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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Oscar 2020: Os indicados a Melhor Filme, ranqueados (Bilíngue)


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E aí, meus cinéfilos queridos! Tudo bem com vocês? Pelo terceiro ano consecutivo, consegui concluir a importante missão de assistir a todos os indicados ao Oscar de Melhor Filme antes da cerimônia. Então, venho aqui fazer um ranking dos 9 filmes que foram indicados esse ano! Como 8 dos 9 filmes possuem resenhas próprias no blog, eu farei assim: dos filmes que já possuem resenhas, falarei o possível para comparar o filme em questão com outros indicados, citarei em quais categorias eu acho que o filme tem chances de ganhar no dia 09, e depois, colocarei o link da resenha do filme abaixo da análise. Só lembrando que o que colocarei aqui trata da MINHA OPINIÃO, que pode muito bem discordar da sua, caro leitor. Então, vamos começar!
(What's up, film buffs! How are you guys doing? For the third year in a row, I managed to accomplish the important mission of watching all of the Oscar nominees for Best Picture before the ceremony. So, I'm here to rank all the 9 films that have been nominated this year! As 8 of the 9 films have reviews of their own on the blog, here's what I'm going to do: with the films I've already reviewed, I'll say what I can in order to compare it to other nominees, I'll say in which categories I think it'll have a chance to win on the 9th, and then, I'll put the link of the film's review below the analysis. Let me just remind you that what I'll put here is MY OPINION on the subject, which may very well differ from yours, dear reader. So, let's begin!)



9 – FORD VS. FERRARI, dirigido por James Mangold – Indicado a 4 Oscars
(9 – FORD V FERRARI, directed by James Mangold – Nominated for 4 Oscars)

Antes de falar sobre a escolha desse filme na lista dos indicados, deixe-me dizer que eu não estava tão animado assim para ver esse filme, na época do lançamento. Não me arrependi de não ter visto ele no cinema, mas é um filme bom. Não é o melhor filme do James Mangold (pra mim, continua sendo “Logan”), mas tem um bom desenvolvimento de personagens e uma história real fascinante por trás do roteiro. Possui atuações boas de seu elenco, especialmente do Christian Bale. As cenas de corrida são muito bem feitas e filmadas, o trabalho de som é o que tem de melhor nos aspectos técnicos do filme. Mas agora, vamos aos fatos: tinham filmes muito melhores para serem indicados, sejam eles baseados em fatos reais ou não. Tanto que este é o único filme que senti que estava meio fora de lugar nos 9. Preferiria muito mais se “Rocketman”, “The Farewell”, ou até “Nós” fossem indicados no lugar de “Ford vs Ferrari”, que ainda, sim, é um bom filme, só não chega a ser tão bom quanto o restante dos indicados. Das categorias em que foi indicado, a única que ele realmente não tem chance, pelo peso da competição, é Melhor Filme. O resto (Melhor Montagem, Edição de Som e Mixagem de Som) possui uma possibilidade, mesmo que pequena, de vitória. Melhor Montagem acho difícil, mas pode muito bem empatar com “1917” em Edição ou Mixagem de Som.
(Before I talk about the Academy's choice for this movie to enter the nominees, let me just say I wasn't that excited to watch this film, at the time of release. I didn't regret not watching it on the big screen, but it is a good movie. It's not James Mangold's best film (for me, it's still “Logan”), but it has a good character development and a fascinating true story behind its screenplay. It carries good performances by its cast, especially Christian Bale's. The racing scenes are very well filmed, the sound work is the best thing its technical aspects have to offer. But now, let's face the facts: there were far better movies to be nominated, based on true stories or not. I say that because this is the only film I felt that it was out of place among the 9. I would've enjoyed the competition much more if “Rocketman”, “The Farewell”, or even “Us” were nominated instead of “Ford v Ferrari”, which is still a good film, only not as good as the other nominees. Out of all the categories it got nominated, the only one where it doesn't stand a chance, because of the weight of the competition, is Best Picture. The rest (Best Editing, Sound Editing, and Sound Mixing) has a possibility, even though it's small, to win. Best Editing's a tough one, but it could tie with “1917” for Sound Editing or Mixing.)



