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sábado, 3 de abril de 2021

"Meu Pai": um estudo de personagem imersivo, fascinante e emocionante (Bilíngue)

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E aí, meus caros cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, e fico muito feliz em anunciar que, pelo terceiro ano seguido, consegui concluir a façanha de ter visto todos os indicados ao Oscar de Melhor Filme dessa temporada de premiações! E pela primeira vez nos 9 anos que escrevo no blog, terei feito resenhas para todos os indicados antes da cerimônia! Por isso, venho aqui trazer a resenha do único filme que faltava para eu ter repetido a façanha dos últimos dois anos, o qual estará disponível em plataformas de aluguel e compra digital no dia 9 de abril! Munido de um roteiro engenhoso e uma das melhores performances de seu protagonista, o filme em questão é um estudo de personagem fascinante, melancólico e surreal sobre as consequências de uma mente em deterioração. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre “Meu Pai”. Vamos lá!

(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, and I'm really glad to announce that, for the third year in a row, I managed to conclude the feat of watching all the nominees for the Oscar for Best Picture in this award season! And for the first time in these 9 years I've been writing for this blog, I've written reviews for all the nominees before the actual ceremony! Therefore, I come here to bring the review of the only film left for me to have repeated the same feat from the past two years! Armed with an ingenious screenplay and one of its protagonist's finest performances, the film I'm about to analyze is a fascinating, melancholic and surreal character study on the consequences of a deteriorating mind. So, without further ado, let's talk about “The Father”. Let's go!)



Baseado na peça “Le Père”, escrita por Florian Zeller, o filme acompanha o dia a dia de Anthony (Anthony Hopkins), um homem idoso que mora sozinho em um apartamento gigantesco e que recusa todo tipo de ajuda que sua filha (Olivia Colman) é capaz de oferecer. Ao tentar achar sentido nas suas circunstâncias em constante mudança, Anthony começa a duvidar de seus entes queridos, da sua própria mente e até da sua concepção de realidade.

(Based on the play “Le Père”, written by Florian Zeller, the film follows the everyday life of Anthony (Anthony Hopkins), an elderly man who lives by himself in a gigantic apartment, and who refuses every kind of assistance his daughter (Olivia Colman) is able to offer. As he tries to make sense of his constantly changing circumstances, Anthony begins to doubt his loved ones, his own mind and even the fabric of his reality.)



