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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

"Doctor Who: Arachnids in the UK": puro entretenimento de ficção-científica com doses de terror e moralidade (Bilíngue)


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E aí, galerinha de cinéfilos! Aqui quem fala é o João Pedro, com a última resenha do mês, sobre o quarto episódio da décima-primeira temporada de Doctor Who, que, depois de um episódio que mexe com o emocional do espectador, retorna à ser puro entretenimento de ficção-científica, com toques leves e adequados de terror. Vamos falar de “Arachnids in the UK” (Aracnídeos no Reino Unido). Vamos lá!
(What's up, film buffs! I'm back with the last review of the month, about the fourth episode in the eleventh season of Doctor Who, which, after an episode that touches the viewer's emotions, returns to be pure sci-fi entertaiment, with slight, adequate touches of horror. Let's talk about “Arachnids in the UK”. Let's go!)



Depois da aventura em 1955, a Doutora (Jodie Whittaker) e seus amigos Yaz (Mandip Gill), Ryan (Tosin Cole) e Graham (Bradley Walsh) conseguem retornar à Sheffield, apenas para descobrir que algo muito estranho está acontecendo com a população aracnídea da cidade.
(After their 1955 adventure, the Doctor (Jodie Whittaker) and her friends Yaz (Mandip Gill), Ryan (Tosin Cole) and Graham (Bradley Walsh) are able to return to Sheffield, only to find out something very strange is happening to the spider population in the city.)



Sendo um episódio de terror, e sendo o episódio exibido mais próximo do Halloween, é possível dizer que esse é o “especial de Halloween” de Doctor Who. O programa já teve episódios bem assustadores e sombrios, como por exemplo, o clássico “Blink”, com David Tennant, e os recentes “Listen” e “Last Christmas”, com Peter Capaldi. Esses 3 episódios foram escritos pelo Steven Moffat, showrunner anterior ao Chris Chibnall, que roteiriza esse episódio. Eles conseguem criar uma atmosfera ameaçadora que imergem o espectador naquele episódio em particular. O mesmo consegue ser feito aqui, mesmo que não com a mesma intensidade dos roteiros escritos pelo Moffat. O roteiro de Chris Chibnall é conciso, simples, e bem eficiente, pra falar a verdade. Mas falta um pouquinho da complexidade de eras anteriores, como a de Russell T Davies e Steven Moffat, para essa temporada, em termos de enredo, deslanchar. Claro, há referências à episódios anteriores da temporada, o que evoca uma recente nostalgia, mas não é desenvolvido nenhum mistério nesse episódio que possivelmente será resolvido no final da temporada. Houve o mistério da “criança atemporal” em The Ghost Monument, mas não houve nenhuma menção a esse termo nos dois episódios seguintes. O roteiro é bom, mas poderia ter sido melhor, na minha opinião.
(As a horror episode, and as the episode released as nearly as possible to Halloween, it's right to say that this is Doctor Who's “Halloween special”. The show already had very scary, dark episodes, like David Tennant's classic “Blink”, and Peter Capaldi's recent episodes “Listen” and “Last Christmas”. These 3 episodes were written by Steven Moffat, Doctor Who's previous showrunner to Chris Chibnall, who wrote this episode. They are able to create an ominous atmosphere that gives the viewer an immersive experience through that particular episode. The same can be done here, even if it isn't with the same intensity as the scripts written by Moffat. Chris Chibnall's script is concise, simple and quite efficient, really. But it lacks a bit of the complexity in previous eras, like Russell T Davies's and Steven Moffat's, in order for this season, in terms of plot, to take off. Sure, there are references to previous episodes in the season, which can evoke a recent nostalgia, but there isn't any mystery developed that may be solved by the season's end. There was the mystery of the “timeless child” in The Ghost Monument, but there hasn't been a mention to that term in the two following episodes. The script is good, but it could've been even better, in my opinion.)



