E não se esqueçam de curtir e seguir o blog nas redes sociais:
(And don't forget to like and follow the blog in social medias:)
Facebook: https://www.facebook.com/NoCinemaComJoaoPedroBlog/
Twitter: @nocinemacomjp2
Instagram: @nocinemacomjp
E aí, meus caros cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para trazer a resenha do lançamento mais recente nos cinemas e no Disney+ (por um preço adicional)! Após 2 anos inteiros sem nenhum longa-metragem novo da Marvel Studios, o filme em questão é um retorno bem-vindo à melhor forma do estúdio, misturando ação e temas relevantes em perfeito equilíbrio e dando à sua protagonista o desfecho que ela tanto merece. Isso acaba por resultar no melhor filme solo da Marvel desde “Pantera Negra”. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre “Viúva Negra”. Vamos lá!
(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to bring the review of the most recent release in theaters and on Disney+ (for an additional fee)! After two whole years without any new feature-length film by Marvel Studios, the film I'm about to review is a welcome return to the studio's finest form, blending action with relevant themes in perfect balance and giving its main character the closure she deserves. That ends up resulting in Marvel's best solo film since “Black Panther”. So, without further ado, let's talk about “Black Widow”. Let's go!)
Ambientado após os eventos de “Capitão América: Guerra Civil”, o filme acompanha Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson), que, ao ser perseguida constantemente pelo governo estadunidense, foge para Budapeste, onde encontra outra Viúva Negra, Yelena Belova (Florence Pugh). Juntas, as duas planejam em enfrentar seus demônios e derrubar a organização que as transformou em assassinas, contando com a ajuda da ex-Viúva Melina Vostokoff (Rachel Weisz) e de Alexei Shostakov/Guardião Vermelho (David Harbour), ex-agentes soviéticos que posaram como os pais de Natasha e Yelena numa missão secreta nos anos 1990.
(Set after the events of “Captain America: Civil War”, the film follows Natasha Romanoff/Black Widow (Scarlett Johansson), who, after being constantly persecuted by the US government, flees to Budapest, where she encounters another Black Widow, Yelena Belova (Florence Pugh). Together, the pair plans on facing their demons and bring down the organization that turned them into assassins, relying on the help of former Widow Melina Vostokoff (Rachel Weisz) and Alexei Shostakov/Red Guardian (David Harbour), former Soviet agents who played the role of Natasha and Yelena's parents in an undercover mission in the 1990s.)
Eu sempre achei que a Viúva Negra era uma das personagens menos desenvolvidas no Universo Cinematográfico da Marvel. Com mais de 10 anos sendo interpretada por Scarlett Johansson ao longo de nove filmes, começando com “Homem de Ferro 2” em 2010, Natasha Romanoff sempre ficava de escanteio nas suas aparições em obras da Marvel, servindo como coadjuvante para personagens mais famosos como o Homem de Ferro e o Capitão América. Nesses 10 anos de tela, somente uma cena pareceu importante para o desenvolvimento da personagem.
Em “Vingadores: Era de Ultron”, filme de 2015, Wanda Maximoff (mais conhecida como Feiticeira Escarlate) atrai Natasha para uma armadilha e induz a consciência dela em direção à uma memória distante. Na cena, a personagem retorna à organização que a manipulou, com o objetivo de transformá-la em uma assassina de sangue frio. Ela revive toda a lavagem cerebral que ela sofreu pelas mãos dessa organização, deixando a personagem abalada pelo restante do filme. Por mais curta que tenha sido, foi uma sequência sombria e altamente interessante que, infelizmente, não foi aprofundada nas aparições subsequentes de Romanoff.
Aí, em 2019, veio “Vingadores: Ultimato”, o filme que teria como um de seus eventos mais decisivos o sacrifício da personagem por um bem maior: a aquisição da Joia da Alma, que permitiria a vitória dos Vingadores na batalha final contra Thanos e seu exército. Das duas mortes presentes no longa, apenas a de Tony Stark conseguiu surtir um efeito emocional, pelo menos em mim. Grande parte disso vem do fato que vemos o personagem evoluir de um babaca egocêntrico para se tornar alguém altruísta. Até a morte da Gamora, que sofreu o mesmo destino de Natasha em “Vingadores: Guerra Infinita”, conseguiu me emocionar mais do que o sacrifício de Nat em “Ultimato”, por ter visto a Guardiã da Galáxia se desenvolver bastante ao longo de apenas dois filmes.