8 – O IRLANDÊS, dirigido por Martin Scorsese – Indicado a 10 Oscars
(8 – THE IRISHMAN, directed by Martin Scorsese – Nominated for 10 Oscars)

Aí vem a POLÊMICA! Um dos aspectos que eu sempre considero quando vejo um filme pela primeira vez é se eu vou ter vontade de assisti-lo de novo em um futuro próximo. E infelizmente, isso não se concretizou com o novo filme de Martin Scorsese. Claro, é um filme muito ambicioso, que faz uso de um orçamento monstruoso pra reunir Scorsese, De Niro, Pacino e Pesci em um filme só. Acontece que a história, apesar de ter um bom desenvolvimento de personagem, demorou mais do que o necessário para realmente engatar pra mim. A única parte em que realmente senti o efeito da história foi na meia hora final, que explora as consequências dos atos do seu protagonista, o que foi muito difícil de se ver, graças à atuação do Robert De Niro e é claro, à direção de Scorsese e ao roteiro de Steven Zaillian. Mas devo admitir que os filmes adultos do Scorsese realmente não são pra mim, eles não são o meu estilo de filme. Mesmo com toda essa ambição e dedicação, acho que “O Irlandês” pode sair com poucos prêmios no dia 09, mas com certeza não sairá de mãos vazias. Os prêmios que esse filme tem mais chance de ganhar são: Melhor Roteiro Adaptado (pra bater de frente com “Adoráveis Mulheres”, escrito pela Greta Gerwig), Melhor Montagem (já que “1917” está fora da corrida, o principal concorrente é “Parasita”), e Melhores Efeitos Visuais (se a Academia repetir o feito de não dar esse prêmio pra blockbusters, vai ser ou esse ou “1917”).
(Here comes the CONTROVERSY train! One of the aspects I always consider when watching a film for the first time is if I'll want to watch it again in a close future. And unfortunately, that didn't happen with Martin Scorsese's new film. Of course, it's a very ambitious film, which makes use of a monstruous budget in order to gather Scorsese, De Niro, Pacino and Pesci for one single film. But the story, although it has a good character development, it took more than enough time to really take off, for me. The only part I really felt the story's effect was in the final 30 minutes, which explore the consequences of its protagonist's actions, which was really hard to watch, thanks to Robert De Niro's performance, and of course, to Scorsese's direction and Steven Zaillian's script. But I must admit that Scorsese's adult films really aren't for me, they're not my type of film. Even with all this ambition and dedication, I think that “The Irishman” may come out with very few awards on the 9th, but it certainly won't come out empty-handed. The awards it has the most chances to win are: Best Adapted Screenplay (the main contender is Greta Gerwig's “Little Women”), Best Editing (as “1917” is off the race, the main contender is “Parasite”), and Best Visual Effects (if the Academy's giving this award to a film that isn't a blockbuster again, it should go to either this one of “1917”).)




7 – HISTÓRIA DE UM CASAMENTO, dirigido por Noah Baumbach – Indicado a 6 Oscars
(7 – MARRIAGE STORY, directed by Noah Baumbach – Nominated for 6 Oscars)