As atuações continuam sendo muito boas. Acho que ainda é muito cedo para incluir Jodie Whittaker como um dos melhores intérpretes do Doutor, mas ela continua se mostrando muito confiante e é cheia de energia, e isso é sempre bom, e espero que ela continue assim, pois combina muito com a excentricidade do personagem. Finalmente, temos um pouco de desenvolvimento por parte da Yaz, que será aprofundado ainda mais no sexto episódio dessa temporada, mas, por esse desenvolvimento, já fico feliz demais. A dinâmica entre Ryan e Graham é desenvolvida, e, como eu considero essa dinâmica uma das melhores coisas dessa temporada, adorei isso. O arco de Graham nesse episódio em particular, é de cortar o coração, fazendo referência à um dos primeiros acontecimentos importantes dessa temporada, o qual tenho certeza que irá ser referenciado em episódios futuros, e é preciso ser notado o trabalho do Bradley Walsh, porque ele arrasou. Os convidados especiais desse episódio incluem o Chris Noth, como um futuro candidato à presidência dos EUA, em uma clara alusão ao presidente atual dos EUA, Donald Trump; a Shobna Gulati, que manda muito bem como a mãe de Yaz; e a Tanya Fear, responsável por atualizar os protagonistas com o que aconteceu enquanto eles estavam fora. No quesito atuações, esse episódio mandou bem!
(The performances keep on being very good. I think it's too soon to include Jodie Whittaker as one of the best portrayals of the Doctor, but she continues to show confidence and energy, and that's always good, and I hope that she keeps on doing that, as it matches the character's quirkiness. We, finally, get to have a bit of character development on Yaz, which will be even more deepened in the season's sixth episode, but, because of this small development, I'm really happy. The dynamics between Ryan and Graham is developed, and, as I consider that to be one of the best things in the season, I loved it. Graham's arc in this particular episode is heart-wrenching, as it makes a reference to one of the season's first important events, which I'm sure it'll be talked about in future episodes, and Bradley Walsh's work must be noticed, because he nailed it. The special guests in this episode include Chris Noth, as a future candidate to the US presidency, as a clear allusion to the US's current president, Donald Trump; Shobna Gulati, who is very good as Yaz's mom; and Tanya Fear, responsible for updating the main characters with knowledge on what happened while they were out. When we talk about perfomances, this episode counted with very good ones!)



Um dos maiores destaques dessa nova temporada é o visual, e é também um dos principais destaques desse episódio. Finalmente é mostrado o vórtex temporal por onde a TARDIS viaja e é glorioso, parecendo muito com a alucinação psicodélica de Stephen Strange em “Doutor Estranho”! E o CGI funciona muito bem, é bem trabalhado e realista o suficiente para criar um certo medo e ameaça aos antagonistas do episódio, e isso é sempre bem-vindo. Para quem ter aracnofobia, esse episódio pode ser um desafio para assistir, mesmo pelo fato de todas as aranhas forem feitas por computação gráfica. O medo evocado pelas aranhas consegue ser eficiente, parecido com as bactérias de “Kill the Moon”, da oitava temporada do programa, que fez uso de criaturas similares para evocar uma atmosfera sinistra ao episódio. O visual de Doctor Who continua sendo arrebatador, e uma das melhores coisas dessa nova era!
(One of the biggest highlights of this new season is the visuals, and it is also one of the main highlights in this episode. We finally get to see the time vortex in which the TARDIS travels through and it is glorious, much like the psychedelic hallucination of Stephen Strange in “Doctor Strange”! And the CGI works out fine, it's well done and realistic enough to create a certain fear and threat to the episode's antagonists, and that's always welcome. To those who have arachnophobia, this episode may be a challenge to watch, even though all the spiders are made out of CGI. The fear evoked by the spiders manages to be effective, much like the bacteria from “Kill the Moon”, from the eighth season, which used similar creatures to evoke a sinister atmosphere to the episode. The visuals in Doctor Who continue to be groundbreaking, and one of the best things of this new era!)



Mesmo com menor intensidade comparado aos roteiros de eras anteriores, “Arachnids in the UK” consegue evocar uma dose adequada de terror, entregando outro episódio com puro entretenimento para toda a família, sendo cheio de ação e surpreendentemente moralista.

Nota: 8,5 de 10!

É isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Até novembro,
João Pedro

(Even with a smaller intensity compared to previous eras' scripts, “Arachnids in the UK” manages to evoke an adequate dose of horror, delivering another episode with pure family-friendly entertainment, being action-packed and surprisingly moralistic.

I give it an 8,5 out of 10!

That's it, guys! I hope you liked it! See you in November,
João Pedro)



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