Então, minhas expectativas para “Viúva Negra”, bem antes do lançamento ter sido adiado pela pandemia do COVID-19, estavam centradas ao redor deste desenvolvimento que faltava para o sacrifício de Natasha ter tido uma veia mais impactante e emocionante. Pelos trailers, esperava um filme com bastante ação, mas também algo que não ignorasse o passado assombrado da personagem, introduzido em “Era de Ultron”. E fico bem feliz em dizer que o filme de Natasha Romanoff é o melhor filme solo da Marvel Studios desde o indicado ao Oscar de Melhor Filme “Pantera Negra”.
Ok, vamos falar do roteiro. Escrito por Eric Pearson (roteirista de “Thor: Ragnarok”), e baseado numa história de Jac Schaeffer (roteirista de “WandaVision”) e Ned Benson, o enredo de “Viúva Negra” acerta em cheio em vários aspectos narrativos. Em primeiro lugar, temos o tom. Diferente de filmes como “Guardiões da Galáxia”, cuja estética distancia os eventos ocorridos na trama da realidade, o roteiro de Pearson é o mais próximo que teremos de um filme de espionagem feito pela Marvel Studios, contendo muitas reviravoltas que me pegaram de surpresa, e ao mesmo tempo, um senso de humor descontraído que é bem equilibrado com as cenas mais sérias. É um filme mais realista, pé no chão, que tem o auxílio da violência (que é mais explícita do que em outros longas do estúdio) para fincar os seus pés na realidade. Claro, há algumas sequências aqui que causariam inveja à franquia “Velozes e Furiosos”, mas Pearson e a diretora Cate Shortland fazem o melhor possível para equiparar o filme ao realismo mostrado em “Capitão América 2: O Soldado Invernal” e “Pantera Negra”.
Em segundo lugar, temos os personagens, que são extremamente bem desenvolvidos. Não há o retorno de nenhum dos Vingadores em “Viúva Negra”, colaborando para que o foco da história seja a Natasha, assim como as relações que ela tem com os outros personagens do enredo. A dinâmica entre ela e sua “irmã”, Yelena, é o fio condutor da trama. É muito interessante ver o quanto as duas realmente agem como irmãs. A Natasha é bem protetora, como uma irmã mais velha; a Yelena, por outro lado, é rebelde, sarcástica, como toda irmã mais nova que quer ser diferente da primogênita. Eu gostei bastante de como o filme serve como um desfecho para o arco narrativo da protagonista, e ao mesmo tempo, como uma história de origem para a personagem interpretada pela Florence Pugh, que já irá retornar na vindoura série do Gavião Arqueiro feita para o Disney+, com o lançamento ainda previsto para esse ano.
Em terceiro lugar, temos as referências ao passado da protagonista, espalhadas ao longo de várias cenas, algumas até ajudando os fãs mais fervorosos a solucionarem um dos maiores mistérios envolvendo Romanoff. Sem spoilers aqui, mas quem sabe, sabe. Uma grande parte de “Viúva Negra” é dedicada à exposição das motivações da organização que transformou a personagem-título em uma assassina, o que me agradou bastante, suprindo uma necessidade que surgiu lá em 2015. A incrível sequência de créditos iniciais, ao som de “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana, consegue expor, de maneira bem clara e aterrorizante, como foi a adolescência de Natasha Romanoff em menos de cinco minutos. É algo que consegue se equiparar ao que foi introduzido em “Era de Ultron”, devido ao realismo do que é mostrado em tela.
E por último, mas certamente não menos importante, temos o equilíbrio perfeito que Pearson faz entre a ação inerente em uma obra da Marvel Studios e os temas importantes e relevantes provindos do passado dos personagens. Como todo bom filme de espionagem, “Viúva Negra” tem cenas de ação de tirar o fôlego, contendo lutas extremamente bem coreografadas e, acima de tudo, realistas, o que adiciona mais uma vantagem ao longa de Cate Shortland. Há algumas cenas aqui que me lembraram bastante de sequências memoráveis de ação nos filmes mais recentes da franquia “Missão: Impossível”, dirigidos por Christopher McQuarrie.
