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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

O Legado de "Pânico": 25 anos de gritos, metalinguagem e subversão (Bilíngue)

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E aí, meus caros cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, para falar sobre uma das minhas franquias de terror favoritas. Muitas franquias irão comemorar aniversários marcantes esse ano, especialmente as de “Harry Potter” e “O Senhor dos Anéis”, ambas iniciadas em 2001 (podem esperar textos sobre essas sagas ainda esse ano). Mas, na postagem de hoje, gostaria de discorrer sobre àquela responsável por revitalizar um dos subgêneros mais usados em filmes de terror, que completa 25 anos em 2021. Então, sem mais delongas, vamos falar sobre a franquia “Pânico”. Vamos lá!

(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, in order to talk about one of my favorite horror franchises. Many franchises will celebrate groundbreaking anniversaries this year, especially those of “Harry Potter” and “The Lord of the Rings”, both starting off in 2001 (you can expect texts about those sagas later this year). But, in today's post, I'd like to shed light on the one responsible for revitalizing one of the most used subgenres in horror films, which completes 25 years of existence in 2021. So, without further ado, let's talk about the “Scream” franchise. Let's go!)



Para quem não sabe, a franquia “Pânico” é uma saga composta por quatro filmes de terror dirigidos por Wes Craven. Idealizado pelo roteirista Kevin Williamson, o enredo segue Sidney Prescott (Neve Campbell), uma jovem que vive na cidadezinha pacata de Woodsboro, Califórnia, que vê sua vida virar de cabeça pra baixo quando assassinatos brutais começam a aterrorizar a cidade, um ano após a morte misteriosa de sua mãe. Juntando forças com a jornalista Gale Weathers (Courteney Cox) e o policial Dewey Riley (David Arquette), Sidney embarca em uma jornada perigosa para tentar desmascarar o assassino. Craven e Williamson receberam créditos por revitalizar o gênero slasher (filmes onde há um assassino cuja arma registrada geralmente é uma lâmina, como uma faca), popularizado por filmes como “Halloween”, de John Carpenter, e “A Hora do Pesadelo”, do próprio Craven. “Pânico” ganhou popularidade por ser incrivelmente metalinguístico, contendo personagens cientes da fórmula de filmes de terror, discutindo os clichês presentes no gênero, os quais o filme deseja subverter. Até o presente momento, foram lançados quatro filmes dessa franquia, com o quinto previsto para o início de 2022, sob a direção de Matt Bertinelli-Olpin e Tyler Gillett, responsáveis pelo ótimo “Casamento Sangrento”. Pretendo fazer um ranking de todos os quatro filmes lançados, apontando os pontos positivos e negativos de cada um. Já digo de passagem, nenhum deles é ruim, mas alguns causam mais impacto do que outros. Então, com isso dito, vamos começar!

(For those who don't know, the “Scream” franchise is a saga composed by four horror films directed by Wes Craven. Created by screenwriter Kevin Williamson, the plot follows Sidney Prescott (Neve Campbell), a young woman living in the quiet little town of Woodsboro, California, who sees her life turn upside down when brutal murders begin to terrorize the city, one year after her mother's mysterious death. Joining forces with journalist Gale Weathers (Courteney Cox) and police officer Dewey Riley (David Arquette), Sidney embarks on a dangerous journey to try and unmask the killer. Craven and Williamson received credit for revitalizing the slasher genre (films where there's a killer whose signature weapon is generally a blade, like a knife), made popular by films such as John Carpenter's “Halloween” and Craven's own “A Nightmare on Elm Street”. “Scream” gained popularity for being incredibly meta, containing characters that are self-aware of the horror film formula, discussing all the clichés in the genre, which the film wishes to subvert. To this moment, four films of this franchise have been released, with the fifth one scheduled to premiere in early 2022, directed by Matt Bertinelli-Olpin and Tyler Gillett, who made the great “Ready or Not”. I intend to rank all the released four films, pointing out each one's pros and cons. I'll already tell you, none of these films is bad, but some cause a little more impact than others. So, with that said, let's begin!)



