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sábado, 28 de dezembro de 2019

O Melhor de 2019 (Bilíngue)


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E aí, meus cinéfilos queridos! Tudo bem com vocês? Eu estou de volta, mais cedo que o esperado, porque hoje é meu aniversário!!! E, nessa data especial, decidi dar um presente a vocês, meus leitores. Nesse ano, tivemos muitos filmes. Alguns tiveram resenhas postadas no blog, outros não. Então, minha proposta é fazer um ranking dos 5 melhores filmes de 2019. Após o top 5, farei uma seção de menções honrosas (ou seja, aqueles que chegaram bem perto de estar nos 5 melhores) e depois, uma parte lembrando todas as temporadas de séries que eu gostei mais nesse ano. Então, sem mais delongas, vamos começar!
(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, and sooner than expected, because today is my birthday! And, on this special day, I decided to give you, my readers, a gift. This year, we had a lot of films. Some of them got reviewed here, others didn't. So, my proposal is to make a ranking of the 5 best films of 2019. After the top 5, I'll make a section on honorable mentions (meaning, those who came close to being in the top 5), and after that, a small part remembering every TV show season I enjoyed the most this year. So, without further ado, let's start this!)


  1. HISTÓRIA DE UM CASAMENTO, dirigido por Noah Baumbach
(MARRIAGE STORY, directed by Noah Baumbach)
Um filme sensível, íntimo e emocionante. Tá aí algo que eu nunca imaginava que a Netflix seria capaz de fazer. Já sabendo o que esperar, fui ver esse filme com uma expectativa mediana, e acabei me surpreendendo bastante. O roteiro possui um teor dolorosamente realista, o que ajuda muito na carga emocional do filme. Os atores se entregam de corpo e alma aos papéis e aos diálogos que lhes são dados. Como dito na resenha do filme, o Adam Driver e a Scarlett Johansson dão um show, praticamente garantindo a indicação ao Oscar dos dois no processo. A Laura Dern interpreta um excelente papel coadjuvante, possuindo alguns dos diálogos mais inteligentes contidos no roteiro. A trilha sonora do Randy Newman faz um contraste perfeito com a atmosfera melancólica que o enredo propõe. Definitivamente, é um dos melhores filmes originais da Netflix, e “História de um Casamento”, com toda certeza, marcará presença no Oscar ano que vem, especialmente nas 5 categorias principais (Melhor Filme, Direção, Ator, Atriz e Roteiro Original).
(A sensitive, intimate, highly emotional film. Now, there's something I never imagined that Netflix was able to make. Already knowing what to expect, I watched this film with mild expectations, and I ended up being pleasantly surprised. The script has a painfully realistic tone, which helps a lot when it comes to emotionally charge the movie. The actors dedicate every inch of themselves to the roles and the dialogues that are given to them. As I stated in the review of the film, Adam Driver and Scarlett Johansson are utterly amazing, practically guaranteeing their Oscar nomination in the process. Laura Dern plays an excellent supporting role, possessing some of the smartest dialogues contained in the script. Randy Newman's score makes a perfect contrast with the melancholic atmosphere inserted in the plot. It's definitely one of the best Netflix original films ever, and “Marriage Story”, without a doubt, will make a presence in the Oscars next year, especially in the main 5 categories (Best Picture, Director, Actor, Actress, and Original Screenplay).)


