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E aí, galerinha de
cinéfilos! Aqui quem fala é o João Pedro, e venho aqui com a
resenha do excelente terceiro episódio da décima-primeira temporada
de Doctor Who, que consegue retornar às raízes educacionais do
programa, intitulado “Rosa”! Vamos lá!
(What's up, film buffs!
I'm back, with the review of the excellent third episode of the
eleventh season of Doctor Who, which can return to the show's
educational roots, titled “Rosa”! Let's go!)
Depois de várias
tentativas para retornar à Sheffield, a Doutora (Jodie Whittaker),
Yaz (Mandip Gill), Ryan (Tosin Cole) e Graham (Bradley Walsh) se
encontram em 1955, no estado do Alabama, e investigam uma fonte
desconhecida de energia alienígena, que leva à Rosa Parks (Vinette
Robinson), uma costureira negra.
(After several attempts
to return to Sheffield, the Doctor (Jodie Whittaker), Yaz (Mandip
Gill), Ryan (Tosin Cole), and Graham (Bradley Walsh) find themselves
in 1955, in the state of Alabama, as they investigate an unknown
source of alien energy, which leads to Rosa Parks (Vinette Robinson),
a black seamstress.)
A América
segregacionista, pra mim, é um dos melhores e mais interessantes
temas para se trabalhar no cinema, pois tem a capacidade de mexer e
conscientizar o público. Um exemplo de filme nesse estilo é o
aclamado “Histórias Cruzadas”, de 2011. E quando eu soube que a
nova temporada de Doctor Who incluiria um episódio ambientado na
época segregacionista nos EUA, com a Rosa Parks, símbolo do
movimento negro americano, que foi presa por recusar um assento no
ônibus para pessoas brancas, como um dos personagens centrais, eu
imediatamente fiquei animado. E o episódio conseguiu atender todas
as minhas expectativas. O roteiro, escrito pela estreante Malorie
Blackman, autora conhecida por escrever livros ambientados em
distopias segregacionistas, e pelo Chris Chibnall, showrunner da
série, é um exemplo daqueles episódios de Doctor Who que arrumam
um jeito de contar um evento da História de forma divertida, com
leves aspectos de ficção-científica inseridos nele. Tiveram certos
momentos nesse episódio que me fizeram esquecer, por alguns
instantes, que eu estava assistindo um programa de ficção-científica
com alienígenas e viagem no tempo. E por isso, eu considero esse o
melhor episódio da temporada até agora, por manter a História como
trama principal e colocar a ficção-científica como segundo plano.
(Segregationist
America, for me, is one of the best and most interesting themes to
work on in the movies, as it has the capacity to move and aware the
public. An example of a movie in this style is the acclaimed “The
Help”, released in 2011. And when I knew that the new season of
Doctor Who would include an episode set in the segregation times in
the US, with Rosa Parks, a symbol of the American black movement, who
was arrested for refusing a bus seat to white people, as one of the
central characters, I immediately got excited. And the episode
managed to attend all my expectations. The script, written by debut
screenwriter Malorie Blackman, who is known for writing books set in
segregational dystopias, and by Chris Chibnall, the show's
showrunner, is an example of one of those Doctor Who episodes that
find a way to tell an event in History in an entertaining way, with
light aspects of sci-fi inserted in it. There were certain moments in
this episode that made me forget, for a few instants, that I was
watching a sci-fi show with aliens and time travel. And because of
that, I consider it to be the best episode of the season so far, for
keeping History as a main plot and putting sci-fi as a background.)
As atuações continuam
sendo muito boas. Jodie Whittaker continua tendo energia e carisma de
sobra, assim como muita coragem, como a Doutora, dando uma revigorada
na personagem. Bradley Walsh continua sendo o melhor dos três
acompanhantes, na minha opinião, como Graham, servindo mais uma vez
como alívio cômico, trazendo um humor necessário em um roteiro
predominantemente sério. Tosin Cole e Mandip Gill têm um
desenvolvimento mais profundo nesse episódio como Ryan e Yaz, em uma
cena específica onde os dois discutem sobre preconceito, e eu estou
torcendo muito para que esses dois fiquem juntos no final da
temporada. Mas quem realmente brilha nesse episódio é a atriz
convidada Vinette Robinson como Rosa Parks. Ela arrasa no sotaque, na
voz da Rosa, e a atuação dela é, provavelmente, a melhor
interpretação de uma figura histórica no programa desde Tony
Curran como Van Gogh em “Vincent and the Doctor”, realmente
incrível.