Mas, felizmente, os temas que são abordados aqui permitem que o filme solo de Natasha Romanoff seja mais do que somente um espetáculo visual recheado de cenas de ação. Devido a todo o pano de fundo que nos é apresentado, temáticas como o abuso, a manipulação, o livre-arbítrio, a vingança, a dificuldade em enfrentar seus demônios, e principalmente, a redenção, transformam o que seria, em teoria, um filme de super-heróis “normal” em um estudo de personagem fascinante. Tal estudo acaba por dar de presente todo o desenvolvimento que a personagem-título deveria ter ganho desde “Homem de Ferro 2”, com o próprio filme solo dela servindo como um tipo de redenção, por toda vez que Romanoff fora deixada de escanteio nos filmes anteriores da Marvel.
Em suma, fazendo justiça ao sacrifício da personagem, o longa de Cate Shortland adiciona o caráter emocionante que o desfecho de sua história merecia em 2019, preenchendo o espaço entre “Capitão América: Guerra Civil” e “Vingadores: Guerra Infinita” com perfeição. E, é claro, como em todo filme do estúdio, fiquem ligados na cena pós-créditos, que é tão incrível que eu teria passado vergonha nos cinemas, se tivesse gritado do jeito que gritei vendo o filme em casa com meu pai. É boa nesse nível.
(I've always thought that Black Widow was one of the least developed characters in the Marvel Cinematic Universe. With over 10 years being portrayed by Scarlett Johansson throughout nine films, starting off with 2010's “Iron Man 2”, Natasha Romanoff has always been a side character in her appearances in works by Marvel, serving more as a supporting character to more famous figures such as Iron Man and Captain America. In these 10 years of screentime, only one scene seemed important for the character's development.
In “Avengers: Age of Ultron”, a 2015 film, Wanda Maximoff (best known as the Scarlet Witch) lures Natasha into a trap and induces her consciousness towards a very distant memory. In the scene, the character returns to the organization that manipulated her, towards the goal of turning her into a cold-blooded assassin. She relives all the brainwashing she suffered by the hands of this organization, leaving the character shocked and haunted all the way through the film's conclusion. As short as it actually was, it was a dark, highly interesting sequence that, unfortunately, wasn't dealt with in Romanoff's subsequent appearances.
Then, in 2019, came “Avengers: Endgame”, the film that would have, as one of its most decisive events, the character's sacrifice for the greater good: the obtaining of the Soul Stone, which would allow the Avengers' victory in the final battle against Thanos and his army. Out of the two deaths the movie featured, only Tony Stark's managed to get an emotional response from me, at least. A great part of that comes from the fact that we get to see the character evolve from an egocentric douchebag into someone a little more selfless. Even the death of Gamora, who suffered the same fate as Natasha in “Avengers: Infinity War”, managed to make me more emotional than Nat's sacrifice in “Endgame”, as I saw the Guardian of the Galaxy develop a lot throughout only two films.
So, my expectations for “Black Widow”, way before its release got delayed by the COVID-19 pandemic, were centered around this lacking character development, which was needed to make Natasha's sacrifice a bit more impactful. From the trailers, I expected something with plenty of action, but also something that didn't completely ignore the character's haunted past, introduced in “Age of Ultron”. And I am really glad to say that Natasha Romanoff's film is Marvel Studios' finest solo film since the Best Picture Oscar-nominated film “Black Panther”.
Okay, let's talk about the screenplay. Written by Eric Pearson (writer of “Thor: Ragnarok”), and based on a story by Jac Schaeffer (writer of “WandaVision”) and Ned Benson, the plot for “Black Widow” knocks it out of the park in several narrative aspects. Firstly, we have the tone. Unlike films like “Guardians of the Galaxy”, where the aesthetic presented in the film's events puts it apart from reality, Pearson's screenplay is the closest we'll ever get to an espionage thriller made by Marvel Studios, containing many plot twists that caught me by surprise, and at the same time, an uncompromising sense of humor that's well-balanced with the more serious scenes. It's a more realistic, down to Earth film, aided by the use of violence (which is more explicit here than in the studio's previous work) to keep itself tethered to reality. Sure, there are some sequences here that would make the “Fast and Furious” franchise jealous, but Pearson and director Cate Shortland do their best to make it an equal to the realism displayed in “Captain America: The Winter Soldier” and “Black Panther”.
