolvimento necessário, Thomas Vinterberg e Tobias Lindholm criam um estudo fascinante, cativante e emocionante sobre crises de meia-idade e a saudade dos bons e velhos tempos.
(It can be said that I had moderate expectations to watch “Another Round”. The first thing that caught my attention when finding out it had been selected for the planned 2020 edition of the Cannes Film Festival is the fact that it reunited director Thomas Vinterberg with actor Mads Mikkelsen, who, together, delivered one of the best films of the past decade with “The Hunt”, which even got nominated for the Oscar for Best Foreign Language Film and served as a big inspiration for a Brazilian film that dealt with similar themes. It was a film that perfectly mixed drama and thriller and that left a pretty strong impression on me after watching it. My expectations to watch “Another Round” got higher by seeing its numerous amount of nominations for awards, most of them being in the Best International Feature Film category. Then came the Oscar nominations, and the film wasn't only nominated in the aforementioned category, but also for one of the main awards: the Best Director, with Vinterberg competing for the coveted statue along with names like Chloé Zhao, Emerald Fennell and David Fincher. That, particularly, caught my attention. Nowadays, the fact that a director for a foreign language film gets nominated for one of the main awards at the Oscars is not that unusual, as in the last two years, its winners directed international feature films: Mexican filmmaker Alfonso Cuarón for his work in “Roma” and South-Korean filmmaker Bong Joon-Ho for “Parasite”. But what makes Vinterberg different from these two directors is the fact that “Another Round” wasn't nominated for the main category of Best Picture, which indirectly would cement the foreign-language film as the main contender for Best International Feature Film, and that ends up making the director's nomination a little more interesting. Something similar happened two years ago, when Polish director Pawel Pawlikowski got nominated for his work in the excellent “Cold War”, beating out great names like Ryan Coogler, Peter Farrelly and Bradley Cooper. So, inspired by my good experience with Pawlikowski's film, I watched “Another Round” yesterday. And even though it didn't reach the same heights as “The Hunt”, it's still a great film. The screenplay, written by Vinterberg and Tobias Lindholm, from the very first scene, does an excellent job in making a contrast between the lifestyles of the young students and the old teachers. The film opens with a sequence where several teenagers take part in drinking games and wreck havoc in a subway train, where they end up handcuffing a guard that tried to stop their celebration. From there, the film immediately cuts to the titles and moves ahead to a scene that's the complete opposite of the previous one, when it comes to tone, dealing with a meeting between the teachers of a school, where we find our four protagonists inbetween. In a purposefully boring and slow sequence, Vinterberg and Lindholm do a great job in exploring the personal and professional problems that each one of these characters is facing: their students aren't very close or connected to them, and to top that, they still face issues in the comfort of their own homes, drifting apart from their spouses and children. We're able to see, especially through the eyes of Mads Mikkelsen's character, that they're not happy or fulfilled at all with their lives. All that anguish is dealt with in the event that serves as a start for the film's subsequent events: a dinner celebrating the 40th birthday of one of the main characters. There, the four friends share their difficulties at the same time they remember their good old days, which leads to the proposition of the experiment mentioned in the synopsis. From that moment, “Another Round” starts moving forward in a frenetic, fast-paced way, betting on a more comical vibe and relying on the chemistry between its four protagonists as the main conductive force of the plot. The contrast between the scenes set before and during the experiment where we see the characters teaching their students is really visible. There are some really funny sequences, especially the ones involving Thomas Bo Larsen's character. But then comes the plot's main source of conflict: “What would happen if they enhanced the quantity of alcohol they ingest?”. From that proposal, Vinterberg and Lindholm inject a necessary dosage of realism and drama into a film that, apparently, was only about four old friends doing young people stuff. This contrasting balance between comedy and drama is one of the main positive points in the screenplay for “Another Round”, and the way the screenwriters gradually introduce the drama until there's only few traces of the comedy that dominated its first half is simply brilliant. I, particularly, really enjoyed the ending and how it also mirrors the film's opening scene. There's a fascinating ambiguity in the conclusion that's not approached in purpose, and I loved that. However, the screenplay does have its faults. Just like it happened in films like “Minari”, where the attempt was of giving each one of its characters an almost equal amount of development, “Another Round” also suffers from that mistake, investing in more screentime for Mikkelsen, Bo Larsen and Millang's characters while leaving Lars Ranthe's character aside; who, besides having a funny and captivating dynamic with one of his students, keeps the fact that would give him some deserved development for the film's final moments, which had the purpose of bringing their narrative arcs to a close rather than developing them further. To sum it up, the screenplay for “Another Round” mixes comedy and drama in all the right amounts, and even though not all characters get their deserved development, Thomas Vinterberg and Tobias Lindholm craft a fascinating, captivating and emotional study on mid-life crisis and longing for the good old days.)