  1. PÂNICO 3” (2000)

    (“SCREAM 3” (2000))

O único filme dos quatro lançados a não ter seu roteiro escrito por Kevin Williamson, o terceiro longa da franquia tem seus altos e baixos. Olhando pelos lados positivos, é o filme mais metalinguístico da saga, ambientando seus acontecimentos inteiramente dentro de um set de filmagens. Não tem como ficar mais metalinguístico do que isso. Os novos nomes adicionados no elenco fazem um bom trabalho, em especial a Parker Posey, que tem uma dinâmica hilária com a Courteney Cox. Em aspectos de arcos de personagem, é o longa que lida melhor com o trauma sofrido pela protagonista nos dois primeiros filmes. Seja por meio de pequenos momentos ou sequências intensas, “Pânico 3” é o filme que melhor extrai o que a Neve Campbell é capaz de fazer, estabelecendo uma boa continuidade em respeito aos eventos de “Pânico” 1 e 2. Agora, em comparação com o que os dois primeiros filmes fizeram, o roteiro escrito pelo Ehren Kruger mostra uma visível familiaridade na fórmula do enredo. Um dos pontos mais marcantes da franquia em si é o fator de ver alguma coisa que o espectador não esperava. Não estou falando dos sustos, mas do desenrolar dos eventos. E “Pânico 3” repete a fórmula dos dois primeiros filmes de forma bem previsível. Tem uma cena em particular que expõe o quanto essa estrutura ficou batida com o tempo, onde a Parker Posey e a Courteney Cox gritam do jeito mais falso e mecânico possível. Outra coisa que me incomodou muito foi a jornada pela identidade do assassino, a qual, nos outros três filmes, mantém o espectador pensando o tempo inteiro até ele finalmente ser revelado. E o assassino de “Pânico 3” não é só facilmente identificado, como também reescreve a mitologia estabelecida nos filmes anteriores, de uma maneira até bizarra, pra falar a verdade. Resumindo, o terceiro longa da franquia “Pânico” não é descartável e ainda aproveita alguns aspectos da metalinguagem marcante da saga de forma criativa, mas está longe de ser tão eficiente quanto “Pânico” 1, 2, ou 4.

(The only one of all four released films to not have its screenplay written by Kevin Williamson, the third film in the franchise has its ups and downs. Looking on the brighter sides, it is the most metalinguistic film in the saga, setting its events entirely inside a film set. You literally can't get more meta than that. The new names added to the cast do a good job, especially Parker Posey, who has an hilarious dynamic with Courteney Cox. When it comes to character arcs, it's the film that deals the best with the trauma the main character suffers with in the first two movies. Whether it's through small moments or intense sequences, “Scream 3” is the film that best extracts what Neve Campbell is able to do, establishing a good continuity regarding the events of “Scream” 1 and 2. Now, in comparison to what the two first films did, Ehren Kruger's screenplay shows a perceptive familiarity in the plot's formula. One of the most remarkable points in the franchise itself is the fact that the viewer sees something he wasn't expecting to see. I'm not talking about the scares, but about the unraveling of the plot. And “Scream 3” repeats the formula established in the two first films in a very predictable way. There's a particular scene that exposes how this structure got tiring with time, where Parker Posey and Courteney Cox scream in the most fake, mechanical way possible. Another thing that bothered me a lot was the journey for the killer's identity, which, in the other three films, keeps the viewer wondering all the time until they are finally revealed. And the killer in “Scream 3” is not only easily identifiable, but they also rewrite the mythology established in previous films, in a bizarre way, to tell the truth. To sum it up, the third film in the “Scream” franchise isn't disposable and still makes use of the saga's groundbreaking metalanguage in a creative way, but it's far from being as efficient as “Scream” 1, 2 or 4.)



