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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Cine Quarentena: os melhores filmes que vi durante o isolamento social (Bilíngue)

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E aí, meus caros cinéfilos! Tudo bem com vocês? Estou de volta, mas não para continuar nossa postagem especial sobre animações diferentes. Venho, por meio dessa postagem, falar sobre alguns dos melhores filmes que vi durante esse período de isolamento social. Foram muitos filmes, muitas séries, então vou somente reunir os 5 melhores e deixar algumas menções honrosas ao final. Se algum desses filmes estiver disponível em algum serviço de streaming, não esquecerei de mencionar. Então, sem mais delongas, vamos começar!

(What's up, my dear film buffs! How are you guys doing? I'm back, but not to continue with our special post on different animated films. I come, through this post, to talk about some of the best films I've watched during this social isolation period. There were many films, and many TV shows, so I'll only gather the top 5 and leave some honorable mentions at the end. If any of these films is available on a streaming service, I won't forget to mention. So, without further ado, let's begin!)



  1. DOIS IRMÃOS: UMA JORNADA FANTÁSTICA” (2020), dirigido por Dan Scanlon (Disponível na Amazon Prime Video)

    (“ONWARD” (2020), directed by Dan Scanlon (Available on Disney+)

É simplesmente incrível quando você vê um filme sem nenhum tipo de expectativa e acaba se impressionando bastante. Foi assim que me senti ao terminar de ver a nova animação da Pixar. Eu não tinha muitas expectativas por esse filme, porque eu pensei que ele ia seguir um rumo onde tudo daria errado, e a redenção da Pixar em 2020 ficaria com “Soul”, dirigido pelo Pete Docter. Esse foi um daqueles momentos onde eu me senti feliz por estar completamente errado. O diretor de “Universidade Monstros” encontra sua melhor obra aqui. É uma animação que, por mais que faça uso de elementos fantásticos e mágicos, atinge um nível bem pessoal e humano para o seu realizador. Para quem ainda não sabe, o filme conta a história de dois irmãos elfos que, ao mais novo completar 16 anos, partem em uma jornada para invocarem o pai falecido deles por meio de um feitiço. Acho que nem é preciso dizer que a Pixar fez outra obra-prima bem emocionante com “Dois Irmãos”. O roteiro desenvolve seus personagens de uma maneira muito humana, capturando a atenção e a simpatia do espectador e lidando com temas como luto e perda de uma maneira extremamente acessível para o seu público-alvo. É uma história muito linda, e o diretor conta com astros como Tom Holland, Chris Pratt, Julia Louis-Dreyfus e Octavia Spencer para contá-la de modo eficiente. O visual da animação é muito bonito. Eu fico realmente impressionado com o quanto a Pixar avançou, em termos de detalhes na animação. “Soul” ainda precisa ser lançado para termos um consenso sobre quem vai levar o Oscar de Melhor Filme de Animação, mas posso garantir que “Dois Irmãos” definitivamente não é uma decepção. É um filme lindo sobre amor, perda, luto e amizade que com certeza vai fazer você chorar em algum momento.

(It's simply amazing when you see a film without any expectations and end up getting pretty impressed. That's how I felt when finishing Pixar's latest film. I didn't have that much expectations for it, because I thought it would follow a path where everything would fall apart, and Pixar's redemption for 2020 would rely on “Soul”, directed by Pete Docter. This was one of those moments where I actually felt happy for being completely wrong. The director of “Monsters University” finds his best work here. It's an animated film that, even though it uses fantastic and magical elements, hits a very personal and human level for its creator. For those who still don't know, the film tells the story of two elf brothers who, during the younger's 16th birthday, go on a quest to summon their deceased father through a spell. I guess I don't even have to say Pixar made yet another emotional masterpiece with “Onward”. The script develops its characters in a very human way, capturing the viewer's attention and sympathy and dealing with themes such as grief and loss in a very accessible way for its target audience. It's a really beautiful story, and the director relies on stars like Tom Holland, Chris Pratt, Julia Louis-Dreyfus and Octavia Spencer to tell it properly. Its visuals are astounding. I just get more and more impressed on how Pixar has advanced, in terms of details on their animation. “Soul” needs to be released for me to create a consensus of who's getting that Oscar for Best Animated Feature, but I can guarantee that “Onward” is definitely not a disappointment. It's a beautiful film about love, loss, grief and friendship that will absolutely make you cry at some point.)



