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domingo, 7 de outubro de 2018

"Doctor Who: The Woman Who Fell To Earth": uma ótima introdução para fãs e para uma nova geração de espectadores (Bilíngue)


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E aí, galerinha de cinéfilos!! Aqui quem fala é o João Pedro, e quem me conhece sabe que eu simplesmente adoro a série britânica de ficção-científica Doctor Who, que conta a história de um alienígena viajante do tempo conhecido como o Doutor, que viaja pelo espaço e tempo em uma nave espacial (que também é uma máquina do tempo) disfarçada de cabine telefônica policial, resolvendo problemas nos mais inusitados locais. Eu já fiz algumas resenhas de episódios da série aqui no blog e pretendo fazer uma postagem especial no aniversário de 55 anos da série mês que vem, mas agora quero concentrar no episódio de estreia da décima-primeira temporada, que traz Jodie Whittaker como a décima-terceira encarnação do personagem-título, e a primeira Doutora nos 55 anos da série, intitulado “The Woman Who Fell to Earth” (A Mulher que Caiu na Terra). Vamos lá!
(What's up, film buffs!! João Pedro is here, and who really knows me knows that I simply love the British sci-fi TV show Doctor Who, which tells the story of a time-traveling alien known as the Doctor, who travels through space and time in a spaceship (which is also a time machine) disguised as a police telephone box, solving problems in all sorts of places. I've already made some episode reviews here, and I intend to make a special post in the series' 55th anniversary next month, but now, I'd like to concentrate on the premiere episode of the eleventh season, which brings Jodie Whittaker as the thirteenth incarnation of the title character, and the first female Doctor in the series, titled “The Woman Who Fell to Earth”. Let's go!!)



O episódio introduz 3 acompanhantes: Ryan (Tosin Cole), um jovem com dispraxia, Yaz (Mandip Gill), uma policial em treinamento, e Graham (Bradley Walsh), um ex-motorista de ônibus, e eles se juntam devido à um acidente de trem misterioso. De repente, eles testemunham uma mulher (Jodie Whittaker) caindo do teto desse trem, que não consegue lembrar do seu nome. Juntos, eles irão descobrir o que (ou quem) causou o acidente.
(The episode introduces 3 companions: Ryan (Tosin Cole), a young man who suffers from dyspraxia, Yaz (Mandip Gill), a police officer in training, and Graham (Bradley Walsh), a former bus driver, and they are joined together by a mysterious train accident. Suddenly, they witness a woman (Jodie Whittaker) fall from the train's ceiling, who can't remember her name. Together, they will figure out what (or who) caused the accident.)



O novo showrunner, Chris Chibnall, entre várias outras coisas, prometeu fazer dessa temporada um ponto de partida para novos espectadores começarem a acompanhar o programa. E isso, ele fez perfeitamente. O roteiro de Chibnall é simples, porém não é perfeito. Ao contrário de alguns dos roteiros escritos por Steven Moffat, que era às vezes necessário ter conhecimento de episódios e temporadas anteriores, Chibnall não faz o uso de flashbacks e faz apenas uma ou duas referências ao décimo-segundo Doutor, interpretado por Peter Capaldi. Sinceramente, eu, como fã da série, senti falta de um ou dois momentos que fazem referências à episódios anteriores, ou até uma aparição breve de algum personagem da era Capaldi. Mas entendi o motivo pelo qual Chibnall fez isso e respeito totalmente o ponto de vista dele. Como toda coisa que ele faz, ele dá um suspense tenso para levar o espectador a querer ver o que acontecerá no episódio seguinte. Quem viu Broadchurch sabe do que eu estou falando. A única coisa que tenho a reclamar do roteiro é que o desenvolvimento dos vilões, que são novos, ficou muito na superfície. Foi uma das únicas coisas do episódio inteiro que eu senti que ficou fora do lugar. É uma pena, mas como é pra fazer parte de um caráter introdutório para novos espectadores, entendo o porquê.
(The new showrunner, Chris Chibnall, between several other things, promised to make this season a starting point for new viewers to start following the show. And that, he did perfectly. Chibnall's script is simple, yet not perfect. At contrast with some of the scripts written by Steven Moffat, which sometimes required knowledge from previous episodes and seasons, Chibnall does not use flashbacks and makes one or two references to the Twelfth Doctor, portrayed by Peter Capaldi. Honestly, I, as a fan of the show, missed one or two moments that reference to previous episodes, or even a brief cameo from some character from the Capaldi era. But I get the reason of why Chibnall did it and I completely respect his point of view. As everything he does, he leaves us with a tense cliffhanger to lead the viewer to want to see what will happen in the following episode. Those who have seen Broadchurch will know what I'm talking about. The only thing I have to complain about the script is that the development of the villains, which are new ones, stayed on the surface. It was one of the only things in the entire episode which I felt it was out of place. It's a shame, but as it's to build an introductory character to new viewers, I see why.)