  1. PÂNICO 2” (1997)

    (“SCREAM 2” (1997))

Com o sucesso do primeiro filme, era só questão de tempo que uma sequência fosse anunciada e Craven e companhia levaram menos de um ano após o lançamento de “Pânico” para trazer “Pânico 2” às telas. Eu particularmente gostei bastante da sequência. A cena de abertura satiriza a primeira cena do primeiro filme de maneira fantástica. (Inclusive, foi uma das melhores cenas satirizadas na franquia cômica “Todo Mundo em Pânico”.) Eu adorei a estrutura dos assassinatos. Normalmente, um assassino mataria uma pessoa ao acaso, sem planejamento nenhum, mas aqui não. O roteirista Kevin Williamson prepara um terreno de forma muito inteligente para que os mocinhos possam ficar um passo à frente. Um dos melhores personagens da franquia, o cinéfilo Randy, tem um papel mais extenso em “Pânico 2” e eu amei cada cena que ele aparecia. Ele participa de discussões fervorosas e divertidas sobre sequências de filmes na faculdade e é o maior recurso expositivo usado pelo roteirista para atualizar as regras da fórmula do primeiro filme. As mortes ficam mais elaboradas e criativas, são mais numerosas, e conseguem manter o espectador especulando sobre a identidade do assassino até o frenético ato final. Eu gostei de como Williamson conseguiu repetir o aspecto da ambiguidade moral dos personagens secundários, nos fazendo ficar alertas em respeito ao comportamento deles, e depois puxando o tapete e revirando o jogo de maneira sensacional. E o ato final tem uma das decisões mais inteligentes já tomadas em um filme de terror. Resumindo, “Pânico 2” aproveita o sucesso do primeiro filme da melhor maneira possível, ampliando sua criatividade e enriquecendo sua mitologia.

(With the first film's success, it was only a matter of time until a sequel was announced and Craven and his crew took less than a year after the release of “Scream” to bring “Scream 2” to the silver screen. I particularly liked the sequel. The opening scene satirizes the first film's opening scene in a fantastic way. (By the way, it was one of the best scenes satirized in the “Scary Movie” comedy franchise.) I loved how the murders were structured. Normally, a killer would kill someone out of the blue, without any planning, but not here. Screenwriter Kevin Williamson sets the ground in a very clever way for the good guys to be one step ahead. One of the franchise's best characters, movie expert Randy, has a more extended role in “Scream 2” and I loved every scene he was in. He participates in fervorous and fun discussions on movie sequels in college and he's the most used expositional resource by the screenwriter to update the rules in the first film's formula. Deaths get more elaborate and creative, they come at a higher number, and manage to keep the viewer speculating on the killer's identity until the action-packed final act. I liked how Williamson managed to repeat the aspect of side characters' moral ambiguity, making us stay alert over their behavior, and then pulling the rug and turning everything around in the most sensational way. And the final act has one of the smartest decisions ever taken in a horror film. To sum it up, “Scream 2” rides on the first one's success in the best way possible, enhancing its creativity and expanding its mythology.)



  1. PÂNICO 4” (2011)

    (“SCREAM 4” (2011))