Tá aí um filme que eu não achei que gostaria tanto. Feito em uma escala bem menor, se comparado a “O Irlandês”, que também é uma produção da Netflix, o filme de Baumbach retrata, da forma mais realista possível, o término de um casamento e o esforço posterior que a família faz para ficar unida. É um filme conciso, realista, íntimo, teatral e, acima de tudo, humano. Nenhum dos personagens aqui é taxado como perfeito. Cada um deles possui imperfeições, o que faz deles mais humanos ainda. É um filme que conta com boas atuações, diálogos afiados e aspectos técnicos que dão uma veia teatral para o roteiro. Se não fosse pelo peso das atuações de Joaquin Phoenix e Renée Zellweger, Adam Driver e Scarlett Johansson ganhariam os prêmios de Melhor Ator e Atriz tranquilamente. Melhor Roteiro Original é pouco provável, pelo peso que Tarantino, Sam Mendes e Bong Joon-Ho deram à categoria; Melhor Trilha Sonora também não há muitas chances. Um prêmio que é quase garantido é o de Melhor Atriz Coadjuvante para a Laura Dern, que vem conquistando quase todos os prêmios de Atriz Coadjuvante pela sua atuação como a advogada da personagem de Johansson.
(Now there's a film I didn't expect to enjoy that much. Made on a much smaller scale, if compared to “The Irishman”, which is also a Netflix production, Baumbach's movie portrays, in the most realistic way possible, the break-up of a marriage and the posterior effort the family puts to stay united. It's a concise, realistic, intimate, theatrical and, above all, human film. None of its characters is treated as perfect, each one of them has their imperfections, which makes them even more human. It's a film that relies on great acting, sharp dialogues and technical aspects that give a theatrical vein to it. If it wasn't for the weight of Joaquin Phoenix's and Renée Zellweger's performances, Adam Driver and Scarlett Johansson would win Best Actor and Best Actress in a heartbeat. Best Original Screenplay is a long shot, because of the weight that Tarantino, Sam Mendes and Bong Joon-Ho put in the category; Best Original Score, doesn't have that many chances either. An award that is almost guaranteed to win is Best Supporting Actress for Laura Dern, who has been winning almost every Supporting Actress award for her performance as Johansson's character's lawyer.)




6 – ADORÁVEIS MULHERES, dirigido por Greta Gerwig – Indicado a 6 Oscars
(6 – LITTLE WOMEN, directed by Greta Gerwig – Nominated for 6 Oscars)

Disse, na minha resenha de “Adoráveis Mulheres”, que algumas histórias são atemporais, e conseguem encantar gerações de espectadores. Um exemplo é “Nasce uma Estrela”, que teve 4 versões. Outro exemplo é o livro “Mulherzinhas”, de Louisa May Alcott, e o filme em questão é a sétima adaptação cinematográfica do livro, e ele só prova que a história ainda consegue encantar. É a melhor adaptação do material fonte (das que eu assisti), e é comandada por uma das melhores diretoras da atualidade: Greta Gerwig, que foi esnobada em Melhor Direção, mas corre como uma das principais concorrentes ao prêmio de Melhor Roteiro Adaptado, junto de “O Irlandês”. Ele possui várias atuações boas, especialmente as de Saoirse Ronan e Florence Pugh, que foram indicadas a Melhor Atriz e Atriz Coadjuvante, respectivamente. Apesar que eu ache que, novamente, por causa da Renée Zellweger, Ronan não tenha muitas chances de levar Melhor Atriz, seria MUITO gratificante ver a Florence Pugh levando o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante. Os aspectos técnicos são muito bons, especialmente a trilha sonora do Alexandre Desplat, que está em um empate acirradíssimo com a trilha da Hildur Gudnadóttir em “Coringa” como a melhor trilha do ano, pra mim; e o figurino da Jacqueline Durran, que deve levar o prêmio, ou por esse filme ou por “1917”.
(I said, in my review of “Little Women”, that some stories are timeless, and manage to cast a charm on generations of viewers. One example of that is “A Star is Born”, which had 4 versions. Another example is the novel “Little Women”, written by Louisa May Alcott, and this film is the seventh film adaptation of the book, and it only proves that the story's still capable of casting that charm. It is the best adaptation of its source material (out of the ones I watched), and it's directed by one of the finest directors working today: Greta Gerwig, who was snubbed in Best Director, but is on the race as one of the main contenders for Best Adapted Screenplay, along with “The Irishman”. It has several good performances, especially Saoirse Ronan's and Florence Pugh's, who were nominated for Best Actress and Best Supporting Actress, respectively. Although I think that, again, because of Renée Zellweger, Ronan doesn't have much chances to win Best Actress, it would be VERY gratifying to see Florence Pugh winning Best Supporting Actress. The technical aspects are really good, especially Alexandre Desplat's score, which is tied with Hildur Gudnadóttir's score for “Joker” as the best score of the year, for me; and Jacqueline Durran's costume design, who should take the award, either for this one or “1917”.)