Secondly, we have the characters, which are extremely well developed. There isn't the return of any of the other Avengers, collaborating for the story's focus to be Natasha, as well as the relationships she forges with the other characters in the plot. The dynamics between Nat and her “sister”, Yelena, is the plot's main conductive force. It's very interesting to see how much the two of them actually feel like sisters. Natasha is very overprotective, as an older sister; Yelena, on the other hand, is rebellious, sarcastic, like any younger sister who wishes to be different from the firstborn. I really enjoyed how the film serves as a closure to the protagonist's narrative arc, and at the same time, as an origin story for Florence Pugh's character, who will already make her return in the upcoming Disney+ series focused on Hawkeye, which will be released later this year.
Thirdly, we have the references to the protagonist's past, scattered throughout many of the film's scenes, some of them even helping the most hardcore fans to solve one of the MCU's biggest mysteries involving Romanoff. No spoilers here, but if you know it, you know it. A great part of “Black Widow” is dedicated to the exposition of the motivations that led the aforementioned organization into turning the title character into an assassin, which pleased me a lot, fulfilling a need that was formed way back in 2015. The incredible initial title sequence, executed to the sound of Nirvana's “Smells Like Teen Spirit”, manages to expose, in a very clear and harrowing way, how Natasha Romanoff's teenage years were spent in under five minutes. It's something that manages to be an equal to what was introduced in “Age of Ultron”, due to the realism of what's shown onscreen.
And at last, but certainly not least, we have the perfect balance that Pearce makes between the inherent action in a work by Marvel Studios and the important and thought-provoking themes that are essential to the characters' past. Just like every good film about espionage, “Black Widow” has breathtaking action scenes, containing extremely well-coreographed, and above all, realistic fight sequences, which adds one more advantage to Cate Shortland's film. There are some scenes here that reminded me a lot of some memorable sequences in the most recent films in the “Mission: Impossible” franchise, directed by Christopher McQuarrie.
But, fortunately, the themes the story deals with allow Natasha Romanoff's solo film to be more than just an action-packed visual spectacle. Due to all the background that's presented to us, themes such as abuse, manipulation, free will, revenge, difficulty in facing your own demons, and mainly, redemption, transform what would've been, in theory, a “normal” superhero film into a fascinating character study. That study ends up presenting its title character with all the character development she should've won since “Iron Man 2”, with her own solo film serving as a redemption of sorts, making up for all the times that Romanoff was set aside in previous Marvel films.
To sum it up, doing justice to the character's sacrifice, Cate Shortland's film adds the emotional factor that the end of her story deserved in 2019, filling up the gap between “Captain America: Civil War” and “Avengers: Infinity War” with perfection. And, of course, like every other film in the studio, stay tuned for the post-credit scene, which is so incredible that I would've made a crazy person out of myself if I had watched it in theaters instead of watching it at home with my dad. It's scream-out-loud good.)
Exceto pela protagonista e pelo personagem de William Hurt, todos os personagens em “Viúva Negra” fazem sua primeira aparição no Universo Cinematográfico da Marvel, o que eu achei bem interessante. Mas vamos começar pela Scarlett Johansson. Por ser o filme solo de sua personagem, Johansson encarna a melhor “versão” da Viúva Negra aqui. É possível olhar nos olhos da Natasha e ver o quanto que o passado dela a assombra, e este receio de Romanoff ao enfrentar seus demônios é visível na atuação de Johansson. Mas talvez o mais incrível no trabalho da atriz em “Viúva Negra” seja o quanto ela não se deixa abalar por causa desse receio que a personagem tem. Isso permite que a Natasha seja vista como alguém forte, implacável e que não leva desaforo para casa, mas também como alguém sensível e que claramente já passou por muita coisa, adicionando um toque de humanidade à protagonista, algo bem similar ao que aconteceu com a Wanda/Feiticeira Escarlate em “WandaVision”.