Acredito que a maior parte da recepção negativa de “Pânico 4” se deu à distância gigantesca de 11 anos, levando em conta o lançamento do filme anterior em 2000. Os espectadores deveriam estar pensando: “Mas eles vão fazer isso DE NOVO? Pela QUARTA vez?”. Também é bem provável que o terceiro filme (que, até 2011, era o último de uma trilogia) tenha deixado um gosto amargo em muita gente. Mas assistindo ao quarto filme agora, em uma época onde uma certa empresa investe incessantemente em remakes e reboots, “Pânico 4” acerta em cheio na relevância do assunto abordado e no frescor característico da franquia. Craven (em seu último filme como diretor, tendo falecido em 2015) e Williamson conseguem trazer um conceito dos anos 1990 para o século XXI com sucesso. Eu gostei da mudança de foco que o quarto filme mostrou. Ao invés de focar no trio principal de Sidney, Gale e Dewey, o roteiro de Williamson brilhou um holofote no sensacional elenco adolescente, encabeçado por Emma Roberts, Erik Knudsen, Rory Culkin e Hayden Panettiere, que transborda com muito talento. A cena inicial satiriza a arte de refilmar e refazer as mesmas fórmulas com perfeição, mas o verdadeiro trunfo do quarto filme é a sua crítica social. Aí, vocês podem perguntar “Como um filme de terror genérico pode ter uma crítica social?”, e a resposta é: pela ambientação. Durante a era digital, os moradores de Woodsboro (mais conhecidos como alvos do assassino) são extremamente obcecados em serem vistos e notados na internet. Isso é mostrado de forma clara e eficiente pelo personagem Robbie, que literalmente grava cada segundo da vida dele com uma mini-câmera e transmite ao vivo pela internet. E inserindo essa crítica em um filme de terror, podemos descobrir uma nova camada para análise, a qual é “O quão longe uma pessoa poderia ir pra ter seus 15 minutos de fama?”. Sem spoilers aqui, mas “Pânico 4” é o filme que melhor retrata a jornada para desmascarar o assassino. O espectador, como no segundo filme, fica alerta com o comportamento de alguns personagens, o qual fica ainda mais suspeito com o uso inteligente dos aspectos técnicos. E novamente, o roteirista surpreende o espectador com as reviravoltas no enredo. Resumindo, “Pânico 4” é a melhor sequência da franquia, funcionando tanto pela nostalgia de ver os mesmos personagens de 1996, quanto pela relevância de sua ambientação.

(I believe that most of the negative reception of “Scream 4” was due to its gigantic distance of 11 years, regarding the previous film's release in 2000. The viewers might have been thinking: “But they'll do that AGAIN? For the FOURTH time?” It's also very likely that the third film (which, until 2011, was the last one in a trilogy) might have left a bitter taste in a lot of people. But watching the fourth film now, in a time where a certain film company keeps on investing in remakes and reboots, “Scream 4” hits the jackpot when it comes to the timelessness of its themes and the franchise's characteristic freshness. Craven (in his last film as director, passing away in 2015) and Williamson manage to successfully bring a 1990s concept to the 21st century. I really enjoyed the fourth film's change of focus. Instead of focusing on the main trio of Sidney, Gale and Dewey, Williamson's screenplay sheds a light on the outstanding teen cast, headed by Emma Roberts, Erik Knudsen, Rory Culkin and Hayden Panettiere, which overflows with a lot of talent. The opening scene satirizes the art of refilming and remaking the same formulas with perfection, but the distinctive aspect of the fourth film is its social criticism. Then, you may ask “How can a generic horror flick have something to say?”, and the answer is: through the setting. During the digital era, the residents of Woodsboro (also known as the killer's targets) are extremely obsessed with being seen and noticed on the internet. This is shown clearly and efficiently through the character Robbie, who literally records every second of his life with a tiny camera and streams it live on the internet. And by inserting that theme in a horror film, we can unravel a whole new layer for analysis, which is “How far could a person go to have their 15 minutes of fame?”. No spoilers here, but “Scream 4” is the film that best portrays the journey towards the killer's unmasking. The viewer, as it happens in the second film, stays sharp with the behavior of some characters, which gets even more suspicious due to the clever use of technical aspects. And, once again, the screenwriter surprises the viewer with the plot's twists and turns. To sum it up, “Scream 4” is the best sequel in the franchise, making it work both for the nostalgia of seeing the same ol' characters from 1996, and for the relevance of its setting.)



  1. PÂNICO” (1996)

    (“SCREAM” (1996))