Para aqueles que estão preocupados com a troca de Johnny Depp por Mads Mikkelsen como Grindelwald na franquia “Animais Fantásticos”, eu só digo uma coisa: tirem essa preocupação da cabeça. Mikkelsen é um dos melhores atores da nossa geração, com seus papéis mais conhecidos sendo em filmes como “A Caça” e “007: Cassino Royale” e na série “Hannibal”, além de aparições (por mais breves que sejam) em blockbusters como “Doutor Estranho” e “Rogue One: Uma História Star Wars”. A performance dele aqui é simplesmente fantástica. Nós, como espectadores, vemos a grande maioria do filme pelos olhos do personagem dele, já que ele é o mais desenvolvido da trama. É fascinante ver como as atitudes do personagem dele oscilam de forma tão orgânica no decorrer do experimento, e Mikkelsen consegue transitar entre estados de espírito completamente diferentes perfeitamente. Antes do experimento, ele é bem desanimado com a vida que ele leva. Mas no decorrer da trama, ele se mostra como uma pessoa muito carismática, natural, e até ameaçadora, quando o experimento é levado à níveis meio extremos. Outro destaque fica com o Thomas Bo Larsen, que já é colaborador de longa data do diretor. O personagem dele é, ao mesmo tempo, a maior fonte de alívio cômico e a maior fonte de carga emocional do longa. O ator consegue equilibrar perfeitamente a leveza que o personagem exige, à primeira vista, com as dificuldades que ele enfrenta ao longo do experimento. Larsen tem uma dinâmica cativante com um dos atores mirins, que interpreta um dos seus alunos. É ao mesmo tempo engraçada e emocionante. O Magnus Millang tem um desenvolvimento mais superficial do que os dois atores já mencionados, mas há um evento em particular que é espelhado posteriormente de uma maneira diferente, e o jeito que os roteiristas encontram para relacionar essas cenas com o experimento é genial. E por fim, temos o Lars Ranthe, que é o menos desenvolvido dos quatro, mas mesmo assim, possui ao menos duas cenas memoráveis, uma delas envolvendo o coral que ele ministra na escola e outra envolvendo uma prova, na qual ele motiva um de seus alunos de maneira hilária, inteligente e cativante. Mesmo com os quatro protagonistas tendo distintos níveis de desenvolvimento individual, as melhores cenas são aquelas onde todos estão juntos em tela. Há uma cena em particular, ambientada em um estágio avançado do experimento, onde eles se encontram em um bar, bebendo, tocando piano, dançando. É uma cena muito viva que, ao mesmo tempo, traz os personagens para mais perto do clímax, os faz lembrar dos bons e velhos tempos e espelha a sequência inicial do longa com bastante eficiência.
(To those who are worried with Johnny Depp being replaced by Mads Mikkelsen as Grindelwald in the “Fantastic Beasts” franchise, I only have one thing to say: take these concerns out of your head. Mikkelsen is one of our generation's finest actors, with his most known roles being on films like “The Hunt” and “Casino Royale”, as well as shows like “Hannibal”, besides making appearances (as brief as they may seem) in blockbusters such as “Doctor Strange” and “Rogue One: A Star Wars Story”. His performance here is simply fantastic. We, as viewers, watch the film's great majority of events through his character's eyes, as he is the most developed one in the plot. It's fascinating to see his character's attitudes oscillate in such an organic way throughout the experiment, and Mikkelsen manages to perfectly travel through completely different states of mind. Before the experiment, he doesn't seem excited about the life he's living. But throughout the plot, he shows himself as someone who's charismatic, natural and even threatening, when the experiment is taken to more extreme levels. Another highlight stays with Thomas Bo Larsen. His character is, at the same time, the film's largest source of comic relief and biggest source of emotional weight. He manages to perfectly balance the lightness the character requires at first, with the difficulties he faces throughout the experiment. Larsen has a captivating dynamics with one of the child actors, who plays one of his students. It's funny and emotional at the same time. Magnus Millang has a more superficial development than the two aforementioned actors, but there's one particular event that's posteriorly mirrored in a different way, and the way the screenwriters find to relate these scenes with the experiment is genius. And at last, we have Lars Ranthe, who is the least developed out of the four, but still, he has two memorable scenes, one involving the choir he rehearses at the school and the other regarding a test, during which he motivates one of his students in a hilarious, clever and captivating way. Even with the four protagonists occupying different levels of individual development, the best scenes are those where all of them are together onscreen. There's one particular scene, set in an advanced stage in the experiment, where they find themselves in a bar, drinking, playing the piano, dancing. It's a very alive scene that, at the same time, brings the characters closer to the climactic point of the story, makes them remember the good old days, and mirrors the film's opening scene in a really efficient way.)