  1. ROCKETMAN, dirigido por Dexter Fletcher
    (ROCKETMAN, directed by Dexter Fletcher)
Confesso que minha expectativa para esse filme não estava lá no alto, especialmente pelo fato de “Bohemian Rhapsody”, que foi finalizado pelo diretor desse filme, ter sido tão mediano. Mas, felizmente, Dexter Fletcher pega tudo que deu errado em “Bohemian” e acerta tudo em “Rocketman”. A começar pela verdadeira veia de musical que o filme possui. Ele não é uma biografia com algumas partes de show e talz, é um musical DE VERDADE, com coreografias bem trabalhadas, um teor de fantasia cativante e movimentos de câmera bem fluidos. Depois, a classificação etária. “Rocketman” tem um tom bem mais adulto, ele não suaviza nada da vida cheia de drogas e sexo que o Elton John teve nos anos iniciais de sua carreira, ao contrário do que “Bohemian” fez. E por último, mas não menos importante, temos a atuação do protagonista. O Taron Egerton incorpora o Elton John de uma maneira extraordinária. A fisionomia, os maneirismos, e ele realmente canta no papel, e canta muito bem, a propósito. Gostaria muito que esse filme fosse indicado à várias categorias no Oscar, como prova de que é muito mais digno de estatuetas do que “Bohemian”, mas parte de mim tem quase certeza que ele será ofuscado por filmes que farão mais presença ano que vem.
(I confess that my expectations for this film weren't sky high, especially because of the fact that “Bohemian Rhapsody”, which was finished by the director of “Rocketman”, was only kinda good. But, fortunately, Dexter Fletcher takes everything that went wrong in “Bohemian” and gets everything right in this film. Starting with the true musical vein the film has. It's not a biopic with some concert parts, it's a FULL-ON musical, with well-rehearsed coreography, a captivating fantasy tone, and very fluid camera movements. Then, we have the rating. “Rocketman” has a much more mature tone, it doesn't tone down anything from the sex-and-drugs-filled life that Elton John had in the initial years of his career. And, at last, but not least, we have the performance of the protagonist. Taron Egerton embodies Elton John in an extraordinary way. His physicalities, his mannerisms, and he actually sings in this, and he sings beautifully, by the way. I would really like this film to be nominated to several categories at the Oscars, as a proof that it's way more worthy of these awards than “Bohemian”, but part of me is almost sure that the spotlight will shine upon other films next year.)


  1. CORINGA, dirigido por Todd Phillips
    (JOKER, directed by Todd Phillips)
Se os vencedores futuros do Leão de Ouro forem tão bons quanto esse, os filmes exibidos no Festival de Veneza farão uma presença constante nas próximas listas de melhores do ano. A mudança de tom, se comparado aos filmes anteriores da DC, foi muito bem vinda. Um estudo de personagem sobre um dos vilões mais conhecidos do universo dos quadrinhos foi o approach certo para esse projeto. O roteiro é bem mais realista, sendo ambientado em uma Gotham City que parece ser real. O desenvolvimento de personagem do protagonista é feito de maneira sublime, não só através da atuação, mas também pela fotografia e pela direção de arte, que ficam gradualmente mais coloridas ao longo da trama. A violência não é estilizada, o que é bom, porque só reforça a proposta diferente que o filme tem. Mas o prato principal aqui é a atuação do Joaquin Phoenix. Se ele não ganhar o Oscar por esse papel, eu não sei quando ele vai ganhar, porque esse pode muito bem ser o papel mais dedicado dele. Eu fiquei chocado com o que ele fez pra atingir a fisionomia do Arthur. Ele passou fome, comeu muito pouco e estudou risadas patológicas na internet pra realmente entrar na mente do personagem. Isso é dedicação, e esse tipo de comprometimento merece o Oscar. A trilha sonora da Hildur Gudnadóttir é maravilhosa, é uma das coisas mais lindas do filme, pois ela trabalha a psicologia do Arthur muito bem. Pra terminar, eu digo uma coisa: vai demorar para que um filme baseado em quadrinhos atinja o nível de realismo que “Coringa” atingiu.
(If the future Golden Lion winners could be as good as this one, the films shown at the Venice Film Festival will make a constant presence in my next lists for the best movies of the year. The change of tone, if compared to DC's previous films, was very welcome. A character study on one of the most known villains in the comic book universe was the right approach for this project. The script is much more realistic, being set in a Gotham City that looks and feels real. The protagonist's character development is done in a sublime way, not only through acting, but also through the cinematography and the art direction, which, gradually, become more colorful, as the plot moves forward. The violence isn't stylized, which is good, because it only reinforces the different proposal it has. But the main course here is Joaquin Phoenix's performance. If he doesn't get an Oscar for this, I don't know when he will, because this one just may be his most dedicated role yet. I was shocked when I learned what he went through to achieve Arthur's fisionomy. He went through hunger, ate little amounts of food and studied pathological laughter on the internet to really enter the character's mind. That is dedication, and this kind of commitment deserves the Oscar. Hildur Gudnadóttir's score is wonderful, it's one of the most beautiful things about it, as it works with Arthur's psychology really well. To cap it off, I say this: it's going to take a very long time for a comic book movie to achieve the level of realism that “Joker” did.)