Eu tenho que admitir, eu estava com minhas dúvidas se uma mulher iria funcionar em um papel que sempre foi interpretado por homens. Vi boa parte da filmografia de Whittaker antes do episódio de estreia, incluindo Broadchurch inteira, Ataque ao Prédio, e o ótimo Adult Life Skills, e ela é uma fantástica atriz. E ela simplesmente brilha como a primeira Doutora do programa. Ela tem uma energia muito parecida com a de David Tennant e de Matt Smith, um senso de humor bem peculiar e um sotaque carregado, que nem o de Peter Capaldi. O momento em que ela fala “I'm the Doctor”, assim como em todo episódio que introduz um novo Doutor, é épico. Tão épico que todo mundo da sala de cinema em que eu estava aplaudiu o momento, inclusive eu. As pessoas que pararam de assistir o programa pelo simples fato do personagem-título ser uma mulher agora (Doctor pode ser tanto homem quanto mulher em inglês) não sabem o que estão perdendo. Os acompanhantes também funcionam muito bem: a Mandip Gill traz um aspecto extra de girl power para a série, o Bradley Walsh é o alívio cômico entre os 3, e o Tosin Cole tem um arco que chega a ser emocionante nesse episódio de estreia. No quesito atuações, esse elenco simplesmente arrasou!
(I have to admit, I had my doubts if a woman would work in a role which was always portrayed by men. I watched a good part of Whittaker's filmography before the premiere episode, including the entire series of Broadchurch, Attack the Block, and the great Adult Life Skills, and she is a fantastic actress. And she simply shines as the show's first female Doctor. She has an energy very similar to David Tennant's and Matt Smith's energies, a quirky sense of humor, and a heavy accent, like Peter Capaldi's. The moment when she says “I'm the Doctor”, like in every episode that introduces a new Doctor, is epic. So epic that everyone in the movie theater screening I was at applauded the moment, including me. The people who stopped watching the show because of the simple fact that the title character is now a woman (Doctor could be male and female, as a title) do not know what they're missing. The companions also work very well: Mandip Gill brings out an extra piece of girl power to the show, Bradley Walsh is the comic relief of the 3, and Tosin Cole has an extremely emotional arc in this premiere episode. In the acting part, this cast simply nails it!!)



Uma coisa que melhorou bastante em comparação com as temporadas anteriores foi o visual da série. O formato de tela mudou, assim como o tipo de lentes usadas na câmera, pra dar um tom mais cinemático pra série, e isso é sempre bom; os efeitos especiais deram uma evoluída drástica, pela empresa de efeitos ter mudado para a Double Negative que faz, literalmente, os efeitos especiais de quase todo blockbuster que está por aí, incluindo o vencedor do Oscar de Efeitos Visuais “Blade Runner 2049”, que é visualmente estonteante; e o fato de cada episódio ser uma história contida faz com que cada episódio seja um minifilme de 50 minutos, e isso é muito bem-vindo, depois de várias temporadas com episódios duplos de abertura e fechamento de temporadas. Não estou falando mal dos episódios duplos, mas esse novo método auxilia para um mais fácil entendimento do episódio como um só, e isso é muito bom.
(Something that has improved greatly comparing to previous seasons is the visuals of the show. The screen format has changed, along with the type of lens they use in the cameras, to give a more cinematic tone to the show, and that's always good; the special effects evolved drastically, due to the fact that Double Negative, the visual effects company responsible for, probably, almost every blockbuster out there, including Best Special Effects Oscar-winner “Blade Runner 2049”, which is visually stunning, is now in VFX duty for the show; and the fact that every episode is a contained story makes each episode a 50-minute mini-movie, and that's welcome, after several seasons with double season premieres and finales. I'm not complaining about the double episodes, but this new method helps to a much easier understanding of the episode as a whole, and that's really good.)



Resumindo, “The Woman Who Fell to Earth” não é um episódio perfeito, mas é uma boa introdução da 13a Doutora para os fãs, assim como é uma ótima introdução da série como um todo para uma nova geração de espectadores.

Nota: 9,0 de 10!!

É isso, pessoal! Espero que tenham gostado!! Até a próxima,
João Pedro

(In a nutshell, “The Woman Who Fell to Earth” is not a perfect episode, but it is a good introduction of the 13th Doctor to the fans, as it is a great introduction of the series as a whole to a new generation of viewers.

I give it a 9,0 out of 10!!

That's it, guys!! Hope you liked it!! See you next time,
João Pedro)



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