(The performances
continue to be very good. Jodie Whittaker keeps on having energy and
charisma to spare, as well as a lot of courage, as the Doctor,
revigorating the character. Bradley Walsh keeps on being my favorite
of the three companions as Graham, serving once again as a comic
relief, bringing necessary humor into a predominantly serious script.
Tosin Cole and Mandip Gill have a deeper development in this episode
as Ryan and Yaz, in a specific scene where the two discuss about
prejudice, and I am really rooting for these two to end up together
by the end of the season. But who really shines in this episode is
guest actress Vinette Robinson as Rosa Parks. She nails the accent,
Rosa's voice, and her performance is, probably, the best portrayal of
an historical figure in the show since Tony Curran as Van Gogh in
“Vincent and the Doctor”, it's really amazing.)
O visual e a direção
de arte capturam a essência da década de 1950 com perfeição, e eu
sempre adoro quando um trabalho de fotografia, combinado com a
direção de arte e a produção de design conseguem recriar uma
determinada época. As roupas, os hábitos, os cenários, tudo muito
lindo. Mais uma vez, essa décima-primeira temporada tem se provado
como uma das mais visualmente atraentes da história do programa, com
visuais cinematográficos e efeitos especiais de primeira linha.
(The visuals and art
direction capture the essence of the 1950s with perfection, and I
always love when some cinematography work, combined with art
direction and production design, manage to re-create a determined
time. The clothes, the habits, the sets, it's all really beautiful.
Once more, this eleventh season proving itself to be one of the most
visually attractive seasons in the show's history, with cinematic
visuals and top-notch special effects.)
Eu costumo não
aprofundar muito, mas tem uma cena em particular que eu preciso
discutir aqui, então aí vai um alerta de SPOILERS!
(I usually don't deepen
much on these reviews, but there's one particular scene I have to
discuss here, so here goes a SPOILER alert!)
A cena no ônibus,
ambientada no dia 1 de dezembro de 1955, é simplesmente fenomenal. O
momento em que Rosa Parks escolhe sentar no ônibus e o motorista
ameaça prendê-la e ela simplesmente fala “Pode me prender então”
dá vontade de levantar e aplaudir. Foi um momento recriado com os
mais meticulosos detalhes. As reações da Doutora e seus
acompanhantes ao ver Rosa sendo levada, incapazes de fazer algo para
ajudá-la, são de cortar o coração, especialmente a de Graham, que
estava em pé, e era um dos brancos pelo qual Rosa, por lei, deveria
disponibilizar seu assento no ônibus. E o uso da música “Rise Up”
(Levantar, em tradução livre), da Andra Day, torna tudo ainda mais
emocionante e simbólico, pois Rosa fez exatamente o contrário do
que o título da música sugere, e esse simples e corajoso gesto
serviu como faísca para que o movimento negro se levantasse e
fizesse alguma coisa a respeito. É o melhor uso de uma música
moderna em Doctor Who desde o uso de “Chances”, da banda Athlete,
no emocionante final de “Vincent and the Doctor”, isso é fato.
(The bus scene, set in
December 1st, 1955, is simply phenomenal. The moment in
which Rosa Parks chooses to sit on the bus and the driver threatens
to arrest her and she simply says “You may do that” gave me the
will to give it a standing ovation. It was a moment recreated with
the most minimal details. The reactions from the Doctor and her
companions by seeing Rosa being taken, unable to do anything to help
her, are heartbreaking, especially Graham's, who was standing, and
was one of the white people for which Rosa, by law, should've vacated
the bus seat. And the use of the song “Rise Up”, by Andra Day,
made everything even more emotional and symbolic, because Rosa did
exactly the opposite of the song's title, and this simple, courageous
gesture sparked the rise of the black movement's actions to do
something about it. It is the best use of a modern song in Doctor Who
since the use of “Chances”, by Athlete, in the heart-wrenching
finale of “Vincent and the Doctor”, that's a fact.)
Acabaram os SPOILERS.
(SPOILERS over.)
Didático, sério e
emocionante, “Rosa” é um retorno às raízes educacionais de
Doctor Who e uma estreia impressionante da roteirista Malorie
Blackman, pela qual eu já estou ansioso pelo possível retorno aos
roteiros da série!!
Nota: 9,5 de 10!!
É isso, pessoal!
Espero que tenham gostado! Até a próxima,
João Pedro
(Didactical, serious
and thrilling, “Rosa” is a return to the educational roots of
Doctor Who and an impressive debut by screenwriter Malorie Blackman,
and I'm already so excited for her possible screenwriting return to
the show!!
I give it a 9,5 out of
10!!
That's it, guys! I hope
you liked it! See you next time,
João Pedro)
Sensacional!!! Parabéns!!!
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