  1. ERA UMA VEZ EM HOLLYWOOD, dirigido por Quentin Tarantino
    (ONCE UPON A TIME IN HOLLYWOOD, directed by Quentin Tarantino)
Muita gente falou mal desse filme na época de lançamento, e eu sinceramente não sei porque. Eu tinha adorado na primeira vez que assisti, e posso dizer que ele só melhora na segunda vez. É um dos filmes mais gostosos de assistir do Tarantino, pra mim, porque é um filme sobre o cinema, sobre Hollywood, sobre o que acontece atrás das câmeras, e eu amo esse tipo de filme. Esse talvez seja o roteiro mais metalinguístico que o Tarantino já escreveu até agora, e pode ser um dos principais indicados a Melhor Roteiro Original ano que vem, com razão. O elenco desse filme é sensacional. O Leonardo DiCaprio e o Brad Pitt interpretam alguns de seus papéis mais engraçados dos últimos anos, e a metalinguagem deles sendo atores interpretando atores pode render indicações ao Oscar para os dois. A Margot Robbie incorpora a Sharon Tate de uma maneira bem simbólica, eu adorei a contribuição dela para a história. A trilha sonora desse filme é cheia de sucessos dos anos 1960, a direção de arte fielmente recria a época retratada, o que é ótimo. A única cena que tem violência nesse filme está justamente equiparada com o confronto contra os Crazy 88 em “Kill Bill” como as cenas mais estilizadas que o Tarantino já criou, e é uma das cenas mais gratificantes do filme inteiro. Então, aí vai minha dica: assistiu e não gostou? Assista de novo, porque melhora. Assistiu e gostou? Assista de novo também, pelos easter eggs e pela trilha sonora.
(A lot of people didn't like this film when it premiered, and I honestly don't know why. I had loved it the first time I watched it, and I can say that it only gets better the second time around. It's one of the coziest films Tarantino has ever made, for me, because it's a movie about movies, about Hollywood, about what happens when the camera isn't rolling, and I love this type of film. This may be the most metalinguistic script Tarantino has ever written so far, and it may be one of the main contenders for Best Original Screenplay next year, rightfully so. The cast is sensational. Leonardo DiCaprio and Brad Pitt play some of their funniest roles these years, and their metalanguage of them being actors playing actors may nominate both of them for Oscars. Margot Robbie embodies Sharon Tate in a very symbolic way, I loved her contribution to the plot. The soundtrack is filled with 1960s hits, the art direction faithfully recreates the setting of the film, which is great. The only scene that has violence in it is rightfully in the same place as the confrontation with the Crazy 88 in “Kill Bill” as the most stylized scenes Tarantino ever created, and it's one of the most gratifying scenes in the whole movie. So, here's my tip: you watched it and didn't like it? Watch it again, because it gets better. You watched it and you did like it? Watch it again too, because of the easter eggs and the soundtrack.)