Eu realmente não esperava que “Meu Pai” fosse indicado ao Oscar de Melhor Filme. Com filmes como “Soul”, “A Voz Suprema do Blues” e “Uma Noite em Miami”, que falam de temas atemporais e altamente relevantes para os dias de hoje, na corrida, realmente foi uma surpresa ao ver o primeiro filme de Florian Zeller competir pela estatueta principal com gigantes como “Nomadland” e “Minari”. Antes de falar sobre o filme em si, gostaria de ressaltar que eu adoro filmes que abordam perda de memória, como “Amnésia”, de Christopher Nolan, e “Para Sempre Alice”, de Richard Glatzer e Wash Westmoreland. Mas mesmo que esses filmes tenham feito um belo trabalho ao lidar com um tema tão delicado, meu retrato favorito de perda de memória continua sendo um episódio de 11 minutos de “Hora de Aventura”, intitulado “I Remember You” (“Eu Me Lembro de Você”, em tradução livre). No episódio em questão, o antagonista da série, o Rei Gelado, convoca Marceline, a Rainha dos Vampiros, para compor uma canção, com o objetivo de conquistar o coração de cada princesa do Reino de Ooo. Mas o encontro entre os dois desenterra memórias até então esquecidas pelo vilão, resultando em um episódio emocionante, íntimo e altamente pessoal que desencadearia um estudo psicológico fascinante do personagem, que seria mais desenvolvido em episódios posteriores. Com isso dito, “Meu Pai” é o filme que chega mais perto de se equiparar a esse episódio de “Hora de Aventura” como o melhor retrato de uma mente em constante deterioração, para mim. O filme é co-escrito e dirigido pelo Florian Zeller, um dramaturgo francês que faz sua estreia na direção com o longa, baseado em uma peça que ele mesmo escreveu. O diretor compartilha os créditos do roteiro com o aclamado Christopher Hampton, dramaturgo e roteirista vencedor do Oscar, conhecido por adaptar peças estrangeiras para o inglês, como o tenso e sedutor “Ligações Perigosas”. Assim como aconteceu em outras adaptações teatrais de 2020, como os já citados “A Voz Suprema do Blues” e “Uma Noite em Miami”, “Meu Pai” tem seu enredo restrito à uma única ambientação, o que acaba combinando perfeitamente com a atmosfera íntima que Zeller e Hampton desejam evocar com o texto. Os dois roteiristas conseguem fazer aqui um estudo de personagem bem imersivo, algo bem similar com o que foi feito pelos irmãos Marder em “O Som do Silêncio”, no sentido que nós vemos todo o desenrolar da história pelo ponto de vista do protagonista. Mas o que eu realmente não esperava era que a estrutura do texto de Zeller e Hampton seguisse uma vibe no estilo Charlie Kaufman, diretor do fascinante (e subestimado) “Estou Pensando em Acabar com Tudo”. Ou seja, o longa de Zeller captura perfeitamente a honestidade, a empatia e o realismo que marcaram “O Som do Silêncio” e, devido ao tema principal abordado pelo roteiro, acaba evocando a atmosfera intrinsecamente complexa estabelecida pelo filme de Kaufman. Eu amei como os roteiristas conseguiram inserir o espectador dentro da cabeça do protagonista, e como o desenrolar da trama propositalmente acaba confundindo as duas partes. Isso desperta uma sensação de empatia entre nós e o personagem do Anthony Hopkins, que perdura durante os surpreendentemente curtos (porém concisos) 96 minutos de duração. Essa abordagem imersiva do estudo de personagem permite o uso de dois dos meus recursos favoritos, quando um filme envolve enredos complexos: a narrativa não-linear e o narrador não-confiável. A não-linearidade do enredo se faz presente em todo o roteiro, fazendo uso de momentos e falas repetidas que corroboram com o caráter cíclico da enfermidade do protagonista, que, devido à sua condição mental, se torna um narrador não-confiável, sendo frequentemente contradito pelas pessoas ao seu redor. E nós, como espectadores inseridos no psicológico do personagem de Hopkins, somos levados a confiar na versão dele, e acabamos nos confundindo quando o próprio protagonista se confunde. Pode parecer complexo às vezes, mas o roteiro de Zeller e Hampton funciona perfeitamente. Mesmo seguindo uma vibe mais “Kaufmanesca” em algumas cenas, o verdadeiro destaque da trama é a humanidade que os roteiristas injetam no retrato de uma pessoa cuja mente se encontra em constante deterioração. Os pequenos momentos onde o protagonista investe em um hábito repetitivo, como procurar seu relógio, ou talvez a constante e crescente dificuldade que ele tem ao viver por conta própria, se tornando quase dependente da filha. São cenas dotadas de tamanho realismo que funcionam ao servirem de contraste com as sequências mais surreais do longa. O final é simplesmente fantástico. Se as pessoas pensaram que “Interestelar” e “A Origem” foram confusos, esperem até ver o final de “Meu Pai”. De um modo similar à filmes como “Nós”, “Ilha do Medo” e o próprio “Estou Pensando em Acabar com Tudo”, a conclusão do filme de Florian Zeller nos faz ver o enredo inteiro sob uma perspectiva completamente nova, despertando várias perguntas na cabeça do espectador, que podem ser respondidas ao assistir ao longa novamente. Resumindo, o roteiro de “Meu Pai” mistura um realismo honesto com um surrealismo fascinante, resultando em uma experiência imersiva e em uma relação cheia de empatia entre o espectador e o protagonista. Realmente foi um filme merecedor da sua indicação à Melhor Filme.