5 – CORINGA, dirigido por Todd Phillips – Indicado a 11 Oscars
(5 – JOKER, directed by Todd Phillips – Nominated for 11 Oscars)

Eu, sinceramente, nunca imaginaria que “Coringa” seria o filme mais indicado nesse ano. Mas, agora, olhando no que ele conseguiu fazer, foi até merecido. O Todd Phillips e o Scott Silver conseguiram escrever um roteiro que parece ser um filme do Scorsese, mais até do que “O Irlandês” foi. Eles investiram num tom mais sombrio e em uma estrutura de roteiro que, justamente, investe em um estudo de personagem à la “Taxi Driver” para contar essa história. E, pelo resultado, conclui-se que foi a maneira certa de fazer esse filme. Os destaques aqui são: 1) a direção do Todd Phillips; 2) a atuação do Joaquin Phoenix; e 3) os aspectos técnicos em geral, mas especialmente a trilha sonora da Hildur Gudnadóttir. Se não fosse pela direção de Phillips ou pela atuação de Phoenix, o filme não seria o mesmo. E se não fossem pelos aspectos técnicos, nunca conseguiríamos ver o declínio mental do protagonista de uma maneira tão visível. Mas mesmo assim, a competição está bem acirrada, e com certeza, o filme não leva os 11 prêmios aos quais foi indicado. Os únicos dois que, para mim, estão garantidos são: Melhor Ator para Joaquin Phoenix (óbvio), e Melhor Trilha Sonora para a Hildur Gudnadóttir, que vem sendo reconhecida por várias premiações por causa de seu trabalho no filme.
(I, honestly, would have never imagined that “Joker” would be the most nominated film this year. But, now, looking at what it managed to do, it was quite deserving. Todd Phillips and Scott Silver managed to write a script that really sounds like a Scorsese film, even more than “The Irishman” was. They invested in a darker tone, and in a screenplay structure that, again, sounds like a “Taxi Driver”-ish character study in order to tell this story. And, because of the results, it's concluded that this was the right way to make this film. The highlights here are: 1) Todd Phillips's directing; 2) Joaquin Phoenix's acting; and 3) the technical aspects in general, but especially Hildur Gudnadóttir's score. If it wasn't for Phillips's directing or Phoenix's acting, it just wouldn't be the same. And if it wasn't for the technical aspects, we would have never seen the mental decline of its protagonist in such a visible way. But, even so, the competition is pretty tight, and it definitely will not win all of the 11 awards it got nominated for. The only two that, for me, are guaranteed are: Best Actor for Joaquin Phoenix (obviously), and Best Original Score for Hildur Gudnadóttir, who has been nominated for several awards because of her work in the film.)




4 – JOJO RABBIT, dirigido por Taika Waititi – Indicado a 6 Oscars
(4 – JOJO RABBIT, directed by Taika Waititi – Nominated for 6 Oscars)

