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sábado, 6 de outubro de 2018

"Anos Incríveis": um retrato realista e emocionante da juventude extraordinária de um garoto dos subúrbios (Bilíngue)


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E aí, galerinha de cinéfilos!! Demorei, mas voltei!! E venho aqui com a resenha de uma série de TV que terminei recentemente. É uma jornada de amadurecimento de um garoto morador dos subúrbios dos EUA. Foi altamente aclamada quando foi exibida, e ainda é lembrada como um dos maiores fenômenos da TV americana. Criada por Carol Black e Neal Marlens, me acompanhem na resenha da inesquecível série “Anos Incríveis” (The Wonder Years, no original). Vamos lá!
(What's up, film buffs!! I took a bit longer than expected, but I'm back! And I come here with the review of a TV show I recently finished. It's a coming of age journey of a boy who lives in the suburbs of the US. It was highly acclaimed when it was shown on TV, and it is still remembered as one of the biggest phenomenons on American television. Created by Carol Black and Neal Marlens, follow me in the review of the unforgettable TV show “The Wonder Years”. Let's go!)



Caso vocês não saibam, “Anos Incríveis” foi exibida entre 1988 e 1993, se ambienta entre 1968 e 1973, e conta a história de Kevin Arnold (Fred Savage), que também é o narrador da série, em sua versão mais velha (Daniel Stern, o Marv de “Esqueceram de Mim”), um menino que vive uma vida cotidiana, com seus amigos Paul Pfeiffer (Josh Saviano) e Winnie Cooper (Danica McKellar), e sua família: o pai, Jack (Dan Lauria), a mãe, Norma (Alley Mills), o irmão do meio, Wayne (Jason Hervey) e a irmã mais velha, Karen (Olivia d'Abo), mas ao mesmo tempo, vive momentos extraordinários que revolucionam a história da humanidade, como o surgimento dos Beatles nos EUA, a Guerra do Vietnã, e o pouso de Neil Armstrong na Lua.
(In case you guys don't know, “The Wonder Years” was shown between 1988 and 1993, is set between 1968 and 1973, and tells the story of Kevin Arnold (Fred Savage), who is also the narrator of the show, in his older version (Daniel Stern, Marv from “Home Alone”), a kid who lives a normal life, with his friends Paul Pfeiffer (Josh Saviano) and Winnie Cooper (Danica McKellar), and his family: father, Jack (Dan Lauria), mother, Norma (Alley Mills), middle brother, Wayne (Jason Hervey) and older sister, Karen (Olivia d'Abo), but at the same time, he lives through extraordinary moments that change history, like the Beatles rising in the US, the Vietnam War and Neil Armstrong's landing on the Moon.)



Essa série, como várias das boas ideias que já apareceram na minha cabeça, foi recomendada pra mim por meio do meu pai, e confesso que estava duvidoso à começar a assisti-la, mas agora reconheço que eu estava gravemente enganado. “Anos Incríveis” é, de fato, incrível. A ambientação é perfeita, os atores, tanto mirins quanto adultos, são fantásticos, o enredo nos surpreende a cada temporada, nos dando vários socos nos sentimentos quando cada temporada acaba. Claro, essencialmente, “Anos Incríveis” é uma comédia, mas nem toda comédia é desprovida de um drama aqui e outro ali. Tem momentos que “Anos Incríveis” é muito, muito triste. Cheguei a chorar em alguns episódios e me sentir mal pelos personagens, só pra vocês entenderem o quão poderoso é o sentimentalismo da série. Além de sentimental, “Anos Incríveis” consegue ser bem realista. Tão realista que parece que a gente está lá, vivendo esse momento com o Kevin, como se o espectador fosse uma parte da vida extraordinária do protagonista, e isso é uma ideia muito genial.
(This show, as many of the great ideas that popped into my head, was recommended to me by my father, and I confess I was doubtful into starting it, but now I recognize I was severely mistaken. “The Wonder Years” is, indeed, wonderful. The setting is perfect, the actors, young and adult, are fantastic, the plot suprises us each season, giving us several gut-punches right in the feelings at each season finale. Of course, essentially, “The Wonder Years” is a comedy, but not every comedy goes without some drama here and there. There are moments that “The Wonder Years” is really, really sad. I even cried in some episodes and felt bad for the characters, just so you can understand how powerful the sentimentalism of the series is. Besides sentimental, “The Wonder Years” is also incredibly realistic. So realistic that it seems that we're there, living that moment with Kevin, as if the spectator is a part of that lead character's extraordinary life, and that's pretty genius.)