(I really wasn't expecting “The Father” to be nominated for the Oscar for Best Picture. With films like “Soul”, “Ma Rainey's Black Bottom” and “One Night in Miami”, which deal with timeless and highly relevant themes for today's times, in the race, it really was a surprise for me to see Florian Zeller's first film compete for the main statue along with giants such as “Nomadland” and “Minari”. Before I start talking about the film itself, I'd like to state that I adore films that deal with memory loss, such as Christopher Nolan's “Memento”, and “Still Alice”, directed by Richard Glatzer and Wash Westmoreland. But even if these films did a beautiful job in portraying such a delicate theme, my favorite portrait of memory loss is still an 11-minute episode of “Adventure Time”, titled “I Remember You”. In that episode, the show's antagonist, the Ice King, invites Marceline, the Vampire Queen, to write a song, with the objective of conquering the hearts of every princess in the Land of Ooo. But their encounter unearths memories long forgotten by the villain, resulting in an emotional, intimate and highly personal episode, that would unlock a fascinating character study of the Ice King, who would be more developed in further episodes. With that said, “The Father” is the film that's the closest of being an equal to that “Adventure Time” episode as the greatest portrait of a constantly deteriorating mind, for me. The film is co-written and directed by Florian Zeller, a French playwright who makes his directing debut here, based on a play that he wrote. The filmmaker shares screenwriting credits with the acclaimed Christopher Hampton, an Oscar-winning playwright and screenwriter who's known for adapting foreign-language plays into English, such as the tense and seductive “Dangerous Liaisons”. As it happened with other theatre adaptations in 2020, such as the aforementioned “Ma Rainey's Black Bottom” and “One Night in Miami”, “The Father” has its plot restricted to a single setting, which ends up being a perfect match to the intimate vibe that Zeller and Hampton wish to evoke with the text. The two screenwriters manage to make a character study here, much alike what the Marder brothers did in “Sound of Metal”, in a way we see the entire unraveling of the plot through the protagonist's point of view. But what I really didn't expect was that Zeller and Hampton's plot structure ended up following a vibe that's similar to the work of Charlie Kaufman, who directed the fascinating (and underrated) “I'm Thinking of Ending Things”. Meaning, Zeller's film perfectly captures the honesty, empathy and the realism that marked “Sound of Metal” and, due to the main theme portrayed by the screenplay, it ends up evoking the intrinsecally complex atmosphere of Kaufman's film. I loved how the screenwriters managed to put us inside the head of the protagonist, and how the story's unraveling purposefully ends up confusing both parties. This awakens a sense of empathy between us and Anthony Hopkins's character, which endures through its surprisingly short (although concise) 96-minute runtime. This immersive approach to a character study allows the use of two of my favorite resources, when it involves a film with a complex plot: the non-linear narrative and the unreliable narrator. The plot's non-linear structure is present throughout the entire script, making use of repeated moments and lines of dialogue that play along with the cyclical nature of the protagonist's illness, which ends up turning him into our unreliable narrator, as he is frequently contradicted by those around him. And we, as viewers put inside the psyche of Hopkins's character, tend to believe his side of the story, and end up getting confused when the protagonist himself gets confused. It might seem complex at some times, but Zeller and Hampton's screenplay works perfectly. Even though it follows a more “Kaufmanesque” vibe in some scenes, the plot's real highlight is the humanity the screenwriters inject in their portrait of a person whose mind is constantly falling apart. The small moments where the protagonist engages in repetitive habits, such as searching for his watch, or maybe the constant and growing difficulty he faces when living by himself, depending almost completely of his daughter. These scenes are gifted with such a great amount of realism, and they work perfectly when serving as a contrast for the film's most surreal sequences. The ending is simply fantastic. If people thought “Interstellar” and “Inception” were confusing, wait until you see the ending to “The Father”. In a similar way to films like “Us”, “Shutter Island” and even “I'm Thinking of Ending Things”, the conclusion of Florian Zeller's film makes us see the entire plot under a whole new perspective, making several questions appear on the viewer's mind, which may be answered after repeated viewings. To sum it up, the screenplay for “The Father” mixes honest realism with a fascinating surreality, resulting in an immersive experience and in an empathy-filled relationship between viewer and protagonist. It was definitely worthy of that Best Picture nomination.)