  1. O GRANDE TRUQUE” (2006), dirigido por Christopher Nolan (Disponível para compra digital)

    (“THE PRESTIGE” (2006), directed by Christopher Nolan (Available for digital purchase))

Meu favorito dos 10 filmes de Christopher Nolan que analisei durante esse período de isolamento social, “O Grande Truque” é um verdadeiro truque de mágica que constantemente tenta enganar o espectador e questionar tudo que ele acabou de ver, através de seu roteiro altamente engenhoso. Para quem ainda não sabe, o filme conta a história de dois mágicos rivais que ficam obcecados em criar a ilusão perfeita. Ancorado por performances fantásticas de Hugh Jackman e Christian Bale, esta obra de Christopher Nolan é tensa, incrível, trágica, surpreendente, e, de fato, mágica. O quanto menos vocês souberem sobre “O Grande Truque”, mais irão se impressionar com o que Nolan e seu irmão Jonathan fizeram nesse tremendo filme. Vocês podem ler minha opinião completa nesse link: http://nocinemacomjoaopedro.blogspot.com/2020/06/especial-nolan-o-grande-truque-um.html

(My favorite out of the 10 Christopher Nolan films I analyzed during this social isolation period, “The Prestige” is a real magic trick that constantly tries to deceive its viewer and question everything they just witnessed, through its highly ingenious screenplay. For those who don't know, the film tells the story of two rival magicians who get obsessed in creating the perfect illusion. Anchored by phenomenal performances by Hugh Jackman and Christian Bale, this work by Christopher Nolan is tense, amazing, tragic, surprising, and indeed, magic. The less you know about “The Prestige”, the more you'll be impressed with what Nolan and his brother Jonathan have done in this tremendous motion picture. You can read my full opinion on it in this link: http://nocinemacomjoaopedro.blogspot.com/2020/06/especial-nolan-o-grande-truque-um.html)



  1. QUASE FAMOSOS” (2000), dirigido por Cameron Crowe (Disponível para compra digital)

    (“ALMOST FAMOUS” (2000), directed by Cameron Crowe (Available for digital purchase))

Para quem ainda não sabe, eu sou estudante de Jornalismo na faculdade, e esse filme foi exatamente a razão do porquê eu quis ser jornalista em primeiro lugar. “Quase Famosos”, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original, conta a história de William Miller (Patrick Fugit), um garoto que sai de sua vida normal em San Diego para acompanhar a turnê de uma banda de rock em ascensão, em um esforço para conseguir sua primeira matéria de capa publicada na revista Rolling Stone. Acho que nem é possível dizer em palavras o quanto esse filme falou comigo. Mesmo sendo ambientado em uma época que nunca vivi, mesmo acompanhando o cenário da música, pelas situações que o protagonista passa, eu pude ver o porquê de eu ter escolhido essa profissão. E nenhum segundo do tempo de duração robusto de 2 horas e 40 minutos foi desperdiçado, na minha opinião. É um filme envolvente, cativante e, sinceramente, inesquecível. Tem um elenco pra lá de estelar (além de Fugit, temos nomes como Billy Crudup, Jason Lee, Kate Hudson, Frances McDormand, Philip Seymour Hoffman e Anna Paquin), e uma trilha sonora com clássicos que marcaram a época retratada, de modo que eu não consigo mais ouvir “Tiny Dancer”, do Elton John, sem pensar na cena onde ela é tocada em “Quase Famosos”. Se você, que está lendo esse texto, deseja seguir a profissão de jornalista, o longa de Cameron Crowe é essencial.

(For those who still don't know, I'm a Journalism undergraduate, and this film is exactly the reason why I wanted to become a journalist in the first place. “Almost Famous”, an Oscar winner for Best Original Screenplay, tells the story of William Miller (Patrick Fugit), a boy who leaves his ordinary life in San Diego to follow the tour of an up-and-coming rock band, in an effort to get his first cover story published in Rolling Stone Magazine. I think it's not even possible to put into words how this film spoke to me. Even though it's set in a time I never got to live through, even though it follows the music market, through the situations the main character finds himself in, I could see why I chose this profession. And no second in its robust running time of 2 hours and 40 minutes is wasted, in my opinion. It's an involving captivating and, honestly, unforgettable film. It has one hell of a stellar cast (besides Fugit, we have names such as Billy Crudup, Jason Lee, Kate Hudson, Frances McDormand, Philip Seymour Hoffman and Anna Paquin), and a killer soundtrack with classics that marked its setting, in a way that I can no longer listen to Elton John's “Tiny Dancer” without thinking about the scene it's played in “Almost Famous”. If you, who's reading this right now, wants to become a journalist, Cameron Crowe's film is essential viewing.)