Eu sei o que vocês devem estar pensando: “Por quê você colocou “Jojo Rabbit” acima de “Coringa” ou “O Irlandês”?” Dizendo isso de uma maneira simples: é o filme mais subestimado dos 9 indicados ao prêmio principal. É um filme de guerra que dá vontade de assistir de novo, o que é bem raro pra mim, quando se trata de filmes de guerra, que costumam ser bem impactantes. Mas o tom mais leve e menos explícito que Waititi dá à Segunda Guerra é simplesmente cativante de se ver. O filme começa como uma sátira bem afiada, no estilo de Chaplin e Mel Brooks, e ao longo do desenvolvimento da trama (e do protagonista), o roteiro faz uma mudança de tom que, em teoria, não deveria funcionar tão bem, mas acaba encaixando perfeitamente no amadurecimento ideológico do protagonista, virando um filme de guerra bem comovente e emocionante. Temos aqui uma das melhores performances mirins dos últimos anos na forma de Roman Griffin Davis, que nos faz torcer pelo protagonista, mesmo com as barbaridades que ele diz; Scarlett Johansson justifica sua indicação a Melhor Atriz Coadjuvante com uma performance otimista e carinhosa; e Archie Yates rouba a cena como um excelente alívio cômico. Infelizmente, o melhor filme de Taika Waititi é um dos filmes que tem menos chance de ganhar na categoria principal, mas mesmo com Greta Gerwig e “O Irlandês” na corrida, acredito que tenha boas chances em Melhor Roteiro Adaptado. Mas o que dá mais chances ao filme é a direção de arte, que vai contra todos os estereótipos de visual de filmes de guerra, e entrega um filme bem vibrante, cujo tom vai se escurecendo ao longo da trama, então, pra mim, merece o prêmio de Melhor Direção de Arte.
(I know what you're probably thinking: “Why the hell did you put 'Jojo Rabbit' above 'Joker' or 'The Irishman'?” Putting it in a simple way: this is the most underrated film out of the 9 nominees for Best Picture. It's a war film that you really want to watch multiple times, which is really rare for me, when it comes to war films, that tend to be really impactful. But the lighter, and less explicit, tone that Waititi gives to World War II is simply captivating to behold. It starts off as a pretty sharp satire, in the style of Chaplin and Mel Brooks, and throughout the development of the plot (and of the protagonist), the script makes a change of tone which, in theory, shouldn't work that well, but it ends up being a perfect match for the protagonist's ideological growth, turning into a full-fledged war film that's moving and emotionally charged. We have here one of the finest performances by a child actor in latest years in the form of Roman Griffin Davis, who makes us root for the protagonist, even through the absurdities his character says; Scarlett Johansson justfies her nomination for Best Supporting Actress with an optimistic, caring performance; and Archie Yates steals the scene as a terrific comic relief. Unfortunately, Taika Waititi's best film is one that has very, very little chances of actually winning the main award; but even with Greta Gerwig and “The Irishman” in the race, I believe that it has good chances in the Best Adapted Screenplay category. But the aspect that gives the film more chances to win is the production design, which goes against every stereotype of what a war film should look like, and actually delivers a visually vibrant movie, as the tone slowly goes darker as the plot goes on, so, for me, it deserves the Best Production Design award.)




3 – ERA UMA VEZ EM HOLLYWOOD, dirigido por Quentin Tarantino – Indicado a 10 Oscars
(3 – ONCE UPON A TIME IN HOLLYWOOD, directed by Quentin Tarantino – Nominated for 10 Oscars)