Mas embora o título se refira à personagem interpretada por Johansson, a Viúva Negra interpretada por Florence Pugh é a verdadeira estrela do filme. De novo, não irei tratar de spoilers aqui, mas as circunstâncias envolvendo a personagem de Pugh transformam ela na pessoa mais consciente da manipulação que sofreu. O trabalho dela aqui me lembrou muito de outra personagem interpretada por Pugh, a Amy de “Adoráveis Mulheres”. É dela que vem a maior parte do caráter emocional do filme, já que ela é a que mais se importa com a família formada pelos agentes soviéticos, por mais falsa que tenha sido. De certo modo, Yelena Belova é a alma de “Viúva Negra”, de modo que ela é a cola que mantém o filme todo junto. A atriz consegue ser tão implacável e forte como Johansson, e demonstra um senso de humor essencialmente sarcástico, ao mesmo tempo que descasca as camadas de sua personagem e revela alguém completamente vulnerável. Eu mal posso esperar para ver o futuro de Yelena Belova no Universo Cinematográfico da Marvel.
Eu gostei bastante do alívio cômico que o David Harbour representou para o filme. O sotaque dele é uma das principais razões do porquê a performance dele funciona. E mesmo que o personagem dele seja um pouco arrogante, a motivação para o percurso do arco narrativo dele é visível, a ponto do próprio espectador se identificar em algum aspecto com o Alexei. Eu me surpreendi pelo desenvolvimento da Rachel Weisz. Pelo material promocional, eu pensava que a personagem dela ia seguir um rumo bem comum e previsível, mas o roteiro de Pearson subverteu minhas expectativas completamente, dando à personagem um arco narrativo inteligente e redentor, com o qual Weisz consegue trabalhar muito bem. O O-T Fagbenle consegue arrancar algumas risadas do espectador, mesmo não tendo um papel tão central assim na trama. E, por fim, o Ray Winstone faz um ótimo trabalho em fazer o espectador odiar o seu personagem com todas as forças, o que, para qualquer vilão, é ótimo.
(Apart from the protagonist and William Hurt's character, all the characters in “Black Widow” make their first appearance in the Marvel Cinematic Universe, which I thought it was pretty interesting. But let's start this off with Scarlett Johansson. As this is her character's solo movie, Johansson embodies the best “version” of Black Widow here. You are able to look into Natasha's eyes and see how much her past haunts her, and Romanoff's fear towards facing her own demons is perceptible through Johansson's performance. But perhaps the most amazing thing about the actress's work in “Black Widow” is how much she doesn't let herself crumble because of that fear her character has. This allows Natasha to be seen as a strong, relentless person who doesn't take crap from anybody, but also as someone who's sensitive and has clearly been through a lot, injecting a touch of humanity to the protagonist, something very similar to what happened with Wanda/Scarlet Witch in “WandaVision”.
But although the title refers to the character played by Johansson, the Black Widow played by Florence Pugh is the real star of the film. Again, I won't deal with any spoilers here, but the circumstances involving Pugh's character transform her into the person that's most conscious of the manipulation she has suffered. Her work here reminded me a lot of another character played by Pugh, Amy from “Little Women”. She's the source of most of the film's emotional character, since she's the one that cares the most about the family formed by the Soviet agents, as fake as it may ended up being. In a way, Yelena Belova is the soul of “Black Widow”, where she is the glue that keeps everything in the film together. The actress manages to be as relentless and strong as Johansson, displaying an essentially sarcastic sense of humor, and at the same time she peels off her character's layers, in order to reveal someone completely vulnerable. I can't wait to see Yelena Belova's future in the Marvel Cinematic Universe.
I really enjoyed the comic relief that David Harbour provided for the film. His accent is one of the main reasons why his performance works perfectly. And even though his character is a bit arrogant at first, the motivation that fuels the course of his narrative arc is visible, to the point that the viewer is able to see themselves reflected on Alexei. I was really impressed with Rachel Weisz's performance. From the trailers, I expected her character to follow a very familiar, predictable path, but Pearson's screenplay subverted my expectations completely, giving the character a clever, redemptive narrative arc, with which Weisz manages to excel at. O-T Fagbenle manages to get a few laughs from the viewer, even though his character doesn't play a very central role in the plot. And, finally, Ray Winstone does a pretty good job in making the viewer hate his character with everything they've got, which, in regards to any villain, is great.)