  1. A TRILOGIA DO ANTES (1995-2013) (“ANTES DO AMANHECER” (1995), “ANTES DO PÔR-DO-SOL” (2004), “ANTES DA MEIA-NOITE” (2013)), dirigida por Richard Linklater (Disponível para compra digital)

    (THE BEFORE TRILOGY (1995-2013) (“BEFORE SUNRISE” (1995), “BEFORE SUNSET” (2004), “BEFORE MIDNIGHT” (2013)), directed by Richard Linklater (Available for digital purchase))

Esses três filmes podem muito bem ser o retrato mais cru, realista e humano de um relacionamento entre duas pessoas. Não sei se uma trilogia era o plano inicial do diretor, mas Linklater fez uma sábia decisão em esticar a trama para mais dois filmes, o que acabou por dar um aprofundamento nas discussões entre os dois protagonistas. Uma das coisas mais impressionantes que os roteiristas Linklater, Ethan Hawke, Julie Delpy e Kim Krizan conseguem fazer com essa trilogia é desenvolver o enredo e seus protagonistas somente através do diálogo, de modo que a história em si é bem minimalista. Os três filmes acompanham diferentes estágios do relacionamento entre um jovem americano (Hawke) e uma jovem francesa (Delpy) que se conhecem em uma viagem de trem. Não são filmes para agradar gregos e troianos. Se você acha que um meteoro vai cair no meio do filme, o que acaba por mudar o rumo do enredo, poderá se decepcionar bastante. Os três filmes são repletos de conversas e diálogos entre os dois protagonistas, o que pode parecer maçante para alguns. Mas o conhecimento que eles compartilham é tão interessante e tão reflexivo que o espectador nem vê o tempo passar. Eles conversam sobre amor, perda, destino, existencialismo, relações familiares, e ao longo da trilogia, é possível ver que os diálogos compartilhados por eles vão ficando mais naturais (provavelmente por causa da contribuição dos dois atores no roteiro das sequências), e mais maduros, de forma que com o crescimento dos atores, há também o crescimento dos personagens. “Antes do Amanhecer” introduz o enredo e os personagens perfeitamente, “Antes do Pôr-do-Sol” tem um dos melhores finais que eu já vi, e “Antes da Meia-Noite” termina esse épico de maneira extremamente satisfatória, colocando Richard Linklater na minha lista de diretores favoritos.

(These three films might as well be the most raw, realistic and human portrayal of a relationship between two people. I don't know if a trilogy was the director's initial plan, but Linklater made a wise decision when stretching out the plot for two more films, which ended up giving the discussions shared by its two main characters more depth. One of the most impressive things that screenwriters Linklater, Ethan Hawke, Julie Delpy and Kim Krizan manage to do with this trilogy is develop the plot and its protagonists only through dialogue, in a way that the story itself is really minimalist. The three films follow different stages in the relationship between an American young man (Hawke) and a French young woman (Delpy) who meet during a train trip. These films will not please everyone. If you think that a meteor will fall throughout the film, therefore changing its course, you'll likely get very disappointed. The trilogy is filled with conversations and dialogues between the two main characters, which may seem a bit tiring for some. But the knowledge they share is so interesting and thought-provoking that the viewer doesn't even see the running time pass by. They talk about love, loss, destiny, existentialism, family relations, and throughout the trilogy, it's possible to see that their conversations become more natural (maybe because of the two actors' collaboration on the sequels' scripts) and more mature, in a way that with the actors growing up, so do the characters. “Before Sunrise” sets up the plot and characters perfectly, “Before Sunset” has one of the greatest movie endings I've ever seen, and “Before Midnight” finishes off this epic in an extremely satisfying way, putting Richard Linklater on my list of favorite directors.)