Eu disse, no meu ranking dos filmes de Tarantino, que tais filmes seriam o perfeito vencedor do Oscar de Melhor Filme, por possuírem um equilíbrio perfeito entre arte e entretenimento. E com seu penúltimo filme, Tarantino pode até vencer o prêmio principal. O roteiro certamente é um dos principais concorrentes ao prêmio de Melhor Roteiro Original, e merecidamente, pois é um dos melhores roteiros do diretor. As atuações do elenco estão maravilhosas, com destaque para o trio principal de Leonardo DiCaprio, Brad Pitt e Margot Robbie. Por causa de Joaquin Phoenix, vai ser difícil ver o DiCaprio ganhar, mas o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante está praticamente garantido para o Brad Pitt, que vem desbancando Al Pacino e Joe Pesci na categoria, em várias outras premiações. A direção de arte e o figurino recriam a época em que o filme é ambientado de maneira muito fiel, possui uma das cenas de violência mais gratificantes (estranho, não é?) que o Tarantino poderia fazer, e é um filme que só vai melhorando, de acordo com o número de vezes em que é assistido. É uma verdadeira homenagem à Era de Ouro de Hollywood e ao cinema em geral, e por isso, “Era uma Vez em Hollywood” é um dos meus favoritos ao prêmio de Melhor Filme.
(I said, in my ranking of Tarantino's films, that such movies would be the perfect winner for the Oscar for Best Picture, as they balance art and entertainment perfectly. And with his penultimate film, Tarantino may even win the main award. The script certainly is one of the main contenders for Best Original Screenplay, and rightfully so, as it's one of the best scripts the director has ever written. The cast's performances are wonderful, especially the trio composed by Leonardo DiCaprio, Brad Pitt and Margot Robbie. Because of Joaquin Phoenix, it'll be tough for DiCaprio to win, but the Best Supporting Actor award is practically guaranteed for Brad Pitt, who has been winning over Al Pacino and Joe Pesci in the category, in several other award ceremonies. The production design and costume design faithfully recreate the time in which the film is set, it has one of the most gratifying (weird, right?) violent scenes Tarantino could ever make, and it's a film that gets better and better, the more you watch it. It's a true homage to the Golden Age of Hollywood and to movies, in general, and because of that, “Once Upon a Time in Hollywood” is one of my favorite contenders for Best Picture.)




2 – 1917, dirigido por Sam Mendes – Indicado a 10 Oscars
(2 – 1917, directed by Sam Mendes - Nominated for 10 Oscars)

Este será um filme de guerra que não será esquecido tão cedo. Seja pelos aspectos técnicos impecáveis ou pela direção cuidadosamente técnica do Sam Mendes, esse filme merece literalmente todos os prêmios em que ele está sendo indicado. Porque não é só um filme, é uma experiência sensorial no estilo de “Dunkirk” e “O Resgate do Soldado Ryan”. Me impressiona o fato da montagem não ter sido indicada, pois ela consegue tornar imperceptível todo corte que teria nos dois planos-sequência do Roger Deakins, que deve, novamente, levar o Oscar de Melhor Fotografia. Eu fiquei impressionado com o fato dos planos-sequência, juntamente com o roteiro, nos darem uma noção de que aquilo está acontecendo em tempo real, o que só aumenta a tensão do filme. O trabalho de som é extraordinário, e certamente é um dos concorrentes principais a Melhor Edição e Mixagem de Som. Os efeitos visuais práticos podem colocar “1917” na frente dos blockbusters na categoria de Efeitos Visuais, junto com “O Irlandês”. A direção do Sam Mendes nesse filme foi um dos melhores trabalhos de direção do ano, pra mim, o que faz dele um dos meus favoritos ao prêmio de Melhor Direção. E, pela ambição técnica, pela agilidade e pelo aspecto inventivo do roteiro, e pelo fato de ter levado o Prêmio do Sindicato dos Produtores de Melhor Filme (termômetro “oficial” do Oscar), isso faz de “1917” um dos principais concorrentes ao prêmio principal. De novo, aconselho, vejam na maior tela possível.
(This will be a war film that will not be forgotten that early. If it's because of the flawless technical aspects or because of Sam Mendes's carefully technical direction, this film deserves literally every award it's being nominated for. Because it's not just a movie, it's a sensory experience in the style of “Dunkirk” and “Saving Private Ryan”. The fact that the film editing didn't get nominated impresses me, as it turns every cut that may exist in Roger Deakins's (who should, again, win the Oscar for Best Cinematography) two continued shots imperceptible. I was impressed by the script and the cinematography's capacity to give us the feeling that everything on-screen is happening in real time, which only increases the film's tension. The sound work is extraordinary, and it is certainly one of the main contenders for Best Sound Editing and Sound Mixing. The practical visual effects may put “1917” ahead of blockbusters in the Visual Effects category, along with “The Irishman”. Sam Mendes's directing in this film was some of the finest directing of the year for me, which makes him one of my favorites for Best Director. And, for its technical ambition, the agility and inventive aspect of its script, and because of the fact that it won the Producers Guild Awards for Best Picture (the “official” thermometer for the Oscars), that makes “1917” one of the main contenders for the main award. Again, I give this piece of advice: see it in the biggest screen possible.)