O elenco do filme de Zeller é composto pela nata, pela realeza dos atores britânicos, e mesmo sendo reduzido, cada ator e atriz nesse elenco dá um verdadeiro show. Eu AMEI a atuação do Anthony Hopkins. Se você assistir ao filme e não sentir empatia pelo personagem dele em nenhum momento, sinto muito, mas você assistiu de maneira errada. Eternizado como o icônico serial killer Hannibal Lecter de “O Silêncio dos Inocentes”, o ator, aos 83 anos, mostra que ainda sabe perfeitamente o que faz, merecendo sua indicação ao prêmio de Melhor Ator. A confusão que o rosto dele demonstra ao sofrer uma das várias “reviravoltas” do enredo é crível e feita de forma essencialmente humana. Os pequenos momentos mencionados anteriormente são uma das melhores formas que os roteiristas encontram de desenvolver o personagem dele, e Hopkins consegue transmitir todos os sintomas e todas as circunstâncias sofridas por uma pessoa com demência perfeitamente em sua performance. Há algumas sequências onde o protagonista literalmente desaba e derrama uma enchente de lágrimas, e o espectador não consegue resistir à tentação de chorar junto com ele, tamanha a honestidade da atuação de Hopkins e a empatia que criamos com o seu personagem. Sei que o Chadwick Boseman é o principal candidato à estatueta de Melhor Ator, mas certamente não colocaria a performance de Hopkins fora da consideração. Em seguida, temos a maravilhosa Olivia Colman, que está merecidamente indicada ao prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante. Eu adorei a incerteza e a divisão que a personagem dela demonstra entre deixar o pai viver sua vida e cogitar em colocá-lo em um asilo. Ela é a âncora literal e emocional do personagem de Hopkins à realidade distorcida que ele está vivendo, e a atriz acertou em cheio nessa performance. E por último, temos o Rufus Sewell, cujo personagem vive persuadindo sua esposa (vivida por Colman) à colocar o pai em um asilo. Cada coisa que ele faz tem o objetivo de despertar um ódio no espectador, e o ator faz isso perfeitamente. O Mark Gatiss, a Imogen Poots e a Olivia Williams entregam performances memoráveis e fantásticas, mas o quanto menos eu falar sobre os personagens deles, melhor, então irei parar por aqui.

(The cast in Zeller's film is composed by the cream of the crop, the absolute royalty of British actors, and even though there is a very small quantity of actors, every performer gives a knockout performance here. I LOVED Anthony Hopkins's performance. If you watch the movie and you don't end up feeling empathy for his character at any point, I'm sorry, but you watched it wrong. Made eternal as the iconic serial killer Hannibal Lecter from “The Silence of the Lambs”, the actor, at 83 years of age, shows he's still perfectly able to do what he does best, earning his nomination for Best Actor. The confusion his face shows when going through one of the plot's many “twists” is believable and made in an essentially human way. The aforementioned small moments are one of the best ways the screenwriters find to develop his character, and Hopkins manages to perfectly transmit every symptom and circumstance that a person with dementia suffers in his performance. There are some sequences where the protagonist literally breaks down crying, and the viewer can't help but cry along with him, due to the honesty in Hopkins's performance and the empathy we've created with his character. I know that Chadwick Boseman is the frontrunner for the award for Best Actor, but I certainly wouldn't take Hopkins's performance out of consideration. Then, we have the wonderful Olivia Colman, who is deservingly nominated for Best Supporting Actress. I loved the uncertainty and division her character demonstrates between letting her father live his life and considering to put him in a nursing home. She is the literal and emotional anchor that tethers Hopkins's character to his twisted reality, and the actress nailed that in her performance. And at last, we have Rufus Sewell, whose character keeps persuading his wife (portrayed by Colman) to put her father in a nursing home. Every thing he does has the objective of making the viewer hate him, and the actor manages to do that perfectly. Mark Gatiss, Imogen Poots and Olivia Williams all deliver memorable, fantastic performances, but the less I talk about their characters, the better, so I'll stop right here.)