  1. HAMILTON” (2020), dirigido por Thomas Kail (Disponível no Disney+ a partir de 17 de novembro)

    (“HAMILTON” (2020), directed by Thomas Kail (Available on Disney+))

Vocês achavam que ia ter outra coisa aqui? Nem eu. A Disney e o gênio Lin-Manuel Miranda (sinto muito, não posso dizer o nome dessa pessoa sem associá-la com “gênio”) fizeram a decisão sábia de antecipar o lançamento dessa performance gravada do fenômeno da Broadway de outubro de 2021 para julho deste ano, e era exatamente o que essa bagunça de mundo precisava na época em que estamos passando. Para quem ainda não sabe, o musical “Hamilton” conta a história de seu personagem-título, Alexander Hamilton, primeiro tesoureiro dos EUA, e sua influência na construção da nação que conhecemos hoje. Essa performance gravada é o mais próximo que vamos chegar a ver o espetáculo (absurdamente requisitado) ao vivo, e o diretor Thomas Kail, junto com o diretor de fotografia Declan Quinn, consegue capturar a energia do musical perfeitamente. O elenco original de “Hamilton”, que foi aos palcos nos dois primeiros anos em cartaz, dá um show de tirar o fôlego nessa performance, exaltando a diversidade cultural presente no país. Destaque para o Leslie Odom Jr., pra Renée Elise Goldsberry e o Daveed Diggs, que ganharam vários prêmios por suas performances. O mais impressionante sobre esse musical é como TUDO (roteiro, trilha sonora, as letras das músicas) veio só de uma pessoa, o gênio Lin-Manuel Miranda, que fez uma combinação improvável entre História e gêneros musicais urbanos, como hip-hop e rap, e acertou em cheio, quando tudo poderia dar muito errado. Mesmo que “A Crônica Francesa”, novo filme do Wes Anderson (e meu filme mais esperado do ano), chegue a impressionar, nada vai superar a grandiosidade e a maravilha de “Hamilton”: a melhor experiência que tive o prazer de desfrutar nesse ano até agora. Vocês podem ler minha opinião completa nesse link: http://nocinemacomjoaopedro.blogspot.com/2020/07/hamilton-um-brinde-diversidade-cultural.html

(Did you guys think anything else would be here? Me neither. Disney and the genius Lin-Manuel Miranda (I'm sorry, I can't say this person's name without associating it with “genius”) made the wise decision of pushing forward the release of this filmed performance of the Broadway phenomenon from October 2021 to this July, and it was exactly what this mess of a world needed in this time we're going through. For those who still don't know, the musical “Hamilton” tells the story of its title character, Alexander Hamilton, America's first Treasury Secretary, and his influence in the building of the nation we know today. This filmed performance is the closest we're going to get to see this (absurdly requested) show live, and director Thomas Kail, along with cinematographer Declan Quinn, manages to perfectly capture the musical's energy. “Hamilton”'s original cast, which hit the stage during its first two years on Broadway, give one hell of a breathtaking show in this performance, celebrating the country's cultural diversity nowadays. Highlights to Leslie Odom Jr, Renée Elise Goldsberry and Daveed Diggs, who won several awards for their performances. The most impressive thing about this musical is how EVERYTHING (book, music and lyrics) came from just one person, the genius Lin-Manuel Miranda, who made an unlikely combination between History and urban musical genres, such as hip-hop and rap, and nailed it, when it all could go wrong. Even if “The French Dispatch”, Wes Anderson's new film (and my most anticipated film of the year), manages to impress, nothing will overcome the greatness and the wonder of “Hamilton”: the single greatest experience I've had the joy to have this year so far. You can read my complete opinion about it in this link: http://nocinemacomjoaopedro.blogspot.com/2020/07/hamilton-um-brinde-diversidade-cultural.html)



  • MENÇÕES HONROSAS:

    (HONORABLE MENTIONS):


  • CREPÚSCULO DOS DEUSES” (1950), dirigido por Billy Wilder (Disponível para compra digital)

    (“SUNSET BOULEVARD” (1950), directed by Billy Wilder (Available for digital purchase))


  • CASABLANCA” (1942), dirigido por Michael Curtiz (Disponível para compra digital)

    (“CASABLANCA” (1942), directed by Michael Curtiz (Available for digital purchase))


  • O HOMEM INVISÍVEL” (2020), dirigido por Leigh Whannell (Disponível para compra digital)

    (“THE INVISIBLE MAN” (2020), directed by Leigh Whannell (Available for digital purchase))


  • RENT: OS BOÊMIOS – AO VIVO NA BROADWAY” (2008), dirigido por Michael John Warren (Disponível para compra digital)

    (“RENT: FILMED LIVE ON BROADWAY” (2008), directed by Michael John Warren (Available for digital purchase))


  • CIDADÃO KANE” (1941), dirigido por Orson Welles (Disponível para compra digital)

    (“CITIZEN KANE” (1941), directed by Orson Welles (Available for digital purchase))


É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até a próxima,

João Pedro

(That's it, guys! I hope you liked it! See you next time,

João Pedro)

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