Sinceramente, não tenho nada a reclamar sobre os aspectos técnicos de “Druk – Mais uma Rodada”, já que todos os departamentos cumpriram o que prometeram. A direção de fotografia do Sturla Brandth Grovlen combina muito bem com a proposta do diretor para o longa. Nas cenas onde os personagens não estão bebendo, a câmera é bem estática; já nas cenas onde eles se encontram sob efeito de álcool, os movimentos são muito bem feitos. A montagem da Anne Osterud e do Janus Billeskov Jansen é muito operante. Eu adorei como o contraste entre as cenas mais calmas e frenéticas é feito majoritariamente pela montagem. As primeiras cenas são propositalmente mais esticadas, mas no decorrer da trama, as cenas são montadas de forma bastante eficiente. A sincronia entre os montadores e o diretor é exibida com bastante clareza, com Vinterberg mostrando que sabe exatamente onde prolongar e onde cortar. A trilha sonora foi muito bem escolhida. Há uma cena em particular onde os protagonistas consideram aumentar o nível do experimento, e comparam as composições de certo músico clássico com Tchaikovsky, e na cena seguinte, o personagem de Mikkelsen é visto bebendo ao som de Tchaikovsky. Eu fiquei bem impressionado com a quantidade de música clássica nesse filme, que faz um contraste perfeito com a canção predominante na trama, a eletrônica “What a Life”, da banda Scarlet Pleasure, que marca sua presença nas cenas iniciais e finais do longa de forma perfeita, com a letra em si dizendo muito sobre a trajetória dos protagonistas.
(Honestly, I have nothing to complain about the technical aspects of “Another Round”, as every department fulfilled in what they promised. Sturla Brandth Grovlen's cinematography is a perfect match with the director's proposal for the film. In the scenes where the characters aren't drinking, the camera can be quite frozen; yet in the scenes where they find themselves under the effect of alcohol, the movements are really well done. Anne Osterud and Janus Billeskov Jansen's editing is really operant. I loved how the contrast between the more calm and more fast-paced scenes is mostly made through the editing. The first scenes are purposefully more stretched out, but throughout the plot, the scenes are put together in a very efficient way. The synchrony between the director and the editors is shown quite clearly, with Vinterberg showing that he knows exactly when to stretch and when to cut. The soundtrack was really well picked. There's a scene in particular where the protagonists consider taking their experiment to the next level, and compare the compositions of a certain classical composer with those of Tchaikovsky, and in the following scene, Mikkelsen's character is seen drinking to the sound of Tchaikovsky. I was really impressed with how much classical music was used in this film, which ends up making a perfect contrast with the most predominant song in the plot, the electro-based “What A Life”, by the band Scarlet Pleasure, which cements its presence in the film's opening and closing scenes perfectly, with the lyrics telling us a lot about the main characters' trajectory throughout “Another Round”.)
Resumindo, “Druk – Mais uma Rodada” pode não chegar aos mesmos níveis de “A Caça” e não ter personagens igualmente desenvolvidos, mas o dinamarquês Thomas Vinterberg se encontra em sua melhor forma aqui, criando um estudo fascinante, cativante, hilário e emocionante sobre crises de meia-idade, liderado por uma performance fantástica de um dos melhores atores da nossa geração e complementado por um elenco bem talentoso.
Nota: 9,0 de 10!!
É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, “Another Round” may not reach the same heights as “The Hunt” or not have equally developed characters, but Danish filmmaker Thomas Vinterberg finds himself in his finest form here, creating a fascinating, captivating, hilarious and emotional study on mid-life crisis, led by a fantastic performance by one of our generation's finest actors and complemented by a very talented cast.
I give it a 9,0 out of 10!!
That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)
Parece ser Ilário... Ótima resenha!!!!
ResponderExcluirRealmente, o filme foi uma grata surpresa!
ResponderExcluirLegal JP Parabéns pelos comentários 👏👏👏👏😃👍
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