E por último, mas definitivamente não menos importante, temos os aspectos técnicos. A começar pela direção de fotografia do Ben Smithard, que consegue evocar uma aura grandiosa, sempre em expansão, mesmo com o enredo restringindo as locações à somente uma ambientação. O trabalho de Smithard casa perfeitamente com a montagem indicada ao Oscar do Yorgos Lamprinos, que é absolutamente essencial para a composição das cenas mais surreais do longa. Temos aqui mais uma trilha sonora magistral do pianista italiano Ludovico Einaudi. Depois de um trabalho extraordinariamente melancólico em “Nomadland”, Einaudi aumenta a ambição de suas composições adicionando uma dose generosa de violino, que combina perfeitamente com as cenas mais tensas e complexas do longa, mas não abandona a delicadeza do piano, que colabora para o tom mais humano da história. E por fim, temos a maravilhosa direção de arte. Merecidamente indicada ao Oscar, a equipe de decoração de sets, os figurinistas, maquiadores, e todos os outros participantes do departamento de arte do filme conseguem injetar vida e personalidade à um apartamento. A maneira que ele foi desenhado dá ao cenário uma impressão incrível de grandeza, como se fosse um edifício enorme, mesmo sendo entre quatro paredes. Eu não lembro de uma direção de arte tão significativa nas outras adaptações de peças de teatro de 2020. Eu amei todo o trabalho técnico que foi feito em “Meu Pai”, e especialmente a direção de arte é o principal concorrente de “Mank” no Oscar, onde o filme de David Fincher provavelmente irá dominar nas categorias técnicas.

(And at last, but definitely not least, we have the technical aspects. Starting off with Ben Smithard's cinematography, which manages to evoke an aura of grandeur, always in expansion, even if the plot is location-restricted to a single setting. Smithard's work is a perfect match with the Oscar-nominated editing by Yorgos Lamprinos, which is absolutely essential for the composition of the film's most surreal scenes. We have here yet another masterful score by Italian pianist Ludovico Einaudi. After an extraordinarily melancholic work done in “Nomadland”, Einaudi enhances the ambition of his compositions by adding a healthy dose of the violin, which perfectly fits with the more tense and complex scenes in the film, but he doesn't abandon the delicateness of the piano, which collaborates for the story to obtain a more human tone. And at last, we have the wonderful work in production design. Deservingly nominated for an Oscar, the set decoration crew, the costume designers, make-up artists, and every other person who worked in the film's art department managed to infuse life and personality to an apartment. The way it was designed gives the scenario an amazing impression of grandeur, as if it was a giant building, even if it's actually between four walls. I really can't remember any other of the theatre adaptations of 2020 having this level of commitment with the art direction. I loved every technical work that went into “The Father”, and the production design in particular is the main opponent for “Mank” at the Oscars, where David Fincher's film will likely dominate the technical categories.)



Resumindo, “Meu Pai” é um filme absolutamente maravilhoso. Dotado de uma engenhosa mistura entre realismo honesto e um surrealismo fascinante, uma das melhores performances de seu protagonista e uma proeza técnica extremamente dedicada, o primeiro filme de Florian Zeller é um estudo de personagem imersivo, humano e emocionante sobre as consequências de uma mente em deterioração. Preparem os lencinhos.

Nota: 10 de 10!!

É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,

João Pedro

(In a nutshell, “The Father” is an absolutely wonderful film. Gifted with an ingenious mix between honest realism and a fascinating surrealism, one of its protagonist's greatest performances and an extremely dedicated technical prowess, Florian Zeller's directorial debut is an immersive, human and highly emotional character study on the consequences of a deteriorating mind. Grab onto your tissue boxes.

I give it a 10 out of 10!!

That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,

João Pedro)


2 comentários:

  1. Interessante! Ótimas dicas e comentários

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  2. Um dos filmes mais tocantes que assisti nos últimos tempos! Agora, essa palhinha do Dr. Hanibal no final ficou jóia hein!!!!

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