O aspecto que mais me impressionou em Anos Incríveis foi o fato do número de temporadas ser o mesmo número de anos em que essa série é ambientada, como se cada temporada fosse um ano da vida do Kevin. E nós vemos muita coisa acontecer nesses 6 anos, entre elas o primeiro beijo, ele tirando a carteira de motorista, fazendo o vestibular, indo para bailes da escola, os trabalhos de meio-período que ele tinha que fazer pra ganhar um dinheirinho, e por aí vai. E meus parabéns vão para o Fred Savage, que faz todos esses eventos parecerem reais com maestria em sua atuação como o protagonista Kevin Arnold. Os pais, interpretados por Dan Lauria e Alley Mills, são de longe os melhores personagens da série. Eles são sábios, às vezes, são rigorosos, e sempre dão conselhos cheios de sabedoria e honestidade para os filhos, pois acima de tudo, eles se importam com eles, e chega a doer o coração quando os filhos discordam com as afirmações ou perguntas dos pais. E mesmo com a série sendo sobre as crianças, nós não podemos evitar um sentimento de pena pelos pais. E esse sentimento é o que faz de “Anos Incríveis” uma das séries mais emocionalmente efetivas que eu já vi.
(The aspect that most impressed me about The Wonder Years was the fact of the number of seasons is the same number of years in which this show is set, as if each season is one year of Kevin's life. And we see a lot of things happen in these 6 years, amongst them his first kiss, him trying out his driver's license, doing his SATs, going to school dances and prom, working half-time to get himself some money, and it goes further. And I strongly congratulate Fred Savage, that makes all these moments seem real with gusto in his performance as Kevin Arnold. The parents, played by Dan Lauria and Alley Mills, are by far the show's best characters. They are wise, sometimes strict, and always give wise and honest advice to their children, because above all things, they care about them, and our feelings are deeply hurt when the kids disagree with the parents' affirmations or questions. And even if the show is about the children, we can't help but feel a little sorry for the parents. And that feeling is what makes “The Wonder Years” one of the most emotionally effective TV shows I've ever seen.)



Outros aspectos que a série se destaca são o uso de flashbacks das primeiras temporadas nas temporadas mais recentes, e a trilha sonora. Às vezes, os dois são usados juntos, e tem um flashback em particular que eu quase explodi de tão fofo que é. Foi usado em uma temporada bem recente, e no flashback os atores estão novinhos, e tudo ao som de “We've Got Tonight”, do Bob Seger. Além de Seger, vários outros artistas famosos da época em que a série é ambientada têm suas músicas aqui: os Beatles (que inclusive, embalam a música de abertura do programa), Lesley Gore, John Lennon, Carole King, Van Morrison, Joe Cocker, Buffalo Springfield, e por aí vai. No aspecto trilha sonora, Anos Incríveis é sensacional, não há dúvida sobre isso. Agora, os flashbacks são usados de uma maneira muito efetiva nessas últimas temporadas para evocar uma espécie de nostalgia pelas temporadas anteriores, e funciona de verdade, e é pra mim, uma das melhores coisas sobre a série, que essencialmente, é o Kevin mais adulto com uma overdose de nostalgia pela sua juventude, e isso é muito legal.
(Other aspects in which the show stands out are the use of flashbacks of early seasons in later seasons, and the soundtrack. Sometimes, both are combined, and there's a particular flashback in which I almost exploded of how freaking cute it is. It was used in a recent season, and in it, the actors are really young, and in the background, “We've Got Tonight”, by Bob Seger, plays. Besides Seger, several other artists from that time get their songs played here: the Beatles (who wrote the theme song to the show), Lesley Gore, John Lennon, Carole King, Van Morrison, Joe Cocker, Buffalo Springfield, and it goes further. In the soundtrack area, The Wonder Years is phenomenal, there's no doubt about it. Now, the flashbacks are used in a very effective way in these final seasons to evoke some kind of nostalgia for the early seasons, and the way that it really works is one of my favorite things about the show, which is, essentially, older Kevin having an overdose of nostalgia for his younger years, and that's really cool.)



Resumindo, “Anos Incríveis” é uma saga épica de amadurecimento, contando com estereótipos meticulosamente refinados, uma trilha sonora nostálgica explosiva, atuações memoráveis de seu elenco, e uma carga emocional realmente pesada. Pode ser de 30 anos atrás, mas não quer dizer que não valha a pena o seu tempo. Todo mundo merece, pelo menos uma vez na vida, ver a vida extraordinária de Kevin Arnold, e isso é um fato.

Nota: 10 de 10!!

É isso, pessoal! Espero que vocês tenham gostado!! Desculpe pela demora! Até a próxima,
João Pedro

(In a nutshell, “The Wonder Years” is an epic coming of age saga, counting with meticulously refined stereotypes, an explosive, nostalgic soundtrack, memorable performances by its cast, and it is loaded with emotional moments. It may be from 30 years ago, but it doesn't mean that it's not worth your precious time. Everyone deserves, at least once in a lifetime, to see Kevin Arnold's extraordinary life, and that is a fact.

I give it a 10 out of 10!!

That's it, guys!! I hope you liked it!! Sorry it took so long! See you next time,
João Pedro)



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