1 – PARASITA, dirigido por Bong Joon-Ho – Indicado a 6 Oscars
(1 – PARASITE, directed by Bong Joon-Ho – Nominated for 6 Oscars)

Muitas pessoas ficaram impressionadas pelo fato de que esse filme foi indicado ao prêmio principal. Eu já esperava isso. E devo dizer que ficaria satisfeito se qualquer um ganhasse, porque todos são filmes bons, mas se “Parasita” ganhasse, se a Academia fosse capaz de ultrapassar a barreira de legendas e entregar esse prêmio para um filme da Coréia do Sul (que nunca foi indicada ao Oscar até “Parasita”), eu iria levantar e aplaudir de pé. Tudo, literalmente TUDO nesse filme é perfeito. O elenco, o roteiro, a direção, a fotografia, a montagem, a direção de arte, tudo em “Parasita” é feito de maneira extraordinária. Assim como “Era uma Vez em Hollywood”, é um filme que só melhora após visto de novo, pois aí muitas coisas que foram quase imperceptíveis na primeira vez ganham uma gama extra de significado nas próximas vezes. O roteiro original é um dos principais concorrentes de “Era uma Vez em Hollywood” para o prêmio, porque a capacidade que os roteiristas tem de misturar gêneros aqui é inigualável. Depois de “Parasita”, eu me disponho a ver todo filme que o Bong Joon-Ho fazer no futuro, e, sim, acredito que ele tem grandes chances de vencer o prêmio de Melhor Direção (se empatasse com o Sam Mendes, igual foi no Critics' Choice Awards, ia ser perfeito). Acho que nem Almodóvar nem o documentário mais aclamado do ano conseguem tirar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro desse filme. Já que “1917” está fora da corrida em Melhor Montagem, isso coloca “Parasita” como o concorrente principal, e o fato da equipe ter construído uma casa do zero somente para o filme também o coloca como um dos principais concorrentes a Melhor Direção de Arte. “Parasita” é uma obra-prima, e isso é um fato.
(A lot of people were impressed that this movie managed to be nominated for the main award. I already expected it. And I must say that I would be satisfied if any of these won, because they're all good films, but if “Parasite” won, if the Academy was capable of surpassing the subtitle barrier and actually delivered the award to a film from South Korea (which never got nominated until “Parasite” came along), I would give the Academy a standing ovation. Everything, literally EVERYTHING in this movie is perfect. The cast, the directing, the cinematography, the editing, the production design, everything in “Parasite” is done in an extraordinary way. Just like “Once Upon a Time in Hollywood”, this is a movie that only gets better the more you watch it, as you notice things you couldn't the first time around, and these things gain an extra amount of meaning as you watch it again. The original script is one of the main obstacles that “Once Upon a Time...” must overcome to win Best Original Screenplay, because no one has the capacity these screenwriters have of mixing genres, it's just amazing. After “Parasite”, I'm literally going to follow Bong Joon-Ho's filmography from now on, and yes, I believe he has strong chances of winning Best Director (if he tied with Sam Mendes, just like in the Critics' Choice Awards, it would be perfect). I don't think Almodóvar or the most acclaimed documentary of the year can take the Oscar for Best International Feature Film away from this one. As “1917” is off the race for Best Film Editing, this puts “Parasite” as the main contender, and the fact that the crew built a house from scratch just for this film also puts it as one of the main contenders for Best Production Design. “Parasite” is a masterpiece, and that is a fact.)




Então, é isso, galera! Espero que vocês tenham gostado! Vamos ver o que o dia 09 tem guardado para nós, cinéfilos! Até a próxima,
João Pedro
(So, that's it, guys! I hope you liked it! Let's see what the 9th has in store for us, film buffs! See you next time,
João Pedro)




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