E, é claro, para finalizar esta resenha com chave de ouro, temos os aspectos técnicos, os quais, assim como em todo filme da Marvel Studios, transformam o filme em um verdadeiro espetáculo visual. A direção de fotografia do Gabriel Beristain consegue equilibrar muito bem o frenesi inerente das cenas de ação com a calma e tranquilidade das cenas mais centradas em diálogos trocados entre os personagens. A direção de arte faz um excelente trabalho em criar uma identidade visual fria e ameaçadora para os antagonistas de “Viúva Negra”, o que eu achei bem interessante.
A montagem do Leigh Folsom Boyd e do Matthew Schmidt consegue ser bem metódica nas cenas de ação, com cortes rápidos nas cenas mais estilizadas e takes mais prolongados nas sequências mais cruas, que envolvem força bruta. A trilha sonora do Lorne Balfe é eletrizante em todos os sentidos, me fazendo lembrar bastante das trilhas sonoras dos filmes mais recentes da franquia “Missão: Impossível”.
E, por fim, temos as cenas de ação, e eu preciso aplaudir o esforço da diretora e da equipe de dublês ao tentar fazer o máximo possível sem o uso de CGI, o que, em um filme da Marvel, é quase impossível. Claro, há o uso de CGI em algumas sequências (talvez para nos lembrar de que estamos vendo um filme de super-heróis), mas a grande maioria das cenas, em especial aquelas que envolvem combates corpo-a-corpo, é feita de forma prática, o que, novamente, reforça o realismo que a diretora quis imprimir à obra, e isso é um grande passo a frente para a representação da ação nos filmes da Marvel.
(And, of course, in order to close this review on a high note, we have the technical aspects, which, just like in every Marvel Studios film, transform the film into a real visual spectacle. Gabriel Beristain's cinematography manages to make a real nice balance between the inherent frenzy of the fast-paced action scenes with the calm and tranquility of the scenes that are more centered in dialogue exchanges between the characters. The production design does an excellent job in creating a cold, threatening visual identity for the antagonists of “Black Widow”, which I thought it was pretty interesting.
Leigh Folsom Boyd and Matthew Schmidt's editing manages to be pretty methodical in the action scenes, with fast, swift cuts in the more stylized scenes and more prolonged takes in the most raw sequences, which involve brute force. Lorne Balfe's original score is electrifying in all ways possible, reminding me a lot of the musical scores in some of the most recent films in the “Mission: Impossible” franchise.
And, finally, we have the action scenes, and I must applaud the director and stunt team's effort in trying to make them as real as possible, sometimes ignoring the use of CGI, which, in a Marvel movie, is nearly impossible. Of course, there is an use of CGI in some sequences (perhaps to remind us that we're watching a superhero movie), but the great majority of its fight scenes, especially those involving one-on-one combat, is made in a practical way, which, once again, reinforces the realism the director wanted to inject the film with, and that's a big step forward for action representation in Marvel movies.)
Resumindo, “Viúva Negra” é o melhor filme solo da Marvel Studios desde “Pantera Negra”. A diretora Cate Shortland (a primeira mulher a dirigir, sozinha, um filme do estúdio) nos entrega um espetáculo visual realista, cheio de ação e personagens multifacetados, que preenche os espaços que faltavam para o desfecho da história de Natasha Romanoff ter um impacto mais significativo. Ao mesmo tempo que o longa serve como o fim do arco narrativo de sua protagonista, também é uma incrível história de origem para uma das novas personagens mais promissoras do Universo Cinematográfico da Marvel. Valeu muito a pena esperar mais de um ano para assistir esse filme.
Nota: 10 de 10!!
É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(In a nutshell, “Black Widow” is the best solo film from Marvel Studios since “Black Panther”. Director Cate Shortland (the first woman to, single-handedly, direct a film from the studio) presents us with a realistic visual spectacle, filled with action and layered characters, which fills in the gaps that the closure of Natasha Romanoff's story needed in order to have a more significant impact. At the same time the film serves as the end of its protagonist's narrative arc, it is also an amazing origin story for one of the most promising new characters in the Marvel Cinematic Universe. The year-long wait was so worth it.
I give it a 10 out of 10!!
That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,
João Pedro)
Uma das melhores resenhas dos últimos tempos!!!
ResponderExcluirMuito bom msm! 👏👏👏👏👏 e essa Scarlett Johansson é fera 😀
ResponderExcluir