Todo mundo provavelmente lembra da primeira vez que viram a já icônica sequência de abertura do primeiro filme da franquia “Pânico”. A esperteza e a originalidade do roteiro de Williamson somada com a sinistra trilha sonora de Marco Beltrami, a direção experiente de Wes Craven e a atuação autêntica de Drew Barrymore colaboraram para uma das cenas de abertura mais memoráveis dos últimos tempos, que daria sequência ao filme que iria soprar um necessário frescor em um subgênero que tinha se tornado cada vez mais ridículo e explícito com o passar do tempo. Já da primeira cena, dava para ver que não estávamos vendo qualquer filme de terror, porque que filme iria sacrificar o nome mais famoso do elenco (que estava até no pôster) como a primeira vítima? Se a primeira cena não fosse o suficiente para Williamson atrair o público, a próxima cena envolve uma troca de diálogos genial sobre diferentes versões de “O Exorcista” para falar do relacionamento amoroso da protagonista. O primeiro “Pânico” introduziu com sucesso a metalinguagem e a "auto-consciência" da fórmula de filmes de terror que iriam percorrer a saga inteira. Há uma cena em particular que brinca com a estrutura e as “regras” dos slashers dos anos 1970 e 1980, e o roteiro em si vai e subverte essas regras (literalmente) na próxima cena. Mas o melhor aspecto no enredo do filme, de longe, é a pergunta que Williamson implanta na mente dos espectadores e dos personagens: “Quem é o assassino?”. Não é uma estratégia revolucionária, tendo sido usada em filmes como “Janela Indiscreta” e “Psicose”, mas é pouco presente no subgênero slasher, porque nós sabemos exatamente quem são os assassinos em filmes como “Halloween” ou “Sexta-Feira 13”. Enquanto o personagem pode pensar “Meu Deus, quem é esse cara que usa máscara de hóquei e por quê ele tá tentando me matar com um facão?”, o espectador já chega à conclusão: “é o Jason”. Isso não acontece em “Pânico” e o suspense chega a nos sufocar de tão envolvente e engenhoso, até o claustrofóbico ato final. E ainda, Williamson também consegue criar uma final girl (última sobrevivente em um filme de terror, geralmente uma jovem virgem) subversiva para a época de lançamento do filme, para carregar a tocha popularizada por Laurie Strode, protagonista de “Halloween”, interpretada pela Jamie Lee Curtis. Resumindo, o primeiro “Pânico” já tem 25 anos, mas sua originalidade, suspense e metalinguagem ainda são inteiramente capazes de impressionar novas gerações de espectadores.

(Everyone probably remembers the first time they watched the already iconic opening sequence of the first film in the “Scream” franchise. The cleverness and originality in Williamson's screenplay combined with Marco Beltrami's sinister score, Wes Craven's expert directing and Drew Barrymore's authentic performance collaborate for one of the most memorable opening scenes in recent times, which would serve as an overture to the film that would breathe a necessary freshness into a subgenre that had become all the more ridiculous and explicit with the passage of time. From the first scene, we could see we weren't watching any regular horror film, because what film would sacrifice the most famous name in the cast (who even was on the poster) as its first victim? If the first scene wasn't enough for Williamson to draw the viewer in, the next scene involves a genius exchange of dialogue on different versions of “The Exorcist” to talk about the protagonist's relationship with her boyfriend. The first “Scream” successfully intoduced the metalanguage and the self-awareness of horror movie tropes that were going to be there for the long haul. There's a particular scene that plays on the structure and “rules” of 1970s and 1980s slashers, and the screenplay itself subverts those rules (literally) in the next scene. But the greatest aspect in the movie's plot, by far, is the question Williamson implants into the viewers' and the characters' minds: “Who is the killer?”. It's not a revolutionary strategy, having been used in films like “Rear Window” and “Psycho”, but it's not that present in the slasher subgenre, because we know exactly who the killers are in films like “Halloween” and “Friday the 13th”. While the character might think “Oh, my God, who the hell is this guy who's wearing a hockey mask and why is he trying to kill me with a machete?”, the viewer already jumps to conclusion: “it's Jason”. This doesn't happen in “Scream” and the suspense is able to suffocate us because of its ingenious development, until the claustrophobic final act. And still, Williamson also manages to create a subversive final girl (the last survivor in a horror film, generally a virgin young girl) for the film's time of release, to carry the torch made popular by the protagonist of “Halloween”, Laurie Strode, played by Jamie Lee Curtis. To sum it up, the first “Scream” film is already 25 years old, but its originality, suspense and metalanguage are still fully capable of making an impression on new generations of viewers.)




É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,

João Pedro

(That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,

João Pedro)


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