  1. PARASITA, dirigido por Bong Joon-Ho
    (PARASITE, directed by Bong Joon-Ho)
Esse é um daqueles filmes que te pegam de surpresa, se você não tiver nenhum tipo de expectativa. Se você tiver alguma expectativa, é bem provável que “Parasita” irá atendê-la com prazer. Algo presente nesse filme que não fez tanta presença assim nos filmes citados acima (exceto “História de um Casamento”) é a capacidade da história de ser universal, de dialogar com as situações socioeconômicas de todo país, não só do país em que o filme é ambientado. Outra coisa que o roteiro faz muito bem é o comprometimento em não taxar os personagens como mocinhos ou vilões. Todos os personagens aqui são humanos, e é essa humanidade (e as consequências das condições sociais e financeiras de cada um) que é explorada aqui. As atuações do elenco são maravilhosas, e a direção de arte é extraordinária, porque ela explora o contraste entre as duas famílias de uma forma que a atuação não consegue fazer, pelo fato de todos os personagens serem tratados como seres humanos. “Parasita” é aquele raro filme estrangeiro que consegue ser mais relevante e necessário do que os filmes de Hollywood, devido ao tema abordado, à universalidade da história e a reflexão com a realidade em que vivemos. Estou torcendo para esse filme no Oscar com todas as minhas forças, e se tenho uma certeza nessa cerimônia, é essa: “Parasita” não sairá de mãos vazias. Um indicado certeiro a Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Direção de Arte, Fotografia, Trilha Sonora Original, e Melhor Filme Estrangeiro. Vejam “Parasita”. Se possível, nem vejam o trailer, só assistam e me agradeçam depois.
(This is one of those films that take you by surprise, if you don't have any expectations. If you do have expectations, it is likely that “Parasite” will certainly attend them, with pleasure. Something present in this film that didn't make much of a presence in these other films (except “Marriage Story”) is the story's capacity of being universal, of creating dialogue with the social-economic situations of any country, not only the one where the film is set. Another great thing the script did is the commitment in not making the characters either the good guys or the bad guys. Everyone is human here, and it's that humanity (and the consequences of each one's social and economic conditions) that is explored here. The cast's performances are wonderful, and the art direction is extraordinary, because it explores the contrast between the two families in a way that the performances can't, because of the fact that all characters are treated as human beings. “Parasite” is that rare foreign film that manages to be more relevant and necessary than Hollywood films, due to the theme it carries, to the universal tone of the story, and to the reflection it has to the reality we live in. I'm rooting for this film in the Oscars with all the strength I have, and if I'm sure about one thing in this cerimony, it's this: “Parasite” won't leave empty-handed. A certain nominee for Best Picture, Director, Original Screenplay, Production Design, Cinematography, Original Score and Best International Feature Film. Watch “Parasite”. If possible, don't even watch the trailer, just watch it and thank me later.)



MENÇÕES HONROSAS:
(HONORABLE MENTIONS:)

  • VINGADORES: ULTIMATO, dirigido por Joe e Anthony Russo
    (AVENGERS: ENDGAME, directed by Joe and Anthony Russo)

  • NÓS, dirigido por Jordan Peele
    (US, directed by Jordan Peele)

  • O IRLANDÊS, dirigido por Martin Scorsese
    (THE IRISHMAN, directed by Martin Scorsese)

  • IT: CAPÍTULO DOIS, dirigido por Andy Muschietti
    (IT: CHAPTER TWO, directed by Andy Muschietti)

  • DOUTOR SONO, dirigido por Mike Flanagan
    (DOCTOR SLEEP, directed by Mike Flanagan)

  • BONS MENINOS, dirigido por Gene Stupnitsky
    (GOOD BOYS, directed by Gene Stupnitsky)

  • ZUMBILÂNDIA: ATIRE DUAS VEZES, dirigido por Ruben Fleischer
    (ZOMBIELAND: DOUBLE TAP, directed by Ruben Fleischer)


O MELHOR DA TV/NETFLIX:
(THE BEST OF TV/NETFLIX:)

  • HIS DARK MATERIALS: TEMPORADA 1
    (HIS DARK MATERIALS: SEASON 1)

  • CHERNOBYL (MINISSÉRIE)
    (CHERNOBYL (MINISERIES))

  • FLEABAG: TEMPORADA 2
    (FLEABAG: SEASON 2)

  • NINGUÉM TÁ OLHANDO: TEMPORADA 1
    (NOBODY'S LOOKING: SEASON 1)

  • STRANGER THINGS: TEMPORADA 3
    (STRANGER THINGS: SEASON 3)

  • KILLING EVE: TEMPORADA 2
    (KILLING EVE: SEASON 2)

  • COBRA KAI: TEMPORADA 2
    (COBRA KAI: SEASON 2)


É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até ano que vem,
João Pedro

(That's it, guys! I hope you liked it! See you next year,
João Pedro)

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